Três Corações - o Coração que Me Amou escrita por mariana_cintra


Capítulo 26
O Coração que me Amou


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todo mundo que leu essa história e me deu apoio até o fim para escrevê-la. Quero agradecer de coração por todos os reviews, dicas, críticas e elogios. Agradecimentos especiais vão para Mitty e Sofia (:

Bom, esse é o último capítulo. Nossa fic chegou ao fim, que emoção.
Com essa fic eu ri, chorei,me apaixonei, fiquei triste, fiquei feliz e muitas outras coisas. Senti o que os personagens sentiam e desejei viver a história deles, por mais absurdo que pareça -.-'
Mas assim como a história da Lana, nunca existe um fim. Nós vamos recomeçar o/
Isso significa que a história não acabou. A fanfic O Coração que me Amou termina aqui, mas Lana precisa recomeçar e nós daremos um recomeço à ela. Então aguardem, porque ainda hoje estará no ar a continuação dessa história, o recomeço depois do fim: Learning to Breathe.
Isso mesmo, temos uma nova fic! Lana e Matt voltarão com tudo para encher meus dias com a escrita da vida deles hahaha

Bom, obrigada a todos que leram a fic até aqui.
Esse é o último capítulo, espero que gostem.
Tenham uma boa leitura!



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Já se passou um mês desde que Dan morreu para me salvar a vida. Eu sinto falta dele mais que tudo.

                Não tive coragem de voltar pra nossa casa, tampouco pretendo fazer isso. Tomei uma decisão para aliviar minha dor. Eu tinha um plano em mente: me mudaria para outra cidade, do outro lado do país. Só assim, ficando bem longe da cidade onde vivi meu grande amor, eu poderia anular meus sentimentos e minha dor, e talvez vivendo como um zumbi eu conseguisse sobreviver.

                Comuniquei minha decisão a meu pai, e por mais que ele se preocupasse, não podia me impedir. Eu tinha uma boa quantia de dinheiro no banco, e com a venda de alguns pertences eu consegui aumentar ainda mais essa quantia. Esse dinheiro financiaria minha viagem e meus primeiros meses na nova cidade, onde eu havia decidido fazer faculdade e trabalhar. Se me mantivesse ocupada durante a maior parte do tempo, logo esqueceria da dor. Esse era o plano.

                Pedi a meu pai que cuidasse da minha casa. Fiz com que prometesse que mandaria alguém limpar a casa com frequência e que não deixaria que nada lá mudasse. Eu não queria que ninguém mudasse as flores do jardim, a posição dos móveis e até mesmo dos porta-retratos lá de dentro. Eu voltaria um dia e gostaria de ver a casa exatamente como ela era antes da minha partida.

                Minhas malas estavam prontas. Eram oito da manhã do dia da minha partida. Meu voo seria às dez e eu já me encaminhava para o aeroporto. Lá se encontravam Lucy, Matt e meu pai, claro. Os três queriam se despedir de mim e esperar o avião partir.

                9:30. Eu me encaminhava para o local de embarque. Lucy foi a primeira a se despedir de mim.

                - Nós ficamos mais afastadas nos últimos meses, mas quero que se lembre sempre que você tem uma melhor amiga aqui. Nunca se esqueça da minha amizade, Lana.

                - Não vou me esquecer - eu disse, abraçando minha amiga.

                - Eu vou te ligar e mandar e-mails, não vou te dar sossego - ela riu.

                - Eu vou mandar notícias. - apertei o abraço - Sentirei sua falta, Lucy.

                Me soltei do abraço de Lucy e me dirigi a Matt. Ele me olhou nos olhos e eu me dei conta do quanto ele ainda me amava. Isso ficava claro na maneira dele me olhar, a lágrima no canto de seu olhos era uma testemunha disso.

                Também deixei uma lágrima escorrer por meu rosto, afinal, eu também amava Matt. Não o amava como amava Dan, eu o amava como um grande amigo que se apaixonou por mim. Sempre teria Matt em alta conta.

                Nós nos abraçamos e ele sussurrou ao pé do meu ouvido:

                - Eu te amo e não acho que isso seja algo que eu possa mudar facilmente. Portanto, se precisar de alguém, se resolver voltar ou se quiser que alguém vá atrás de você, mesmo que seja no fim do mundo, sabe que pode me eleger para ser esse alguém.

                - Eu sei, Matt. Mas a dor é grande demais. Não posso nem pensar em uma maneira de viver agora. Eu preciso deixar essa cidade, preciso me manter longe dos sentimentos e das lembranças. Mas se um dia eu voltar a viver de verdade, você será um dos primeiros a saber.

                - Eu te amo, Lana - ele disse, por fim. Eu não daria a mesma frase como resposta, pois um eu te amo sincero dessa forma eu só diria a Dan.

                Uma voz anunciou que era hora de ir, era a voz que anunciava meu voo. Olhei para meu pai e depois o abracei. Ele não gostava de despedidas, portanto, não trocaríamos uma palavra. Apenas nos abraçamos e depois eu fui embora, sem sequer olhar para trás.

                Quando o avião decolou, abri os olhos para a nova vida que eu teria. Uma vida sem Dan. Isso quer dizer que não seria uma vida, seria apenas uma existência. Eu amei Dan com toda a minha alma e eu o amaria mesmo depois da morte dele, como fazia agora. Só eu sabia explicar a dor que me consumia, que tirava meu sono, minha concentração, minha paz. Só eu sabia explicar como era terrível a ideia de perder a pessoa que deu sentido à minha vida. Dan era a coisa mais importante que eu tinha. Agora que ele se foi, tudo ficou sem sentido. Mas eu tinha que tentar viver de algum jeito, pois ele me deu seu coração pra isso.

                Eu o amava, mas precisava fazer isso. Eu tinha que continuar. Por ele e pelo coração que batia dentro de mim. O coração dele, que sacrificando-se por mim, encerrou - ao menos temporariamente - a história dos três corações que se apaixonaram e pertenceram um ao outro. Ah, sim, mas o coração de Dan era, sem dúvida, o mais bonito. É pensando na beleza e na bondade desse coração que eu olho pela janela do avião e me dou conta de que a minha decisão de recomeçar era a certa.

                E lá estava eu, recomeçando ou chegando ao fim, pois os dois pontos de vista eram plausíveis. Estava seguindo em frente acreditando que ainda existiria um sol para iluminar minha vida no dia seguinte. Eu estava com o coração mais lindo do mundo batendo por mim, porém, no lugar errado. Mas eu tinha que continuar. Mesmo morrendo, eu viveria. Porque o amor me deu esse poder.


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Notas finais do capítulo

Eu quero reviews reviews reviews reviews e mais reviews,porque o último, mesmo que não seja bom - mas ele é-,merece reviews!

Amo vocês leitores!