Seddie, a história continua escrita por Nany Nogueira
Notas iniciais do capítulo
Advertência: O capítulo contém embriaguez e sexo
Carly terminava de passar o aspirador de pó na sala quando Sam bateu na porta. A morena não ouviu, já que além do barulho do aspirador, estava com os fones de ouvido e seu celular no bolso, ouvindo música e cantarolando.
Cris saiu de seu quarto e disse:
– Mamãe, acho que estão batendo na porta.
Carly tirou o fone do ouvido e perguntou:
– O que disse querido?
– Eu disse que acho que estão batendo na por...
Antes que Cris pudesse terminar a frase, a porta foi arrombada e Sam entrou:
– Boa tarde pessoal!
– Sam, não acredito que fez isso com a minha porta – reclamou Carly.
– Quem mandou demorar tanto pra abrir? Paciência não é meu forte. Tem bacon na geladeira? - perguntou a loira, caminhando até a cozinha.
– Não, mas tem presunto – respondeu Carly – O que faz aqui?
– Nossa, quanta alegria em me ver – zombou Sam, indo para o sofá com uma peça de presunto nas mãos.
– Cadê a Belinha? - perguntou Cris.
– Com o pai dela, da mesma forma que Eddie e Nick. Eu estava muito sozinha lá em casa, então resolvi vir incomodar a minha mais velha melhor amiga.
Diante da resposta de Sam, Cris voltou para o seu quarto.
– Obrigada por me chamar de velha – disse Carly, rindo e sentando-se ao lado de Sam no sofá.
– Que nada, você é mais nova que eu. Se bem que eu mesma ando me sentindo bem velha ultimamente. Acredita que o Freddie tá namorando uma garotinha de 18 anos?
– Ele me falou que estava saindo com uma garota, mas eu não sabia a idade. Só que isso não faz de você uma velha Sam.
– Eu tô caminhando pra 25 anos. Ele tá com uma menina que tem a idade que eu tinha quando nos casamos.
– Aposto que ele está fazendo isso para te esquecer e se você estalar os dedos ele volta correndo pra você. Outro dia mesmo me contou que estava arrependido por ter se separado e por não ter te ouvido, porque tinha descoberto toda a verdade, até pediu que eu o ajudasse com você.
– Sério?
– Sim.
– Mas agora é tarde demais, ainda estou muito magoada. Ele não acreditou em mim e ainda arrumou uma piriguete rapidinho. Toda vez que nos separamos ele corre atrás de outra, pelo menos dessa vez não foi atrás de você.
– Sam, isso faz parte de um passado do qual eu não me orgulho. Eu não permitiria que ele voltasse a se aproximar de mim, mesmo eu estando aqui sozinha e abandonada.
– Então toca aqui amiga, porque estamos na mesma situação – disse Sam abrindo a mão para que Carly batesse.
Carly bateu na mão de Sam e disse:
– Será que nosso destino será acabar a vida encalhadas e fazendo crochê pra passar o tempo ou cuidando da vida dos vizinhos na janela?
– Nossa Carlynha, que drama! Você tá sozinha por opção, porque sempre teve facilidade para arrumar um namorado, ao contrário de mim, que sempre só tive olhos pra aquele nerd idiota.
– Acho que eu tô mais exigente agora, a beleza tem que vir de dentro e isso é raro hoje em dia. Além disso, tenho um filho e rapazes jovens não vão querer virar pai da noite pro dia.
– É, também penso nos meus filhos. E, pra ser sincera, não tenho vontade de me relacionar agora, porque preciso de um tempo pra curar minhas feridas sabe?
– Sei, também tô nessa, ainda mais que o Brad sumiu, mas continuo assustada, pensando que ele pode estar me rondando e pronto pra dar o bote, principalmente se me vir com um namorado por aí.
– Já eu quero mais que o Freddie pense que estou com alguém, adoro ver a cara de ciúme dele – comentou Sam, rindo.
– Você ainda gosta dele Sam. Deixa o orgulho de lado e vai ser feliz, aceita o Freddie de volta.
– Não é tão simples assim Carls.
– Onde está a dificuldade?
– Eu tenho uma ideia melhor... eu estou sozinha e você também... homens só nos decepcionaram, podemos viver um romance, eu sempre te amei Carlynha – falou Sam, caindo na gargalhada – Que tal Cam? Também pode ser Sarly! Seddie e Creddie é coisa do passado, o shipp de Icarly é outro – Sam já segurava a barriga de tanto rir.
– Ai Sam! Você não tomou seu tarja preta hoje né? - perguntou Carly, rindo também de sair lágrima dos olhos.
– Eu juro que se curtisse mulher seria apaixonada por você amiga – completou Sam.
– Eu também seria apaixonada por você. Pena que somos enlouquecidas por homens. Nós os odiamos e não sabemos viver sem eles.
– Nem me fale, eu sempre odiei aquele nerd e o amei mais que tudo – confessou Sam.
– É, às vezes nos apaixonamos por quem menos esperamos...
– Como assim? Me explica essa história direito. Por quem está apaixonada?
– Por ninguém, foi só um comentário. Como você é desconfiada Sam.
– Sabe que já tem um tempo que eu tô notando um clima entre você e o Gibby. Vocês estão se pegando né?
– Claro que não! - respondeu Carly, indignada.
– Não é você que adora aquele papo de que melhores amigas não escondem nada uma da outra? - perguntou Sam tentando imitar a voz de Carly.
– Está bem...Eu e Gibby nos beijamos uma vez, no elevador, quando acabou a luz, mas foi uma vez só.
– Uau! Carlynha se agarrando com a baleia no elevador do prédio, quem diria? Você nunca gostou de garotos fora do padrão de beleza e muito menos de ousadias em lugares não apropriados. Vivia recriminando a mim e ao Freddie na época do namoro por causa das demonstrações de afeto em lugares públicos e os agarramentos na saída de incêndio e no elevador.
– Juro que não sei o que me deu. Acho que foi porque eu fiquei em pânico. Você sabe que tenho claustrofobia. Daí o Gibby me abraçou, ficamos muito perto e rolou. Quando a luz voltou eu não conseguia olhar pra cara dele.
– E depois? Vocês conversaram sobre isso?
– Sim, e eu expliquei pra ele que não tava num bom momento para me relacionar. Ele achou que o problema fosse com ele, mas aceitou e continuamos amigos. De vez em quando ele me lança um olhar apaixonado e eu sinto um frio na barriga.
– Olha só, Carlynha apaixonada pelo fofinho do Icarly. O mundo realmente dá voltas. Se bem que eu sempre achei que você defendia demais aquele saco de banha.
– Não precisa falar dele desse jeito.
– Tá vendo?
– Não sei se é paixão ou carência em razão desse momento crítico da minha vida. Eu já achei que estava apaixonada por ele quando salvou minha vida, mas o esqueci assim que reencontrei o Brad.
– E por que não tenta descobrir?
– E por que não dá mais uma chance pro Freddie?
– Tá, deixa pra lá. Tem alguma coisa pra beber? Melhor enchermos a cara porque não estamos raciocinando muito bem sobre as nossas vidas amorosas sóbrias.
– Acho que deve ter um vinho no armário da cozinha.
Sam foi pegar e pouco tempo depois as duas já tinham tomado toda a garrafa e riam a toa. Falaram todo o tipo de besteira, até sobre Freddie.
– Quem diria que o Freddie com aquele jeito todo nerd fosse bom de cama – comentou Sam.
– A mais pura verdade, eu nunca tinha imaginado aquilo tudo – confessou Carly.
– No final das contas o bobalhão comeu nós duas – concluiu Sam.
– De bobo ele não tem nada. Por falar em bobo, acredita que o Gibby beija super bem?
– Será que ele trepa bem também? Se eu fosse você experimentava, ele tá doido pra te pegar. Dá pra ele amiga, sem medo de ser feliz.
– Quem sabe né? Pode não ser má ideia, eu tô na seca mesmo.
– Estamos na seca né amiga?!
Mais tarde, Cris apareceu na sala ao ouvir as garagalhadas altas, assim que tirou os fones de ouvido do seu jogo no pc.
– Mamãe, o que é tão engraçado?
– Cris, você viu o mosquito? Ele pousou no nariz da Sam e ela foi amassar ele mas bateu na própria cara – contou Carly, rindo.
– Olha ficou até vermelho – disse Sam, apontando para o próprio rosto e rindo sem parar – E eu nem matei o mosquito.
– Na boa, acho que estamos bêbadas.
– Será? - perguntou Sam, levantando-se do sofá – Olha, eu consigo fazer o quatro.
A loira se desiquilibrou e caiu de bunda no chão, rindo sem parar.
– Ainda bem que sua bunda é grande né Sam? Assim amortece a queda – falou Carly, gargalhando, enquanto tentava levantar a amiga do chão, caindo também.
– Caramba, vocês não estão bem – observou Cris.
– Não estamos, mas vamos ficar. Vem Carls, precisamos jogar água no rosto – disse Sam, conseguindo se levantar e puxando a amiga.
Ambas foram caminhando abraçadas e rindo até a cozinha, amparando-se.
Começaram a jogar água no rosto, depois uma guerra de água.
– Você me molhou toda Carly, agora tenho que ir pra casa trocar de roupa – reclamou Sam.
– Você também me molhou.
Sam foi para o seu apartamento sem conseguir fazer o trajeto em linha reta, quando abriu a porta assustou-se ao ouvir um barulho vindo de seu quarto. Correu até lá e gritou:
– Pega ladrão! - pulando nas costas dele.
– Para com isso Sam! - disse Freddie, jogando-a na cama – Sou eu! Vim pegar o pijama das crianças, elas querem dormir comigo hoje. Daí aproveitei para pegar umas roupas minhas que ainda estavam no armário.
– As crianças vão ficar querendo.
– Como assim?
– Adorei o jeito como você me jogou na cama! Você vai dormir é comigo hoje! Meu moreno gostoso! - falou Sam, puxando Freddie para a cama e o beijando de língua.
– Ufa! Mi piel está em fuego!
– Eu apago o seu fogo e você apaga o meu – disse Sam, dando um chupão no pescoço dele.
– Isso não vai ficar barato – disse ele, invertendo as posições e também dando um chupão no pescoço dela, já abrindo a calça jeans dela e puxando-a para tirar na sequência.
Logo haviam se livrado das roupas e atirado todas pelo quarto em meio a beijos molhados em cada centímetro do corpo um do outro.
Freddie a penetrou e iniciou os movimentos:
– Isso meu amor! Vai, mais rápido! Tá gostoso! - começou a gritar Sam enquanto arranhava as costas dele e puxava seu cabelo – Ahhh!
– Sentiu saudade de mim Puckett? Confessa, se não eu paro.
– Muita saudade, eu não sei viver sem você Benson! Eu te amo! Vai! Ai, aahhh!
Os dois chegaram juntos ao ápice, ele se liberou e deixou seu corpo cansado cair sobre o dela. Ela o envolveu em um abraço, dizendo:
– Tá de parabéns Benson!
Freddie sorriu, admirou o rosto vermelho dela, com a expressão de satisfação e ainda em êxtase, então a beijou. Deitou-se ao lado dela e a puxou para o seu peito, acariciando seus cachos loiros.
– Isso significa que nós voltamos, meu amor?
Sam não respondeu. Ele olhou para o rosto dela e viu que já estava em sono profundo.
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