My Everything escrita por Hugh


Capítulo 13
Only




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Já era noite e eu ainda estava sentada no chão do porto, sim, eu estava em um porto esperando um navio que me levaria sabe se lá para onde. O guarda que me trouxera até ali, já tinha ido embora e me mandou ficar ali, e eu, não queria causar confusão e nem ser morta, fiquei lá. Esperando....

–Garota? - alguém me chamou e eu me virei e dei e cara com um homem de meia idade, barbudo - Você é Annabeth Chase?

–Sim, eu sou, já estão prontos pra me levar para o Inferno? - perguntei sarcástica

–Não, é que... - ele olhou para os lados se certificando que não havia ninguém ali e se virou para mim - O príncipe Perseu está naquela cabana perto da praia. - ele sussurrou para mim - E não se preocupe, os guardas só vão te levar á meia noite. Aproveite. - o homem barbudo sorriu e andou até seu barco.

E eu ainda um pouco atônita com a notícia corri até a praia tentando achar a tal cabana, e quando a localizei eu o vi..... do lado de uma árvore em frente a cabana. Lindo. Como sempre, usando roupas simples, e mesmo assim deslumbrante.

Corri ao seu encontro e quando me viu, sorriu e abriu os braços, enquanto eu pulava neles, chocando nossos corpos. Perseu me girava no ar ainda abraçado em mim, e nós sorriamos como dois bobos.

Quando nos separamos ele me colocou no chão e colamos nossas testas ainda sorrindo e selamos nossos lábios. Ah...... parecia que não nos beijávamos a um século, mas na verdade não fazia mais de dois dias. O beijo se intensificava a cada segunda mas nunca perdendo a delicadeza e a paixão. Minhas mãos brincavam com o seu cabelo e as mãos de Perseu pressionavam minha cintura contra seu corpo, fazendo um choque elétrico percorrer o corpo de ambos.

Quando o ar foi necessário, nos separamos, ainda abraçados, e sorrindo, tentando recuperar o fôlego. Eu o abracei de novo repousando minha cabeça sobre seu peito, suspirando e deixando lágrimas de alegria rolarem pelo meu rosto.

Só se escutava o som de nossas respirações aceleradas e as ondas do mar quebrando. Perseu separou o abraço e colocou suas mãos no meu rosto, enxugando as lágrimas que ainda rolavam pelo meu rosto delicadamente com o polegar. Sorrimos juntos e ele segurou minha mão me levando em direção a pequena cabana, que só continha uma cama de casal e uma mesa com algumas frutas.

Perseu me virou passando os braços pela minha cintura, e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, e mesmo não tendo ninguém perto de nós ele sussurrou olhando em meus olhos.

–Eu quero que essa noite seja inesquecível... - ele disse com a voz rouca, e me pegou no colo, tudo bem que eu me assustei, mas era uma ótima sensação estar com ele desse jeito então não faria mal nenhum experimentar algo novo.

Logo Perseu me colocou na cama delicadamente, e me beijou exatamente como antes. Seus beijos iam descendo pelo meu pescoço, e meu colo. Enquanto eu, além de suspirar, desabotoava os botões de sua camisa branca, deixando a vista seu belo peitoral.

Quando vi, estávamos meio sentados na cama, e os laços do meu vestido já tinham sido desamarrados, e Perseu descia a roupa pelo meu corpo lentamente observando cada pedaço do meu corpo, e eu fazia o mesmo com sua calça já que os dois já tinham retirado os sapatos.

Nossos corpo pareciam vidros, e nos sentíamos tão livres um com outro, parecia ilusão, mas não era rela. Estávamos nos tocando e nos sentindo com todo o amor e paixão do mundo, sozinhos e livres por aquela noite, literalmente. Nós nos completávamos, quando passamos de dois corpos para uma só alma, era visível tanto para mim, quanto para ele que nos completávamos.

Ninguém poderia dizer ao contrário, pois só nós dois sabíamos o tamanho do amor presente. Podiam nos separar, colocar cada um em um canto do mundo, podiam até nos matar..... nunca pararíamos de nos amar.

Quando chagamos ao limite me deitei em seu peito nu, enquanto ele acariciava meus cabelos levemente fazendo com que eu me sentisse mais amada do que antes.

–Então...? - perguntei depois de um tempo

–Então oque?

–Como vai ser agora? - perguntei enquanto me sentava de joelhos na cama, enrolada nos lençóis

–Annabeth... - ele parecia um pouco desajeitado com o que iria falar -....Eu te trouxe aqui, para me despedir, me despedir de você.

–Oq-que? - meu coração já começava a acelerar

–Você vai para a Rússia a meia noite, e eu queria que você tivesse pelo menos algum tempo para se sentir feliz e todo esse tempo, eu queria passar com você.

Eu estava atônita e assustada, e de novo, chorando enquanto abraçava as pernas.

Rússia....? Não!

Perseu se aproximou de mim, e me envolveu em um abraço, leve mas mesmo assim significativo.

–Desculpe por isso, foi o máximo que eu consegui. Quando soube que você estava presa, pedi para Poseidon que a soltasse mas tudo que consegui foi um acordo que se te soltassem, você teria de ir para outro país, e eu não poderia mais vê-la.

Eu continuava a chorar como uma criança em seus braços escutando cada palavra. Agora tudo estava encaixado....! Perseu não iria me fazer uma surpresa dessa sem motivo algum, e mesmo estando brava com ele, não era hora de brigar.

–Aconteça o que acontecer, onde você estiver ou onde eu estiver.... Eu te amo Annabeth. - ele disse depois de tudo e tudo que eu consegui foi falar foi..

–Eu também te amo.... - eu disse despencando em lágrimas, e o abraçando o mais forte eu conseguia, pois sabia que essa era a última vez que eu poderia fazê-lo.

Depois de estarmos vestidos, o relógio marcava 23:57, ou seja faltavam só três minutos. Eu ainda não tinha me recuperado do choro, e tudo que eu queria fazer na verdade era fugir, fugir para um lugar que o mundo não estivesse contra a mim, e a minha felicidade.

Perseu me acompanhou até onde ainda não seria visto, quando chegamos nos olhamos e vimos a alma um do outro refletida em nossos olhos, que também continha tristeza. Nós demos o melhor beijo que já tínhamos dado em todo o tempo juntos. Aquele beijo provava todo o nosso amor, tinha mais sentimento do que qualquer coisa, e quando nos separamos, ele beijou minha mão e pegou alguma coisa no bolço.

–Isso é para você lembrar de mim para sempre. - ele me mostrou um colar, simples, parecia bem com uma concha em formato de coração. O meu só apertou mais ainda de vê-lo.

Perseu me virou e colocou o colar em meu pescoço, e no mesmo, depositou um beijo singelo.

Olhamos nos olhos um do outro pela última vez quando ouvi o grito de um dos guardas.

–Ei! Loira, está na hora da sua viagem!


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