Eu sou Molly, Molly Weasley II escrita por Vic Scamander, Sónoanonimato


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Sou uma fofa gente, brincadeirinha! É que a Sóh e eu concordamos em postar um por semana, mas eu a convenci de postar logo esse porque é meio que a parte dois do capítulo anterior, se bem que é tudo continuação né? Mas deixemos em off e aproveitem mais um cap, Puf Pufs!
Boa leitura!



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– Que susto Frederich!

– Sssshhhhh – ele colocou o dedo na minha boca e se aproximou de mim.

Pelas chuquinhas de Morgana! Fred Weasley, o garoto por quem eu tenho um tombo desde criancinha, vai me beijar! Eu sempre achei que ele nunca olharia pra mim, sempre tento chamar a atenção dele participando das encrencas dele e do James e os acobertando a fim de que ele fique mais próximo de mim e depois perceba que gosta de mim, a ponto de num futuro próximo nos casarmos... enfim, Fred vai me beijar!

– Amanhã encontre eu e o James na cozinha de Hogwarts. Estamos planejando colocar os dizeres “Minnie arrasa” nas tortas de abóbora antes que os elfos enviem as sobremesas para as mesas – sussurrou na minha orelha me causando calafrios e fazendo com que uma corrente elétrica passasse por todo o meu corpo.

Molly! Por que você está com a boca levemente aberta e os olhos fechados? Não percebeu que ele só te meteu em mais uma das roubadas dele e do James? Desfiz a minha cara rapidamente e concordei com a cabeça para o Fred. Meus olhos iam começar a marejar quando eu entrei no quarto das meninas. Elas vivaram para ver quem era e depois voltaram a conversar. O assunto do momento era: Dominique e James iriam oficializar o romance esse ano ou não?

Pelo menos ninguém viu quando uma lágrima escorreu pelo meu rosto. E ainda pouco eu estava fantasiando que meu primo iria me beijar! Eu sou uma estúpida mesmo. Fred é o tipo de garoto que pode ter qualquer uma quando quiser, claro que ele não olharia pra patinho feio da Molly II.

Vamos Molly. Repita seu mantra.

Frederich Weasley II é um ser energúmeno, imbecil, idiota, ridículo, que tem aquela boca vermelha que é o meu sonho, e aquele cabelo ruivo que eu amaria descabelar com os meus dedos...

Argh. Me perdi no mantra.

Por que é tão difícil? É só... esquecer alguém que só te faz sofrer!

Mas não é tão fácil.

***

De manhã cedo fui acordada por Lily e Roxy.

– Hey, erh, Molly. Eu e as meninas estamos fazendo apostas sobre o romance de Jay e Domi. Quer apostar? – perguntou Roxy enquanto Lily pegava um pergaminho e pena pra anotar.

– Tudo bem – falei meio grogue – Eu aposto que o James e a Dominique vão oficializar a relação depois de uma briga que irá acontecer no baile de inverno. Ah, e eu aposto vinte galeões! Acrescenta aí Lily, James não vai convidar Domi, mas depois ele sentirá ciúmes dela com outro no baile e depois PIMBA! Brigarão e reatarão. No dia seguinte, Hogwarts terá um novo casal.

– Você não acha que está apostando alto demais Molly?

– Não Roxanne. Eu aposto porque sinto-me com sorte. E seu irmão ainda não apostou, certo? Ao ver minha aposta alta, ele apostará mais alto e eu acho que vou ganhar. Digamos apenas que um certo ruivo vai perder uma bolada. Ah e o resto que apostou também. – ri.

– Está bem confiante né? – sorri para Lilian como resposta e depois me levantei e saí correndo para o banheiro.

– Ei! Você está trapaceando! – gritou Roxanne. Sempre competíamos pelo banheiro. Mas eu fui mais rápida e cheguei bem antes.

Tranquilamente, tomei meu banho, embora os Weasleys e Potters terem gritado bastante para que eu saísse.

– Existe um banheiro lá fora – retorqui.

– Mas o Louis já foi. E ele tem um monte de cremes e shampoos pra passar, ele demora mais que todos nós juntos! – gritou Hugo de volta.

– Só lamento. Acorde mais cedo da próxima vez! – Louis merecia um brinde. Ele sempre demora cuidando do cabelo loirinho dele, mas eu acho que em parte ele vai demorar mais como vingança por o atormentarem por ser da Lufa-Lufa.

Me sequei e vesti uma roupa casual antes de sair do banheiro. Em meio aos muxoxos de todos quando Roxanne entrou e avisou que demoraria mais, desci para o café da manhã onde encontrei Louis, meus pais, vovó Weasley, tia Fleur e tia Angelina.

– Bom dia, família.

– Bom dia.

– Nossa, Louis foi rápido hoje – comentei.

– Claro, até porque Rose foi lá com Dominique e as duas só faltavam abrir a porta do banheiro e me tirar de lá – falou o loiro.

Tomamos café em silêncio antes que os demais chegassem. Depois que todos os Weasleys, jovens e adultos, detonaram a comida que poderia suprir a fome da África, pegamos nossos malões e nossos animais. Ah, eu tenho uma coruja chamada Penélope, embora meus pais não gostem do nome. Mas combina perfeitamente com ela, que é uma coruja-de-igreja.

– Alguém viu o Ralph?

– Louis, você deixou seu sapo andando por aí de novo? – berrou tio Gui.

– AHHHHHH, TIRA ESSA COISA GOSMENTA DO MEU CABELO!

– LILY NÃO PRECISA GRITAR! – gritou tia Gina. Tio Harry soltou uma gargalhada bem alta e depois foi seguido por toda a família, enquanto Louis pegava seu sapo de cima da cabeça de Lílian Luna.

Papai era chefe do Departamento de Transportes Mágicos e havia conseguido com que fossem aprovados os carros voadores. Para que coubessem todos, compramos uma van e ainda tivemos que expandir um pouco por dentro. Depois de tudo estar em seu devido lugar, partimos para a Estação King’s Cross e corremos para alcançar a plataforma 9 ¾.

O alarme já estava tocando, rapidamente nos despedimos. Abracei todos os meus tios antes de ir para o trem.

– Nada de gracinhas esse ano – falou papai – e tente se aproximar mais de suas primas. Ah e cuide da sua irmã. Fique de olho no Frank!

– Pai! – Berrou Lucy corando.

– Amo vocês, meninas. – ele e mamãe nos abraçaram e ambos me alertaram para estudar para os N.O.M.s.

Antes de entrar na locomotiva vermelha, tio George e tia Angelina me chamaram de novo.

– Depois olhe no seu malão e use um Finite Incantatem. – falou tia Angelina. Fiquei confusa com o que ela falou, mas ela apenas deu uma piscadela.

– E não esqueça de pegar a tampa do vaso sanitário do Filch! Eu quero guardar na minha coleção!

– George! – repreendeu sua esposa.

Sorri concordando com a cabeça e entrei no trem que já estava começando a se movimentar. Mais tarde eu descobriria o que tia Angelina quis dizer, mas antes eu teria que procurar uma cabine para mim.

Achei a cabine onde minhas primas estavam, depois passei por uma em que estavam Albus e sua turma de sonserinos que incluía Scorpius Malfoy, até achar Hugo, Louis, Fred e James falando sobre quadribol. Louis tampava os ouvidos, afinal, ele era da Lufa-Lufa.

– Eu estou te falando, James! É muito arriscado fazer aquela manobra que nós vimos no jogo dos Chuddley Cannons! – falava Fred.

– Mas se usarmos essa tática, conseguimos mais tempo para eu achar o pomo! Todos ficarão de olho na manobra e esquecerão que eu estou atrás da bolinha dourada! Até o apanhador do outro time esquecerá o que está fazendo lá. Precisamos apenas praticar bastante, muito mesmo!

Eu sabia muito bem do que eles falavam, afinal eu fui ao jogo também.

– Olha meninos – me intrometi entrando na cabine – a Grifinória tem os melhores jogadores de toda a Hogwarts – Fred, Hugo e James sorriram, embora Hugo não fosse jogador oficial, ele apenas substituiu o goleiro em um dos jogos ano passado – mas vocês tem que perceber que a maioria das manobras pode ser aprendida não só pela prática. Essa que vocês estão falando é simplesmente cálculo de velocidade, que depende do peso do jogador e o ângulo em que a vassoura está. Se quiserem eu posso mostrar à vocês.

A cabine quase que explode com tantas risadas. Exceto Louis que estava alheio à conversa e Hugo, que pareceu me entender um pouco, ou ele deve ter visto que a tiazinha do carrinho de doces estava no corredor.

– Molly Weasley II me ensinando Quadribol? Molly, você nem sabe Quadribol! – falou Fred enquanto alisava a barriga, que doía de tanto rir.

– Tudo bem. Só quis ajudar, ingratos.

Saí da cabine e fui procurar uma que estivesse vazia ou pelo menos tranquila, assim poderia ler meu livro em paz e pensar um pouco. Lucy estava com seus amigos conversando animadamente, as meninas do meu dormitório falavam sobre garotos, então apenas cumprimentei antes de voltar a procurar uma cabine pra mim, até que no fim do corredor encontro os gêmeos Scamander, que liam tranquilamente suas edições de O Pasquim.

– Posso entra?

– Claro, Molly.

Me alojei e peguei um livro para me distrair, Anjo Mecânico, adoro os livros trouxas, eles são bem criativos, os trouxas imaginam sempre um mundo diferente dos que eles conhecem, com monstros, seres angelicais, demônios, jogos em que as crianças tentam se matar...

Mas a história de Tessa Grey, a personagem principal, não me fazia esquecer do que Fred disse. Eu sabia sim jogar Quadribol. Em todas as férias, eu visitava meu tio Carlinhos enquanto meus pais iam à alguma conferência e Lucy ficava na casa de Alice Longbottom, irmã do Frank e sua melhor amiga. Tio Carlinhos me ensinou Quadribol e quando meus pais deixavam eu ir à casa dos Scamander, eu jogava com eles, que são batedores do time da Corvinal. Mas eu nunca joguei com meus primos, nem meus pais sabem que eu curto Quadribol! Só o tio George e a tia Angelina, já que eu pedi algumas dicas uma vez e acabei contando que eu adorava o esporte mas não tinha coragem de falar para meus pais. Eu queria ser batedora.

Mas quem sabe no meu último ano eu tente uma vaga? Se tiver né... ai então Fred e James teriam que engolir o orgulho e dizer que eu sou boa. Mas e se eu não for? Ora, tio Carlinhos disse que a cada ano eu estou melhor e ele era um jogador excelente!

Melhor deixar essa história de Quadribol para lá e me concentrar no livro.

– Mols, já está na hora de irmos nos encontrar com os outros monitores agora. A Mary da Lufa-Lufa avisou que os monitores estariam num dos primeiros vagões.

– Ok, Lysander. Vamos então.

Como eu sabia identificar os gêmeos? Era fácil. Os olhos de Lorcan eram azuis, mas Lysander tinha heterocromia, que deixava os olhos de cores diferentes, um era azul, outro era verde, mas ninguém além de mim e Louis percebia isso na escola.

Depois de ouvirmos atentamente algumas instruções dadas pelos monitores-chefes, patrulhamos o corredor e eu tive que chamar a atenção de uns primeiranistas que estavam discutindo sobre as casas de Hogwarts.

Eu e os irmãos tínhamos acabado de voltar ao nosso compartimento quando o alarme do maquinista soou avisando que já estávamos chegando à estação de Hogsmead. Pus as vestes de Hogwarts por cima da minha roupa e saí com os gêmeos. Pegamos umas das primeiras carruagens, nós podíamos ver os testrálios, já que em uma de minhas visitas à casa de Luna, eu e os garotos estávamos brincando quando um passarinho filhote caiu da árvore e fomos colocá-lo no ninho, mas a queda tinha sido tão longa que ele morreu lentamente nas mãos de Lorcan.

Eu os achava fascinante. Eram cavalos negros e um pouco esqueléticos, muitos diriam que eram criaturas agourentas mas... eles eram unidos e tão carinhosos com seus semelhantes! Não havia aquelas disputas entre animais que costumam ocorrer com outras espécies.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Reviews.