Tatame escrita por PaolaPS


Capítulo 6
Seis


Notas iniciais do capítulo

Demorei tanto que a Karina e a Bianca fizeram as pazes na novela, desculpa.



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Seis

–Karina, a gente precisa conversar.

Eu não tenho nada pra falar com você. -Ela disse teimosa.

–Ótimo, você só escuta então.

–Não estou interessada em te ouvir, princesinha.

Ela voltou a sua atenção pro saco de pancadas, decidida a ignorar Bianca. No entanto, a mais velha não estava disposta a ceder, por isso tirou a rasteirinha e pisou no tatame, se aproximando da lutadora.

–Eu não te perguntei se você está interessada. Eu vim aqui pra conversar com você porque a situação está insustentável e eu me recuso a continuar esperando o dia em que você vai decidir que é a hora de falar comigo. -A atriz disse determinada. -Seria muito melhor que você respondesse pra que houvesse um diálogo, mas como você não quer facilitar, eu não importo com o monólogo.

–Quem você pensa que é pra falar assim comigo?

–Eu sou a sua irmã, quer você goste disso ou não.

–Eu deixei de ser a sua irmã no momento em que eu percebi que isso não fazia a menor diferença pra você. -Karina disse irritada. -O que você fez comigo, eu não esperava nem do meu pior inimigo.

Bianca ficou calada por alguns instantes, pensando na melhor forma de se desculpar.

–K, a minha intenção nunca foi te magoar. -Ela começou a dizer, suavizando o tom de voz, mas logo foi interrompida.

–Não, a sua intenção era me manipular e me ridicularizar na frente de todo mundo. Parabéns, você conseguiu. Está satisfeita?

–Eu só queria que você pudesse amar alguém. Que você se sentisse amada. -A irmã tentou se justificar.

–Ah, e você achou que comprar um namorado pra mim ia me fazer me sentir amada?

–Não foi bem assim! Eu sempre soube que entre você e o Pedro tinha alguma coisa, eu só quis ajudar.

–Você quis me ajudar ou se ajudar? -A esquentadinha perguntou se aproximando da irmã. -Admite, Bianca, você fez tudo isso só pra que eu parasse de empatar o seu namoro perfeito.

–Eu só queria que você ficasse bem! -A mais velha tentou argumentar, perdendo a compostura.

E de repente as duas estavam exaltadas demais pra manter um tom de voz civilizado. Gritos exprimiam a mágoa em questão com mais facilidade.

–E quem disse que eu não estava bem, Bianca?

–Ah, você estava ótima, Karina! -A atriz disse um pouco nervosa. - A única coisa que você fazia era choramingar pelos cantos porque eu tinha roubado a sua paixão platônica! Por que será que eu achei que você não estava bem?

–Não fala assim comigo. -A lutadora empurrou a irmã. -Eu estava magoada sim, mas isso não dava a você o direito de se meter na minha vida! Por que você não podia, simplesmente, aproveitar o seu namoro e me deixar lidar com as minhas mágoas sozinha?

–Porque eu não consigo! -Bianca disse abaixando o tom de voz. -Eu não consigo ser feliz quando a minha irmã está mal. Eu odeio te ver machucada, Karina.

–Cala a boca, Bianca! -A esquentadinha a empurrou novamente. -Eu não preciso que você cuide de mim, entendeu?

–Você pode até não precisar, mas eu vou cuidar de você sempre. -A mais velha disse, já mais calma. -Você é minha responsabilidade.

–VOCÊ NÃO É A MINHA MÃE! PARA DE TENTAR OCUPAR O LUGAR DELA!

Antes que Bianca pudesse reagir, a lutadora já havia pulado em cima da irmã acertando um soco certeiro na mandíbula dela.

A queda das duas foi amortecida pelo tatame, provocando apenas um baque silencioso.

Olhos castanhos e azuis se espelharam em puro choque.

–E-eu… -Karina tentou dizer alguma coisa, ainda sobre a irmã, mas nada saiu.

Ela só conseguia observar o sangue que escorria no canto direito do lábio da atriz, sentindo o horror crescer dentro dela, até formar um bolo enorme na garganta.

As duas se encararam num silêncio que só foi cortado pelo choro agoniado da caçula.

–Bi, e-eu nunca, n-não era -Ela tentava falar entre soluços.

A reação da mais velha veio de imediato: ela puxou Karina para um abraço apertado, permitindo que a irmã chorasse o quanto fosse necessário.

–Vai ficar tudo bem, K. -Bianca garantiu, com os olhos carregados de lágrimas. -Vai ficar tudo bem.

O tempo em que elas ficaram naquela posição é incerto. As duas choraram todas as dores acumuladas há meses, se consolando.

Quando as lágrimas secaram, Karina saiu do abraço da irmã e se deitou ao lado dela.

–Eu admito que parte de mim só estava preocupada com o meu namoro. -Bianca confessou, de repente, sentindo que era o momento ideal para tocar no assunto mais delicado. -O meu lado egoísta não parava de gritar que você estava atrapalhando a minha história com o Duca, e que eu precisava dar um jeito nisso. -A atriz suspirou, encarando o teto para evitar os olhos azuis da irmã. -Eu achei que arrumar um namorado pra você fosse a solução perfeita: você ia sair da fossa e eu poderia curtir o meu namoro, sem me sentir culpada por estar feliz. Depois que eu cheguei a essa conclusão, eu precisava achar o par ideal, e a minha primeira opção foi o Zé.

–Espera. -Karina interrompeu a narrativa. -Foi você que armou aquele cinema que todo mundo deu o bolo?

–Foi. -Ela confessou, sentindo que era a hora de falar toda a verdade. -Bom, quando eu vi que com o Zé não ia rolar, eu desanimei um pouco. Mas aí, observando o jeito que você e o Pedro discutiam toda hora, eu achei que aquilo podia ser algo a mais. Pouco depois, o Duca comentou comigo que o Pedro te achava gata, e foi aí que eu decidi que ele era o cara. Mas o maior problema é que você não ia abaixar a guarda pra ele, e nem ele estava disposto a ficar apanhando. -Ela suspirou. -Quando o Pedro brincou, dizendo que por dois mil reais ele até casava com você, eu fiquei puta. Mas depois, eu te vi tão mal por causa dele, mesmo não admitindo, que eu pensei que os dois mil reais seriam só um empurrãozinho.

–Um empurrãozão, né?! -A lutadora resmungou.

–Naquela época, eu já tinha certeza de que o Pedro gostava de você, então eu decidi arriscar. -A atriz continuou, ignorando a ironia. -Eu fui tão estúpida, que, na minha cabeça, você nunca ia descobrir do dinheiro. A verdade é que se eu soubesse que tudo terminaria do jeito que foi, eu nunca teria cogitado essa proposta. -Bianca reuniu a coragem que tinha e olhou para a irmã. -Eu não vou te pedir pra você esquecer o que eu fiz, nem que tudo volte a ser como era antes. Eu só espero que um dia você seja capaz de entender a minha estupidez e me perdoar.

As duas ficaram em silêncio, se encarando, até que Karina desviou o olhar para o teto.

–Eu já te perdoei.

–Você o que? -A atriz perguntou engasgando.

–Bianca, nós somos completamente opostas, mas acima de tudo nós somos irmãs. Eu não consigo te odiar, nem guardar rancor, porque isso que nós temos é incondicional. -A lutadora confessou. -Eu só não queria admitir, já que pra mim era mais cômodo ficar remoendo as minhas mágoas do que partir pruma conversa franca.

Bianca abraçou a irmã e esperou que aquilo fosse o suficiente para dizer tudo o que ela estava sentindo naquele instante.

Alegria. Orgulho. Gratidão. E, principalmente, amor.

Saindo do abraço, as duas se encararam como que para ter certeza de que tudo estava bem.

Ou quase tudo.

–Eu preciso parar de tentar ser a mamãe. -A atriz admitiu. -A verdade é que eu sempre estive preocupada demais com que nada faltasse pra você, que eu acabei me perdendo na minha verdadeira função. O papai estava sempre fazendo o melhor que podia, mas eu sabia que não era o suficiente. Eu sabia porque pra mim, não era o suficiente. -A garota confessou. -A mamãe sempre carregou consigo uma suavidade que fazia tudo ficar bem. Eu não me lembro muito dela, mas na minha cabeça, ela era uma princesa como a dos contos de fadas, e o papai era o príncipe. Acho que a única coisa que eu me lembro com clareza era das histórias que ela me contava. Eu, na minha cabeça de criança, transformava a nossa vida naquelas histórias, substituindo os personagens por mim, pelo papai e por ela.

–Eu queria ter feito parte dessas histórias. -Karina suspirou, limpando as lágrimas que voltaram a escorrer.

–Mas você fazia. Durante os 9 meses que você esteve na barriga da mamãe, você sempre fez parte das histórias. -A irmã contou. -Eu me lembro de que quando ela e o papai me contaram que eu ganharia uma irmã, eu só conseguia pensar que ia ter que dividir tudo. Mas eles estavam tão felizes com a sua vinda, que eu acabei me animando também.

–Vocês estavam felizes até eu chegar e estragar com tudo.

–Não fala assim, Karina. -A atriz segurou a mão da irmã. -O médico explicou que o que aconteceu com a mamãe foi uma fatalidade. Podia ter acontecido no meu parto, assim como aconteceu no seu. -Ela relembrou. -Eu e o papai ficamos tristes com a morte da mamãe, mas tenha certeza que foi a sua presença que trouxe vida pra nossa casa.

Karina não disse nada, apenas encarou o nada.

–K, eu espero que você saiba que eu e o papai não ressentimos a sua chegada em nenhum momento. -Bianca disse obrigando a irmã a olhar pra ela. -E eu tenho certeza que a mamãe faria tudo do mesmo jeito se soubesse como terminaria essa história.

–Talvez, um dia, eu consiga acreditar nisso. -Ela resmungou.

Bianca se jogou sobre a irmã iniciando uma sessão de cócegas, e logo a lutadora estava implorando que ela parasse.

–A partir de hoje, eu te prometo, me esforçar ao máximo para ser menos mãe e mais irmã. -A atriz disse recuperando o fôlego. -Palavra de Julieta.

–E eu prometo que se você começar a ser mãe demais, eu te encho de cócegas. -A irmã respondeu rindo. -Mas falando sério, obrigada, Bi.

–Você está me agradecendo por que?

–Por ter sido a melhor referencia materna que eu poderia ter tido, na falta da original.

–Awwwn, assim você vai me fazer chorar.

–Mais do que você já ta chorando? -Karina brincou. -Amanhã não vai ter corretivo que dê jeito nas suas olheiras.

–E você ta achando que ta maravilhosa, né?! Vai assustar todo mundo logo no dia do seu aniversário. -A irmã respondeu. -E por falar nisso, acho melhor a gente ir pra casa antes que o papai venha nos buscar pelos cabelos.

–Depende.

–Depende do que?

–Você fez o bolo da Bianca? -Ela perguntou rindo.



Karina foi tomar um banho rápido, acompanhada pelas risadas da irmã. As duas tinham muita conversa pra colocar em dia.

–Ah, a gente precisa passar no QG pra buscar o Cobreloa. Do jeito que ele é, não duvido nada que ele invente uma desculpa pra não ir no meu aniversário. -A lutadora disse desligando o chuveiro e pegando a toalha.

–K, eu posso te perguntar uma coisa?

–Claro.

–Esse lance entre você e o Cobra é só amizade mesmo?

Karina riu, se perguntando há quanto tempo essa dúvida corroía a irmã.

–Só amizade.

–E o Pedro? -A atriz arriscou, observando a postura da irmã mudar.

–Eu prefiro não falar sobre ele. -Ela respondeu sem encarar a irmã.

O silêncio tomou o lugar enquanto a lutadora terminava de se vestir. Logo as duas estavam na porta da academia fechando a fábrica.

–Karina, eu posso falar uma única coisa sobre o tema "Pedro"?

–Se eu não te deixar falar você não vai se aquietar né?!

–Não.

–Então fala enquanto eu ainda tenho paciência. -A reposta foi seca.

–Eu só queria deixar claro que a música que o Pedro fez pra você nunca foi parte do acordo. Ele já estava trabalhando nela quando tudo aconteceu. -Ela contou. -Eu espero que um dia você consiga perdoá-lo e que vocês possam se entender.

Karina pensou sobre o que a irmã disse, mas preferiu deixar o assunto para outro dia.

–Esse dia vai chegar, mas não é hoje. -Ela disse andando em direção ao QG. -Agora será que a senhorita consegue deixar essa mania de santo casamenteiro pra outro dia e me dar uma folga no dia do meu aniversário?

–O seu desejo é uma ordem. -Bianca cedeu rindo.

Cobreloa estranhou a cena que viu. Bianca e Karina vinham em direção ao QG rindo como há muito tempo elas não faziam.

–Vamos, Cobra? -A lutadora chamou.

Ele trancou a loja e caminhou em direção às irmãs, sem conseguir conter a expressão de estranhamento.

–Uou, você e o Duca estão numa vibe sadomasoquista? Aposto que é por causa daquele livro das chicotadas que ta fazendo sucesso. -O lutador comentou indicando o corte no lábio da atriz.

O sorriso de Karina murchou e Bianca tratou de corrigir isso.

–Eu acho que você ta é com inveja, Cobra. Está doido pra levar umas chicotadas, mas ninguém te quer. -Ela provocou.

–Ah Bianquinha, aposto que você sonha com o meu corpo nu todas as noites.

–Mas, no caso, isso seria um pesadelo, né?!

E entre farpadas, provocações e muitas risadas, os três chegaram na casa dos Duarte.

Gael, Dandara, João, Duca e Dona Dalva já estavam nervosos quando os três chegaram.

–Onde você se enfiou, Bianca? Eu to ligando pra você tem uma hora e nada de resposta! -O pai perguntou nervoso. -E você, Karina, eu já tava quase indo na academia pra te buscar pelos cabelos.

–Calma, pai. Hoje é meu aniversário, lembra? -A caçula fez uso da chantagem emocional em que a irmã era mestre. -Eu e a Bi estávamos conversando.

Aquela fala calou as reclamações do mestre. Ele olhou para as duas filhas, que pareciam relaxadas como há muito tempo ele não as via, e se sentiu aliviado.

Estava tudo bem, afinal.

Pelo menos até um comentário malicioso surgir.

–Eita que a tarde foi boa, hein Bianquinha?! -João comentou, concentrando a atenção de todos na mais velha.

Foi só eles prestarem um pouco de atenção nela pra que percebessem o que estava errado.

–Bi, o que aconteceu com a sua boca? -Duca perguntou, se aproximando da namorada pra analisar o machucado.

–Ah, vai dizer que você não sabe, Duca? -O nerd provocou.

Cobra fez um gesto imitando uma chicotada, provocando a risada de João e dona Dalva.

–Fui... -Karina começou a dizer, mas foi interrompida pela irmã.

–Ah, Du, você sabe como eu sou desastrada. Eu fui pegar o celular na minha salinha e não vi que a porta estava fechada. -A atriz improvisou. -Eu to muito feia assim?

E o biquinho triste que ela fez foi o suficiente para convencer a todos que aquele machucado não era importante, mesmo que eles soubessem que a origem era outra.

–Claro que não, minha linda. -O namorado garantiu, fazendo carinho na bochecha dela.

–Eu ainda acho mais provável a história da chicotada. -Cobreloa murmurou.

–Pai! -Bianca disse de repente. -Acho que o Cobra nunca foi apresentado aos seus bonsais...

–AH, é verdade. -O mestre disse puxando o vagabundo pelo braço. -Deixa eu te apresentar os meus lutadores.

Enquanto a visita se distraia com os bonsais, Dandara se apressou para por a comida na mesa com a ajuda de João, Karina e dona Dalva, enquanto Duca arrastou a namorada para cuidar do machucado na boca.

–Vamos comer, gente? Eu to morrendo de fome! -Karina convocou.

–Por favor. -Gael pediu, provocando risadas.

Mas antes que eles pudessem servir a comida, a campainha tocou, anunciando uma chegada.

–Você está esperando mais alguém? -Bianca perguntou pra irmã.

–Eu só chamei o Cobreloa. -Karina respondeu.

Dandara se apressou em abrir a porta, que revelou não só um alguém, mas vários.

Zé, Marcão, Wallace, Fabi e os outros alunos da academia chegaram, acompanhados de Sol e Bete.

–É aqui que ta tendo um rango grátis? -Wallace perguntou animado.

–Porra, Marechal. -Zé repreendeu o amigo com uma cotovelada. -A gente veio aqui pra comemorar o aniversário da Karina.

–Mas não vai ter comida? -Marcão perguntou confuso e também recebeu uma cotovelada do amigo.

–Eu achei que você ia gostar de receber os seus amigos. -A boadrasta disse para Karina.

–Obrigada, Dandara. -Ela agradeceu. - E é claro que tem comida gente. Entra ai!

Não foi preciso insistir para que a tropa invadisse o apartamento e se acomodasse aonde fosse possível. Todos comiam e conversavam animadamente, sem se preocupar se estavam fazendo barulho ou bagunça de mais, afinal o mestre Gael estava num ótimo humor.

–Vamos cantar parabéns pra K, gente! -Bianca convidou, colocando o bolo na mesa.

O problema é que ninguém ouviu o que a atriz disse, já que eles estavam entretidos demais com o Xbox do João.

O que tinha começado com uma disputa entre Fabi e Priscila no Just Dance, agora era Cobra e Duca dançando Let It Go. Todos pararam para rir dos dois lutadores imitando gestos delicados, com Karina, inclusive, filmando.

–Yo! Será que dá para as duas bailarinas fazerem uma pausa pra gente cantar os parabéns? -Gael gritou, chamando a atenção de todos.

–Hmmm, Bi, volta com o bolo pra geladeira, que eu não vou dividir com ninguém. -A aniversariante disse se aproximando do bolo.

–Aí você enfraquece a amizade, Karina. -Marcão comentou decepcionado.

–Calma que tem bolo pra todo mundo. -Dandara interviu. -Mas primeiro, vamos aos parabéns?

Todos obedeceram a ordem e puxaram o coro.

Logo Karina já se abaixava pra apagar as velas.

–K, não esquece de fazer o pedido! -Bianca lembrou a irmã.

A aniversariante pensou um pouco observando o pai brigar com um dos alunos, dona Dalva e Marcão se provocando, João dançando no Xbox, Dandara brigando com ele, e Bianca abraçada ao namorado incentivando a irmã a soprar as velas. Ela abriu um sorriso, fechou os olhos e fez o seu desejo.

Tudo o que ela queria era que aquela felicidade durasse para sempre.

FIM


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Notas finais do capítulo

Além de pedir desculpas pela demora, eu quero agradecer pelo tempo de vocês.
Obrigada por acompanharem "Tatame" e não se esqueçam de me dizer se gostaram!



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