Endless Love escrita por CarolSwanCullen


Capítulo 5
Chapter five


Notas iniciais do capítulo

n/Carol: Eu sei, eu sei, vocês me odeiam, certo?
Só por favor, não odeiem demais. Eu tenho motivos.
Esse mês foi uma correria louca pra mim. Meu priminho fez um ano, e minha tia cismou de fazer uma festinha em casa. E eu ajudei, porque eu faço o melhor brigadeiro da família (modéstia a parte). E então, teve a festa oficial, em um salão de festas, e tal. Eu tive que rodar o Rio atrás de roupas, e de um lugar que tivesse uma camiseta feminina do Batman, e que fosse do meu agrado. Não foi fácil. E teve o carnaval, eu sou uma pessoa lerda por natureza, e fiquei ainda mais lerda porque Chace Crawford estava no Brasil. Eu não consegui vê-lo, é... Enfim.
Além de tudo isso, eu perdi o capítulo pronto duas vezes, e não consegui recuperar, meu netbook tá precisando de um trato, mas eu tenho pena de mexer e perder tudo.
Enfim, de novo. Quero agradecer a todas as lindas que comentaram a fic, às que colocaram nos acompanhamentos, e às que favoritaram também. Como eu não posso especificar quem colocou nos acompanhamentos ou favoritou, obrigada a Paulinha Vampira, CaroolCullen, bela02, Luana72, Karol, yasmin martins e RoCullen, vocês são incríveis.
Nos vemos lá embaixo, amores



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— Tem algum plano para a véspera de natal? — Ela perguntou enquanto brincava com a espuma a sua volta, sentindo a leve pressão dos lábios dele em sua nuca exposta, passeando lentamente por cada letra delicada da palavra tatuada.

Ele tinha grande fascínio pelas tatuagens tão delicadas que enfeitavam o corpo dela. Demonstravam certa feminilidade e ousadia, duas características de sua doce namorada. Ele poderia passar horas citando o quanto ela era maravilhosa e divina e mais muitos outros adjetivos.

— Nenhum, por quê? — Ele mal afastou os lábios que agora trilhavam beijos de boca aberta por seus ombros. Ela suspirou fundo, desfrutando de todas as reações tão intensas de seu corpo ao toque dele.

— Tem esse baile anual de natal da Runway que eu tenho que ir, e eu pensei que talvez você pudesse ir comigo. — Isabella tinha certa dificuldade de raciocinar por causa das carícias, então simplesmente balbuciou. — Sei que é o primeiro natal de Lily e você gostaria de estar com ela, mas é somente durante algumas horas. Sei que não devia estar pedindo isso, mas seria tão malditamente melhor se você estivesse lá. Nós podemos deixá-la com Bertha e não precisamos ficar o tempo todo, podemos sair mais cedo. Ou então nós simplesmente podemos levá-la. Você pode imaginar o quão fodidamente adorável ela ficaria em um pequeno vestido de gala?

— Hey, respire, garota bonita. — Ele brincou. — Nós podemos dar um jeito. Eu não te deixaria sozinha em um vestido de gala, com outros homens em volta. Além disso, nós teremos todo o dia de natal para ficar com Lily.

— Tem certeza? — Ela ainda estava extremamente insegura sobre isso.

— Absoluta. Eu não perderia você em um vestido de gala por nada. Podemos deixar Lily com minha família.

— Bem, sobre isso... Irina perguntou se eu queria convidar alguém além de Rose e Alice, e eu coloquei os nomes de seus pais, suas irmãs, Carlisle, Jacob, Ben e Sarah. Você acha que eles iriam?

— Minha maior dúvida seria meu pai, Jake, Carl e Ben, mas sejamos sinceros, eles são dominados, e minha mãe, Esme, Nessie e Sarah não recusariam tal convite por nada.

A verdade era que Edward era tão dominado quanto seu pai, seus cunhados e seu melhor amigo e faria qualquer coisa que deixasse Bella feliz.

— Isso é bom.

— Acho então que tenho que achar um smoking.

— Então você está indo comigo? — Ela virou-se de maneira estranha na banheira para encarar o namorado com o mais belo dos sorrisos esperançosos.

— Eu nunca disse que não era dominado também. — Seu sorriso torto matador fez sua aparição, enviando tremores pelo corpo dela.

— Bom saber. — Bella abriu um sorriso sedutor.

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— Se importa se eu levar Lily para fazer compras comigo, Rose, Tanya, Victoria e Alice? — Bella perguntou ao telefone.

— Claro que não. Ela está com Nessie hoje.

Edward estava em mais um de seus cansativos turnos diários, parando apenas para verificar sua luz do sol e sua garota bonita no horário de seu almoço.

— Ótimo, acho que vou convidar Ness também. Nós precisamos de vestidos afinal. — Ela comentou divertida, fazendo com que ele sorrisse do outro lado da linha. — Vou deixá-lo trabalhar.

— Nos vemos mais tarde, garota bonita. Amo você.

— Também amo você, doutor McDreamy. Volte logo para mim.

— Sempre.

A ligação foi finalizada, e ambos voltaram às suas atividades anteriores.

Isabella foi para o banho. Suas amigas logo chegariam, e ela queria passar no apartamento de Edward antes de ir buscar Lily e Nessie. Vestiu rapidamente os jeans escuros, o suéter bege com gola Peter-pan dourada e as botas até os joelhos marrom-escuras. Enrolou duas mechas da parte da frente de seus cabelos negros para trás e as prendeu juntas. Fez sua maquiagem rápida e discreta, colocou os anéis e os brincos, e pegou seu casaco cor-de-rosa e as luvas beges. Abriu mão de suas bolsas de grife, optando por guardar o celular em sua carteira amarela com formato de envelope até chegar à casa de seu namorado para pegar a bolsa de Lily.

Edward voltou para sua sala a tempo de receber o próximo paciente. O garotinho de no máximo seis anos aninhava seu braço direito no peito com cara de choro, e a menina mais velha, uns 16 talvez, o encarava com a mais culpada das expressões.

— Bem, o que temos aqui?

— Nós estávamos patinando no Rockfeller Center, e ele caiu no gelo, em cima do braço. Acho que está quebrado. Mamãe vai me matar, ela disse que eu devia tomar conta dele. Ele estava indo bem, então eu soltei suas mãos. Eu não sei o que aconteceu, quando eu olhei de novo, ele estava chorando. — A menina estava desesperada, piscando os olhos azuis insistentemente enquanto passava os dedos pelos fios pretos de seus cabelos.

— Hey, calma. Foi um acidente, sua mãe vai entender. — Edward tentou tranquilizá-la antes de se dirigir ao menininho choroso.

— Como vai, campeão?

— Isso dói. — Ele chorou.

— Eu sei, vamos fazer parar. — E novamente virou-se para a acompanhante. — Preciso de uma radiografia, você pode esperar enquanto nós fazemos o exame.

Ela assentiu rapidamente.

— Ok, obrigada, doutor.

— Posso saber seu nome? — Edward perguntou ao garotinho.

— Ethan.

— Prazer, Ethan, meu nome é Edward. Você já andou de cadeira de rodas? Ethan balançou a cabeça em negação, e Edward abriu um sorriso. — Então você tem sorte que eu seja aquele quem vai levar você. Podemos ir?

Com um aceno de cabeça, ele pegou Ethan e o colocou na cadeira de rodas antes de correr pelos corredores até a sala de radiografia arrancando gargalhadas do menino.

— Precisamos apenas passar no apartamento de Edward para eu poder pegar a bolsa de Lily e no de Nessie para buscá-las, pode ser? — Bella perguntou às suas amigas assim que elas passaram pelo batente da porta de sua sala de estar.

— Claro. — Victoria deu um sorriso cheio de significados escondidos, e foi imitada por Alice, Rosalie e Tanya. — Vamos então.

As cinco belas jovens deixaram o penthouse para o frio de Manhattan no inverno, brincando umas com as outras, compartilhando suas novidades. Victoria estava de malas prontas para mudar-se para o apartamento de seu namorado, James. Tanya havia finalmente se entendido com seu amor do colegial, Nathan, depois de tantas idas e vindas. Alice estava prestes a assinar uma parceria com a Macy’s para uma coleção e, além disso, tinha um sentimento sobre Jasper, o irmão de Rosalie por quem era apaixonada desde que podia contar. Talvez antes mesmo do natal eles estivessem juntos. Rosalie, bem, Rosalie havia recebido um convite para modelar em Milão por algum tempo, mas seu relacionamento com Emmett estava em uma fase ruim, portanto ela não tinha ideia do que fazer.

— Talvez um tempo separados seja bom. — Alice argumentou.

— Ou talvez uma viagem juntos resolva tudo. — Victoria acrescentou. — Com muito sexo de reconciliação. — Ela sussurrou como um segredo, fazendo com que todas rissem jogando suas cabeças para trás em um movimento que parecia ensaiado.

A garota levantou da poltrona em frente à mesa vazia na sala do pediatra quando a porta foi aberta, revelando o médico e seu irmãozinho.

— Tivemos uma fratura incompleta. — Edward informou, e os olhos azuis se arregalaram. — Não se preocupe, não é nada grave. Precisamos apenas colocar o osso no lugar e imobilizar o braço com gesso.

— Tudo bem. — Ela assentiu.

— Vou encaminhar vocês para o ortopedista de plantão.

Quando Isabella e suas amigas chegaram ao penthouse de Renesmee, depois de ter parado no apartamento de Edward, Lily estava pronta no colo da tia, vestindo jeans claros, suéter branco, trench coat azul marinho, sapatilhas rosa pastel, gorro branco com corações em vários tons de rosa e orelhinhas e luvas rosa choque.

— Olá, garotas. — Nessie cumprimentou, com um sorriso.

— Hey, Ness. — Bella cumprimentou rapidamente, sem realmente prestar atenção à amiga. — Olá, meu amor, como você está? — Ela perguntou para Lily.

Renesmee, Victoria, Tanya, Alice e Rosalie observaram com seus olhos claros enquanto Isabella se aproximava de Lily e a menininha se agitava querendo o colo da mamãe. Não havia duvidas que aquela era a relação entre Bella e Lily, a de mãe e filha. Por mais que a menina não tivesse saído de seu útero, era como Bella se sentia sobre a filha de seu namorado.

Mais tarde naquele dia, carregando uma sacola de vestido Carolina Herrera e sacolas Dolce&Gabbana e Christian Louboutin, Isabella saiu do elevador em seu penthouse, empurrando o carrinho de Lily.

— Precisa de ajuda, senhorita Bella? — Bertha questionou assim que a viu.

— Sim, Bertha, leve essas coisas para o meu closet, por favor. — Bella pediu. — Eu vou dar o jantar de Lily.

Bertha fez o que Bella disse, e Bella tirou Lily do carrinho, aninhando-a em seu colo.

— O que achou do nosso passeio, Sweet Pea? — Ela perguntou com doçura. — Você gostou? Da próxima vez, nós compramos algo mais para você. Acha que o papai vai gostar da nossa surpresa? — Lily balbuciou sons incoerentes, e Bella riu. — Sim, eu também acho. Você está com fome? Está na hora do jantar. Mas antes, você gostaria que eu fosse sua mamãe? Eu adoraria ser sua mamãe, sabia? Seu eu fosse aquela que gerou você e esteve com seu papai durante esse tempo, eu não abandonaria vocês. Eu prometo não abandonar vocês, Sweet Pea. Eu amo vocês dois demais, você sabe? Eu amo. Agora vamos comer, porque se o papai descobrir que eu atrasei seu jantar, ele me mata.

O celular de Edward vibrou com a notificação em seu WhatsApp no momento em que ele deixava o hospital. Mensagem de sua irmã.

Lily Cupcake está com Bella — 7h 58min PM

Você devia ver as duas juntas — 7h 58min PM

Tão doce ^^ — 8h00min PM

Edward sorriu. Gostava da forma que sua irmã mais nova descrevia a relação de sua luz do sol e de sua garota bonita.

Não querendo mais adiar o encontro com suas garotas, ele tomou um táxi em direção a Greenwich Village, para sua segunda casa. Ou talvez a primeira, se considerarmos as duas pessoas que estavam no penthouse e que eram o lar de Edward.

Isabella já havia se recolhido quando Edward chegou, e ele foi direto para o segundo andar da cobertura duplex apenas para encontrar sua namorada e sua filha no quarto de Bella, adormecidas, envolvidas pelos cobertores brancos.

Lily estava deitada de lado, de frente para o torso de Bella, que também está deitada de lado, de frente para sua Sweet Pea, tão próxima quanto podia, os cabelos negros espalhados por seu travesseiro. Edward não pôde parar a si mesmo, e sacou o celular de dentro de sua bolsa carteiro antes de larga-la próximo à cama.

Subiu com cuidado desnecessário já que as duas tinham sono pesado, e tirou uma foto de suas garotas juntas. Aquela sem dúvida seria sua tela de desbloqueio.

.-.-.-.-.-.-.-.

— Você está estonteante. — Ele elogiou espreitando por trás dela em frente ao espelho de parede inteira em seu closet.

A jovem herdeira havia optado pela simplicidade. Não que algo parecesse puramente simples sobre Isabella Swan. Ainda assim, ela tentara. Nada de penteados complicados, ou joias ostensivas. Apenas um rabo-de-cavalo simples no alto da cabeça com o comprimento de cachos impecáveis repousando em seu ombro esquerdo, sua maquiagem habitual, e as joias delicadas que Edward havia lhe dado junto com os brincos de diamante que eram seus maiores companheiros. O espetáculo era garantido pelo vestido longo tomara-que-caia marfim com detalhes dourados e brilhantes. O chiffon delicadamente bordado envolvia seu corpo magro com curvas femininas com perfeição.

— Você também não esta nada mal. — Bella sorriu para o namorado em seu smoking Ralph Lauren e gravata borboleta, o pecado em pessoa. — Você cortou o cabelo. — Ela tinha o mais adorável dos beicinhos.

Edward apenas deu de ombros, sem saber o que dizer.

— Tudo bem, cabelo cresce. — Ela balançou a cabeça. — Podemos ir?

— Apenas esperando você.

O celular dela vibrou, e ela o sacou de dentro de sua bolsa de mão, sorrindo para a mensagem de texto recebida.

— Nossa carona acabou de chegar. — Ela sorriu para ela enquanto guardava o celular dentro da bolsa de mão de lantejoulas douradas.

Uma limusine lhes esperava em frente ao condomínio de Isabella. Champanhe lhes fora oferecido, o qual foi educadamente recusado por ela. Edward por outro lado, tomou duas taças do Möet concedido.

O mar de fotógrafos e repórteres dava a quem passasse em frente ao Hotel Plaza a impressão de que algum famoso estava hospedado no luxuoso hotel na Fifth Avenue ao sul do Central Park.

Não era mentira, no entanto. Artistas, membros da alta sociedade e celebridades em geral dividiam espaço no Terrace Room, um dos salões de baile do hotel, para o evento beneficente de natal da revista Runway, a mais lucrativa publicação da editora da família Dwyer, cuja herdeira absoluta acabava de chegar, acompanhada do detentor de um terço do maior banco privado dos cinquenta estados e mais jovem médico do Lenox Hill Hospital.

Uma orquestra entretinha a centena de convidados com o som suave da música clássica e alguns temas natalinos.

— Preciso cumprimentar algumas pessoas que Charlie e Renée achavam importantes. — O desgosto era contido em sua voz, mas ele ouviu. — Quer vir comigo ou prefere ficar com sua família?

Edward passou a mão livre pelo cabelo recém-cortado, dividido entre acompanhar sua garota bonita enquanto ela conversava com pessoas que claramente não gostava, e desfrutar da companhia de sua família e amigos.

— Pode ir. — Ela encorajou com um sorriso. — Estarei com vocês em alguns minutos.

Com um acenar de cabeça e um beijo em sua testa que fora capturado por olhares discretos e câmeras, Edward se afastou para cumprimentar sua família.

— Bella, querida. — Miranda Priestly sorriu para a Swan, que sorriu de volta, fazendo com que a dama de ferro que a tinha como uma filha sorrisse ainda mais satisfeita pela felicidade genuína da herdeira. — Você está maravilhosa, está brilhando.

— Obrigada, Miranda. Você também está ótima.

Bella alisou seu vestido na altura do estômago, movimento que não passou despercebido pela editora-chefe de sua revista.

Miranda lhe deu uma segunda olhada, mas nada parecia diferente da última vez que a vira, alguns meses antes. Talvez ela estivesse errada.

Ou talvez não tivesse olhado direito.

Foram mais quarenta minutos de conversas vazias e sorrisos falsos antes que a socialite voltasse para seu namorado. Ela o abraçou pela cintura, e ele passou os braços por seus ombros, beijando-lhe os cabelos.

— Olá, pessoal. — Ela sorriu para os Cullen, Jacob, Carlisle, Ben e Sarah.

— Bela festa, B. — Esme elogiou com um sorriso antes de tomar um gole do champanhe em suas mãos.

— Obrigada, Es, mas eu não tenho nada a ver com isso. Tanya é a maior responsável por tudo, junto com Miranda.

— Ouvi alguém falar de mim? — A voz de Tanya Denali soou por trás de Bella, e ela virou-se para encarar a amiga que estava acompanhada por seus pais e seu namorado.

— Apenas dizendo que você e Miranda são responsáveis por isso tudo. — Isabella sorriu ao abraçar a amiga. — Está tudo incrível.

— Obrigada, B. Eu realmente aprecio isso.

Durante toda a noite, mesmo sem perceber, Bella fora observada por olhos cobiçosos, invejosos e orgulhosos, e suas discretas acariciadas em seu estômago plano e todo o álcool recusado não passaram despercebidas por várias pessoas, principalmente Elizabeth Cullen.

— Parabéns, querida. — Elizabeth sussurrou em seu ouvido na hora da despedida, seu tom implicando algo mais. Ela sabia. Sua sogra era uma mulher observadora, era ingenuidade pensar que ela não perceberia.

— Obrigada, Liz. — Isabella sorriu.

Quando a Swan acordou na manhã de Natal, seu namorado vestia calças de moletom por cima da cueca boxer com a qual dormira, sua camiseta de manga comprida de Columbia University já envolvendo seu tronco. Bella tateou o espaço ao lado de sua cabeça, a procura de um celular para olhar as horas, e sorriu para a tela de desbloqueio do celular de Edward.

— Bom dia. — Ele cumprimentou quando percebeu seus olhos abertos.

— Bom dia. — Ela sorriu enquanto se espreguiçava. — Feliz Natal.

— Feliz Natal. — Ele devolveu com um sorriso torto.

Edward foi buscar sua luz do sol enquanto Bella ia para sua rotina matinal. A menininha já estava de pé segurando as barras do berço montado no antigo quarto de hóspedes que fora transformado em um belo berçário decorado especialmente para ela, vestindo seu pijama cor-de-rosa com pôneis coloridos, pequenas botas pantufas nos pés, uma orelha de seu coelho de pelúcia favorito na boca.

— Bom dia, luz do sol. — Ele cumprimentou sua filha ao mesmo tempo em que a erguia em seus braços, cheirando seu cabelo logo em seguida. Seu cheiro de sabonete infantil e creme para assaduras era o melhor do mundo para o papai. — Feliz Natal. Hoje é um dia importante no mundo inteiro. Você ainda é muito pequena para entender exatamente a importância desse dia, mas não se deixe enganar pelos presentes que o Papai Noel deixou embaixo da árvore. Não é tudo sobre eles. — A menininha o encarava, uma ruga de concentração em sua testa, a orelha do coelho ainda na boca, enquanto ela prestava atenção a cada palavra dita pelo papai. — Tudo bem, não é tudo sobre presentes, mas nós podemos ir busca-los agora, o que acha?

Bella já estava na sala de estar, vestindo sua camisola de cetim azul claro e detalhes de renda branca no busto e na barra, e o robe combinando, seus óculos de grau no rosto e botas de pelúcia branca nos pés, próxima à arvore de natal bem decorada.

— Feliz Natal, sweet pea! — Ela desejou à pequena Lily que se contorceu no colo do papai para que ela a pegasse. Bella fez o que Lily queria, e sentou-se no sofá com ela no colo. — Como foi a sua noite? Você foi uma boa menina para Bertha? É claro que foi. Vamos abrir seus presentes agora? — Ela levantou seu olhar para Edward. — Quer começar?

— Pode ser. — Ele deu de ombros e pegou as caixas de presente embaixo da árvore.

Lily gritou de entusiasmo, largando seu coelho de lado quando Edward entregou a boneca Little Mommy que havia comprado.

— Acho que ela gostou. — Bella comentou com um sorriso.

— Yeah. — Ele deu um sorriso torto antes de estender a mão para pegar as duas caixas da Barneys New York e entrega-las a sua namorada. — São meu e de Lily.

Nas almofadas das caixas de colar, repousavam dois Jennifer Meyer de ouro, um com um pingente jet’aime incrustado de pequenos diamantes, e outro com o pingente mommy de ouro amarelo.

— Edward... São incríveis! Obrigada! — Bella sorriu, os olhos verdes banhados de lagrimas emocionadas, antes de pendurar-se ao pescoço de Edward. — Ok, é minha vez.

As lágrimas deram lugar ao sorriso entusiasmado mais encantador no rosto de Isabella enquanto ela pegava os presentes que comprara.

— Bertha! — Ela chamou sua governanta três canecas fumegantes de gemada. — Para você. — Bella estendeu a caixa da Apple embrulhada em papel vermelho com um laço verde enfeitando. — Assim nós podemos nos falar por Facetime quando estivermos longe.

— Obrigada, senhorita Bella. — Bertha agradeceu, estendendo uma das canecas para ela e Edward.

— Feliz Natal, Bertha. — A socialite sorriu. — Sweet Pea, esses são seus.

Bella puxou a caixa branca Young Versace e a verde pastel em formato de dinossauro Stella McCartney Kids, abrindo-as em seguida, mostrando o vestido branco com estampa metalizada e as minúsculas sapatilhas off-white de coelhinho.

Lily bateu suas mãozinhas juntas, um sorriso enorme no rosto, fazendo Bella e Edward rirem.

— E, por último, mas definitivamente não menos importante, esses são o meu e de Lily, Edward.

Bella tinha sua expressão ansiosa fortemente controlada enquanto observava seu namorado abrir primeiro a caixa azul turquesa Lanvin que protegia a nova pasta de couro preta que ela escolhera para ser o presente de Lily, e depois a caixa verde Rolex para revelar o relógio preto e discreto mas ainda charmoso e luxuoso.

— Eu adorei, garota bonita, obrigado. — Ele a puxou para um beijo sem se importar com a plateia constituída por Bertha e sua luz do sol.

— Tem um cartão também. — Ela comentou, uma pitada de nervosismo em seu tom de voz.

Edward a encarou confuso por um minuto antes de procurar o tal cartão.

— É... Muito bonito, baby. — Ele elogiou, mexendo na capa do cartão retangular com a imagem de uma árvore de natal cheia de luzes brancas.

— Abra. — Bella incentivou, os olhos verdes nunca deixando seu rosto, esperando por sua reação.

Edward fez o que ela mandou, e levou alguns instantes para processar o que estava escrito na letra elegante da socialite.

Feliz Natal, papai!

Não posso esperar para conhece-lo.

Com amor, baby Cullen

Bella assistiu em silêncio enquanto as emoções passavam pelo rosto do Cullen. Confusão, entendimento, choque e, por último, um sorriso de plena realização.

— Baby... Isso é sério? — Ele perguntou, a imagem da esperança.

— Yep. — Ela sorriu em meio às lágrimas, a mão repousando levemente no estômago aparentemente plano. — Eu não tinha uma gripe, afinal.

Havia algumas semanas desde que a Swan inconscientemente sabia de sua gravidez. No começo, achava que o encantamento por roupas e artigos infantis eram apenas por Lily.

Então vieram os enjoos. Logo na manhã seguinte ao aniversário de Renesmee, o cheiro das frutas vermelhas que acompanhavam seu iogurte lhe fez correr para o banheiro.

A suspeita consciente veio quando sua menstruação sempre certa não chegou.

Aliado a seus enjoos incessantes, o atraso lhe acendeu uma lâmpada, e Isabella fora atrás de uma confirmação. Foi uma semana de planejamento, tendo como sua confidente alguém que não poderia falar.

Até aquele momento.

— Paap! — Lily gritou do colo de Isabella, fazendo três pares de olhos encararem-na imediatamente. — Paap! — Repetiu ainda mais alto, os braços estendidos na direção do papai.

Edward recuperou-se de seu choque a tempo de pegar sua luz do sol no colo, um sorriso enorme no rosto. Aquela era o homem mais feliz já visto.

— Você falou, luz do sol! Você disse sua primeira palavra! — Ele arrulhava para o bebê em seus braços sob os olhares emocionados de sua namorada e de Bertha.

— Paap! — Lily bateu suas mãos juntas, orgulhosa de si mesma, fazendo com que todos rissem.

Edward puxou Bella pela mão para juntar-se ao seu abraço, envolvendo um dos braços ao redor de sua cintura, a mão grande afagando o abdome imperceptivelmente protuberante. Aquele era, sem dúvida, o melhor natal de sua vida.


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Notas finais do capítulo

n/Carol: Hey, espero que vocês tenham gostado desse final. Não está do jeito que eu queria, mas eu realmente não lembro como ficou da primeira vez.
Aliás, eu não sei ainda, mas talvez eu aumente o número de extras, porque com esse final com uma socialite grávida, eu pensei em umas outras coisas.
Então, eu gostaria de agradecer a cada uma de vocês que chegou até aqui.
E vamos comemorar, garotas! Essa é a primeira fic só minha que eu termino oficialmente. Yaaaaaay!
Não vou me estender muito, obrigada de verdade, vocês que deixaram reviews (e a K linda maravilhosa que recomendou) me fizeram mais feliz e satisfeita em escrever essa fic.
Ah, quem não comentou, ainda dá tempo de ter um amor a primeira vista por essa caixinha aqui embaixo e deixar um review.
Beijo meninas *u*