Pov. Rose

A imagem de Helena chorando me cortou o coração, mas ela sabia. Sabia que ele me amava. Me doía vê-la sofrendo tanto.

Olhei dela para Scorpius.

–Acho que vou deixar vocês conversarem.

Já estava indo para a passagem quando ela falou.

–NÃO!! Volta aqui sua mestiça desgraçada.

–Helena não.

Eu me virei quando Helena levantou a varinha para me azarar. Eu fui mais rápida.

–Protego.

As azarações eram aparadas pelo feitiço. Scorpius piscou tentando entender e puxou a varinha.

–Expelliarmus.

A varinha de Helena voou para a mão de Scorpius.

–Eu vou descer. –Me apresei pelo quadro.

Desci as escadas até as masmorras e fui para me antigo dormitório.

–ISA, LORE ACORDEM.

Elas acordaram confusas e assustadas.

–O que foi ruiva maluca??

Isa me olhou com sono e de repente percebi que alguém dormia ao seu lado.

–James. James. POTTER.

Isa gritou e meu primo acordou assustado com cara de idiota (sua cara normal, mas...).

–Meu Merlim. O que meu primo ta fazendo aqui?

–Rose?!- Ele me olhou espantado- Você não tava no Salão dos Monitores?

–Tava e agora tô aqui. O que VOCÊ ta fazendo aqui?

Ele corou e começou a gaguejar.

–Bem...eu...ãhn.

–Então James agora você pode ir. Antes que mais alguém veja você aqui. -Isa o botou para fora.

Ele levantou, pegou a camisa e saiu.

Assim que a porta fechou eu olhei para Isa com uma sobrancelha levantada.

–Não pergunta nada. - Ela me advertiu.

–Mas então o que você quer aqui há essa hora? –Lore me perguntou.

Abri um sorriso de orelha a orelha.

Contei a elas tudo desde o primeiro beijo até o momento em que sai do salão e o deixei lá com Helena. Falei como descobri que o amava e como quase bati nela por ciúmes.

Quando terminei Lore começou a rir.

–Eu te falei Redhead. Eu falei que essa brincadeira ia acabar em amor.

Eu me odiei, mas tinha que admitir ela estava certa.

**

Pov. Scorpius

Helena sentou no sofá e colocou as mãos no rosto, as lágrimas escorriam por entre os dedos dela.

–Helena....

–Para Scorpius.

Ela levantou rápido e me olhou com ódio e magoa.

–Por que Scorpius? Por que ela?

–Helena eu a amo não tem explicação para isso.

–Ela é uma maldita mestiça, uma aberração. Filha de uma sangue-ruim metida a inteligente e de um traidor do próprio sangue. É uma mestiça imunda. Você merece alguém melhor, merece coisa melhor.

–Para Helena. -Eu estava espantado. Quem era essa garota?- Você não a conhece. Não sabe nada sobre ela. Você não tem o direito de falar assim dela.

–Não Scorpius. VOCÊ não a conhece.

–Olha Helena, eu quero que você fique longe dela. E de mim.

Ela chegou perto de mim, e falou.

–Você não manda em mim. Eu faço o que eu quero. Quando eu quero. E aquela mestiça imunda vai pagar. Por tudo.

**

Alguns dias se passaram desde o encontro com Helena. Rose me contou que viu ela tirando as coisas do quarto.

Quanto a Rose as coisas estavam cada vez melhores. As brigas continuavam pra manter as aparências claro. Nos encontrávamos as escondidas nos intervalos das aulas e nas aulas vagas. Eu fugia do dormitório durante as noites para encontrar ela, nas noites de vigia dela. Tudo estava bem. Por pouco tempo.

Naquela noite eu estava dormindo com ela. Foi quando o pesadelo veio. E dessa vez mais vivido que nunca.

A mulher de cabelos cacheados torturava Rose que nem no primeiro sonho. Mas algo tinha mudado um homem estava com ela dessa vez. Um homem alto, forte e com uma fisionomia marcante. Eles se escondiam nas sombras.

–Como vai nossa hospede?

A mulher olhou para ele e dava quase para ver o sorriso dela.

–Muito bem.

Ele se aproximou da mulher e a puxou pela cintura e lhe beijou.

Rose resmungou no chão. O homem se abaixou e segurou o rosto dela perto do dele.

–O que foi minha ruivinha?

A mulher suprimiu um sibilo.

–Ora Bella não fica com ciúme. Agora repita Rose. O que você disse?

Ela olhou com dor e raiva para ele.

–Por que você esta fazendo isso comigo? –Ela falou entre dentes.

–Por vingança.

–O que eu te fiz?

–Me magoo.

–Chega de papo. –A mulher puxou a varinha. –Essa imunda tem muito que pagar ainda. CRUCIO.

Acordei de repente e Rose gritou do meu lado. Ela suava e o cabelo grudava no rosto e pescoço.

–Meu amor. Tudo bem?

Ela me olhou assustada.

–Scar. – Havia medo em seus olhos.

–Calma eu tô aqui. Me conta o que aconteceu.

–Um pesadelo.

–Quer me contar?

–Havia um homem e uma mulher e eu estava no porão de uma casa. Scar eles me torturavam. Você estava lá, você me salvou.

Ela começou a chorar, eu a abracei e acariciei seu cabelo para acalma-la.

**

Eu acordei primeiro que ela e tomei um banho. Quando voltei, ela já estava levantando.

–Bom dia amor.

–Bom dia.

Ela levantou e foi tomar um banho.

–Amor preciso te contar uma coisa.

Ela sentou do meu lado. E eu contei tudo desde os meus sonhos, até o elo que a professora falou.

Quando acabei ela estava assustada.

–Scar eu estou correndo perigo?