Beijo de uma rosa escrita por TessaH


Capítulo 3
Conto 02 - Olá, Papai


Notas iniciais do capítulo

Atendendo aos pedidos de uma leitora... Voltei com mais um.
Beijos



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Conto 02 - Olá, Papai

 

Naquele dia, Draco pensou que havia acordado antes que a esposa, mas estava enganado.

— Astoria?

Ele ouviu a própria voz ressoar pelo quarto e não obteve nenhuma resposta. Não achou, de início, estranho, pois desde que a gravidez evoluiu e uma enorme barriga foi ficando à vista, Astoria não conseguia mais dormir por muito tempo, até porque, ela dizia, que o bebê gostava de dançar.

Óbvio que Draco a aconselhava a parar de dançar pelo dia as músicas muito agitadas, pois o bebê poderia não saber o limite de parar.

— Deixe de besteira, Draco – ela dizia repetidas vezes. – Ele só gosta de começar o dia bem cedinho e acordar a mamãe, já que o pai é um baita preguiçoso.

O Malfoy ria e sempre a perguntava o porquê da convicção de ser um menino, mesmo que tivessem decidido saber o sexo somente na hora do nascimento.

— Meu querido, eu alugo uma casa para ele! Eu sinto que é um garotinho.

E alisava a barriga, sorrindo.

Após se trocar e descer, procurou Astoria pela mansão.

— Senhor Malfoy, a senhora Malfoy pediu para avisá-lo que volta logo – uma das mulheres que trabalhava na mansão informou a Draco.

— Obrigado. Ela disse para onde foi?

— Não, senhor.

Draco bufou. Aquela mania da esposa de ser tão misteriosa quanto às coisas que fazia ainda o matariam.

A tarde passou entediantemente, com Draco resolvendo as contas da família e pensando no negócio que lançara no mercado trouxa recentemente. Ao contrário de quando era jovem, Draco mudou sua ideologia acerca da naturalidade bruxa. De que realmente importava ser puro sangue? Ou trouxa? O que de fato os diferenciava era bem mais que essas questões superficiais.

Além disso, como não queria estrear no mundo bruxo por ora, Astoria o convencera a criar suas poções e torná-las fragrâncias e vendê-las. Há um ano, eles conseguiram montar uma pequena loja de perfumes no centro de Londres e administravam como se fossem uma família da capital, até que os negócios deram lucro e ajudaram a manter o padrão de vida de outrora.

Draco estava imerso em papéis quando recebeu um recado de Henry Gallagher, um trouxa que possuía família bruxa e se tornou sócio de Draco na empresa há um ano.

Como já estava envolvido na tecnologia trouxa, era muito mais comum para Draco usufruir de seus aparelhos, como computadores e telefones. Mais úteis para contato do que corujas, pensou.

— Draco Malfoy.

— Draco, Astoria acaba de passar aqui na loja e pediu para avisá-lo que está indo para casa. – a voz de Henry soou pelo celular e o coração de Draco se acalmou com a notícia. Embora soubesse que a esposa era cuidadosa, ainda sentia preocupação por tê-la aprontando sem dar notícias.

— Obrigado, Henry. E como anda a loja?

Prosseguiram em uma conversa até que Draco ouviu a porta de seu escritório bater.

— Preciso desligar, Henry. Depois nos falamos.

Draco fitou a esposa, que ao contrário dele estava radiante, escondendo as mãos por trás das costas.

— Olá! – ela exclamou, aproximando-se. – Como foi seu dia, meu amor?

Draco não pôde evitar bufar.

— Astoria, você sai o dia inteiro, sem avisar para onde vai, fica mandando recado pelos outros. Já conversamos sobre essa sua mania.

Astoria e seu barrigão contornaram a mesa de mogno até a cadeira de Draco.

— Ah, querido, não fique bravo, foi por uma causa maior.

Draco a observou: meio arfante, corada, com os olhos verdes brilhando, e sentiu seu próprio humor atenuar.

— Não faça mais isso, As. – Draco a puxou para sentar em seu colo. – Fico preocupado com vocês.

Astoria riu, feliz, adorava quando via Draco tão protetor.

— Eu sei, me desculpa. Mas eu tive que ir procurar algo.

— E o que seria? – Draco perguntou enquanto acariciava o cabelo longo da esposa.

— Tive um sonho revelador. – ela iniciou. – Sonhei com nosso filho, Draco, tão vividamente que até o nome dele você falava, meu amor. Pegava-o para brincar e dava-o um presente.

Draco franziu o cenho. O nome do bebê era algo que não tinha discutido ainda.

— Continue.

— Então eu tive que ir buscar por isso, Draco, porque eu sentia que deveria.

— E achou?

Astoria sorriu e tirou algo da sacola que trazia nas mãos.

Uma corrente prateada caiu.

— Demorei em encontrar do jeito que queria até que mandei fazer e esperei pela entrega. – ela exibiu a corrente que ostentava em prata legítimo um pequeno escorpião como pingente.

— Astoria... – mesmo que ainda fosse insensível para muitas coisas, Draco ficou sem palavras diante da corrente. Ela reluzia, bem como as palavras que crivadas nela davam um toque misterioso.

— O que tem escrito?

“Scorpio filii Draco”— Astoria pronunciou em seu latim perfeito, que aprendera por hobbie quando jovem. – Escorpião, filho do Dragão.

— É lindo, As.

— Você entendeu, Draco? O nome do nosso filho...

Draco a interrompeu, alcançando a ideia.

— Scorpius. – sua mente imediatamente visualizou o bebê nitidamente, sabendo que o nome lhe vestiria perfeitamente.

— Sim. – Astoria sorriu. – Sei que têm a tradição da família de constelações... E não deixa de ser. Além de combinar. Nosso Scorpius.

A partir daquele momento, Draco não achou que fosse só intuição de mãe que apontava para um bebê menino herdeiro dos Malfoy.

Estava destinado.

Tudo deles seria para e por Scorpius. O bebê deles.

— Scorpius. Combinará com ele.


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