Princess mine escrita por killyem


Capítulo 14
Afraid | Exchange | "Talk" - Dedicado a JPedro


Notas iniciais do capítulo

Ceeeeeeeeeeertou! Estou postando um capítulo hoje porque amanhã é a minha prova mais fácil aka português (só cai período simples e composto :p de boa essa é a prova que eu pedi a Deus). Anyway, como diz o título do capítulo, ele é seu amiguinho. Pessoalmente esse é um dos meus capítulos favoritos, então...
Ah, não posso me esquecer de agradecer a recomendação da Dama de Ferro (nome daora) e pensar o quê que está dando na cabeça desse povo pra ele ficar recomendando a minha fanfic. Por acaso vocês estão batendo a cabecinha na privada ou sei lá? Continuem batendo, eu apoio totalmente!
Eu quero me desculpar porque rolou uma confusãozinha no último cap. Não vai ter nada seddie, ao menos nada de realmente importante só balela mesmo.



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No dia seguinte, depois de uma boa noite de sono e descanso eles (e mágica, mas isso apenas para Sam) continuaram a caminhada na floresta agora seguindo a bússola mágica que a fada Howard os deu. A noite fora chuvosa e como o sol estava radiante havia um arco-íris no céu.

Após algumas horas de caminhada, a bússola apontava diretamente para o outro lado de um rio.

— E agora? — perguntou Gibby.
— Não tem barcos por aqui. — afirmou Freddie. — Temos que ver se é fundo demais para nadar.

— É fácil ver isso. É só um de nós ir nadar. — sugeriu Sam.

— Acho melhor não. Podem haver sereias e outros monstros marinhos de água doce. — disse Gibby. Freddie franziu as sobrancelhas.

— Sereias são monstros de água salgada. A floresta não é banhada pelo mar. — ele apontou.

— A questão é que esse rio também parece ser profundo. É melhor não nos arriscarmos, podemos nos afogar. — disse Gibby.

— Eu acho que você está com medo de se afogar. — disse Sam com um sorriso perverso e entediado ao mesmo tempo.

— Não estou não!

— Se não está, nade. Afinal, Freddie e eu não podemos ter essa possibilidade. Ele é o herdeiro do trono de Bengdom e eu sou mulher.

— É? — perguntou Freddie brincando. Sam deu um "soquinho" nele. — Ai! — disse e esfregou na região do braço.

— De qualquer jeito, nade. — disse Sam. Gibby respirou fundo. Olhou pra água. Olhou pra Sam. Olhou pra água. Olhou para Freddie. Olhou pra água. Respirou fundo. Olhou para Sam e respondeu:

— Certo, eu estou com um pouco de medo de me afogar.

— Tudo bem, Gibby. Não há nada de mal nisso. — disse Freddie compreensivo.

— Baleia medrosa. — Sam disse. Freddie a olhou repressivo.

— Vamos contornar o rio, então. — sugeriu Freddie.

•••

Após alguns minutos (quase uma hora) de caminhada, eles encontraram uma ponte para o outro lado do rio.

— Olhe só, infante! — apontou Gibby. — Uma ponte!

— Estamos vendo, Gibby. Desse jeito não precisaremos contornar o rio, logo levaremos menos tempo. — diz Freddie esperançoso. Mas, quando se aproximaram da ponte, as esperanças foram pro beleléu.

— Não pisem na minha ponte! — disse uma voz aguda demais para um homem, mas certamente aquilo não era uma mulher, era...

— ...Um troll. — disse Sam com raiva. Ela detestava trolls. Detestava suas garras. Detestas trolls e suas garras. Eles moravam embaixo das pontes e não deixavam ninguém passar —não sem pedir algo em troca. — Detesto trolls. — disse ela.

— Eu ouvi isso mocinha! — o troll gritou.

— Sr. Troll... — começou Freddie tentando ser gentil, mas foi interrompido pelo troll:

— Me chame de Lewbert! — Freddie engoliu a seco.

— Sr. Lewbert... Podemos usar a sua ponte?

— Não! — ele gritou se remexendo em outros gritos finos. Sam fez uma cara de nojo.

— Argh! É claro que ele não deixa, príncipe panaca. Precisamos oferecer algo em troca. — afirmou Sam. Freddie parou para pensar. Até que ela tinha razão. Mesmo sendo apenas uma mulher, Freddie levava as considerações de Sam em conta depois de tantas experiências que passaram juntos nos nove dias em que a conhecia.

— Você tem razão, ladina de cachinhos. O quê precisamos lhe dar para que você nos deixe passar pela ponte, Lewbert?

— Agora sim, eu estou gostando do rumo da conversa. É o seguinte: eu quero o pote de ouro do duende doente. Quem sabe assim eu posso pagar para um curandeiro remover a minha verruga...

— E onde encontramos o pote? — pergunta Gibby. Freddie e Sam se viram para encara-lo assustadoramente ao mesmo tempo.

— Isso é lá coisa que se pergunte? — Sam deu um peteleco na cabeça dele.

— AI!

— Mas, é claro que fica no final do arco-íris. — afirmou Freddie como se fosse óbvio. E era. Ele se virou para Lewbert. — Vai demorar para que nós chegarmos lá?

— E eu lá sei? Nunca saí da minha ponte nem para ir até a Taberna V que fica aqui pertinho, pirralho! — Freddie suspirou e se virou para Sam e Gibby.

— Deveríamos aceitar?

— Eu não sei... — diz Sam sincera. — Em doze dias será o aniversário de Carly. Se chegarmos tarde demais Nevel pode... — ela engoliu a seco, temendo o pior. — Desposa-la a força.

— Eu estou com você, alteza. O quê decidir eu estou junto. — diz Gibby.

— Eu também estou. Sei que o quê decidir vai ser o melhor pra nós. — disse Sam relutante a dar um sorriso. Freddie deu um involuntário. Se virou para Lewbert:

— Voltamos em dois dias com o pote de ouro em mãos.

— Assim espero! — gritou Lewbert. E eles se afastaram indo em direção ao final do arco-íris que no caso era na direção contrária a que a bússola apontava. Freddie olhou para a bússola que tinha em mãos receoso. Temia que estivesse tomando uma decisão precipitada demais. Sam o pegou olhando para a bússola e sentiu uma pontada no coração. Deixe de ser boba, ela pensou. É fofo que ele a ame mesmo sem conhecê-la. É fofo. Vai dar tudo certo.

É fofo.

E não motivo de sentir inveja.

•••

Depois de horas de caminhada, eles não haviam chegado nem na metade do arco-íris, mas mesmo assim estava muito escuro, então Gibby aconselhou Freddie a dormir para relaxar no dia seguinte. Ele tentou. Realmente tentou. Mas, não conseguiu pregar os olhos. Levantou-se sem acordar Gibby que dormia ao seu lado e viu uma loira sentada próxima as pedras não-pontiagudas.

— Não consegue dormir, majestade? — perguntou ela com sarcasmo na palavra com "m". Havia uma pequena fogueira que refletia pouca luz. "Surpreendentemente" Sam tinha em mãos um pequeno animal (talvez um pombo*) que foi a óbvia razão pela qual ela acendeu a fogueira: para cozinha-lo. Freddie não sabia, é claro, que ela havia conjurado, e não caçado, o pombo com um feitiço do grimório roubado de Briggs. Mas, apesar de não saber disso, Freddie não pode deixar de reparar que ela estava sem sua inseparável capa e usava um soquerie vermelho apertado, uma calça feminina larga e botas. Sem a capa ele podia ver os longos cabelos loiros dela que sobre a pouca luz da fogueira ficam incríveis pelo fato de que os cachos eram longos e também bem delineados.

— Não. — disse ele se sentando numa pedra próxima. Não muito próxima, apenas a menos dois metros dela. — E você?

— Eu estou no meu turno. É a hora daquela sereia dormir e de os meus olhos ficarem abertos. — disse ela sorrindo. Era um sorriso muito bonito na opinião de Freddie, apesar dela ser o tipo de pessoa que mostrava até a gengiva quando sorria, porém ainda era bonito. Mas, o sorriso se extinguiu rapidamente. — Mas... Quando não estava no meu turno, eu continuei sem pregar os olhos.

— Somos dois. — disse ele levantando a mão como se fosse culpado de algo. A luz da fogueira que Sam fez refletia nos olhos castanhos dele deixando-os mais claros e as pupilas mais visíveis. Se os olhos eram a janela da alma, a alma dele era doce como chocolate ao leite ou saborosa como um bom molho de carne. Não era o tipo de castanho ruim que te fazia pensar em necessidades primárias. Era o tipo de castanho bonito, atraente...

— Por acaso você não tem dormido pelo mesmo motivo que eu? — perguntou ela sussurrando de uma forma tão baixa que ele se segurou para manter a sanidade.

— Depende. — disse ele e se sentou numa pedra mais próxima ainda, ficando a um metro dela. — Qual é o motivo que lhe faz perder o sono? — disse Freddie a estudando com o olhar. Ele sabia o quê era, mas queria que ela falasse. Sam respirou fundo dando para ver o peito dela se mexendo mesmo com o pesado sorquerie. Ela então olhou para baixo triste de uma forma que realçou a feminilidade quase não existente dela. Depois levantou o rosto de uma forma que passava determinação, uma virtude que Freddie sabia que era difícil —senão impossível— de se ver numa mulher, mas que causava nele um sentimento de extrema admiração pela garota.

— Carly. — disse ela simplesmente num tom de voz desafiador, como se o desafiasse a entender o desafio dela. — Fazem anos que tudo o quê eu penso é nela, trancada naquela torre sozinha com medo de Nevel surtar e tentar uma coisa antes da hora. E agora a hora está chegando... — Freddie não pode deixar de franzir o cenho. Então fazem anos?, pensou. Não se conteve. Sendo indelicadeza ou não, perguntou:
— Se fazem anos, por que está salvando Carly agora? — ela respirou de forma pesada e abaixou as sobrancelhas, franzindo o cenho. Ela não podia responder aquilo. Não deveria. Queria, mas não deveria. Ele não deveria saber quem ela era. Ninguém deveria.

— Não é da sua conta. — disse ela de forma grosseira. Certo, então foi uma indelicadeza, ele pensou se sentindo mal. O clima estava tão bom... E a sua curiosidade estragou tudo. Afe.

— Me desculpe. Eu também penso nela o tempo todo desde que decidi salva-la... —...exceto quando estou falando com você, completou em pensamento. — Penso o quê ela está sentindo, como que ela está... Na pintura/no retrato que vi ela era tão bonita... Ela era... Perfeita. Aqueles cabelos e olhos escuros, aquele sorriso, aquela pele branquinha que só a nobreza tem... — disse ele pensativo se lembrando do retrato. Olhou para Sam com os cabelos e olhos tão claros. A pele não era bronzeada, mas definitivamente não era branquinha como a da nobreza. O sorriso dela não se comparava ao de Carly.

Porque o de Sam era mais bonito.

Ao menos na opinião de Freddie. Isso não é nada, ele tentou se convencer. Tentou. É só porque eu só vi a pintura de Carly e não ela pessoalmente, diferente de Sam que eu estou vendo agora. Quando eu vê-la terei certeza de que o sorriso dela é bem mais bonito do que o de Sam.

Sam por outro lado não deixou de observar a forma como que ele falava de Carly... Tão doce... E, por algum motivo... Tão irritante.

— Você realmente a ama não é? — perguntou ela com uma estranha esperança de que ele diria "não". Sam não entendia o porquê de desejar isso; simplesmente desejava. Mesmo que não tivesse certeza de nada sobre isso, Freddie respondeu mais para tentar afirmar a si mesmo:

— Sim. — os ombros de Sam se abaixaram na hora. Ela respirou fundo e ergueu a postura para não passar fraqueza ou fragilidade. Tarde demais. Freddie já havia notado esse gesto dela —e não havia entendido. Mas, havia gostado.

Sentados em silêncio, na calada escuridão da noite, eles estavam próximos. Não muito próximos, mas próximos. Menos de um metro de distancia. Podiam ouvir as respirações um do outro, mas não senti-las apesar de que ambos estranhamente queriam sentir. Queriam estar próximos o suficiente para sentir. Mas, invés disso ficaram parados estudando o rosto um do outro em silencio. Até que após alguns segundos —ou seriam minutos? Quem sabe horas... Ficaram tanto tempo perdidos no olhar um do outro que nem tinham a menor noção de tempo...— ambos respiraram fundo e se aproximaram um pouco.

E um pouco mais. E mais um pouco. E ainda mais. E mais ainda. Ficaram muito próximos. Uma proximidade não-perigosa, mas com toda certeza não estavam na zona social ou pessoal. Estavam próximos na zona íntima. Apenas para ouvir as respirações um do outro. Por algum motivo eles precisavam ouvir. Alguma espécie de instinto animalesco dizia a eles que tinham que ouvir a respiração um do outro. Eles ouviram..

...E elas batiam ao mesmo tempo.

*Carne de pombo era mais popular do que frango na época do meu avô. E na medieval também. Só que com o aumento das cidades eles procriaram demais e acabaram ficando mais conhecidos pelas doenças (como são hoje). Segundo o meu avô, carne de pombo lembra a de frango, só que é melhor e menor.


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Notas finais do capítulo

Eu confundi as ordens dos capítulos. Achei que o bônus ficaria antes de um capítulo que ia rolar REALMENTE uma coisa entre os dois, porém não. Foi mal :x mas tá perto! :D eu acho...
Antes de mais nada: não quis fazer nenhuma comparação entre a Miranda e a Jennette, as duas são lindas. Eu até acho o sorriso da Miranda mais bonito (e "claro" que isso não tem nada a ver com o fato de que o meu sorriso é parecido com o dela porque ambas temos bocas largas, longas e lábios carnudas 😙😗😅). É mais a opinião do Freddie da fanfic porque... Huhuhum... Você sabem 😉😉
Pro lance das respirações: é uma parada minha. Eu amo muito esaas coisas de linguagem corporal e comunicação não verbal, mas eu diria que vocês não estão afim de saber o quê é, enfim, resumo que é uma coisa boa ;) quem quiser saber eu falo é claro, mas enfim... Não quero entendiat ninguém.
Quanto a inveja da Sam = eu sou uma pessoa de natureza invejosa, os personagens tem um pouco de mim, logo... Seria difícil não passar isso pra ela e na situação dela eu sentiria uma inveja ENORME, porque eu sinto muita, muita inveja. Sentimento feio, mas não sou hipócrita de negar.
Espero que tenha, gostado! Comentem! E o próximo capítulo é pra Dama de Ferro obviamente. De novo: obrigada! Aprendam com ela, people!
Anyways... Talvez eu consiga postar algo no final de semana. Não sei... Depende dos comentários, quem sabe se uns fantasminhas aparecerem eu animo? :D zoa, mas, eu vou demorar mesmo :/ com demorar quero dizer menos de uma semana, mas admitam que é uma demora, né? (Pelo menos não é como certas pessoas escritoras de fics de terror que demoram um mês inteiro ~"in"direta) Até mais!