Segure minha mão escrita por NT


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá gente bonita, capítulo 9 de Segure minha mão chegando especialmente para: Iamara e Júlia, obrigada pelos comentários! Fazem toda diferença para mim.



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Capítulo 9

Luiza

Acordei no sábado e já era quase meio dia, minha mãe me chamou, disse que o Bruno estava no portão esperando para falar comigo. Levantei, lavei o rosto, tirei a camiseta e o shorts do pijama e coloquei outra camiseta e outro shorts, desci e fui até o portão onde ele estava.

— Oi. — Ele disse e me deu um beijo no rosto.

— Oi, Bruno. — sorri.

— Está bem hoje?

— Estou melhor com certeza.

— Então... eu passei só para te dar um oi mesmo. — ele sorriu.

— Ah, que fofo! — sorri e abracei ele.

— Sabe, Lu, eu gosto muito de você.

— O mundo me ama, sim. — falei brincando e escapando do olhar profundo dele.

— Já vou indo então, se cuida.

— Sim senhor! — ele me deu outro beijo no rosto e mais um abraço forte.

Entrei e fui assistir TV. Almocei perto das duas horas da tarde, depois decidi ir falar com o Gabriel, ele estava estranho na noite passada, queria saber o que tinha acontecido. Bati na porta e a mãe dele atendeu.

— Olá, o Gabriel está? — perguntei quando ela abriu.

— Não querida, ele saiu...

— Ah, hum... obrigada...

— Você é a Luiza?

— aham. A vizinha aqui do lado.

— Ah, sim, o Gabriel me falou de você. — ela sorriu.

— Falou? — perguntei curiosa.

— É, ele comentou que a nova vizinha era linda. — ela piscou sorrindo.

— Ah, claro, homens... — virei os olhos.

— Você não quer entrar um pouquinho querida?

— Hum... aceito sim, mas só um pouquinho.

— Gabriel vive saindo desde que começou a andar com esse Diogo... não gosto daquele menino.

— Somos duas. Também não gosto dele. — concordei.

Fiquei conversando um pouco com a mãe do Gabriel e ela era muito querida. Depois fui para casa e liguei para a Vic.

— Oi delicia. — brinquei.

— Hummm. Oi. — ela disse rindo.

— O que faremos hoje?

— Shopping? — Vic sugeriu.

— Combinado. A noite ou a tarde?

— Agora ué.

— Ok, chama as meninas, já já estou ai.

— Tá bom folgada.

— Nem sou.

— É, gasta do teu saldo então.

— Mão de vaca. — reclamei rindo.

— Estou lhe fazendo um gesto obsceno neste momento.

— Sim, sim, você me adora.

— Tá, vem logo, tchau. — Vic desligou rindo.

Desliguei e subi para o meu quarto me arrumar, vesti um shorts e uma blusa leve, coloquei uma sandália baixinha, arrumei os cabelos e fiz uma maquiagem leve, passei perfume e me olhei no espelho, estava bom. Peguei minha bolsa e o celular, desci e avisei minha mãe que estava saindo.

— Mãe, to indo no shopping com as meninas.

— Tá, quero um presente. — ela brincou.

— Pode deixar.

— Tchau e não volta tarde.

— Tchau.

Saí e fui para a casa da Vic, as meninas também estavam chegando.

— Oi gente. — cumprimentei.

— Olá maravilha! — Leti brincou.

— Nossa, alguém teve uma noite boa. — pisquei para a Pati.

— Só ela né, porque eu passei a noite ouvindo essa ai sonhando com o príncipe. — Pati reclamou.

Eu dei risada das duas, logo a Vic chegou e fomos para o shopping, uma tarde de garotas. Olhamos várias lojas e compramos algumas coisas bobas, eu achei um livro que queria muito e aproveitei e comprei também.

— Ei, meninas, que sorveteiro é aquele? Nossa! — exclamei quando reparei no cara que estava no balcão da sorveteria.

— Uau. — Vic abriu a boca toda boba.

— O lá em casa! — Leti brincou rindo.

— Lá em casa mesmo, mas comigo. — Pati falou empurrando de leve a Leti.

— Sei, vocês são umas taradas, isso sim. — falei rindo delas.

— Ei, foi você quem olhou primeiro. — Leti mostrou a língua.

Passamos a tarde rindo para variar e marcamos um almoço lá em casa para amanha. Depois fomos embora e o almoço ficou combinado, elas chamariam os meninos e a tarde iríamos para a praia. Cheguei em casa, tomei um banho e fiquei vagando como alma penada pela internet, meu MSN por incrível que pareça estava deserto. Também, em um sábado a noite é difícil encontrar alguém em casa, que tenha entre dezesseis e vinte e tantos anos. Mas eu gostava. Peguei o livro que havia comprado no shopping e fui ler na cama até pegar no sono.

Domingo. Acordei, fiz minha higiene, tentei arrumar meu cabelo e desci para esperar até que o pessoal chegasse. As dez horas já estavam todos ali e nos sentamos no quintal, ficamos conversando até a hora do almoço e a tarde voltamos novamente para a nossa rodinha na sombra, depois das três horas resolvemos ir para a praia.

— Então, vamos? — convidei.

— Claro, esse calor está matando. — Bruno comentou.

Todos concordaram e nós saímos.

— Ei, vou ali ver se o Gabriel quer ir com a gente, podem ir na frente...

Bati na casa do Gabi e a mãe dele, Iara, atendeu.

— Olá, querida. — sorriu.

— Oi dona Iara, o Gabriel está ai?

— Ah, saiu com o Diogo de novo. — ela fez uma cara feia.

— Ah, — abaixei a cabeça, ele provavelmente estava se drogando de novo. — Obrigada então...

— De nada querida, quer entrar?

— Não, não, eu to indo pra praia... vim ver se o Gabi queria ir junto...

— Ah... pena que você não veio antes, não faz tanto tempo que ele saiu...

— Hum... ta bom.. tchau.

— Tchau querida.

Caminhei rápido até alcançar o pessoal e me juntei a eles de cara meio triste.

— Ué, e o Gabi? — Vic perguntou.

— Saiu. — olhei para ela e ela entendeu na hora.

— Deve ter saído com o amiguinho drogado dele... — Bruno falou com cara de nojo.

— Que isso Bruno? ta falando assim por quê? — reprovei a atitude.

— É a pura verdade Lu. Nem sei porque você fez amizade com aquele maconheirozinho.

— Pega leve Bruno, o cara é gente boa. — Kauã defendeu o Gabriel.

— Maconheiro, isso sim.

— Cala a boca Bruno. — falei irritada.

— Ih, vai defender ele agora?

— Vou sim. — falei e toda a galera me olhou incrédula. — O quê? Vocês não sabem da vida dele pra ficar falando, vocês não sabem porque ele começou a cheirar, não sabem nada e ficam julgando.

— Nossa Lu... Até parece que você... — Leti ia falar mas cortei ela.

— Não parece nada tá legal? Só não acho certo falar dele se ele nem está aqui para se defender. — falei e acabamos encerrando a conversa por ali.

Para distrair a galera e o clima voltar ao normal o Pietro contou umas piadas muito idiotas, mas que acabaram funcionando.

Ficamos na praia jogando vôlei e depois entramos no mar. Estávamos nos divertindo, mas eu sentia falta do Gabriel ali no meio, querendo ou não, era ele quem me fazia rir mesmo me tirando do sério. Fui sentar na areia. O Bruno saiu da água e sentou ao meu lado.

— Lu?

— O quê?

— Desculpa, eu não queria ter discutido contigo por causa daquele idiota lá.

— Já vai começar, Bruno?

— Tá, tá, desculpa. — ele resmungou.

— Tudo bem.

— Vem cá... você ta gostando dele? — Bruno perguntou e eu olhei para ele surpresa.

— Eu? Não. Em hipótese alguma... ele é só um amigo que precisa de ajuda. — falei certa da minha resposta.

— Hum. Mas você ta sentindo a falta dele agora?

— Eu? Não...

— Fica comigo então? — ele perguntou como se aquilo fosse normal e eu arregalei os olhos.

— O quê?

— Me dá um beijo. — ele sorriu.

— Bruno, você é meu amigo, não quero estragar nossa amizade, e amigos não ficam se dando beijos.

— Mas nós já ficamos na sexta.

— Eu estava bêbada, e você se aproveitou um pouco disso também. — reclamei.

— Ah. — ele fez cara de triste.

— Que bobo — eu ri. — Te dou um beijo na bochecha.

Coloquei a mão no rosto dele e fui dar um beijo na bochecha, mas ele virou e nós demos um selinho, Bruno segurou meu pescoço e me deu um beijo um pouco forçado, mas eu acabei retribuindo.

— Bruno! — falei irritada quando me soltei.

— Ah, não resisti. — ele deu de ombros.

Levantei e saí dali, fiquei irritada com ele. Os homens são uns idiotas mesmo. Entrei no mar e afundei a cabeça, fiquei um tempo sozinha me acamando. Depois nós todos fomos embora. Quando cheguei em casa, tomei um banho para tirar o sal do corpo e coloquei meu pijama, sentei lá fora na sacada e fiquei ouvindo The Rain Song, do Led Zeppelin enquanto olhava para a rua. Senti uma lágrima escorrer. Me espantei de mim mesma, surpresa por ter começado a chorar do nada, sem sequer ter percebido. Eu estava olhando para a rua, para a casa do Gabriel, mas não tinha nada na minha cabeça, só o ritmo da música e uma lágrima caiu. Por quê?!

De repente vi o carro do Diogo chegar e me abaixei um pouco na sacada para não ser vista. O Gabriel desceu um pouco tonto, dava pra ver que ele tinha se drogado. Senti ódio e pena ao mesmo tempo, quando ele entrou levantei e fui para a cama.


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Notas finais do capítulo

Comentários são necessários para a continuação da estória, preciso saber se estão gostando ou não. :)



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