Still Into You escrita por dobrevastar


Capítulo 20
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, bom dia
Segundamente: PESSOAS DE CORAÇÃO FRACO ESTÃO TERMINANTEMENTE PROIBIDAS DE LER ESSE CAPÍTULO!!! Boa leitura queridos ;)



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– Soldado Albernathy – diz um soldado do 13 entrando na sala de reuniões que montamos no prédio dos tributos, apesar de eu odiar aquela ideia.

– Diga.

– Encontraram Effie Trinket. Ela está na enfermaria.

Levanto-me e ando rapidamente, para não dizer que estou correndo, não sei dizer por quantos corredores eu passei, quantos quartos vazios e macas com pacientes. De repente, lá está ela, em sua peruca ouro-metálico, suja, as mãos tremendo e há manchas vermelhas no tecido do vestido de mangas. Ela começa a se debater quando tentam lhe tirar a peruca e penso no que fizeram com aquela pequena e indefesa criatura.

– Effie!- entro na enfermaria. Ela se levanta em minha direção, as lágrimas já escorrem por seu rosto, e ela já está em meus braços quando de repente para e começa a massagear o peito, e cai de joelhos no chão, seus dentes cerrados.

– Haymitch... – diz ela, segurando a gola de minha camisa, e então ela solta.

– Ela está tendo um infarto! Ajudem!

Dois enfermeiros levantam uma Effie desmaiada e a colocam na maca, um deles começa a esfregar duas chapas metálicas uma na outra enquanto o outro puxa o vestido de Effie, deixando o colo a vista.

– Um, dois...

– Esperem, o que vocês vão... – paro de falar quando ouço o barulho elétrico das chapas e então elas contra a pele macia de Effie, o peito dela sobe, mas ela cai desacordada na cama novamente. – NÃO!- grito, quando fazem menção de darem outro choque. E então Effie cai desacordada novamente.

– Não está respondendo – disse o que estava dando os choques em Effie – Vamos tentar de novo. Um, dois, três...

Mais um choque, e o corpo dela cai inanimado na maca.

– Resista, vamos, resista – disse o enfermeiro aplicando outro choque e eu caio de joelhos no chão.

– Vamos Effie, não desista agora. Fique viva – estou murmurando comigo mesmo quando sinto braços me puxando e me tirando da sala, eu começo a gritar – NÃO! EU PRECISO FICAR COM A EFFIE! ELA PRECISA DE MIM! NÃO!

Caio de joelhos no chão e bato no vidro da janela.

– Haymitch! Haymitch!- diz Peeta ao meu lado, mas não é a voz dele que eu quero ouvir – Haymitch, ela vai ficar bem.

– Ela não está respondendo – digo entredentes.

– Effie é forte, até parece que você não a conhece. Ela com certeza não vai querer morrer para ser enterrada com um macacão cinza fora de moda.

Eu sei que é uma tentativa de me animar, mas eu não consigo pensar em outra coisa que não seja em como aquilo é culpa minha. Eu não deveria ter escutado a Coin, ou Plutarch, devia ter voltado aquela sala para trazer Effie comigo para o Treze, mesmo que fosse contra Coin.

– Sabe, você deveria parar de beber – diz Effie.

– E por que eu faria isso?- pergunto.

– Ficar vivo?

– Não preciso. Ninguém sentiria minha falta mesmo.

– Ora, mas é claro que... – ela balança a cabeça negativamente – Sempre tem alguém que irá sentir nossa falta quando morrermos, Haymitch. E se eu caísse morta hoje, você sentiria minha falta?

– Não sentiria falta das broncas, ou de você tomando minha bebida. Não sentiria falta de ver essas perucas coloridas todo ano, ou desses saltos enormes – digo, Effie abaixa a cabeça e encolhe os ombros – Eu sentiria falta da mulher que você é sem tudo isso.

– Mas Haymitch, eu não sou nada sem isso – diz Effie.

– Você é sim, só não descobriu ainda – digo, tomando outro gole da bebida. Effie fica algum tempo olhando para mim, indecisa entre sorrir ou não, então sou eu quem sorrio para ela, e ela sorri de novo, ficando com as bochechas muito coradas.’’

– Me perdoe, por favor, fique sem falar comigo, fique sem me olhar, mas fique viva, Effie. Resista!- bati no vidro da sala onde ainda tentavam reanimar o corpo de Effie, as pontas de seus dedos estavam ficando roxas e ela já estava meio pálida.

Os enfermeiros dão outro choque em Effie, e começam a pressionar o peito dela, enquanto o outro coloca uma máscara de oxigénio em seu rosto.

Percebo que estou chorando, olho para Peeta e as lágrimas também escorrem pelo rosto dele como uma cascata.

– É tudo minha culpa! Eu não devia ter deixado ela lá, não devia – sento-me no chão e abraço meus joelhos.

As coisas começam a girar em minha cabeça, vejo aquela Effie de vinte e três anos, sorrindo para mim e estendendo a mão, e então uma Effie bêbada tentando me ensinar a dançar, Effie me ajudando a levantar quando cai de tão bêbado, e a única coisa que fiz foi xingá-la... Effie dançando comigo no baile da Turnê da Vitória, Effie e eu nos beijando, eu e Effie na cama...

– EFFIE!- grito, para quem quer que esteja ouvindo, sem prestar atenção nos sons ao meu redor.

Effie se foi, ela não iria mais voltar, não iria mais brigar comigo, ou sorrir, ou chorar em meu ombro, ela não faria nada. E era culpa minha.

E então, um bip.


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Notas finais do capítulo

VIM FAZER VOCÊS SOFREREM UM POUCO PORQUE SIM, JÁ DISSE QUE MEUS LEITORES BORN TO DIE? NÃO? OPA, FOI MAL
Boa semana pra vocês, não pra mim, porque to em provas :P
—III_



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