Ela te ama, idiota! - Perina escrita por Bel


Capítulo 25
Será só uma recaída?


Notas iniciais do capítulo

Demorei? é acho que sim né? desculpa gente estava sem tempo, mas ai esta novo capitulo pra vcs quero muntoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooos comentarios ouviram? estou sentindo falta de comentariooos bjos



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Uma hora e meia de viagem, e os meninos não calavam a boca um minuto. Não que fosse totalmente ruim, mas às vezes eu queria poder dormir um pouco e não podia porque eu tenho certeza que eles aprontariam algo comigo. Bi, João, James e Duca brincavam de mímica e eu prestava atenção. Pedro jogava vídeo game com Cobra, aparentemente eles já estavam “de bem”. Eu não sabia ao certo se eles tinham conversado ou algo assim, só sei que não queriam mais brigar um com o outro, isso era bom.

– Tivemos um problema. – O motorista do ônibus informou.

– Que problema? – Fletch, que estava sentado, deu um pulo.

– Ainda não sei ao certo o que é, o ônibus simplesmente parou.

– Avisei pro João não comer demais, agora o ônibus tá pesado. – James zoou.

– Vai demorar muito pra consertar? Ou melhor, tem conserto?

– É claro que tem conserto, Duca. – Pedro deu um pedala no amigo – Não tem? – Olhou para o motorista em seguida.

– Acho que pode demorar um pouco, talvez muito, não sei informar.

– Ok, acho melhor nós descermos e vermos se podemos fazer algo, sabe como é, os machos. – Cobra disse, se sentindo e olhando para mim e Bi.

– Então o Pedro não precisa ir, né? – Eu zoei e todos riram, menos o zoado em questão.

– HAHAHA muito engraçado, K. – Ele disse.

Em seguida, os meninos desceram do ônibus. Eu e Bi fomos junto, só pra ver no que ia dar.

– Acho que o problema é nas rodas. – João palpitou.

– Talvez, vou dar uma olhada. – O motorista falou.

Estávamos parados em um lugar estranho. A estrada não estava muito movimentada, mas também não estava deserta. Era tudo bastante escuro e a paisagem não era das melhores. O que eu conseguia enxergar era mato, mato e hm, mais mato, e os mosquitos também estavam presentes, o que era bastante irritante. Os meninos ficaram falando do problema do ônibus, e tentavam consertar, eles tentavam ajudar o motorista. O problema era mesmo na roda, mas não me pergunte exatamente o que é, eu não entendo disso e não fiz questão de ficar prestando atenção, queria manter os mosquitos e outros bichos que pudessem aparecer longe de mim.

– Vocês duas não vão fazer nada? – Pedro perguntou, olhando pra mim e para Bi.

– Somos garotas, se liga, Pedro. – Bi colocou a mão na cintura – Isso é trabalho de homem.

– Concordo com a Bi, não acho que elas devam fazer alguma coisa. – Disse João.

– Eu só perguntei. – Pedro resmungou.

– E eu só comentei. – João olhou para ele, que mexia em alguma ferramentas.

– Quer saber? Se isso aí demorar muito eu vou pegar uma carona e vou embora. – Eu disse, cruzando os braços.

– Claro né, K, é só mostrar as pernas na beira da estrada. – Duca riu.

– Eu daria uma carona. – James falou com malícia – Daria até mais que carona.

– Eu aceitaria, com certeza. – Eu pisquei e comecei a rir em seguida.

– James, para de papinho e ajuda aqui. – Pedro falou meio... Com ciúmes? Adoro!

– Ah, eu tô fazendo bem mais que você aqui, hein Pedro! Não faz cara feia pra mim não, tô ajudando bem mais. – Disse James enquanto mexia em sei lá o quê com o motorista.

Acho melhor eu ficar dentro do ônibus, porque do lado de fora os mosquitos só vão me picar e eu nem mesmo entendo o que esses meninos estão fazendo. Só quero que o ônibus volte a funcionar logo.

– Onde você vai, K? – Bi perguntou.

– Ficar dentro do ônibus, serei mais útil lá. – Fiz joinha pra ela.

– Lá dentro tá um pouco abafado, melhor ficar aqui. – Ela disse.

– Não tem problema, não ligo.

– Você que sabe. – Ela deu de ombros e ficou no mesmo lugar, enquanto eu fui pra dentro do ônibus. Realmente estava um pouco abafado lá dentro, e eu percebi que estava com duas blusas. Tirei uma delas e fiquei com a blusa que era mais fina. Peguei meu iPod e sentei-me em uma das poltronas, começando a ouvir qualquer música do All Time Low que comecara a tocar aleatoriamente.

Pelo menos no ônibus não tinha mosquitos. Me distraí ouvindo músicas, tendo pensamentos loucos, como por exemplo: o que aconteceria se eu fizesse um picolé de vodka, será que seria bom?

Eu disse que eram pensamentos loucos. Eu disse.

Eu estava muito bem ali até Pedro entrar no ônibus para respirar o mesmo ar que eu. Ele é tão idiota! Ele olhava pra mim e falava alguma coisa, seus lábios se moviam mas eu não conseguia escutar devido ao volume da música, agora do Metro Station. Até que ele se aproximou e tirou os fones do meu ouvido.

– Você é surda, porra? – Falou irritado.

– Primeiro, não fala assim comigo, quem você pensa que é? Segundo: Não, eu não sou surda. E terceiro, você é um idiota e eu não quero falar com você. – Coloquei de novo os fones no meu ouvido e comecei a cantar Shake it bem alto. O que o deixou ainda mais irritado.

– Você é tão infantil, Karina! – Ele tirou os fones do meu ouvido de novo. Agora sim eu fiquei irritada.

– Que porra é essa? Quem você acha que é pra fazer isso? Faça isso mais uma vez e você vai se ver comigo, garoto mimado!

– Olha só quem fala, mimada irritante!

– Se tem uma coisa que eu não sou é mimada. Já no seu caso, não podemos dizer o mesmo.

– Irritante!

– Mimado!

– Metida!

– Egoísta!

– Criança.

– Peste.

– Gostosa.

– Hã?

Eu não entendi. A gente começa brigando e depois ele me chama de gostosa? Qual é a dele?

– Você é maluco, Ramos?

– Por você.

– Tanto clichê. – Balancei a cabeça negativamente e ri em seguida.

Ele sentou ao meu lado. Ótimo.

– Sai daqui, Pedro, ou eu chamo o James.

– Tô morrendo de medo, não tá vendo?

– Eu vou gritar.

– Tenta.

Quando eu tomei fôlego pra gritar, fui impedida por Pedro. Como? Ele me beijou, sim, ele me beijou. De um jeito selvagem, urgente, tão apressado, parecia que era a última coisa que ele faria. Eu queria poder parar o beijo, dar um tapa bem dado na cara dele e correr lá pra fora para perto de James, mas eu não consegui me mover. Uma parte de mim me dizia pra ficar ali e matar a saudade que eu sentia daqueles lábios. Tentei resistir nos primeiro trinta segundos, mas foi em vão. Pedro entrelaçava suas mãos nos meus fios de cabelo, e o beijo continuava urgente, quente, cheio de malícia, até que tivemos que nos separar por alguns segundos pra respirar.

– Alguém... pode... – Eu estava ofegando, falava pausadamente e com dificuldade - Nos ver... não seria... nada... bom.

– Por que não?

– James, eu tô com ele.

– Você só ficaram, besteira. Não é?

– Hm, não sei se é bem por aí não... Não gostaria que ele me visse aqui agora nessa situação com você, não seria bom. E se os outros nos vissem? A minha fama não ficaria muito boa, e se o Fletch entra aqui? Oh Céus! – Eu havia recuperado o fôlego e agora estava entrando em desespero.

– Ei, ei, calma. – Ele segurou meu rosto – Não pensa em ninguém. – Ele chupou meu lábio – Vem aqui. – Ele se levantou e me puxou com ele.

– Pra onde? – Perguntei confusa e nós fomos andando para os fundos do ônibus. Havia uma porta, ele abriu e...

– Banheiro? - Perguntei, meio incrédula.

– Nunca fez sexo em um banheiro de ônibus? – Ele riu.

– Não! – Arregalei os olhos – E quem disse que eu vou fazer sexo com você? Eu nem devia ter te beijado.

Por um momento acordei para o que eu estava fazendo e tentei fugir. Não deu muito certo. Pedro me agarrou pela cintura e nós começamos a nos pegar antes mesmo de entrar no banheiro.

– Você não quer sair daqui. – Ele disse em meu ouvido, com a sua voz rouca, enquanto entrávamos no pequeno banheiro. Pequeno mesmo.

– Talvez eu queira sim, acho que você devia me fazer mudar de ideia. – Um sorriso sanaca brotou em meus lábios. Era tarde demais, o efeito Ramos já havia me dominado.

Pedro me encostou na porta e voltou a me beijar como há minutos atrás, de um jeito selvagem. Eu sentia que de ambas as partes havia saudade, muita saudade, e também muita malícia. O olhar de Pedro para mim transbordava malícia, o que era absolutamente correspondido por mim. Havia uma pia no pequeno banheiro, eu agredeci por ela estar ali. Seria bem útil, e não seria para escovar os dentes. Não nessa situação.

Pedro me colocou sentada na pia e eu envolvi minhas pernas em volta de sua cintura. Ele tirou minha camiseta quase rasgando a mesma. Ele estava me deixando louca, queria que aquilo não acabasse nunca. Puxei-o pela gola da camiseta pra mais perto de mim, se é que isso era possível. Nem um minuto parávamos de nos beijar fervorosamente. Ramos não conseguia se decidir entre meus lábios e pescoço, por onde ele dava deliciosas mordidas. Eu estava gostando tanto daquilo que não era capaz de fazer nada, apenas sentir e me entregar totalmente a ele, mesmo que fosse no banheiro de um ônibus de turnê.

– K? Você tá aí dentro? – Reconheci a voz de Bi, ela batia como uma louca na porta do banheiro – E o Pedro tá aí dentro? Eu não tô vendo ele aqui em nenhum canto. K, fala comigo, você desmaiou aí ou o quê? Eu tô apertada.

– Espera. – Foi o que eu consegui dizer para ela enquanto Pedro ria baixinho – Do que você tá rindo, Ramos? Não tem graça, minha melhor amiga tá lá fora, e vai querer uma explicação pra você estar aqui dentro comigo.

– Não dá nada. – Ele apertou minha cintura e me deu vários beijos.

– Como assim não dá nada, guri? Anda, coloca tua blusa e vamos dar um jeito de sair daqui sem que Bi veja.

– Isso é impossível, K. – Ele disse, enquanto vestia sua blusa, e eu a minha.

– K, eu vou fazer xixi nas calças, dá pra você e o Pedro darem uma rapidinha depois? – Ela falava em um tom baixo, pelo menos isso, né. Agradeci mentalmente.

– Não fala merda!

– Abre logo a porta do banheiro. – Ela bateu na porta com força, e então eu abri a mesma.

– Pronto. – Eu disse.

– Desculpe por fazer você esperar, Bi. – Pedro sorriu. Como ele podia não querer entrar em pânico e não ficar com vergonha?

– O que vocês estavam fazendo? Consertando o encanamento, por acaso? – Bi nos olhou.

– Não estávamos fazendo nada de... nada de mais. – Eu disse enquanto prendia os cabelos, estava suando.

– É, agora eu vou lá pra fora ajudar os caras. – Pedro gesticulou de um jeito engraçado e deu um beijo no rosto de Bi - Depois a gente, hm, continua. – Ele falou no meu ouvido, mordendo minha orelha em seguida. Ok, isso foi uma provocação.

Quando Pedro saiu do ônibus, Bi começou a falar sem parar, me perguntando o que houve. Eu tive que contar tudo ou ela me mataria, é sério. Minha melhor amiga é muito curiosa, muito mesmo. Ela até esqueceu que estava apertada.

– Você não estava quase fazendo xixi nas calças? – Perguntei depois que já havia contado tudo para ela.

– Ah, já até passou.

– Você me interrompeu em um momento crítico com o Pedro e agora diz que não quer ir mais ao banheiro?

– Que momento crítico? Vocês discutiam a separação lá dentro do banheiro?

– Fazíamos algo bem melhor, garanto.

– Dentro do banheiro, que horror.

– Eu não tinha muitas opções.

– Agora me diz uma coisa, e o James?

– Quem? Ah, sim. O James, bem... hm, foi só uma ficada, nada de mais, e ele sabe disso. Quando voltarmos pra casa, é cada um pro seu canto, ele sabe disso.

– Hm, assim esperamos né.

– Ei garotas, o problema do ônibus não vai poder ser resolvido agora e....

– Como assim? E nós vamos ficar onde então? – Interrompi João.


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Notas finais do capítulo

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