It's About Us escrita por 12th Precinct


Capítulo 11
Ilha de confusões.


Notas iniciais do capítulo

Booooa noite galera. Fiquei muito feliz com os comentários no último capítulo



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Anteriormente em “It’s About Us”:


– Boa noite. – o ouço falar enquanto choro apoiada na porta. E se não bastasse só isso eu ainda ouço o sussurro que ele solta antes de sair da porta.
– Te amo. – ele fala e eu desabo dentro do quarto, sozinha no escuro. Agarro minhas pernas tentando conseguir um pouco de conforto assim como fazia quando pequena. Será que ama mesmo? – penso chorando mais ainda.
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Rick POV.

Abro os olhos devagar tentando evitar que o sol da manhã me segue, mas assim que finalmente consigo olhar pela janela eu não vejo sol, pelo contrário, está escuro como o vácuo, exceto claro pelos raios que surgem no meio do céu. Olho ao redor e no primeiro momento estranho. – Estou na sala? Ah sim claro, a loura do parque. – me lembro do acontecido. Depois de todos esses anos de casados não conseguia dormir sem ela ao meu lado então resolvo me levantar para pegar um copo d’agua.

– Papai?- ouço um sussurro assim que guardo a jarra na geladeira novamente.

– Oi meu amor. – me aproximo dela que vem mexendo nos olhinhos. – O que está fazendo acordada?

– Não consigo dormir. – ela olha para o chão e eu já sei o que está acontecendo na hora. Conheço minha própria filha.

– Está com medo da tempestade né meu amor? – pergunto pegando ela no colo e indo em direção ao sofá.

– Uhum. – ela concorda baixinho. – Papai... – vejo que ela olha para o travesseiro e para coberta. – Porque você está dormindo aqui?

E agora Castle? O que você vai contar para sua própria filha? Que você e a mãe dela brigaram porque ela te viu sendo agarrado por outra?

– Papai? - ela me pergunta de novo.

– Oi meu amor. - dou um sorriso colocando ela sentada no meu colo. - Estou aqui para não atrapalhar sua mãe. - minto.

– Ata. - ela da um sorriso e coloca a cara no vão entre meu pescoço. - Você pode contar uma história?

– Uma história? - pergunto sorrindo. - Mas claro.


Kate POV.


Dormir era algo que esta noite eu não conseguiria fazer. Pelo menos não sem ele aqui ao meu lado. Quando bati a porta na sua cara eu me vi desmoronando, mas agora, agarrada no seu travesseiro e sentindo seu cheiro tão perto a única coisa que eu quero é abrir a porta e convida-lo para se deitar comigo. Assim como sempre.

Você não pode fazer isso Kate.– meu cérebro falava, todavia ao mesmo tempo meu coração queria tê-lo aqui. Será que ele estava bem dormindo na sala? - Ele ficará bem.– as respostas vinham automáticas. Parecia até que estava em guerra comigo mesma.

Aperto os olhos tentando dormir pela milésima vez, porém assim que tento pensar em algo para me acalmar ouço o barulho da maçaneta girando e a porta abrindo. Aquilo estava realmente acontecendo ou era imaginação minha? Sinto o lençol da cama se mexer, contudo me forço a permanecer de olhos abertos. Não acredito que ele teve a cara de pau de voltar para cama!

Não demora muito até que a porta do quarto se feche novamente então resolvo abrir os olhos devagar, assim como em toda manhã. Porém, quando viro para o lado esquerdo da cama não encontro ele, pelo contrário, encolhida ao meu lado está: Johanna. Sei que foi Castle que a trouxe e só de pensar nele entrando no quarto com ela no colo já me dá uma vontade imensa de trazê-lo para cá, mas sei que não posso não depois do que aconteceu.

– Boa noite minha princesa. - dou um beijo na cabeça dela e ela se abraça em mim.

– Boa noite mamãe. - ela fecha os olhinhos e pela primeira vez durante a noite toda eu consigo pegar no sono.


Rick POV.


Assim que a chuva acaba e dá lugar aos primeiros raios de sol me dou conta de que o dia está raiando. Que horas são?– penso enquanto procuro meu celular. 6h50mins. A noite já havia acabado e eu não tinha conseguido dormir nem ao menos 5 minutos, não que eu esteja surpreso com isso, até já esperava.

Me levanto e vou até o escritório, talvez essa insônia possa desaparecer se eu ler um livro. Assim que me aproximo das prateleiras e já consigo ver os porta-retratos de longe. Eu e Kate no nosso casamento, Johanna e Alex ainda no hospital, uma foto com toda família, incluindo claro: as ruivas. Não ia conseguir me concentrar com tudo aquilo ao meu redor, então resolvo ficar na sala e procurar por algum filme, daqui a pouco as crianças acordam e o café tem que estar na mesa.

– Bom dia papai. - Alex desce as escadas ainda sonolento.

– Bom dia filhão. - dou um sorriso enquanto coloco os pratos na mesa.

– Você sabe onde a Jo ta? - ele pergunta se sentando no banquinho com a minha ajuda.

– Ela estava com medo da tempestade. - respondo. - Está dormindo no quarto junto com a sua mãe.

– Hmm... - ele solta um resmungo. Tão ciumento quando eu ou Kate.

– O que você quer tomar meu filho? - abro o armário.

– Nescauuu. - ele responde com um gritinho enquanto pego a xícara.


Kate POV.


– Bom dia minha princesa. - sento na cama e mexo nos cabelos dela até ela abrir os olhinhos azuis.

– Bom dia mamãe. - a voz embriagada de sono não passa despercebida.

– Vamos levantar? - pergunto e ela faz uma carinha triste.

– Por quê? Hoje é domingo. - ela responde e mexe nos cabelos.

– Infelizmente a mamãe tem que ir trabalhar hoje. - respondo.

– Ok entao. - ela diz pulando da cama e correndo até a sala.

Força Katherine, porque você irá precisar. E muita. Trabalhar em um domingo era uma das coisas que eu mais odiava, porém hoje estou agradecendo por isso.

– Bom dia mamãe. - Alex fala de boca cheia arrancando um sorriso do meu rosto.

– Bom dia rapazinho. - dou um beijo na cabeça dele e ajudo Johanna a sentar ao seu lado.

– Bom dia. - ouço aquela voz e congelo.

– Bom dia. - digo olhando para o chão e não para ele. - Então quais são os planos para hoje? - pergunto tentando puxar um assunto para tensão não se instalar na cozinha.

– Quais são os planos mamãe? - Alex me pergunta rindo.

– A mamãe tem que ir trabalhar hoje. - Johanna responde comendo a sua torrada.

– Ah não. Por quê? - Alex pergunta triste.

– Vocês sabem que o trabalho da mamãe é importante né? - pergunto e eles concordam com a cabeça.

– Sim, você salva a cidade. - Alex responde me arrancando um sorriso.

– Exatamente e é por isso que a mamãe tem que ir se vestir. - levanto do banquinho onde estava.

– Você não vai comer? - ouço a voz da Jo me perguntando.

– Não meu amor, a mamãe não está com fome. - respondo evitando olhar para Castle.



Rick POV


Que não ia ser fácil eu sabia, mas tão difícil assim? Conviver com ela já era motivo para estar abraçado ou a beijando, e não poder fazer isso, ou nem ao menos dirigir a palavra a ela era uma tortura para mim. Estava agradecendo que o plantão dela era hoje, porque passar mais 1 minuto ao lado dela e não poder toca-la era quase impossível.

– Terminei! - Alex aponta para o copo e o prato vazios.

– Também! - Johanna coloca o último pedaço na boca.

– Vamos se vestir? - pergunto para os dois que abrem um sorriso.

– Antes eu quero meu beijo. - Kate entra na sala e os dois já pulam da cadeira para ir à sua direção.

– Bom trabalho mamãe. - Alex diz dando um beijinho no rosto de Kate.

– Obrigada meu filho. - ela sorri e vai para porta. Kate estava deslumbrante.

– E porque ele não ganha? - Johanna aponta para mim e eu congelo. Ai não! Saia dessa enrascada agora!

– É verdade. - Alex abre um sorriso olhando para mim e Kate.

– Não preciso de beijo. - brinco. - Já ganhei o meu hoje.

– Verdade. - Kate sorri fraquinho. Eu sei que ela está agradecendo mentalmente por aquilo. - Beijo meus amores. - ela bate a porta e as crianças se viram para mim.

– Vamos lá então? - pergunto já subindo as escadas com os dois correndo ao meu redor.


Kate POV.


Ainda bem que Castle é um artista na arte do improviso, se não fosse por ele eu acho que não me aguentaria na frente das crianças. Precisamos conversar, mas eu não queria nem me lembrar do acontecido, conversar sobre isso então? Muito menos.

– Beckett? - Ryan me cutuca. - Está tudo bem?

– Aham. - minto. - O que você conseguiu?

– Entao se lembra da nossa Sra. Petrelli? – ele pergunta.

– Sra. Bennet você quer dizer. – rio. – O que tem ela? Conseguimos acha-la?

– Ainda não, mas estamos trabalhando nisso. – ele responde. – Mas sobre Paxton é outra história...

– O rapaz de 27 anos que comanda a empresa? – pergunto.

– Esse mesmo. – Espo chega e começa a falar. – Você estava certa quando disse que ele sabia mais do que falou, muito mais mesmo para ser sincero. – ele me entrega alguns documentos.

– O que é isso? – folheio vendo que são imagens de câmeras da rua. Da frente do prédio de Peter.

– Nosso querido amigo Paxton fez uma visitinha a Bennet algumas horas antes dele morrer. – Ryan aponta para as duas figuras masculinas na foto.

– Acho melhor trazermos. – digo. – Talvez aqui ele abra a boca.

– Pode deixar chefinha. – Ryan e Espo saem me deixando sozinha com o quadro branco e meus pensamentos. Não tinha cabeça para pensar no caso depois do dia anterior, todas as minhas tentativas de esquecer foram falhas. Até parece que quanto mais eu quero esquecer mais eu lembro. Foque no caso! – meu cérebro dizia. Peter Bennet, 40 anos, foi morto com um tiro. - O que mais? – Ele tinha duas filhas pequenas, ganhava 2.000 dólares por mês o que é muito pouco para um pai solteiro. E, além disso tudo, ainda tem Jessica Bennet, a ex-mulher que abandonou as filhas e simplesmente desapareceu da minha sala do interrogatório. Eu precisava acha-la. E rápido.

Rick POV.

Vocês tem certeza que querem isso? – pergunto me virando para os dois que me olham com o brilho estampado nos olhos. Logo que Kate saiu de casa nós decidimos abandonar o apartamento. Estava um dia lindo na rua, era um desperdício ficar trancado.

– Vamos papai! – Alex grita e eu sorrio. – Atire logo!

– Pode deixar. – me concentro e cerro os olhos. Estávamos em Coney Island, um dos maiores parques de diversões da cidade inteira. E eles estavam amando.

– Isso ai papai! – Johanna pula ao meu lado assim que acerto um dos alvos. – Você conseguiu.

– Mas claro que sim. – brinco. – Agora depende de vocês. O que querem? – aponto para prateleira cheia de ursos como recompensa dos jogos.

– Eu quero o unicórnio. – ela aponta para o animal que estava na penúltima prateleira.

– Não! – Alex protesta. – Eu quero aquele ali.

– Qual? – pergunto vendo que esses dois vão brigar fundo pelos brinquedos.

– O Capitão América papai. – ele aponta para o herói.

– Mas eu não quero aquele. – Johanna faz um beicinho. – Por favor, Alex.

Posso ver que ele está bravo com a irmã, mas sei que ele está realmente considerando trocar o seu herói favorito para poder ver a irmã feliz. Alex faria de tudo pela irmã e eu sabia disso.

– Pode ser. – ele finalmente fala com um sorriso no rosto. Esse era meu garoto.

– Uhuu! – Johanna pega o bichinho que o rapaz da banca lhe entrega e abraça.

– Muito obrigada. – digo ao rapaz que dá um sorriso em resposta. – Gostou Jo?

– Muiiito. – ela responde saltitando de alegria, todavia assim que olha para o irmão aquele sorriso desaparece do rostinho dela. – Que houve Alex?

– Nada. – ele chuta uma pedrinha que estava no seu lado.

– Você sabe que é o melhor irmão do mundo né? – Johanna o elogia fazendo Alex abrir um sorriso no rosto.

– Eu sou? – ele pergunta desconfiado.

– Com certeza. – ela afirma agarrando a mão do irmão e olhando para mim. Aqueles dois eram realmente especiais.

– E agora quem topa ir lá em cima? – aponto para montanha russa.

– Só se for agora. – Alex já solta um gritinho, mas Johanna permanece quietinha.

– Está tudo bem meu amor? – pergunto assim que paramos na fila.

– É muito alto papai. – ela olha para montanha acima da sua cabeça.

– Não se preocupa Jo. – Alex fala. – A gente protege você.

– Sério? – ela pergunta nos olhando.

– Sempre meu amor. – acaricio o cabelo dela. – Sempre.

Kate POV.

Bato a porta assim que entro na sala atraindo a atenção dele que estava tentando afrouxar a gravata.

– O que eu estou fazendo aqui? – ele bate contra mesa.

– Acho que você já sabe. – respondo.

– É por causa de Peter de novo? – pergunta. – Eu já lhe disse tudo que sabia.

– Nós dois sabemos que isso é mentira Sr. Paddox. – pego as fotos e coloco sobre a mesa. – Não é mesmo?

– Onde você conseguiu isso? – ele pergunta e posso ver o nervosismo tomando conta dele.

– Não sei se você já ouviu a novidade, mas agora as ruas de Nova York têm câmeras. – brinco.

– O que quer saber? – ele pergunta.

– Para começar sobre o que estavam conversando. – aponto para foto.

– Sobre uma saída. – ele começa. – Peter queria fugir da cidade.

– Como assim fugir da cidade? – pergunto surpresa. Fugir? Com quem? E o mais importante: para onde?

– Escapar. – ele responde. – Iria sair da cidade com as meninas e Jessica.

– Ok ok. – me ajeito na cadeira. – Jessica? Você está me dizendo que Peter sabia da ex-mulher? E que iria fugir com ela?

– Exatamente. – ele fala.

– Peter sabia sobre Jessica? – pergunto confusa. Aquele caso estava quebrando minha cabeça.

– Sim, eles estavam tentando planejar uma fuga com as filhas. – ele responde. – Só que na noite do plano fiquei sabendo que Peter foi morto.

– Quem mais sabia sobre o plano de fuga? – pergunto.

– Eu, Peter e Jessica. – ele responde.

– E onde Jessica está agora? – pergunto lembrando a fuga.

– Não sei. – ele responde. – Eu perdi contato com ela na sexta feira.

Não sei se devo acreditar nele, mas agora ele pode ser a única chance de trazer justiça a Peter. Mesmo que tudo isso não passe de uma história inventada, tenho que admitir que assim tudo faz mais sentido.

– Espo! – grito assim que saio da sala. – Temos que achar Jessica e rápido.

– Eu e Ryan estamos trabalhando nisso. – ele responde.

– Obrigada. – me sento na cadeira com a cabeça a mil. O caso e a briga estavam gastando todas minhas energias.

Rick POV.

Abro a porta do loft com um saco de pipocas em uma das mãos e na outra um unicórnio de pelúcia. O dia havia sido fantástico, porém estar de volta em casa fez minha cabeça voltar aos problemas: Kate.

– E eu não gritei. Né papai? – Johanna me puxa e eu sorrio.

– Verdade. – rio. – Vocês foram muito corajosos.

–Nós sabemos. – eles se olham e falam juntos.

– Convencidos. – brinco. – Vamos tomar um banho agora?

– Ah não. – eles se olham. – Não pode ser mais tarde?

– Meus amores, já são oito horas. – me abaixo na altura deles. – Acho melhor irmos para o banho né?

– Que horas a mamãe chega? – Johanna pergunta assim que pego um copo de água. Estava com a garganta seca.

– Na verdade a mamãe já chegou meu amor. – ouço a voz de Kate que surgi atrás da porta do escritório. Ela já estava em casa.

– Mamããe! – os dois correm na direção dela.

– Oi meus amores. – ela beija e abraça os gêmeos. – Como foi a tarde de vocês?

– Nós vamos ao parque de diversões mamãe. – Alex responde.

– E andamos de montanha russa. – Johanna interrompe.

– E o papai ganhou isto para a Jo. – ele aponta para o unicórnio que estava no sofá.

– Vejo que se divertiram. – ela abre um sorriso. – Mas tenho que concordar com o pai de vocês. – ela olha para mim e eu congelo. – Vocês estão fendendo precisam de um banho.

– Nós estamos? – Alex pega o casaco e cheira. – É verdade.

– Eu falei. – Kate brinca enquanto sobe com os dois me deixando sozinho na cozinha.

– Kate. – a chamo, mas me arrependo depois de 2 segundos. – Você pode descer aqui?

– Agora não Castle. – ela me olha séria. – Depois nós conversamos.

– Ok. – abaixo a cabeça. – Eu vou fazer a janta.

– E eu vou dar banho neles. – ela olha para o chão, porém posso jurar que vi uma lágrima escorrendo no rosto dela.


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Notas finais do capítulo

E agora? O dia foi bom mas a conversa está se aproximando...

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