Still Into You escrita por dobrevastar


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Resolvi postar esse capitulozinho antes que vocês deem uma de effie e morram antes da fic terminar ;P



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Um bip. E depois outro, e mais outro, uma série de bips e o coração dela estava batendo novamente! Sequei meu rosto e me levantei, vendo o peito de Effie movendo-se para cima e para baixo, mostrando que estava respirando. Ela estava viva.

– Ela está viva!- disse Peeta dando tapinhas em minhas costas – Ela voltou pra você, Haymitch.

– Ela voltou para mim – repeti.

Eles moveram a maca a outro compartimento, onde uma enfermeira fechou as cortinas, fiquei esperando, impaciente, do lado de fora. Meia hora depois, eles disseram que eu poderia entrar e avisaram que ela estava sobre efeito de morfina e estava dormindo. Quando entrei, me deparei com uma Effie totalmente diferente, ela estava sem peruca, haviam tirado toda a maquiagem e a roupa que estava usando antes, estava coberta apenas por um lençol, e estava um pouco frio ali, por isso decidi puxar o lençol fino até acima dos ombros, e vi que havia um curativo enorme sobre o ombro direito de Effie.

Acariciei o rosto magro dela, que estava recuperando a cor ainda.

E então eu vi as mãos dela, as unhas haviam sido arrancadas, e na mão esquerda, no dedo anelar, havia uma marca de queimadura, como se houvessem colocado um anel em brasas, e na mão direita também. Trinquei o maxilar.

Fiquei o resto da noite ao lado de Effie, observando-a, perguntando-me o que será que eles haviam feito com ela.

Effie, por sua vez, estava um pouco inquieta, mesmo sob efieto de morfina, as vezes ela franzia o cenho, ou fechava os olhos com muita força e mordia os lábios.

Aproximei a cadeira da cama e segurei a mão gelada de Effie entre as minhas, torcendo para que estivesse um pouco quente e ela ficasse um pouco melhor.

– Como ela está?- pergunta Peeta entrando na sala.

– Acho que está tendo pesadelos – digo, então suspiro – Eu não devia ter deixado ela lá.

– Aposto que não é culpa sua.

– Como está Katniss?- pergunto.

– Nenhuma mudança. Amanhã vão tentar reconstruir a pele dela – diz Peeta colocando as mãos nos bolsos e olhando para o chão.

– Ela vai ficar bem. Aquela garota é dura na queda.

Peeta sorri.

– É estranho ver Effie assim, tão... natural. E tão... prejudicada.

– Pois é, mas é melhor não contar a ela. Effie odeia que a vejam como é sem todas essas coisas da Capital. Ainda mais agora.

– Vocês continuam sendo o completo oposto um do outro.

– Para sempre, garoto.

Olho para Effie, que ainda estou segurando a mão, e ela parece mais tranquila agora.

**

– Tirem ele daqui!- gritou Effie – Sai, eu não quero te ver, a culpa é sua! Me largue, seu porco imundo!

Tentei segurar os braços de Effie, que insistiam em me socar na barriga, mas ela não tinha forças para que tal ato chegasse a causar alguma dor. Ela gritou e percebi que estava fazendo força sobre seus ferimentos. Dois enfermeiros chegaram e pediram para que eu me retirasse.

– Eu esperei por você!- foi a última coisa que ouvi antes de a porta se fechar atrás de mim. Eu me sentei nos bancos em frente ao quarto dela e fiquei ali, enfermeiros entravam e saiam, pessoas passavam apressadas pelos corredores.

– E aí?- disse Peeta jogou-se na cadeira ao meu lado.

– Ela não quer me ver.

– Relaxe. Deve ser apenas estresse pós-traumático. Ouvi dizer que pessoas que foram torturadas costumam ter isso – brincou Peeta, e percebi que nesses últimos dias havíamos conversado muito mais do que nos últimos dois anos. Ele era muito mais chegado a Effie, e eu me entendia com Katniss.

– E Katniss? Está na cirurgia?- pergunto.

– Sim, já faz cinco horas. Então decidi dar uma volta e encontro outro cara que está proibido de ficar na mesma sala que o amor da vida dele e decidi conversar um pouco.

– Ela não é... – começo, mas o olhar que Peeta me lança impede.

– Não precisa mais se fechar aos outros, Haymitch.

– Por que não?

– As coisas mudaram.

– Tipo?

– Tipo a Capital caiu, Snow vai ser morto daqui alguns dias, não tem mais porque ser assim. Tudo vai ficar bem.

– Exceto por uma vadia manipuladora.

– O que?- pergunta Peeta – Haymitch, se você está se envolvendo com outra pessoa...

– Eu não...

Com o canto do olho, vejo uma enfermeira se aproximando, pronta para entrar no quarto de Effie, segura uma seringa com um líquido vermelho muito suspeito. Levanto-me e seguro o braço dela antes que ela injete aquilo em Effie, que está desacordada.

– O que é isso?- pergunto.

– Nada, senhor. Apenas ordens da Presidente Coin.

– E o que Coin ordenou?

– A execução discreta de Effie Trinket. Rápida, sem dor – disse a enfermeira como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Tomei a seringa da mão da enfermeira.

– Não faça nada a ela até eu voltar – digo, saindo furioso da sala e indo atrás de Coin, mas antes grito a Peeta por cima do ombro – Não a deixe sozinha, Peeta!

Naquela tarde, Effie recebeu alta e foi autorizada a voltar para casa apenas para pegar algumas roupas, eu a acompanhei, pois de repente todo mundo tinha afazeres. Ela parecia meio triste com o estado em que a Capital se encontrava, e confusa, olhava para todos os lados, tentando reconhecer algo, e acho que ela deve ter esquecido como chegar em casa.

– Está perdida?- pergunto, com as mãos nos bolsos.

– Não, eu sei para onde estou indo – diz ela, decidida.

– Jura? Porque passamos do seu prédio há umas três quadras atrás.

Arqueei as sobrancelhas e Effie pareceu um pouco desconcertada, mas nada mais que um segundo, ela empinou o queixo e disse: - Eu sabia, só estava dando uma olhada no estrago.

– Tudo bem, boneca.

O interior das casas, pelo visto, não havia sido afetado, estava vazio, como se tivesse sido evacuado numa emergência, mas tudo estava muito bem arrumado.

Effie parou na porta e um leve tremor atravessou seu corpo, ela fechou os olhos e inspirou profundamente, mas parecia ter medo de entrar em casa.

– Ah, que ótimo, está tudo aqui – disse Effie, mas seu tom não sugeria animação ou qualquer outra coisa, eram apenas palavras – Vou arrumar uma mala, caso precise ficar lá por algum tempo. Acho que deve ter algum vinho na cozinha, se quiser.

E desapareceu pelos corredores, sem os saltos, seus passos eram silenciosos. Apareceu cerca de quinze minutos depois, usava um vestido verde com mangas compridas, bem discreto na verdade, seus sapatos de salto alto e a peruca ouro-metálico que não deixara tirar em nenhum momento.

– Podemos ir – anuncia ela. Eu me ofereço para levar sua mala, e ela aceita.


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Notas finais do capítulo

QUEM ACHOU QUE A EFFIE TINHA MORRIDO? me digam que eu consegui fazer vocês acreditarem nisso plssss
enfim, espero que tenham gostado do capítulo amores



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