Relatos de Ângela Justine escrita por Moon Lu


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Ícaro ama ou não a Ângela? Duvida horrível não acha? :/



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Ficamos nos olhando por alguns segundos. Ele havia mudado pouca coisa, seu cabelo estava da forma que eu gostava: Grande e cacheado. Estava mais alto e parecia um pouquinho bronzeado. Ele é quem inicia a conversa:

– É um prazer revê-la.

– Não sei se digo o mesmo.

Ele riu e em seguida disse:

– Continua direta como sempre.

– O que está fazendo aqui?

– Uau, não está nem um pouco feliz com a minha presença?

– Estou surpresa e um tanto que decepcionada, mas não vem ao caso. Eu achava que iria morar em Fortaleza, não deu certo lá?

– É.

– Ah, bom eu tenho coisas para resolver então vou indo.

Viro de costas e sinto meu braço ser puxado, em seguida, recebo um abraço, Ícaro me vira e olha nos meus olhos, e me abraça novamente:

– Feliz Aniversário.

– Ah, obrigada. Mas... Anh... Quando vai me soltar?

– Ah. Desculpe.

Ele finalmente me solta, e me encara de novo, eu estava curiosa então perguntei:

– Isso foi realmente um abraço de “feliz aniversario”?

– Sei La, não pude controlar...

– Ícaro eu...

Quando eu estava já elaborando um discurso sobre o quanto eu amava ele, eis que surge uma garota gritando longe o nome do Ícaro, vindo em sua direção, não era nenhuma das suas irmãs, eu fiquei surpreendentemente abalada:

– Eu realmente amo você, mas, parece que isso vai continuar como um amor inalcançável mesmo...

Eu não queria ouvir mais nenhuma palavra dele, saio chorando do zoológico, me sentindo a maior idiota do mundo. Ótimo, começa a chover, parece uma eternidade andar aquela estrada do zoológico, ficou tudo embaçado e quando dei por mim, um carro me atropelo.

Minha cabeça doía demais, aposto que estava sangrando, e as minhas costelas, ah era horrível, tudo parecia estar em câmera lenta, entrei em uma ambulância, alguém parecia estar comigo, mas eu não conseguia ver quem era de fato. Parecia que eu estava usando óculos embaçados. Até que eu finalmente fechei os olhos. Ao acordar não é como da última vez: Miguel dormindo nos meus pés. Estava sozinha, foi meio decepcionante, pois lembro claramente de ter alguém comigo na ambulância, fico alguns minutos olhando para o teto e então o sono vem, sem nada pra fazer e sem ninguém pra conversar o que me resta é dormir mesmo.

No sonho, eu estou num campo de flores e eu encontro o Gabriel: Eu não lembro exatamente mais foi um sonho bom, ele faz aquele cafuné como nos velhos tempos em que brincávamos de caça ao tesouro, o sorriso dele me encanta como sempre. Nem durou tanto, o sonho acaba e eu queria voltar pra lá de novo, mas infelizmente ninguém vive de sonhos. Mamãe entra no quarto e parecia que ia ter um ataque cardíaco:

– Ângela! Mas que coisa não me mate do coração. Graças a Deus você não teve nada grave.

– Mãe, eu sinto muito por preocupa-la, mas você sabe quem me atropelo?

– A mãe do Ícaro.

– Nossa... As coincidências estão demais por hoje não acha?

– Ah querida, uma coisa que eu sei é que coincidências não existem e sim, o inevitável.


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo planejo mostrar os pensamentos de Miguel e Ícaro
aguardem :)