Endless Love escrita por CarolSwanCullen


Capítulo 1
Chapter one


Notas iniciais do capítulo

Olá!Eu acho que sou louca por estar postando essa short fic enquanto YML ainda está em andamento, mas a ideia surgiu do nada, eu gostei do resultado, e também prometi à minha Queen K (sim, Karol, xará e gêmea de pensamento, @unbrokenr0bsten, eu estou falando de você) que postaria até o ano novo. Além do mais, eu tenho certeza que termino Endless Love antes mesmo de precisar postar meu próximo capítulo de YML.Enfim, espero que vocês gostem dessa minha ideia que foi totalmente aleatória até o primeiro capítulo estar pronto.Ah, quem quiser dar uma olhada nas coberturas citadas, nos looks, e quiser ainda se manter atualizado de fotos tiradas do meu netbook enquanto eu escrevo, me adicione no facebook, me siga no tumblr, ou no twitter (no tt só terão fotos tiradas do meu netbook e as merdas que eu falo as vezes).Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100005192208844Tumblr: http://shinyvolvovampgirl.tumblr.com/Twitter: @stupidvolvogirl



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Cidade de Nova Iorque, quarta-feira, cinco da manhã.

Enquanto para ele o sol nascendo por trás dos prédios altos do leste de Manhattan significava o começo de um novo dia, para ela era o final do dia anterior.

Ele levantou de sua cama de casal no quarto neutro mas sofisticado e foi para sua rotina matinal de higiene. Ela enroscou seu corpo coberto por um pijama de uma peça de seda preta nos cobertores brancos de algodão egípcio do quarto quase sem cor, impessoal. A claridade do lado de fora da grande janela de cortinas abertas e das portas de vidro que levavam ao terraço não a incomodava.

Cafeteira ligada, ovos e bacon fritando no fogão, mamadeira cheia na água quente e um bebê sonolento no colo. A vida de pai solteiro abandonado pela namorada não era nada fácil. Ao contrário da vida da jovem socialite que tinha seus longos cabelos pretos espalhados em volta do rosto de maneira selvagem.

Deu banho em sua filha primeiro. Sabia melhor que não podia correr o risco de ter seu uniforme de hospital molhado pela bagunça da pequena menina de ralos cabelos castanho-claros e olhos azuis como os da mãe.

Os sonhos eram agitados. Embalados pela lembrança da música alta e animada da noite anterior. Fora uma boa noite. Suas amigas, algumas bebidas, uma área vip e o som de Calvin Harris e David Guetta. Houve algum flerte, mas no final, ali estava ela, sozinha em sua grande cama confortável, como sempre.

De banho tomado, vestido com seu uniforme de hospital, com uma bolsa de bebê em um ombro, sua pasta no outro, e a pequena garotinha que brilhava como a luz do sol nos braços, ele deixou seu apartamento, trancando a porta atrás de si. Preferiu andar até o recém-comprado apartamento da irmã mais nova. Apesar da poluição sonora e das pessoas apressadas, havia algo nas ruas do Upper East Side que o encantava.

— Ela está dormindo. — A fiel governanta avisou, bloqueando a passagem do belo homem de cabelos castanhos e olhos azuis como o céu em um dia ensolarado.

— Volto para buscá-la quando terminar meu plantão. — Ele avisou, acariciando os fios claros do cabelo de sua filha, relutante em ir embora. Mesmo depois de sete meses, ainda era difícil deixá-la.

— Ela precisa me ouvir. — O ex-namorado insistiu em vão, parado no meio do hall. Mesmo depois de dois anos, ele ainda pensava que poderia ter mais uma chance com a mulher que nunca sentiu mais do que uma profunda amizade por ele.

— Vá antes que se atrase. — A loira de cabelos cacheados mandou. — Se despeça do papai, docinho.

Foram doze longas horas de trabalho, verificando pacientes, prescrevendo medicações, etc, para ele. Seus pensamentos constantemente voando ora para aquele pedaço de luz do sol que sempre estaria esperando para dormir aconchegada a seu peito, impregnando seu cheiro suave de sabonete infantil e pomada para assadura em suas roupas, ora para tardes românticas em Champs-Elysèes alguns anos antes.

Para ela, o dia começou tarde, como havia se tornado um hábito. Seus horários passaram a ser desregulados. Café-da-manhã no lugar do almoço, almoço no lugar do jantar, quando almoçava. Passava o dia observando, sua câmera fotográfica profissional em mãos, o movimento de pessoas apressadas e ocupadas que, do alto de seu apartamento, pareciam de brinquedo.

Exatamente às oito da noite, nocauteado pelo dia desgastante no hospital, ele apareceu no apartamento da irmã. Sua pequena luz do sol ainda estava cheia de energia, tentando ficar de pé sem a ajuda do titio.

— Entre, Edward. — A irmã convidou. — Sue acabou de servir o jantar.

Ela vestiu a lingerie de renda preta e os jeans também pretos. Maquiou discretamente os olhos e passou o batom cor de pêssego. Era tudo que precisava, sua pele era impecável. Prendeu os longos cabelos em um coque desarrumado no alto da cabeça, mostrando a tatuagem de sua nuca, a palavra Confidence. Aquela era uma de suas três tatuagens. Vestiu a camiseta branca cavada nas mangas que deixava a mostra os lados do sutiã caro e o Let It Be tatuado em letras pequenas e elegantes em sua costela direita, calçou as sandálias pink de salto alto, e agarrou sua bolsa de grife e sua jaqueta de couro branca com listras pretas antes de sair, avisando a Bertha que iria jantar com as amigas.

Os sons balbuciados de Lily enchiam a cozinha do apartamento enquanto a menininha esperava ansiosamente por seu jantar. Edward, Renesmee e Jacob dividiam-se entre conversar, comer e dar atenção à garotinha.

— Quando é sua folga? — Renesmee perguntou.

— Amanhã é meu dia livre. — Edward respondeu, olhando para sua filha. — Vou passar o dia com ela.

Ela subiu a escada rolante até o nono andar da Barneys e deu o nome de Alice ao maitre do Fred’s. O funcionário pegou sua jaqueta e a guiou para a mesa onde estavam suas amigas. Cumprimentou Alice e Rosalie enquanto sentava-se à mesa, o sentimento de nostalgia tomando-a.

— Seu aniversário está chegando, B! — Alice comemorou, a animação esfuziante sempre presente em seu tom. — O que vamos fazer?

— Ficar em casa. — Isabella deu de ombros. — Exatamente como temos feito sempre.

Com sempre, ela queria dizer “desde os últimos quatro anos”. Rosalie e Alice suspiraram. Por mais que suas noites fossem sempre agitadas e animadas, Bella não era a mesma de quando tinha dezessete anos. Não havia mais a animação genuína, nem o sorriso fácil e largo de antes. Era tudo contido.

O jantar no penthouse da Cullen mais jovem não demorou. Edward tinha um bom caminho desde Tribeca até o Upper East Side para atravessar com sua filha, e não era viável fazê-lo mais tarde. Ele despediu-se de sua irmã mais nova com um beijo no alto da cabeça de madeixas loiras, e do cunhado, com um abraço de caras antes de deixar o apartamento.

Bella, Alice e Rosalie também não permaneceram muito tempo no restaurante. Não havia muito que conversar, as três se viam todos os dias. Pagaram sua conta e, parecendo saídas de um filme, as três morenas deixaram o edifício da loja de departamentos.

A Madison Avenue foi o palco do encontro. Isabella arfou audivelmente quando avistou a bagunça castanho-arruivada vindo em sua direção. Era ele. Alice e Rosalie tinham seus olhos claros arregalados. As duas viram a criança nos braços dele.

Edward estava parcialmente distraído por sua luz do sol e olhou para cima apenas quando percebeu os três pares de pernas esguias cobertas por jeans de lavagens diferentes paradas no meio da calçada.

O choque era visível nas expressões de ambos. Rosalie, Alice e a pequena Lily eram espectadoras silenciosas das faíscas entre o jovem ex-casal.

— Olá. — Isabella foi a primeira a se pronunciar, finalmente notando o bebê nos braços de Edward.

Ele não estava livre.

— Bella. — Ele sussurrou.

Tanto ele quanto ela eram uma confusão de sentimentos. Mesmo que existissem outras prioridades em suas vidas, os meses que passaram juntos tinham um espaço generoso em ambas as mentes e corações. Eles nunca mais foram os mesmos depois do verão que passaram desfrutando do romantismo de Paris.

— Tem sido um longo tempo. — Bella deu um meio sorriso, incapaz de se conter.

Havia a alegria do reencontro, a saudade, mas também a mágoa de um término inesperado. Para ambos.

— É. ­ — Foi só o que Edward disse.

— Pensei que estivesse fora da cidade. — Fora o que ficara sabendo.

— Pensei que estivesse fora do país.

O tom ressentido de Edward fez com que um lâmpada se acendesse nas cabeças de Rose e Alice. As duas sentiam-se como intrusas, mas no momento, estavam agradecidas por não cederem ao sentimento.

— Quando você me deixou...

Eu deixei você? — Edward interrompeu, os olhos verdes estreitos, quase ultrajado. — Você não apareceu no Empire State Building.

— Porque você mandou minha mãe avisar que que não queria mais me ver! — Ela tinha seus olhos verdes cheios de lágrimas não derramadas. — Eu esperava por isso, no entanto. Você estava na faculdade, e o que era uma garota fútil da escola particular?

— Você tem alguma ideia do que...

— Será que vocês são assim tão estúpidos? — Rosalie interrompeu o discurso irritado de Edward, afastando a mão de Alice que segurava seu braço, tentando impedi-la. — Não está mais que óbvio que Charlie enganou ambos? Não seria uma surpresa, no entanto. Ele era vaidoso, nunca aceitaria que a filha namorasse alguém tão rico quanto ela. Teria que ser um pouco menos rico. Mesmo depois de morto, esse filho de uma mãe continua destruindo sua vida, B!

O sentimento de Alice era exatamente o mesmo.

— Esse não é o melhor lugar para conversar sobre isso. — Edward murmurou, afundando-se na percepção da verdade nas palavras de Rosalie.

— Podemos nos encontrar amanhã?

Os olhos de Edward foram atraídos para a mão direita de Bella que segurava o pingente do colar em seu pescoço. Por algum motivo, ela sentira vontade de usar o colar de ouro com pingente de coração incrustado com pequenos diamantes que ganhara de Edward em seu aniversário de dezessete anos, e o anel com formato de coroa que ele lhe dera no Natal daquele mesmo ano. Naquele momento, ela sabia porquê.

— No Central Park, ao meio-dia?

Rosalie e Alice sorriram.

— Sim. Estarei lá. — Ela assentiu, os olhos verdes que eram grandes como a lua nunca deixando o rosto dele, nem para piscar. Tinha medo de que, ao piscar, quando abrisse os olhos, se desse conta de que aquele era apenas mais um sonho.

Porém, a pequena Lily bocejando e aconchegando sua cabeça no ombro do pai lhe chamou a atenção, e ela lembrou. Ele não estava livre.

Seu sorriso vacilou.

— Ela é linda. — comentou. — Não vamos mais tomar seu tempo. Boa noite, Edward.

Edward notara a mudança em seu tom de voz e deduziu que ela tivesse tido a ideia errada.

— Central Park, amanhã, ao meio-dia. — Ele lembrou, e ela assentiu novamente, os olhos longe dessa vez. — Vejo você amanhã, garota bonita. — Ele se despediu quando ela já estava se afastando. Bella parou por um segundo, arfando, e Alice e Rose sorriram. Ele lembrava o apelido que dera a ela, afinal.

— Alguém tem um encontro amanhã! — Alice cantarolou, e suas amigas reviraram os olhos para ela.

— Quantos anos temos, All? — Bella brincou, e as três riram.

Edward resolveu tomar um táxi. Pela primeira vez desde que Heidi abandonou sua filha e ele, no dia que recebera alta do hospital depois do parto, ele se permitiu ter esperança. Esperava que, quanto mais rápido chegasse em casa, colocasse sua filha para dormir e fosse para a cama, mais rápido o dia seguinte chegaria, e ele poderia ver o verdadeiro amor de sua vida novamente.

— Bertha, preciso que você me acorde amanhã às nove e meia. — Bella pediu a sua querida governanta assim que chegou a seu apartamento. Esperava que duas horas e meia fossem o suficiente para tentar ficar ainda mais bonita, algo que não fazia há tempos.

Bertha pareceu confusa, então a jovem Swan se apressou em explicar.

Edward saiu do elevador em seu penthouse, sua luz do sol ressonando em seu ombro. Ele a levou para seu quarto impecavelmente decorado em marfim e rosa pastel e a colocou em seu berço, agradecendo que fase em que a alimentava a cada três horas houvesse passado. Cansado, pegou o monitor de seu bebê e foi para o banho, relaxar do dia difícil.

— Edward? Aquele que deixou você? — Bertha questionou, preocupada com o frágil coração da jovem mulher que era como sua filha, depois de Bella lhe contar que era com ele que sairia no dia seguinte.

— Rose acha que Charlie pode ter enganado a nós dois. — Bella comentou, dentro de seu closet, enquanto escolhia o que vestiria em seu encontro. Balançou a cabeça para espantar aquela ideia. Edward não estava livre, então, não seria um encontro. — Acha que meu pai faria isso comigo, Bertha?

— Sim, eu acho, senhorita. — Bertha assentiu, sabendo que a sinceridade era a virtude que Bella mais apreciava.

Bella suspirou triste.

— Eu me pergunto como eles podem ter colocado sua própria vaidade a frente da minha felicidade.

— Isso é algo que nunca saberemos, senhorita. — Bertha lamentou. — A senhorita deveria dormir agora. Será um dia cheio amanhã.

— Sim, eu vou. — Bella sorriu ao lembrar que veria Edward de novo no dia seguinte.

Edward saiu do banho vestindo apenas uma calça de moletom e foi direto para a cama, o monitor do bebê sempre ao seu lado. Mesmo cansado, demorou a pegar no sono. Imaginava como seria o encontro no dia seguinte. Quatro anos haviam se passado desde a última vez em que estivera com Bella, com exceção daquele dia. Ambos haviam amadurecido, e muitas coisas haviam acontecido.

Em Greenwich Village, Bella tinha os mesmos pensamentos. A ideia de Edward ter seguido em frente sem ela doía, mas de qualquer forma, quem não iria querê-lo? Eventualmente ele encontraria alguém.

Por fim, deixaram seus medos de lado. Nada importava além do fato de que se veriam novamente no dia seguinte.

Então, Isabella enroscou-se em seus cobertores de algodão egípcio, dessa vez vestindo uma de suas inúmeras lingeries pretas. Antes da meia-noite. Pela primeira vez em quatro anos.


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Notas finais do capítulo

E então, pessoal? O que acharam?Eu realmente espero que vocês tenham gostado.Talvez alguém vá reconhecer esse meigo apelido para Lily. Eu me inspirei em uma fic chamada Days Like This, que eu li em inglês no fanfiction.net, e um tempinho atrás eu descobri que tinha a tradução. Ou seja, a luz do sol não é totalmente original.Enfim, espero que gostem, de verdade. E, de novo, quem quiser ver essas coisas que eu posto sobre a fic, pode me adicionar no facebook, ou me seguir no tumblr ou no twitter.Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100005192208844Tumblr: http://shinyvolvovampgirl.tumblr.com/Twitter: @stupidvolvogirlAcho que semana que vem eu posto o capítulo dois. Um capítulo por semana, pode ser? Endless Love é curtinha, gente. Então, que tal ser bonzinhos e se atraírem por essa caixinha linda logo aqui embaixo? Não custa nada, e vai me fazer muito feliz.Beijinho, e até o próximo capítulo.