O melhor verão da minha vida escrita por Roberta Valentina


Capítulo 12
A culpa deve ser das estrelas.


Notas iniciais do capítulo

Então, meus amores... Obrigada pelos reviews.
Mas um capitulo fresquinho para vocês.



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–Você vai mesmo parar de falar comigo? – Edward me perguntou irritantemente, tentando pela milionésima vez puxar assunto comigo.

Eu apenas suspirei, mudando a página da revista que eu estava lendo desde que entramos no jatinho. Eu ainda estava muito brava com ele para conseguir falar alguma coisa civilizada para essa criatura mentirosa à minha frente. Não conseguia acreditar no tanto de mentiras que ele inventava a cada instante e essa última então?! Grávida! Eu?!

Se meu pai ouve uma história dessa cai duro, de ataque fulminante do coração! Eu nem queria imaginar quando alguém da família do imbecil resolvesse abrir a boca e soltar que a pressa toda de nos casarmos era porque estávamos à espera de um filho. Meu Deus! Só de pensar na reação dos meus parentes, meu coração se aperta. Com certeza, seria um desgosto daqueles!

–Ninguém vai dizer nada, Bella. Os ingleses sabem ser discretos. –Garantiu-me e eu apenas lhe lancei um olhar ameaçador, querendo que ele calasse a boca. – Você quer que eu faça o quê? Eu já pedi desculpas!

–Que fale a verdade pelo menos uma vez na vida! – Exclamei quebrando meu silêncio. –Você mente tanto que eu já tô começando a acreditar que tudo que sai da sua boca é uma mentira atrás da outra. –Acusei e ele tomou um choque pela minha sinceridade.

–Bella, eu não menti quando eu disse que te amo. –Ele afirmou, mas eu ri sarcástica.

–Como eu vou saber? –Perguntei ácida, calando-o. – Você é tão bom ator que acredita na própria mentira!

Depois da minha explosão, ele ficou calado o resto da viagem, felizmente. Ao saltar, ele ficou no telefone com Jane, sua assistente que tinha voltado de férias, e me ignorou todo o caminho de volta para o castelo. Eu não me importei nenhum pouco, pois finalmente eu conseguia um pouco de paz para organizar meus pensamentos.

Meus pais chegariam depois de amanhã e eu ainda não fazia ideia como eu poderia explicar esse emaranhado de mentira para eles. Minha mãe, com certeza, diria que eu ia para o inferno por cometer tantos pecados e meu pai, sem sombra de dúvidas, ia tentar matar Edward da pior maneira possível. Eu sabia que podia contar toda a verdade para eles, mesmo sofrendo as consequências de uma grande multa por quebra de confidencialidade, porém eu não conseguiria.

Eu sabia o quão importante para Edward era manter essa história em sigilo e, não querendo enganar a mim mesma, eu era idiota o bastante para nutrir um certo sentimento por ele. Não sabia ser era o tal amor, mas era forte o bastante para me impedir de desmascará-lo na frente de todos e contar toda a verdade. Talvez, eu só fosse estúpida o suficiente para sentir dó de traí-lo dessa maneira... Sei lá.

Eu só sei que se ele continuar dessa forma, meu coração ele não terá.

***

Na manhã seguinte, um belo conjunto de joias se encontravam à minha porta. Eram lindas, não resta dúvidas, mas me senti ultrajada por Edward pensar que poderia comprar meu perdão dessa maneira. Fui até a seu quarto, espumando de raiva e o encontrei deitado na cama, distraído. Com o notebook no colo, ele nem pôde se esquivar quando joguei seu “presentinho” na sua direção.

–Não gostou? –Perguntou aturdido pelo meu ataque. –Posso trocar se você quiser.

– Eu só não digo onde você deveria enfiar essas joias, pois tenho certeza de que você não enfiaria. –Adverti revoltada. -Como não quero perder meu tempo... – Nem terminei a frase e bati a porta atrás de mim.

PDV de Edward

Merda! O que foi que eu fiz de errado dessa vez? Perguntei a mim mesmo, olhando para a porta que Bella tinha acabado de sair feito um furacão.

Eu só tentei agradá-la, pra ver se eu conseguia fazer as pazes com ela, porém acho que subestimei a raiva que ela está sentindo por mim agora. Eu só queria que ficássemos finalmente bem... não ofendê-la. Putz.... eu já não sabia mais como fazer para me redimir.

–Sr. Cullen, quer alguma coisa? – Emily me perguntou, gentil, enquanto entrava no quarto e eu neguei com a cabeça.

–Aliás, eu queria um conselho. – Eu disse e ela me olhou surpresa.

–Sobre o quê? – Perguntou-me confusa.

–Hum... você é uma mulher, né? –Perguntei meio debilmente, confesso.

–Desde que eu nasci, patrão. – Ela respondeu entre risos e eu bati na cabeça admitindo minha própria burrice.

–Enfim... Você, como mulher, deve saber o que pode ajudar a um cara conseguir conquistar uma moça, não é? –Perguntei e ela sorriu pra mim.

–Se é da Bella que estamos falando... – Eu assenti e Emily continuou: - O senhor está errando feio querendo trocar afeto por joias. – Afirmou, apontando para o presente jogado sobre a cama. – Ela não é esse tipo de moça... Ela gosta de carinho, atenção, bondade. Bella não é interesseira. –Percebendo que isso não tava ajudando muito, a senhora concluiu dizendo: - Ou seja, se quer conquistar de verdade o coração dessa garota, vai ter que demonstrar que realmente gosta dela, que se interessa pelo que ela tem a dizer e que a quer fazer feliz.

–Mas...

–Ah, se quiser dar algo a ela.... Carinho e atenção podem ser o presente perfeito. –Aconselhou-me, saindo e me deixando imerso em pensamentos.

Só depois de algum tempo vim entender de verdade o que Emily quis dizer, pois me lembrei quando toquei aquela música para Bella e ela se emocionou tanto. Não me custou nada, mas veio do meu coração e eu sabia que pra ela, era isso que mais importava.

Saí do quarto e fui atrás dela... Xinguei algumas vezes pela casa ser tão grande, pois demorei bastante tempo para encontrá-la na sala de TV. Ela não percebeu minha presença logo, porque não fiz nenhum barulho e apenas fiquei a admirando, deitada no sofá distraidamente, com seus cabelos negros soltos caindo em cascatas pelo seu busto até a cintura. Por causa que o cômodo estava muito gelado, graças ao potente ar condicionado que pus de maneira estratégica para que eu pudesse ficar aconchegado com as garotas que eu trazia para cá nos velhos tempos, Bella estava coberta com uma manta grossa.

Ela assistia “A culpa é das estrelas” e já se via que seus olhos estavam cheios de lágrimas. Quando sentei ao seu lado no grande sofá, ela se sobressaltou, mas quando viu que era apenas eu, lançou-me um olhar mais gélido que a sala e encolheu as pernas para que ficasse o mais afastado de mim possível.

–Posso assistir com você? –Perguntei meio sem jeito.

–A casa é sua. – Sua observação soou tão ácida que me fez me lembrar do jeito que eu costumava falar com as pessoas.

–Mas você é a dona do meu coração. – Desarmei-a com essa afirmação meio melosa, confesso, porém não menos verdadeira.

–Tá, mas cala a boca que eu quero assistir o filme. – Cedeu e eu sorri por ter ganho essa batalha, mesmo que a guerra estivesse longe de terminar. Ela nem reclamou que, sem sua permissão, eu pus suas pernas sobre meu colo.

Com o passar do filme, Bella ficava cada cena mais emocionada e mesmo odiando o filme meloso - pois era dramático demais para o meu gosto - eu estava adorando estar ali tão pertinho dela. Na parte que o garoto morreu, ela só faltou se afogar no seu próprio choro.

–Ah, que injustiça, porque ele tinha que morrer, Edward?! –Perguntou angustiada.

–Por que é assim a vida, meu bem. Ela não é justa. – Eu tentava consolá-la, porém ela chorava cada vez mais. – Todos vamos morrer um dia... A culpa deve ser das estrelas! -Bradei e ela riu, voltando a prestar atenção no filme, só que dessa vez bem mais próxima de mim.

–Eu não quero fazer isso. – Bella soltou, apontando para tela, onde a personagem principal fazia seu discurso fúnebre para o namorado. – Quando você morrer, eu acho que não conseguirei parar de chorar pra falar nada.

–Você vai chorar quando eu morrer? –Perguntei surpreso e ela esboçou um sorriso.

–Litros. – Disse simplesmente e, depois que eu bufei incrédulo, em resposta ela me deu um leve tapa no meu peito, dizendo: - Claro que sim, né Edward...

–Duvido. – Eu afirmei e ela revirou os olhos.

–Eu não te odeio tanto quanto aparento. – Admitiu e eu abri um pequeno sorriso, feliz por ultrapassar a barreira que ela tinha imposto entre a gente.

–Eu sei, meu amor. – Falei não resistindo a tentação de abraça-la. –Eu só estava te provocando.

Isabella não quis dar o braço a torcer de cara e fez charminho, não retribuindo o afeto, porém aos poucos foi cedendo e no final já estávamos agarrados um no outro. Ela chorava no meu peito compulsivamente e eu tinha certeza que não era por causa do filme. Eu apenas fiquei ali, acariciando suas costas até que ela levanta a cabeça, me olha intensamente nos olhos e me secreta:

–Eu não quero que você morra. – Nossos rostos estavam tão próximos que dava para sentir hálito de hortelã.

–Nem eu. Mas isso pode acontecer a qualquer momento. – Sorri torto e num rompante, ela me beija.

Não foi um beijo calmo, nem tristonho, mas urgente e violento. Ela apertava seu corpo no meu, juntando nossos lábios com força e eu a puxei para o meu colo, no qual ela se sentou de frente para mim e sem nunca desgrudar nossas bocas. Ela puxava a raiz do meu cabelo como se quisesse me punir por todo o sofrimento que eu estava a causando, porém isso era tão sexy que invés de causar dano, deixou-me excitado.

Ela não parecia nenhum pouco inexperiente, quando tirou meu suéter com rapidez e agilidade e começou a beijar meu pescoço, ombros e orelha. Eu já estava ficando louco... porém não quis apressar as coisas e acabar assustando-a. Deixei que ela fizesse o que bem entendesse de mim, demonstrando não só que eu pertencia a ela, como a amava a ponto de me entregar completamente.

Meu coração encheu de alegria quando ela levantou os braços, permitindo que a despisse também. Quando retirei seu vestido, sua lingerie azul me encantou, pois era minha cor favorita, porém, na verdade, eu acharia bem melhor fora do seu corpo. Tudo tem seu tempo.... Minha mente advertiu-me e eu tentei me controlar.

–Tô com frio. – Bella reclamou e eu coloquei a manta sobre seus ombros, a puxando de volta para os meus braços, fazendo com que se tornasse uma espécie de caverna para gente. – Bem melhor.

Minhas mãos, que antes acariciavam seu rosto desceram pelo seu belo corpo e pousaram no seu quadril, nos quais eu apertei e ritmicamente impulsionei para trás e para frente. Bella suspirou e eu beijei seu pescoço, enquanto ela mordia o lábio inferior.

Os tecidos das nossas roupas ainda impediam de consumar nosso desejo e Bella de ser minha de verdade, porém não tardaria disso acontecer e ela, mesmo sendo ingênua, deveria saber disso. Só que, não querendo me sentir culpado depois, perguntei sussurrante no seu ouvido:

–Tem certeza do que está fazendo? Depois não tem volta... - Alertei e ela me olhou séria.

–Eu sei... por isso que quero aproveitar hoje, o que amanhã eu posso não ter. – Respondeu decidida e eu sorri.

–Se é assim... – Falei, jogando-a deitada no sofá.

Beijei-a toda, tirando as únicas roupas que lhe restavam até que batidas fortes nos assustou, fazendo com que eu caísse no chão.

–Telefone! – A voz de Jacob nos avisou e eu grunhi por ele nos interromper assim, logo agora, por causa de um telefonema insignificante.

–Estamos ocupados! – Gritei de volta e podemos ouvir do outro lado da porta:

–Desculpe Sra Swan, sua filha está impossibilitada de lhe atender agora. Eu sei que a senhora é a mãe dela, porém a mesma se encontra trancada na sala de TV, com o noivo, que mandou dizer que estão ocupados. Quer deixar recado? –Olhei para Bella e ela tapava a boca para não gritar e seus olhos ameaçavam sair das órbitas. Ela saltou do sofá, enrolada na manta e abriu a porta desesperada: - Hum... Ficou mudo. – O maldito do Jacob avisou, em deboche, e só vi Bella cair no chão, inconsciente.


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Notas finais do capítulo

E aí??? Genteee quero ter algumas sugestões para a história... quem pode me dar?



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