Bem-vindo a nova era {Hiatus} escrita por G Aqui, Temperana


Capítulo 3
A história de Elsa Arendelle.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, estamos muito felizes por todos os comentários e queremos agradecer especialmente a SrtAstrid, a Delilah Ronnelle,a Camicazi, a Jana, a Contadora de Estrelas e a Catelyn Everdeen pelas favoritações, obrigada.

Boa leitura. *.*

Bec e Temp



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“Em outra cidade não muito longe de Sortland, chamada

Tromsø, mora Elsa Arendelle e Anna Arendelle.

Tromsø é conhecida na Noruega por nevar muito durante o inverno. Mas embora seja muito frio, é uma cidade cheia de estudantes e com uma incrível noite polar. Além disso, outro paraíso para esquiadores...

Elsa, a irmã mais velha da família, assim como Jack tem cabelos louros quase brancos, olhos azuis e pele muito clara. Tem 21 anos. Ela é a dona de uma floricultura na cidade (uma das mais famosas e mais frequentadas), onde trabalha com a sua irmã Anna, a irmã mais nova da família que tem dezoito anos, olhos azuis, pele clara e cabelos ruivos. Ela namora Kristoff, um rapaz de dezenove anos, louro e olhos castanhos bem escuros que trabalha no turismo do estado, um dos principais pontos de parada do país.”

Certo dia, quando Anna estava andando pela cidade notou um grupo de crianças brincando na neve do parque, até que veio a pergunta em sua cabeça:

Por que a Elsa e eu nunca brincamos assim quando crianças?”

E com esse pensamento foi correndo de volta para floricultura perguntar a Elsa sobre isso. Elas haviam terminado o seu curso no exterior juntamente com a Astrid, uma grande amiga para elas. Quem sabe Astrid não poderia trabalhar com elas na sua floricultura?

Quando chegou, estava quase sem ar devido à correria. Apoiou as mãos nos joelhos e inclinou-se ofegante. Quando Elsa notou sua presença, preocupada perguntou:

–O que aconteceu Anna? Você está bem?

–Eu vim correndo, queria lhe fazer uma pergunta.

–Vou buscar uma água para você e depois você me pergunta, está bem? –Elsa diz e se dirige a sala dos funcionários aos fundos da loja.

Enquanto Anna espera, agora sentada em um dos bancos atrás da bancada, leva um leve susto ao ouvir o sino da porta de entrada, olha para trás e vê um rapaz maior que ela e coberto por roupas de frio, touca e um lenço que cobria o resto de seu rosto, deixando visíveis apenas seus olhos cor de mel.

–Hmp hunn Ãhn.-O rapaz tenta falar inutilmente com o lenço cobrindo sua boca, mas então o tira. - Agora sim, bom dia Anna. - Ele fala e coloca a touca na sua mochila, revelando seus cabelos loiros.

–Bom dia, o que estava fazendo? – Ana pergunta.

–Voltando do pico das montanhas.

–Você é louco de fazer isso, lá é muito frio.

–Eu já me acostumei, é o meu trabalho.

–Hm... – Ela ia fazer uma colocação, mas Elsa saiu da sala.

–Oi Kristoff!-Elsa diz e dá um sorriso amigável para o rapaz.

–Oi, então meninas, eu já vou indo, ainda tenho muito trabalho a fazer. Só passei aqui para dar um oi à vocês e depois voltar, então, até mais tarde.

–Até. - As duas respondem em uníssono.

–Então Anna, o que queria perguntar?-Ela entrega o copo de água à irmã, que a agradece.

–Então... Eu estava vindo para cá, e vi algumas crianças brincando na neve do parque e lembrei que nunca brincamos na neve juntas quando éramos pequenas. Aliás, não me lembro de nenhuma vez que nós brincamos juntas, você vivia isolada no seu quarto, por que Elsa? Por que se isolou de mim e do resto do mundo assim?

–Eu não gosto de falar sobre isso Ana. –Elsa responde ainda calma.

–Elsa, por favor, eu preciso saber.

–Já chega Anna. –Ela responde começando a ficar irritada.

–Elsa, eu só quero te ajudar!-Anna aumenta o tom de voz.

–Eu disse que já chega!-Elsa grita e se surpreende com o próprio comportamento, tanto quanto Anna, e depois ela se afasta, abre a porta e sai correndo.

–Elsa espera!-Anna vai até a porta com esperança de deter a irmã, mas ela já estava fora de vista.

Por que tinha que ser tão rude assim com a irmã? Por quê? Era só o que pensava enquanto as lembranças voltavam a sua mente...

Era um dia frio e a pequena Elsa estava brincando em seu quarto. Então ela ouve gritos no andar de baixo, desce as escadas lenta e silenciosamente e vê um homem grande gritando com os seus pais.

–Vocês vão fazer isso e vão gostar!-Gritou o homem ao casal.

–Não podemos, temos uma filha pequena para cuidar agora.

– Isso não me interessa.

–Papai, mamãe, quem é ele? O que está acontecendo?- Elsa perguntou assustada.

O pai de Elsa vai até a garota.

–Elsa, eu e sua mãe temos uma divida com este homem, e nós temos que viajar para outra cidade, mas você terá que ficar aqui, já é bem grandinha e já sabe se cuidar.

–Papai, eu estou com medo, não quero ficar sem vocês.

–Vai ser só por algumas semanas.

–Está na hora. –O homem disse friamente.

–Vai ficar tudo bem Elsa, o telefone dos seus tios está na geladeira, não fale com ninguém que não conhece e mantenha sempre a porta trancada. Cuide de sua irmãzinha. Você já é bem grande para isso. Ligue para os seus tios que tudo ficará bem meu amor.

–Você é nosso orgulho querida. -A mãe da garota a abraça.

Triste e com lágrimas nos olhos, Elsa vê seus pais indo embora e a deixando sozinha.

Cansada e sem forças para nada, ela sobe as escadas em silêncio para não acordar sua irmã Anna, que dormia serenamente.

E permitiu-se chorar.

No dia seguinte, ligou para os seus tios que diziam que sentiam muito. Pediu a ela que arrumasse as malas suas e de sua irmã que à tarde eles buscariam as duas.

Com pesar, Elsa arrumou suas malas e de sua irmã de quatro anos que perguntava a todo o momento porque estavam indo embora e principalmente onde estavam seus pais.

E então, onde estavam os seus pais?

Ana e Elsa passaram a viver com seus tios que as receberam com muito carinho e pena no olhar. Para a sorte de Elsa, elas ficaram em quartos diferentes. Portanto Elsa pode por anos isolar-se.

Somente mais tarde Elsa receberia de seus tios a carta que seus pais há muito tempo haviam escrito para a filha. Explicando o que não haviam explicado. Por julgar que ela já tinha maturidade o bastante para entender...

Querida Elsa,

Creio que já seja bem grande para entender nossas palavras, os nossos motivos. Minha filha nós pedimos desculpas. Desculpas por não ter explicado para você por que estávamos te deixando com tantas responsabilidades. Com tantas coisas pela frente. Com a sua pequena irmã. Desculpe-nos minha filha.

Você não sabe, mas eu e sua mãe éramos os maiores esquiadores do mundo quando jovens. Ganhamos vários títulos no mundo inteiro e então decidimos acalmar as coisas, já que nos casamos e queríamos ter uma família. Ter uma casa para cuidar, um emprego fixo. E claro, filhos.

Depois de muitos anos, naquela noite que fomos embora, Drago, um grande patrocinador apareceu em nossa casa. Ainda éramos muito bons com esqui e ele disse que nos patrocinaria por muitos anos caso esquiasse para ele. Porém ele ficaria com todo o lucro e receberíamos quase nada.

Claro que recusamos filha. Não pelo dinheiro. Mas porque tínhamos vocês. Nunca deixaríamos vocês meu tesouro.

Mas ele nos ameaçou. Ameaçou matar você do jeito mais cruel possível. E nem queira saber o que planejou para a pequena Anna. Nós nunca nos perdoaríamos.

Inventamos a história da dívida e concordamos em ir. Agora escrevo para você escondido dele e enviaremos para os seus tios essa carta, com todo o nosso amor. Para que eles entreguem no dia que você possa entender.

Não há como dizer o quanto amamos vocês. O quanto sentimos culpa por isso. Por favor minha filha cuide da Anna. Tenha cuidado com todos. E o mais importante de tudo, seja feliz. Quando julgar a hora certa, conte a Ana toda a verdade.

Com amor imenso, papai e mamãe.

*****

Elsa não aguentava mais aquela pressão. Não sabia o que fazer. Depois que leu a carta dos seus pais, voltou a se relacionar com a Anna e cuidar com muito carinho da sua irmã. Protegeria ela de tudo.

Estudaram juntas, trabalhariam juntas. Mas agora ela não aguentava mais aquilo. Precisava fazer o que mais gostava e que estava tão perto que poderia tocar. Um paradoxo imenso. Esquiar.

À noite naquele dia, enquanto sua irmã dormia, arrumou suas malas e deixou um bilhete para sua irmã, indo embora, por pouco tempo, de sua casa.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado, até o próximo capítulo.

Bec e Temp