Temporits Actis escrita por Krika Haruno


Capítulo 2
Capítulo 2: Veritas


Notas iniciais do capítulo

obs1: quando disser cavaleiros se referem aos personagens de LC, dourados serão os de CDZ, para ficar mais fácil quando todos estiverem juntos.

Obs2: a ordem cronológica não está sendo muito respeitada, pois precisei fazer algumas adaptações. O enredo da fic se passa em 1740, supostamente meses antes de Sísifo achar Atena/Sasha, mas no mangá, ele a encontrou em 1738, ela estava com oito anos de idade e a guerra ocorreu em 1743.

Todas as Idades estão aproximadas. Estou usando o ano de 2009, portanto no mundo da fic a guerra de Hades ocorreu em 2007.

Obs3: Áurea e Lara são personagens originais.



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O dia estava particularmente quente, nem a brisa vinda do mediterrâneo parecia amenizar aquele calor. Kamus, Shura e Afrodite seguiam silenciosos o homem a frente deles.

- Sente algum cosmo? – Shura cochichou a Dite.

- Não. Deve ser um morador de Rodória.

Kamus não participava, observava atento o local por onde eles estavam passando, pelo que sabia ali não levava ate o templo de Atena. Preferiu continuar segui-lo.

Aldebaran e Mu também olhavam desconfiados o homem que os conduzia pelas doze casas, que alias estavam muito diferentes.

MM seguia resmungando, Saga simplesmente ignorava, tinha problemas mais urgentes a julgar pelo cosmo energia emanada por seu “guia.”

Miro e Aioria planejavam um acerto de contas contra o garoto insolente.

E assim, passando por locais diferentes foram conduzidos ate o templo de Atena. Os primeiros a chegarem foram os guardiões das duas primeiras casas.

- Mu... – Aldebaran deixou escapar ao ver o templo à frente.

O ariano envolvido no mesmo estado de contemplação não disse nada.

- Chegamos. – Hasgard voltou à atenção para eles.

- Esse.... é o templo de Atena?

- Sim, por quê?

- Vocês também estão aqui?

Os três viraram para onde ouviram a voz.

- Afrodite? Kamus? Shura? – Deba ficou feliz ao vê-los.

- Que surpresa. – Shura aproximou dos dois.

- Cronos também pegou vocês? – Dite e o aquariano aproximaram.

- É o que parece. – disse Mu. – quem é ele? – de forma discreta apontou para o rapaz loiro.

- Nos trouxe. – Kamus não rendeu. – vai nos levar ate Dohko.

Hasgard de longe os observava cinco forasteiros num dia era demais. O rapaz loiro ignorou entrando no templo, estava atrasado para a reunião.

- Por que não podíamos subir pelas escadas? Caspita! – MM e Saga surgiram do outro lado.

- Mascara, por favor...

- Pelas doze casas era muito mais rápido, Saga!

- O mau humorado chegou.

- Cala a boca Dite. – olhou uma vez, para olhar novamente. – Dite? – piscou algumas vezes. - O que...

- O mesmo que nós. – Saga aproximou do grupo. – caímos separados.

- É o que parece. – disse Kamus.

- Então fomos atingidos pelo golpe de Cronos.

- Sim. Precisamos voltar imediatamente.

Dégel um pouco desconfiando caminhou ate Hasgard.

- Quem são eles?

- Eu só trouxe o grandão e o de cabelo rosa.

- Lilás. – corrigiu o outro sem tirar os olhos do grupo.

Hasgard arqueou a sobrancelha.

- Que seja. Parecem que se conhecem e que conhecem Shion.

- Só o próprio pode nos confirmar.

- O herege trouxe três. – bufou. - Como deixa os forasteiros e entra sem se importar.

- Não fale assim dele.

- Não gosto dele mesmo. – cruzou os braços. – e o que faremos com esses aí?

Quando Dégel ia responder sentiu uma cosmo energia aproximar.

- O estourado chegou. – murmurou Hasgard.

Com cara de poucos amigos, um garoto apareceu ignorando todos os presentes. Passava direto e só parou porque Hasgard o segurou.

- Calma aí prodígio.

- Não me chame assim! – fechou a cara.

- O que foi Regulus? – Dégel perguntou de maneira paciente.

- Nada. Trouxe três malas, - apontou para trás. - invadiram o santuário, mas o loiro disse ser amigo do Dohko.

Enquanto isso, na roda abaixo.

- E esse olho roxo Aioria?

- Nada Deba.

- Apanhou de um moleque. – Miro alfinetou.

- Daquele garoto ali? – Shura apontou.

- Ele mesmo.

MM, Shura e Miro começaram a rir.

- Já chega! – a voz de Shaka saiu grave, assustando ate os outros três anfitriões. – estamos no meio de uma guerra, ou esqueceram?

Os três calaram.

- É fato que fomos atingidos pelo golpe de Cronos. – Saga tomou a palavra. – estamos no santuário, mas não sabemos quando...

- Sabemos sim. – disse Kamus. – eles conhecem Shion e Dohko o que significa....

- Mesmo assim. Da ultima guerra ate agora passou-se dois séculos. – disse Dite. – os dois eram vivos.

- Temos que descobrir, se realmente estamos em Athenas. – Mu olhava ao redor. – está tudo muito diferente.

- Passamos por caminhos esquisitos. – Shura comentou.

- Vamos entrar. – Shaka tomou a frente. – e vocês cinco comportem-se.

- Eles estão vindo para cá. – Regulus recuou um passo. – e agora?

- Vamos deixá-los entrar. – Dégel analisava Kamus.

- Se você diz... – Hasgard deu com os ombros. – seja o anfitrião, vamos leão.

Os dois seguiram na frente.

Os dez pararam a pouco do estranho.

- Pessoal esse é o Dégel. – Saga virou-se para ele. – Dégel, meus amigos.

- É um prazer conhecê-los. – disse de maneira polida guardando os óculos. – por favor, sigam-me.

- Ate que em fim alguém educado. – Aioria comentou para receber um beliscão de Dite.

Seguiram calados, se por fora ficaram espantados por algumas diferenças do templo, por dentro não notaram tanto.

Dégel abriu a porta dourada.

- Não é possível. – disseram os dez em coro.

A sala do mestre era exatamente igual, o trono mais ao fundo e um longo tapete vermelho ate ele, mas o que os deixaram surpresos foram ver sete figuras vestidas de dourado postadas ao lado de um homem sentando no trono do mestre.

- Desculpe a demora mestre. – disse Dégel fazendo uma leve reverencia.

Os dez o fitaram assustados, principalmente Kamus. O homem trajava uma armadura dourada.

- Não deveria trazer estranhos Dégel. – alfinetou um rapaz que tinha cabelos azuis curtos.

- Dizem ser amigos de Dohko e Shion. – aproximou do grupo posicionando no meio deles.

Os dourados continuavam atônicos, pareciam que viam fantasma a frente deles.

- Se dizem ser amigos deles... – pronunciou o homem que estava sentado no trono.

A porta dourada abriu-se novamente, dando passagem a duas pessoas que vestiam algo dourado. Os dois passaram pelo grupo unindo-se aos cavaleiros ali presentes.

- Desculpe a demora, grande mestre. – disse um de cabelos amarelos esverdeados fazendo uma leve reverencia.

- Esses rapazes dizem ser seus amigos.

Os dois viraram para trás, deixando os dourados ainda mais chocados.

- Dohko?? – Shura arregalou os olhos.

- Mas é uma criança... – murmurou Aldebaran de queixo caído.

Ficaram surpresos com a aparência de Shion, mas a de Dohko os deixou perplexos.

- É um pivete. – MM exclamou. – um pivete manda em nós...

Dohko arqueou a sobrancelha ao escutar isso.

- Shion e Dohko, eles dizem ser seus amigos. – disse Hasgard.

- Nunca os vi. – disse o libriano.

Shion fitou a todos, mas parando o olhar em Mu.

- “Um lemuriano?” – olhou para o grande mestre que tinha compreendido o olhar. – também nunca os vi.

- Como pensei. – um dos cavaleiros apontou o indicador para os dourados. – inimigos, merecem a morte. – sua unha ficou vermelha e dez raios vermelhos foram em direção a eles.

- Parede de Cristal. – adiantando Mu passou a frente deles protegendo-os.

O mestre, Shion e Dohko ficaram surpresos.

- Shion... esse golpe.... – o libriano o fitou.

- É meu...

- Impulsivo como sempre, Kárdia. – uma voz grossa surgiu no ambiente. – não devemos tratar desse modo nossos irmãos de causa.

O mestre rolou os olhos ao ouvir tal comentário.

Diante deles apareceu uma figura altiva, vestindo trajes tibetanos. Tinha longos cabelos lilases e olhos azuis.

- Mestre... – murmurou Shion.

- Há quanto tempo cavaleiros. – cumprimentou a todos com um aceno.

- O que o trás aqui? – indagou o grande mestre.

- Eu vou bem Sage. – ironizou o recém chegado e virando para os dourados. – meu nome é Hakurei e sou o cavaleiro de Altar.

Os dez não disseram nada, ainda assustados com a aparição de Dohko.

- Devem está achando tudo estranho, afinal são do futuro.

Todos os presentes o olharam imediatamente.

- Como sabe...? – indagou Saga.

- Uma longa historia. – virou para o grande mestre. – Sage, estive com Lara dias atrás.

- A amazona de Taça?

- Sim. Ela me procurou dizendo que previu que alguns forasteiros vindo de um lugar distante apareciam no santuário. São eles. – apontou para o grupo.

- Por que ela não nos disse? – indagou Dégel.

- Não tínhamos certeza, como nos dias subseqüentes ninguém apareceu....

- Então a armadura de Taça realmente prevê o futuro. – Kamus adiantou. – mas ela estava desaparecida...

- No seu tempo sim. – disse Hakurei. – porque não nos conta como tudo aconteceu?

Olharam uns para os outros.

- Somos cavaleiros de Atena. – iniciou Shaka. – no passado enfrentamos uma batalha contra o titã Cronos, pensávamos que tínhamos trancafiado-o, mas ele reapareceu e como vingança nos mandou para alguma data no passado.

- Que balela é essa? – disse o de cabelos curtos azuis. – vieram do futuro....

- É tudo verdade. – cortou o cavaleiro de Altar. – Lara previu isso. – virou-se para os dourados. - É melhor se apresentarem, vamos começar direito e digam suas constelações guardiãs.

- Meu nome é Mu. Sou o cavaleiro de ouro de Áries.

Shion, Sage e Hakurei o olharam imediatamente, principalmente o mais novo que ficara impressionado com o cosmo dele.

- Eu sou Aldebaran, cavaleiro de Touro.

Hasgard ficou surpreso.

- “Por isso ele é forte.” – pensou.

- Sou Saga de Gêmeos.

O cavaleiro correspondente ao signo dele permaneceu indiferente.

- Máscara da Morte de Câncer.

- Que medo... – brincou o cavaleiro de cabelos curtos. – com essa cara é de morte mesmo.

- Nota-se que não existe espelho na sua casa. – MM devolveu.

- Como? Ora seu...

- Fique calado. – Regulus o segurou.

- Sou Aioria. Cavaleiro de ouro de Leão. – disse bem devagar de olhos fixos em Regulus.

O garoto endireitou o corpo, havia notado que o cara era forte, mas não imaginou que ele fosse um cavaleiro.

- Sou Shaka de Virgem.

O rapaz loiro ate então impassível, encarou o virginiano.

- Sou Miro de....

- Cadê o libriano? – o que tinha atacado indagou.

- Aos modos Kárdia. – Dégel o olhou feio.

- Que se dane.

- Ele não veio. – disse Shaka. – ficou no futuro. Assim como... – parou de falar. Talvez não fosse prudente comentar. – Miro continue.

- Obrigado Shaka. – olhou de forma arrogante para o cara que o tinha interrompido. – Miro de Escorpião.

O que tinha disparado o ataque o fitou de baixo a cima.

- Aiolos de Sagitário ficou no futuro. – disse o espanhol. – sou Shura cavaleiro de Capricórnio.

O cavaleiro correspondente ao signo dele permaneceu calado.

- Kamus de Aquário.

A curiosidade de Dégel foi sanada, desde que o encontrara na porta do templo notara que ele exalava um ar frio.

- Sou Afrodite, cavaleiro de Peixes.

O cavaleiro correspondente ao signo dele não se importou.

- Éh almofadinha. – brincou o de longos cabelos azuis. – tem concorrência no quesito beleza.

- Quer parar? – novamente Dégel chamava sua atenção.

- Então estamos diante dos cavaleiros de ouro do futuro. – Sage levantou. – Sou o mestre dessa época. Rapazes.

- Shion de Áries. – não tirou os olhos de Mu.

- Hasgard de Touro.

Deba sorriu, um legitimo touro.

Houve um silencio. Regulus, Dégel e mais alguns fitaram um cavaleiro que continuava calado.

- Sua vez eremita. – brincou o de cabelos azuis.

O cavaleiro o olhou feio, detestava apresentações.

- Deuteros de Gêmeos. – disse seco. Ele possuía longos cabelos azuis e olhos da mesma cor, sua expressão era indecifrável.

Os dourados o olharam para em seguida fitar Saga. Eram opostos.

- Gostei dele. – MM sorriu.

- Manigold de Câncer. – disse cortando MM. – legitimo canceriano. – seus cabelos eram azuis curtos e olhos da mesma cor.

- Veremos quem é o legitimo.

- Depois eu que sou a criança... – Regulus resmungou. – Regulus de Leão.

- Apanhou de um pivete e do próprio signo. – disse Miro não segurando o riso.

Shura e MM entraram na roda.

- Fiquem calados. – bufou.

- E sabe o que é pior? – Deba entrou no meio. – ele não lembra o Aioria quando era um aborrecente?

Os nove olharam entre si concordando.

- Não é verdade. – protestou o leonino.

- Mas ele é mais forte. – disse MM.

Aioria o fitou frio.

Regulus, o único que não vestia a armadura, ouvia tudo sem entender.

- Sou Asmita cavaleiro de Virgem. – a franja loira encobria parcialmente seus olhos fechados assim como os de Shaka.

Shaka o fitou, então era ele quem criara seu rosário.

- Dohko de Libra.

- Quantos anos você tem? – Afrodite não agüentou, tinha que perguntar.

- Quinze por quê? – arqueou a sobrancelha.

- Por nada.

- É uma criança. – Miro comentou. – e com aquela pose toda ele...

- Kárdia de Escorpião. – novamente interrompeu Miro o fitando de maneira debochada. Também possuía cabelos e olhos azuis.

Se não fosse Kamus a segura-lo tinha ido quebrar a cara dele.

- Kárdia, por favor. – Dégel sussurrou. – Sou cavaleiro de Aquário.

- “Então era dele mesmo que senti aquela sensação ártica.” – pensou Kamus.

- El Cid, cavaleiro de capricórnio. – disse frio, possuía cabelos pretos curtos e olhos verdes.

Shura o encarou, ele parecia bem forte.

- Sou Albafica de Peixes. – limitou apenas a dizer isso. Possuía cabelos azuis claros e olhos castanhos.

Afrodite o observou, havia algo de estranho nele.

- Disseram que enfrentaram Cronos? – Dégel adiantou-se. – o titã?

- Isso mesmo. – respondeu Kamus. – os doze titãs aprisionados por Zeus romperam o selo e atacaram o santuário em busca da arma do deus do tempo. Felizmente conseguimos impedi-lo.

- Isso seria interessante. – disse Kárdia. – os oitenta e oito participaram?

- Não, apenas nós. Ainda não tínhamos todos os cavaleiros. A maioria dos de bronze e de pratas estavam sendo treinados. – disse Saga. – praticamente foram nós.

- Libra e Sagitário ficaram de fora. – Afrodite comentou.

- Apenas vocês derrotaram os doze titãs? – Regulus os fitava incrédulos.

- Sim. – Aioria teve satisfação ao responder.

- De que ano são? – Hasgard ainda não estava muito convencido.

- Dois mil e nove.

- O QUE?! – exclamaram.

- Estamos em que ano? – Shura atentou para esse detalhe.

- Estamos em 1740.

Os dez se olharam, vieram antes da guerra santa em que Shion e Dohko participaram, isso poderia ser um problema.

- Mestre Sage. – Mu deu um passo. – sabe de alguma maneira de voltarmos?

- Possuímos a telecinese, mas não há ponto de levar alguém através do tempo. Talvez se Deuteros utilizar seu golpe...

- Impossível. – sem cerimônia cortou o mestre. – ele leva o inimigo a qualquer dimensão, não consigo fazê-lo cair em determinado local. Não estou certo Saga?

O geminiano assustou em sã consciência jamais interromperia o grande mestre.

- Está sim.

- Então....

Foram interrompidos por um grande cosmo. A porta dourada abriu novamente deixando um rapaz de armadura e asas dourada entrar. Ele passou pelo grupo cumprimentando com leve aceno, indo em direção aos outros. Os dourados ficaram surpresos pelo cosmo e a aura bondosa e justa que emanava dele.

- Perdoe o meu atraso senhor Sage. – ajoelhou.

- Chegou a tempo. Sísifo, esses são cavaleiros de Atena.

Ele virou-se acenando novamente.

- Senhores, esse é Sísifo cavaleiro de Sagitário.

Entenderam de onde sentiam tanta honradez.

- Eles são parecidos... – murmurou Deba ao ariano.

Sage contou-lhe rapidamente o ocorrido.

- Compreendo. – olhou para os dourados. – é um prazer conhecê-los. – possuía os cabelos dourados e olhos azuis. – pelo tempo que se passou lutaram em alguma guerra santa?

- Sim. – respondeu Aioria, fitando-o, era estranho ver outra pessoa usando a armadura que era de seu irmão. – todos participamos, com Atena e o Mestre a frente.

- Conviveram com Atena do seu tempo?

- Ela mora no santuário.

O cavaleiro abaixou o rosto, Shion notando, mudou de assunto.

- Qual cavaleiro é o mestre de vocês?

Ficaram sem reação, um olhando por outro, sem saber se essa informação deveria ser revelada. Sage, que já tinha pensado nisso, chegou a uma conclusão. Se eram do futuro e conheciam Dohko e Shion era sinal que um dos dois tinha sido agraciado com a ordem de Atena.

- Isso é sem importância. – disse provocando alivio nos dourados. – ate encontrarmos uma maneira ficaram hospedados nas suas respectivas casas.

- O que? – Kárdia, Manigold e Regulus quase enfartaram.

- Mas mestre... – murmurou o canceriano. – ele... ele... – apontava para MM.

- Se ferrou.- MM alfinetou dando seu melhor sorriso.

- Caspita! Não sou obrigado a aturá-lo!

- Sem dramas Câncer. – no fundo Sage sorria, seria um bom castigo. – Hakurei pode acompanhá-los ate a antisala, iríamos ter uma reunião.

- Com prazer. Me acompanhem.

- Obrigado Mestre Sage. – Shaka fez uma reverencia antes de sair.

Os demais também fizeram o mesmo, afinal em qual época fosse deveriam prestar respeito ao representante de Atena na Terra.

Ao se verem sozinhos....

- Não está falando sério, não é? – indagou o canceriano. – acreditou na balela deles?

- Manigold....

- Ele tem razao mestre. – disse Regulus. – disseram que conheciam os dois, – apontou para Dohko e Shion. – isso é impossível, vieram do futuro...

- Foram contraditórios. – El Cid manifestou.

- A historia pode ser mentira, mas são fortes. – disse Hasgard. – enfrentei Aldebaran...

- Ele te atacou? Não falei! – exclamou Kárdia. – são inimigos.

- Posso continuar? – o touro o olhou frio.

- Foi mal.

- Ele não me atacou, eu que o ataquei, achei que fosse um inimigo.

- E o que achou? – indagou Dohko.

- Ele é muito forte. O tal do Mu também. A parede de cristal dele parou facilmente meu ataque. Se a parte dos titãs for verdadeira, são verdadeiros cavaleiros de ouro.

- Não são isso tudo...- o câncer torceu o nariz.

- O que acha mestre?

Olharam para ele. Sage estava com o olhar perdido. Teria uma longa conversa com Lara e Hakurei.

- Mestre? – insistiu Dégel.

- Estamos dando um tiro no escuro. Podem está dizendo a verdade ou não. Se forem inimigos logo saberemos. Sísifo.

- Sim.

- Tem novas informações?

- Parece que está na Itália.

- Bom, prossiga a investigação.

- Sim senhor.

- Estão dispensados.

 

Na antisala....

- Temos que encontrar logo uma maneira de voltarmos.

- Com Cronos a solta, Atena está em perigo.

- Shion, Dohko, Aiolos e Kanon não conseguiram sozinhos.

Hakurei estava num canto, ouvia tudo calado.

- “A situação se repetirá.... eu e Sage. Dohko e Shion”. Não se afligem, encontraremos uma maneira de levá-los a sua época.

- Senhor Hakurei. – Mu aproximou. – é verdade que a armadura de Taça pode prever o futuro?

- Raramente. – o fitou. – O normal é só ter poderes curativos. Desde que a armadura foi entregue a Lara ela só teve três visões. Quarta com essa.

- Uma amazona?

- Sim. Ela tem um grande poder, mas me digam... quem é o mestre de vocês?

Ficaram calados.

- Não irei contar. – sorriu. – confiem.

- Shion.

- Como pensei, - abriu um sorriso. – ele foi meu discípulo. Provavelmente seu mestre? – olhou para Mu.

- Sim senhor.

- E o cavaleiro de Altar?

- Morreu antes dos titãs aparecerem. – disse Kamus rapidamente.

- Entendo.

A porta abriu-se deixando a figura de Shion aparecer. Ainda não estavam acostumados com a cara “nova” dele, pareciam que viam um fantasma.

- Venham. – disse não gostando da forma que eles o fitavam.

Seguiram silenciosos.

- Assim que tivermos uma solução eu os convoco. – disse Sage. – aproveitem a estadia. Dispensados.

Os vinte dois saíram em silencio.

- Deveria ter me contado. – Sage fitou de maneira séria Hakurei.

- Pensei que ela tinha se enganado. – sorriu ironicamente.

- Quero saber de tudo. Quando ela voltar a traga imediatamente.

- Sim mestre. – fez uma reverencia debochada.

- Shion é o mestre deles?

- Sim. Devem está assustados. – riu. – ele deve ter o aspecto acabado como o seu e agora o vêem com quinze anos...

- Sou o mestre esqueceu? Ao respeito.

- Sísifo achou Atena? – indagou sério ignorando o comentário.

- Ainda não.

- O lacre não vai agüentar.

- Eu sei. Eu sei.

 

Do lado de fora....

- Sejam bem vindos. – disse Sísifo. – sintam-se em casa.

- Obrigado. – Shaka disse por todos.

- Poderia abrir seus olhos? Gosto de conversar com as pessoas olhando nos olhos.

O virginiano achou esquisito o pedido, mas não estava em posição de dizer não. Concordando abriu os olhos.

- São belos. – o sagitariano sorriu.

- Vamos embora. – Hasgard começou a andar, mas parou ao ver Asmita caminhar até o virginiano. Deixando todos sem entender fez uma reverencia a Shaka.

- É uma honra tê-lo em minha casa. Não sabia que o “homem mais próximo de Deus” era um cavaleiro de Atena. – reverenciou como os budistas faziam. - fico lisonjeado em ter Buda em minha casa.

Shaka não disse nada, achando estranho.

Os cavaleiros, principalmente Hasgard, não gostaram da atitude dele. O taurino já ia comentar quando o cavaleiro de gêmeos simplesmente deu as costas tomando outro rumo.

- Ei, Deuteros. – Dohko o chamou. – e...

Ele lançou algo na direção de Saga, o dourado pegou uma chave.

- Boa estadia. – Deuteros desapareceu.

Os dourados olharam uns para os outros sem entender.

- Ele não toma jeito... – Regulus murmurou desanimado.

- Ele sempre é assim? – indagou Dite.

- Pior. Passa mais tempo fora do santuário, só aparece em reuniões e mesmo assim.... não tente entende-lo, eu não consigo! Ele é um capitulo a parte.

- E eu achava que gêmeos só tinha duas faces... – comentou Shura. – a irresponsabilidade na forma de Kanon e a responsabilidade na forma de Saga.

- Quem é Kanon? – indagou Dohko.

- Meu irmão. – Saga olhava para a chave.

- Saga, faça cara de irresponsável. – pediu Aioria.

- O que? – arqueou a sobrancelha.

- Pega essa expressão com um olhar debochado: é o Kanon.

- São gêmeos?

- Só na aparência. – disse dessa vez MM. – no resto...

- Já sei que ele não é um exemplo, mas quer parar de falar mal dele?

- Não estou falando mal, só dizendo a verdade. Alem do mais ele é muito mais divertido do que você.

- Obrigado. – Saga ralhou.

- Vamos Aldebaran. – Hasgard ainda tinha os olhos fixos em Asmita. – temos uma longa caminhada.

Concordou seguindo com o “novo” amigo. Na descida, não se misturaram permanecendo em dois grupos.

 

----Peixes----

Albafica entrou silencioso acompanhado por Afrodite surpreso pela decoração. O seu antecessor tinha um ótimo gosto.

- Nossa casa, quero dizer sua casa é muito bonita.

O cavaleiro ficou calado.

- Meu nome verdadeiro é Gustavv, prazer. – estendeu-lhe a mão.

Albafica fitou a mão estendida.

- Vamos deixar algo claro. Sage pode ter aceitado essa história, mas ainda são suspeitos. Outra coisa em hipótese alguma toque em mim, isso serve tanto para você como para seus amigos. Estamos entendidos?

- Sim.

- Venha, mostrarei seu quarto.

Afrodite continuou parado.

- “E pensar que eu já fui assim.” – pensou seguindo-o.

O cavaleiro o conduziu ate o quarto de hospedes. Abrindo a porta deixou-o entrar. Afrodite adorou o quarto, realmente seu anfitrião tinha um excelente gosto.

- Bonito. – deu uma volta por ele. – tem ate capa da armadura. – em cima de uma cômoda havia uma capa alva dobrada.

- Tire as mãos dela. – a voz saiu autoritária.

O dourado recuou assustado.

- Desculpe.

- Sabe onde é os demais cômodos. – pegou a capa, saindo do quarto.

- “Tão bonito e tão irritante.” – pensou.

O pisciano deitou na cama.

- Longos dias... – murmurou fitando o céu.

Albafica entrou em seu quarto irritado, como ele teve a audácia de tocar naquele objeto?

Abriu a gaveta da cômoda, porem antes de depositá-lo tocou levemente o pano branco, levando ate as narinas, fechou os olhos deixando-se levar pelo perfume que exalava do tecido. Perfume esse, nem superado pelo das rosas...

 

----FLASHBACK-----

Era uma manha ensolarada, preparava-se para mais um dia de treino. Deixando a casa em ordem saia, mas parou a ver uma figura parada na entrada do templo de Peixes.

Não entendia porque ela estava ali, não entendia porque sua presença o incomodava tanto. Sentindo observada a pessoa olhou para trás.

- Bom dia.... – disse num murmúrio abaixando o rosto envergonhada.

- Diga.

- Sua capa. – estendeu o objeto a ele sem encará-lo. – obrigada.

Arqueou a sobrancelha, não pensou que ela devolveria.

O cavaleiro caminhou ate ela parando a certa distancia. A menina ergueu o olhar para depois devia-lo.

- Obri-gada...

Albafica simplesmente a pegou e deu as costas, deixando-a sem ação.

- Obrigado. – disse entrando em sua casa.

A garota sorriu, voltando a descer as escadas.

 

---Fim do FLASHBACK-----

- Athina...

 

---Aquário----

Assim que entrou em Aquário, Kamus sentiu-se bem melhor.

- Temperatura agradável.

- É tão raro encontrar alguém que concorde. – disse Dégel sorrindo.

- Eu sei como é.

- Seja bem vindo. – pararam na sala. – creio que a distribuição dos cômodos seja a mesma.

- Você tem bom gosto. – disse observando a decoração.

- Obrigado.

- O quarto de visitas...

- Segunda porta a esquerda. – Kamus completou.

- Isso mesmo. Acho que a única diferença deve ser a biblioteca.

- Terceira porta a direita.

- Ainda há conserva no futuro? – indagou surpreso.

- Claro, é parte essencial da casa.

- Tem o habito da leitura?

- Um bom habito. – sorriu. – posso vê-la?

- Claro. – Dégel ficou contente, seria bom o tempo que Kamus permaneceria ali, ele parecia ser culto e ter alguém assim para conversar era raro.

Rumaram para a biblioteca.

- Com exceção de alguns livros é igual. – disse o dourado. – herdei parte de seus livros.

- Estão em boas mãos.

- Onde os conseguiu?

- Uma parte veio de Nepal, onde nasci. Outra o grande mestre me doou, como o auxilio nas interpretações das estrelas...

- O ajuda nessa missão? – indagou surpreso. – que honra.

- Sim. – respondeu corando. – é de qual nacionalidade?

- Francesa.

- Tenho alguns exemplares se quiser apreciá-los, fique a vontade.

- Sabe Dégel, essa situação ainda é meio estranha, mas acho que vamos nos dar muito bem. – estendeu a mão.

- Espere que sejamos bons amigos. – retribuiu o cumprimento.

 

---Capricórnio----

Da sala do mestre ate o décimo templo El Cid não tinha pronunciado uma única palavra. Shura o seguia, queria puxar assunto, mas não encontrava brecha. Chegando em casa ficou surpreso com a decoração.

- Também é espanhol? – indagou de olho nos enfeites.

- Sim. Madri.

- Santiago de Compostela.

- É um bonito local.

- Madri também é muito bonita.

- Obrigado. – disse sem jeito. – o quarto de visitas fica no final do corredor. Se quiser ir até lá.

- Você tem a sala da estatua?

- Sempre esteve aqui. Acho que independe da época. Venha te mostro.

 

----Sagitário----

Sísifo deixou corpo desabar no sofá, estava com saudades de casa, os dias que passara na Itália tinham sido péssimos. Sentia-se incapaz por ainda não ter localizado Atena.

Balançou a cabeça tentando não pensar nisso, por enquanto tinha outros problemas.

- “Será que são confiáveis? – pensava se lembrando do grupo. – seja como for se o mestre os aceitou...”

Levantou indo para o quarto.

 

----Escorpião----

Kárdia entrou em casa fechando a porta que por pouco não bateu na cara de Miro.

- Seu mal educado. – reclamou o dourado.

- Estou na minha casa. – frisou.

- Ela também é minha.

- Daqui a duzentos anos. – o fitou. – isso se essa historia for verdadeira. Podem enganar o mestre mas não a mim.

- E quem disse que precisamos que você acredite? – Miro o fitou de forma irônica.

- Ora seu... – a unha ficou vermelha.

- Ficou nervosinho...

- Idiota!

- Se for grosseiro comigo conto para o mestre. – sorriu. – ele deve ser bem bravo.

- Vou te encher de buracos.

- Idem.

Kárdia o olhou com ódio.

- Vou mandar Dégel vir para cá, não vou suportar olhar para sua cara.

- Por mim. – deu nos ombros – Pelo menos o picolé tem senso de humor.

- Está chamando o Dégel de picolé?

- Estou chamando Kamus. Ele também é de Aquário, portando um esquife de gelo ambulante.

Kárdia silenciou, dando um grande sorriso.

- Picolé... esquife de gelo... bons apelidos para o Dégel.

- Esses apelidos sou eu que uso! Não queira me imitar! – protestou.

O cavaleiro nem deu ouvidos, pensava em outros apelidos para o amigo.

- Está me ouvindo!

- Cala boca. Vamos fazer essa troca agora!

- Perfeito!

Deram as costas um para o outro. Ficaram em silencio e só então caíram em si...

- Ele vai baixar a temperatura.... – murmurou Kárdia tendo calafrios.

- Já posso ate sentir o vento. – Miro esfregava os braços.

- O do futuro também é assim? – o fitou.

- Só faltam os pingüins. – Miro virou.

- Isso é mal do signo.

- Concordo. Quando não é o frio são aqueles livros cheios de traça.

- Ele também tem uma biblioteca? – indagou surpreso.

- Tem, cheio daquela velharia que não presta para nada. – pos a mão na cintura.

- Dégel também tem uma. – também colocou a mão na cintura. - Diz que os livros são o bem da humanidade.

- Bobagens, existe coisas melhores que isso.

- Só de lembrar daquele lugar começo a espirrar. Você é um porre, mas agüentar aquele frio e o papo culto é demais.

- Digo o mesmo. Ninguém merece aquilo.

- Vai ficar no quarto de visitas, primeira porta.

- De visitas? – exclamou. – aquilo é um cubículo. Eu preciso de espaço. Vou ficar no ultimo do corredor.

- Está louco?? Aquele é meu quarto! De jeito nenhum!

- Que seu quarto, aquele quarto é meu!

- Meu!

- Sou mais velho que você, sou visita, eu tenho o direito de escolher!

- Problema seu! E se não quiser que eu o coloque daqui para fora, ou melhor. – sorriu de maneira maliciosa. – que te ponha em Aquário fique calado! – riu. - Dégel é educado demais para deixar alguém sem teto.

Miro o fitou com ódio.

- Imagine as noites frias que ira passar. Hahahahaha!

- Você me paga. – aceitou, era melhor dormir num cubículo do que no frio.

 

----Libra----

Dohko entrou contrariado em casa, a todo momento os “forasteiros” o olhava com uma expressão assustada, parecendo que estavam vendo um fantasma.

- Por que disseram que me conheciam? Bando de esquisitos.

Seguiu para cozinha, tinha que preparar o jantar.

 

----Virgem----

Asmita deu passagem para que Shaka entrasse no templo. O virginiano do futuro estranhou a decoração ser praticamente a mesma.

- Você não é grego?

- Sou Indiano. – Asmita sorriu. – sigo o budismo.

- Compreendo.

- Fique a vontade, afinal a casa também é sua.

Shaka deu uma volta pela residência, contudo foi para um local especifico. Abriu a ultima porta do corredor descendo uma pequena escada. Ao fundo uma grande estatua de Buda deitado.

- Já entrou ali? – indagou voltando a atenção para Asmita.

- Sinto que há algo atrás da estatua, mas não me atrevi a olhar.

- Venha.

Shaka tocou a estatua, a principio nada ocorreu, contudo começaram a ouvir um ranger de algo sendo arrastado.

Asmita ficou surpreso com o jardim que se abriu para ele.

- Então a lenda era verdadeira. – disse.

- Lenda?

- Que atrás da casa de Virgem existia um jardim. O jardim as arvores gêmeas, lugar semelhante onde Buda morreu.

- Pensei que tivesse vindo aqui.

- Não conseguiria abrir a porta. – o fitou. – esse jardim é seu.

- É nosso.

 

----Leão----

Aioria quando entrou em Leão ficou surpreso, estava tudo muito bem arrumado.

- Você tem empregada?

- Não. Eu que limpo. Gosto de tudo arrumado.

- Ao menos isso....

- O que quer dizer?

- Por que não estava usando a armadura?

- Não te interessa. – Regulus saiu de perto.

- Aposto que está no templo e não confiam em você.

- Não é nada disso!

- Então é o que?

- Já disse que não é da sua conta. – sentou no sofá fechando a cara.

- Não confiam. – riu.

- Eu ainda não posso usá-la... – disse com a voz desapontada.

- Por que não? – indagou sentando ao lado dele.

- Cheguei ao santuário há apenas um ano. Eu e mais alguns meninos treinávamos para sermos cavaleiros de bronze, só que Sísifo, o Sagitário, viu algum potencial em mim e passou a me treinar para ser cavaleiro de ouro.

- Que prodígio hein?

- Não fale sim... não gosto.

- Desculpe. E por que ele ainda não lhe deu a armadura?

- O correto é um combate entre dois aspirantes e o melhor levar a urna, mas eu não tenho concorrente. Sísifo me disse que vai me aplicar um teste diferente, só não disse quando.

- Vai conseguir. Mostrou ser determinado e forte. Não se preocupe a armadura é sua. – sorriu.

- Obrigado.

- Dê o melhor de si.

- Obrigado. – sorriu. – Aioria me desculpe pelo soco.

- Tudo bem, procedeu de maneira correta. A segurança do santuário em primeiro lugar.

- Mesmo assim.

- Você é o mais novo a receber a armadura?

- Não. Shion e Dohko foram contemplados há seis meses. O poder dos dois é excepcional, principalmente de Shion. É poderoso, honrado... espero ficar como ele.

- Shion às vezes pega no pé, - disse fitando um ponto qualquer. – mas é um grande cavaleiro, realmente é um exemplo a ser seguido.

Regulus o fitou sem entender, pelo jeito que ele falava, parecia que realmente conhecia Shion há muito tempo.

- “Povo estranho.” – pensou. – o quarto de visitas é o primeiro e o banheiro fica ao lado. Desfruta.

- Obrigado.

 

----Câncer----

Manigold deitou no sofá espreguiçando. MM parado frente a ele o fitava.

- Vai continuar me admirando? – sorriu irônico. – aviso que gosto de mulheres.

- Idiota.

MM tomou rumo do corredor.

- Cara insuportável. – abriu a segunda porta, achando que era seu quarto. – O QUE?? – gritou.

- Não sabe que é falta de educação entrar no quarto dos outros sem ser convidado? – Manigold parou ao lado dele com a expressão debochada.

- O que houve com o meu quarto? Branco?

- Correção: meu quarto. Sim, branco por quê?

O quarto de MM era negro com detalhes em vermelho sangue e roxo, o cômodo que se apresentava a ele tinha moveis claros e as paredes brancas.

- Suas paredes são brancas? – indagou incrédulo.

- Gosto de branco. Realça o azul dos meus olhos. - sorriu

MM o fitou descrente.

- A julgar por sua expressão parece que seu quarto era “quarto de despacho.”

- Pode pintar! Branco é ridículo!

- Caríssimo... – o olhou debochado. – acho que se esqueceu de um detalhe. – sem cerimônia colocou o dedo na ponta do nariz de MM. – estamos em 1740, portanto a casa é minha. – disse calmamente. – e se torrar muito a minha paciência... te ponho para fora, desse jeito. – o tirou do quarto a força batendo a porta. – Vá pro inferno. – gritou lá dentro.

- Insolente... – MM estava possesso. – você me paga. – saiu pisando duro em direção ao quarto de hospedes. – ele me paga!

Abru a porta com violência arregalando os olhos.

- Branco... – murmurou desolado.

 

---Gêmeos----

Saga encontrou a casa toda fechada, parecia que ela não era aberta a dias. Procurou pelas janelas deixando a luz do sol entrar.

- Ele não mora aqui? – indagou vendo o pó acumulado. – apesar da poeira tudo está no lugar.

Rumou para o corredor, não havia diferença entre a casa do passado com a do futuro, com exceções de alguns moveis. Saga foi para “seu” quarto, mas a porta estava trancada a chave.

- Deve ser o quarto dele.

Deu meia volta indo para o de hospedes. Apesar do aspecto de abandono não havia nada fora do lugar.

- Nem no passado escapo da limpeza...

Tinha muito trabalho a fazer.

 

---Touro-----

Durante o trajeto Hasgard e Aldebaran conversaram coisas triviais, o taurino do passado ainda não tinha engolido aquele “excesso” de cortesia por parte do herege ao tal Shaka.

- Bem vindo. – disse abrindo a porta.

Deba entrou achando tudo interessante.

- Bonita casa.

- Tento mantê-la assim, mas as vezes crianças invadem aqui.

- Crianças?

- Dohko, Regulus e Kárdia, ainda vai vê-los em ação. – sorriu. – o quarto de hospedes é o ultimo do corredor.

- Desculpe por tê-lo golpeado.

- Não se preocupe Aldebaran. Estava certo em se defender.

- Você é muito forte.

- Digo o mesmo. Temos que ser. Carregar aquela armadura é muita responsabilidade.

- E como é.

- Acho que minhas roupas devem servir em você. Tem toalha limpa no quarto. Pode pegar o que quiser na cozinha.

- Obrigado.

- Não devo demorar.

- Aonde vai?

- Ver como anda aqueles três. – sorriu ao se lembrar deles.

- Que três?

- Meus pupilos.

- Você tem pupilos? Isso é ótimo.

- São dois garotos e uma garota.

- Treina uma mulher? – achou diferente.

- Parece estranho, mas é interessante. É um desafio. Salo é o caçula tem treze anos, Teone tem quatorze e Selinsa tem quinze. São bons aprendizes.

- Gostaria de ter pupilos. Posso ir com você?

Hasgard ficou calado, ele parecia confiável, mas a ponto de levá-lo... contudo gostou da expressão simpática do companheiro do signo.

- Tudo bem. Vamos.

 

---Áries-----

Mu seguiu calado atrás de Shion. O ariano entrou em casa seguindo para a cozinha.

- Me acompanhe.

No cômodo Shion indicou uma cadeira.

- Chá?

- Sim. – respondeu o de cabelo lilás.

- Vou lhe ser sincero. – iniciou Shion colocando a chaleira para esquentar. – não confio em vocês. Ainda mais por dizer que conhece a mim e ao Dohko.

Mu continuou calado.

- Há mais lemurianos na sua época?

- Meu aprendiz. Kiki.

- Só vocês?

- Sim.

Seguiu alguns minutos de silencio. Depois do chá pronto, Shion colocou-o em duas xícaras sentando a frente de Mu.

- Ervas de Jamiel, vai gostar.

- Sempre o tomei. – sorriu, lembrando do velho habito do mestre de tomar aquele chá. – ervas colhidas no fim da tarde.

- Isso mesmo... – o fitou sem entender. – como sabe desse meu gosto?

- Palpite.

- Muito bem Mu, temos chá suficiente por horas, pode começar a contar como tudo aconteceu.

Sem muita opção o ariano começou a narrar omitindo, claro, a parte que ele e Dohko aparecem.

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