Nos Dormitórios Slytherin

Nos dormitórios masculinos da Slytherin, Theodore Nott estava deitado na sua cama, de barriga para baixo chorando há mais de 3 dias…

FlashBack ON

Depois do acontecimento na carruagem, Pansy Parkinson saiu andando para junto de Daphne GreenGrass e Millicent Bulstrode, deixando Theo e Elinor Helm sozinhos nos portões de Hogwarts.

–Theo…? –Chamou Elinor.

–Diz.

–Amas-me? –Perguntou ela olhando diretamente nos seus olhos.

Theo pensou. Ela era sua namorada, era óbvio que a amava! Não… não, não era! Ele namorava com ela por causa de uma aposta, culpa do maldito do Blaize Zabini!

Realmente, Theo namorava Elinor. Mas quando se beijavam, ele não sentia o amor! Não sentia o seu corpo a arder de dentro para fora, não sentia os tão famosos choques elétricos! Não sentia nada disso! Talvez não seja amor…

O moreno nunca tinha feito nenhuma mulher chorar, e não lhe queria dizer assim que não a amava. As coisas não eram assim tão fáceis!

–Claro. –Respondeu ele.

Não! Ele podia a fazer sofrer dizendo que não a amava, mas lhe mentir quando souber a verdade ficará ainda mais magoada…

–Também te amo, Nottinho! –Diz ela lhe dando um abraço.

–Espera! –Ela o olhou. –Na verdade, não. Eu não te amo! E mais vale dizer agora ou nunca!

Ela pareceu não se abalar e olhou para ele com um sorriso.

Um sorriso arrogante!

–Eu também não te amo! Só fiquei contigo pelo dinheiro! –Diz ela dando risadas.

Parece que quem se abalou foi Theo e não Ellie…

E assim Elinor Helm saiu saltitante com as joias caras ao pescoço pagas com o dinheiro dos Nott.

E assim ela partiu o coração frágil de Theodore Nott!

FlashBack OFF

Toc Toc

–Theo…? –Ele ouviu a voz de Zabini.

–Estás bem? –Ouviu-se o Malfoy.

–Nunca estive melhor…! –Respondeu Nott aos soluços.

O negro abriu a porta devagar entrando seguido do loiro.

Depois, o negro sentou-se na cama de Nott o olhando.

–Vamos lá, Theo! Desde quando choras por uma qualquer?! –Encorajou Malfoy.

Verdade! Desde quando ele chorava por uma mulher?!

–Ela só se importou comigo pelo meu dinheiro! –Chorou o moreno.

–E tu só te importas-te com ela por uma aposta! –Respondeu o italiano (Zabini).

Mais uma verdade! FODA-SE!

Theodore sentou-se e olhou os seus dois amigos.

–Têm razão. –Disse ele ignorando os olhares de “Temos sempre razão!”. –Ela não me vai estragar a vida!

–Isso mesmo, mano! –Disse Draco.

–Obrigada, malta! Não sei oque seria de mim sem vocês!

–Provavelmente serias um merda! –Disse Blaize.

Draco concordou.

–Agora vai lavar os dentes, tomar banho e vir dar uma volta connosco porque tens cá um cheirinho! –Disse Draco tapando o nariz seguido de um Blaize a abanar a mão a frente da cara numa tentativa ‘fail’ de não sentir o cheiro.

3 Dias Depois

Manhã de Natal

Pansy abriu os olhos se espreguiçando em seguida. Olhou em volta, muitas das meninas ainda dormiam.

Hoje ela sentia-se estranha… feliz!

Levantou-se devagar e foi até o calendário.

25 De Dezembro! Natal!

Pansy vestiu o robe e saiu em direção à Sala Comum, olhou a árvore.

Tão bonita como no dia em que a fizeram! Depois olhou as prendas.

Uma caixinha de papel rosa-bebé e uma fitinha verde com a etiqueta:

“DE: Pansy Parkinson
PARA: Daphne GreenGrass”

Era uma pulseira prateada onde dizia ‘BFF’ a verde, na gaveta de Pansy também havia uma.

Depois olhou para outra:

“DE: Millicent Bulstrode
PARA: Pansy Parkinson”

Era uma tiara de diamantes… Como ela sabia? Milly não sabe guardar um segredo até pelo menos 4 horas!

–A cuscar os presentes, Pansy?

A morena virou-se dando de cara com a sua melhor amiga, Daphne.

–Nunca fizeste isso na infância? –Perguntou.

Daphne GreenGrass era alta e magra, tinha olhos castanhos-escuros e cabelos loiros escuros até meio das costas.

–Na minha infância, eu e a Astória acordávamos sempre muito animadas…

FlashBack ON

Astória olhava para fora da janela da grande mansão. Estava tudo branquinho e fofinho lá fora!

Saiu de perto da janela e foi em direção ao quarto dos pais e se olhou num grande espelho que lá havia.

Ela tinha apenas 5 anos. Tinha os cabelos castanhos presos numa trança toda desarrumada por culpa do sono, os seus olhos azuis estavam ensonados mas estava bem óbvio a alegria.

Era a manhã de Natal!

Pensou em acordar os pais mas eles sempre ficavam zangados, então, voltou para trás e saiu correndo em direção ao quarto da irmã.

Saltou para cima da cama com toda a velocidade e sussurrava: “É Natal, é Natal! Anda abrir as prendas! Anda!”

Daphne na altura tinha apenas 6 anos. Com os seus cabelos loiros presos num coque desarrumado e os olhos escuros vermelhos do sono.

As duas irmãs levantaram-se e saíram correndo em direção à sala de estar, onde estava a grande árvore de Natal.

–Toma! –Daphne deu um presente à irmã.

Astória tratou de abrir o presente com pressa e os olhos a brilhar. Era uma boneca!

Tinha os cabelos de lã preta soltos e com franja, pele de pano branco, olhos violeta grandes e um vestido de seda rosinha.

Ela deu-lhe o nome de Belle.

–Para ti! –Foi a vez de Astória.

Daphne abriu o presente com mais calma mas ainda assim feliz.

Também era uma boneca. Com os cabelos de lã vermelha presos em dois totós rabo-de-porco, olhos verdes, pele de pano branca e um vestido roxo.

Ela deu-lhe o nome de Marie.

Elas guardaram as bonecas durante muitos anos, até que um dia levaram-nas para um piquenique e perderam Belle!

Astória chorou muito, mas inexplicavelmente quando voltaram a casa Belle estava sentada com as mãos em cima do vestido, na cama da mais nova.

As duas levaram as bonecas para Hogwarts onde estão escondidas.

FlashBack OFF

–Toma! –Pansy deu-lhe a caixa com a pulseira.

As duas trocaram os presentes e meteram as pulseiras nos pulsos.

Ambas as pulseiras brilharam em verde depois de postas!

Slytherins podem ser frios, arrogantes e maldosos… Mas não passa tudo de uma farsa pois são educados, leais, alegres e na infância já sofreram mais que tu por serem de famílias ricas!

As aparências enganam, então tenha cuidado!