All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 42
Saindo de Las Vegas.


Notas iniciais do capítulo

Comentem, por favor. Muitos estão lendo, mas poucos estão comentando. Não deixem de comentar, pois o comentário me motiva a continuar a fanfic.



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56

(P.O.V de ninguém)

Nico e Paula quase não dormiram. Depois de terem bebido mais de duas garrafas de bebida alcoólica, terem conversado sobre assuntos banais durantes horas, eles só conseguiram dormir cinco e meia da manhã – sendo que eles tinham que acordar seis horas em ponto.

Inara, Percy, Beatriz e Jason, já cansados de esperar os amigos, esqueceram as boas maneiras e adentraram o quarto. Paula e Nico estava jogados na cama, em umas posições que com certeza os deixaria com torcicolo. Os quatro perceberam as garrafas perto da cama e fuzilaram os dois com os olhos. Será que eles não podiam ser um pouco mais irresponsáveis?

–E aí? Quem vai acordar eles? – perguntou Percy, olhando para os amigos.

Sem demora, Inara caminhou até o banheiro, encheu uma vasilha com água gelada e voltou para o quarto. A garota despejou o conteúdo da vasilho nas duas pessoas que estavam deitadas na cama, fazendo-as acordarem sobressaltadas.

–Que porra é essa? – Nico disse, pulando para fora da cama.

–Caralho! – exclamou Paula. – Quem foi o desgraçado?

–Pronto – disse Inara, atraindo a atenção de Paula e Nico. – Já estão tomados banho. Vão se arrumar!

Os quatro saíram do quarto, deixando uma Paula e um Nico cuspindo fogo de raiva lá dentro.

[...]

Os seis encontraram-se na saída do hotel. Paula e Nico haviam tomado banho e trocado de roupa, conseguiram até óculos escuros. Estava tudo limpo e organizado, nem parecia que, na noite passada, tinha acontecido uma festa. Os seis saíram do hotel e ganharam as ruas de Las Vegas.

De manhã, Las Vegas parecia, no mínimo, normal. Claro, havia resquícios aqui e ali das festas que aconteciam de noite, mas a cidade estava calma. O trânsito estava normal, calmo, e as pessoas andavam de um lado para o outro, alheios ao fato de ter seis semideuses, filhos dos Três Grandes, perambulando pela rua.

Paula e Nico, ainda sentindo o efeito das garrafas de álcool, vez ou outra trançavam as pernas enquanto andavam, e precisavam ser amparados por um dos amigos para que não acabassem caindo. Eles já estavam a uma boa distância do hotel quando Beatriz quebrou o silêncio.

–Então, para onde vamos? – perguntou a garota. – O que o mapa mostrou?

–Ele não mostrou nada para mim e Jason – Inara disse.

–Temos que achar um lugar seguro para analisar isso – Beatriz olhou ao redor, avistando do outro lado da rua uma lanchonete.

Beatriz chamou os amigos e eles caminharam até lá. Eles sentaram em uma mesa mais no fundo. Então, eles resolveram aproveitar que estavam em uma lanchonete para comerem algo. Paula e Nico, que estavam um ao lado do outro, apoiaram-se um no outro e fecharam os olhos, incapazes de mante-los abertos. Eles fizeram o pedido e, depois de alguns minutos, a senha foi chamada. Percy aproximou-se da atendente que ficava acompanhada de outras duas. Assim que entregou a senha, percebeu as três se entreolharem para ver quem o guiaria até a mesa. Elas pareciam incomodadas com a presença de Percy, mas o garoto não deu muita importância para isso.

A loira acompanhou Percy, deixou a comida na mesa e afastou-se, fazendo uma careta de nojo para os semideuses. Mais uma vez, nem Percy e nem ninguém ligou para isso. O que fora um enorme erro.

Inara abriu o mapa na mesa. Parecia um pergaminho, cheio de desenhos complexos e a folha amarelada deixava claro que o mapa poderia ter milhões de anos. Mas, talvez, fosse tão novo quando os semideuses que ali estavam. Enquanto os semideuses observavam o mapa, e comiam, Inara, junto de Jason, foi explicando o que eles tinham tentando fazer na noite anterior para descobrir o próximo lugar para onde iriam. Mas eles não tiveram êxito.

Em algum momento, Inara e Nico, juntos, colocaram o dedos indicadores no canto do mapa, onde deveria aparecer o lugar para onde iriam. Nico não tinha consciência do que estava acontecendo, pois estava dormindo, mas Inara viu algo acontecer. A garota imediatamente segurou o dedo de Nico com a mão que estava livre, esse movimento acabou assustando que Nico, que sobressaltou-se e acordou Paula também.

–O que foi, Inara? – Nico perguntou, tirando os óculos escuros. – Enlouqueceu?

–Shhh! – repreendeu a garota. – Olhem isso.

Os semideuses olharam para o mapa. No exato local, onde os dedos de Inara e Nico encostavam-se um nome começou a aparecer. Os dois semideuses tiraram lentamente o dedo e observaram as palavras. Estava em grego:

–Κόλαση Πύλη – disse Inara.

–Ιεράπολη , Τουρκία – completou Nico.

Todos haviam entendido o que estava escrito no mapa, menos Jason, que olhava para os amigos sem entender o motivo das expressões assustadas. Inara e Nico encararam-se. Algo passou entre o olhar dos irmãos, eles imediatamente entenderam o que iam busca e onde iam buscar. E os dois não gostaram nada disso.

–O que está escrito? – Jason perguntou, nervoso. – O que significa?

–Nós vamos para a Hierápolis, na Turquia – disse Nico, ainda encarando Inara.

–Vamos para o Portal do Inferno.

–Só eu que não gostei desse nome? – perguntou Paula.

–Isso só pode significar uma coisa – disse Inara, ignorando Paula. – Nós vamos atrás do Elmo do Terror. O simbolo de Hades.

[...]

As coisas complicaram logo depois que Inara falou o nome de um dos objetos que os semideuses estavam atrás. Aconteceu tão rápido que os seis mal tiveram tempo de sacar suas espadas. Foram jogados para lados opostos da lanchonete.

A lanchonete estaria vazia se não fosse pelos semideuses estarem ali. Jason, Beatriz e Percy, que foram jogados do lado direito da lanchonete, levantaram-se, pegando suas armas e tentando encontrar o resto do grupo. Não estavam conseguindo entender o que diabos tinha acertado-os.

Do outro lado da lanchonete, Paula, Nico e Inara tentavam recobrar os sentidos enquanto pegavam suas armas. Inara ajudou Paula e Nico situarem-se com o que tinha acontecido, pois os dois ainda estavam sobre efeito de álcool e suas mentes estavam trabalhando devagar.

Os semideuses juntaram-se e tentaram achar quem os havia atingido. Inara correu até a mesa, onde minutos atrás estavam sentados, a garota pegou o mapa e o colocou dentro da mochila. Eles não podiam dar-se ao luxo de perder aquele mapa.

–Que diabos aconteceu? – perguntou Nico.

–Sssemideusssess.

O sibilo foi ouvido pelos semideuses, deixando-os petrificados. Atrás do balcão, as atendentes haviam sumido, dando lugar à três monstros horríveis. Eram mulheres da cintura para cima, e da cintura para baixo eram cobras.

–Dracaenaes – disse Percy.

–Sssim, filho de Possseidon – uma delas sibilou. O sibilo era tão horrível quanto as mulheres-cobras.

–Não sabia que Dracaenaes eram tão fortes – comentou Nico. – Como conseguiram nos atirar nas paredes?

–Magia – a terceira Dracaenae disse.

–Dracaenaes não usam magia – disse Percy. – O que diabos está acontecendo aqui?

–Nósss não usssávamos magia, garoto. Passsado – sibilou uma delas.

–E como passaram a usar? – perguntou Beatriz.

As Dracaenaes olharam para ela como uma expressão divertida no rosto. Beatriz se perguntou se ela era motivo para diversão. Bem, talvez, para monstros, ela fosse uma diversão mesmo.

–Agradeça ao filho de Hécate – disse a Dracaenae que estava no meio. – Ele tem sido um bom líder, ensinando-os as artes da magia.

Beatriz cambaleou para trás, como se tivessem a empurrado. A garota só conseguiu ouvir “agradeça ao filho de Hécate”. Beatriz só conhecia uma filho de Hécate e ele estava... Não! Beatriz negava-se a imaginar que Haden poderia estar ajudando esses monstros. Ele não era assim.

–Que filho de Hécate? Qual é o nome dele? – perguntou Beatriz, avançando para cima de uma das Dracaenaes.

–Issso não interesssa – outra sibilou. – Não é da sssua conta.

Beatriz rangeu os dentes e correu na direção da mulher cobrar. As outras também atacaram. Os semideuses surpreenderam-se quando elas pegaram espadas. Desde quando monstros andavam armados? Percy estremeceu ao lembrar-se de quando viu monstros armados. A guerra contra Cronos.

Com um movimento rápido Beatriz conseguiu prensar a Dracaenae na parede. A semideusa apertou sua espada no pescoço da mulher, a voz que saiu de sua boca mais parecia um rugido.

–Onde ele está ? – perguntou Beatriz, sem paciência alguma. – O filho de Hécate – ela apertou mais a espada. – Onde ele está?

–Já dissse, filha de Zeusss – sibilou a mulher, divertindo-se. – Não é da sssua conta.

A mulher cobra empurrou Beatriz, a garota caiu no chão, deixando sua espada cair de sua mão. Percy viu a mulher alongar-se diante de Beatriz, levantando sua espada para dar o golpe final. O garoto correu até lá, deixando Jason lutar sozinho com o monstro. O golpe de Percy foi rápido e certeiro. Contracorrente atravessou o peito da Dracaenae, transformado-a em pó. Percy estendeu a mão para Beatriz e a ajudou a levantar. Ele sabia que a menina estava abalada com o que tinha escutado.

Do outro lado do restaurante, Paula e Nico tentavam arduamente manterem-se concentrados, mas estava difícil. O alto teor de álcool no sangue deles, estava deixando-os confusos e desorientados. Paula deixou um lembrete para si mesma: não beber nada alcoólico durante um bom tempo. A Dracaenae não tão boa quanto tentava parecer, mas estava dando mais trabalho do que o esperado.

–Nico – Paula chamou. O garoto a encarou, sem distrair-se. – Precisamos de um plano.

Nico assentiu. O garoto tentou pensar em algo, mas sua mente não conseguia formar nenhum plano bom. As coisas pareciam embaralhadas na cabeça de Nico. Então, ele disse a primeira coisa que veio na sua cabeça.

–Eu a distraio. Você se vira para manda-la de volta para o Tártaro – disse ele, desviando de um golpe da Dracaenae.

Paula revirou os olhos. Por que ela sempre tinha que ficar com a parte mais difícil?

Nico começou a xingar a mulher cobra, tentando tirar a atenção dela de Paula. De imediato o monstro olhou para Nico, nada feliz com os adjetivos que Nico estava lhe dando. Paula tentou pensar rápido. O que ela poderia fazer? Os olhos de Paula arregalaram-se. É claro! Como la não havia pensado nisso?

Enquanto Nico lutava com a mulher cobra, Paula foi rápida e com um movimento rápido, decepou o monstro. Nico olhou para ela com os olhos arregalados, pois, por alguns centímetros, a espada da garota não acertou a cabeça dele também. Paula piscou para Nico, sorrindo.

Inara e Jason estavam tentando trabalhar juntos e isso estava dando certo. Eles já tinham conseguido desarmar a Dracaenae e agora estava encurralando-a. Inara e Jason trocaram um olhar. Juntos, eles transformaram o monstro em pó.

–Bom trabalho – disse Inara.

–Não teria sido tão bom se você não tivesse me ajudado – Jason piscou para ela. Inara socou o braço do garoto levemente, sorrindo.

Os semideuses reuniram-se novamente e já tinham entendido o que deveriam fazer: cair fora dali o mais rápido possível.

[...]

Não demorou muito para que o silêncio tornar-se desconfortável. Todos estavam pensando no que a Dracaenae dissera: “Agradeça ao filho de Hécate. Ele está sendo um bom líder”. Os semideuses estavam chegando a mesma conclusão, mas não conseguiam acreditar.

–Para onde vamos? – perguntou Percy, quebrando o silêncio.

–Aeroporto – respondeu Paula. Todos olharam para ela. – O que foi?

–O aeroporto mais próximo está a dez minutos daqui, claro, se formos de carro – disse Nico.

Então, eles pegaram o primeiro táxi que encontraram. Disseram o caminho e aguardaram. Graças aos Deuses, o trânsito não estava tão ruim. Eles chegaram rapidamente ao aeroporto, pagaram o taxista e adentraram o local. O aeroporto de Las Vegas era, no mínimo, estranho. Tinha o formato de uma pirâmide e por dentro assemelhava-se muito com um casino.

Os seis sabiam que não teriam tempo para comprar passagens, fazer check-in e tudo mais. Só tinha uma solução. Paula disse em voz alta o que todos estavam pensando.

–Vamos ter que roubar um avião particular.

–Onde vamos encontrar um avião particular aqui? – Jason perguntou.

–Na pista de pouso – Beatriz disse, como se fosse óbvio. – Venham.

Eles caminharam até o salão de embarque, tentando não chamar atenção dos seguranças que perambulavam pelo aeroporto, o que não deu certo. Pois tiveram que passar pelo detector de metais e, bem, a maquina detectou muitos metais. Os semideuses estavam com presa, por isso não quiseram tirar as mochilas e passaram para a sala de embarque, ignorando os seguranças que os chamavam.
Assim que chegaram lá, olharam pelas grandes janelas de vidro e avistaram um jatinho parado na pista. Os seis estavam prestes a saírem de lá, quando três seguranças os pararam.

–Passagens, por favor – pediu um deles.

–Não temos... – Paula foi interrompida.

–Nos acompanhem, por favor – o homem disse.

–Desculpe, mas ficará para próxima – Paula disse, chutando o segurança bem no meio de suas pernas.

Aproveitando a distração dos seguranças, os semideuses correram pelo lado oposto. Mas não demorou muito para que estivessem cercados por seguranças do aeroporto. Praguejaram em silêncio. O que eles fariam?

–Vamos usar nossos poderes – disse Beatriz.

Como é? – Percy a encarou.

–Inara e Nico, vocês conseguem viajar nos sombras, levem Paula e Jason para qualquer sombra que acharem – disse Beatriz, ignorando Percy. – Despistem os seguranças. Nos encontramos lá embaixo. Percy, você vem comigo! – ela segurou na mão de Percy, puxando-o.

E assim, eles separaram-se. Inara e Jason foram pela esquerda, enquanto Paula e Nico iam pela direita, Beatriz e Percy correram na direção das janelas.

[...]

Inara e Jason tiveram que usar um pouco de força, principalmente o filho de Júpiter, para conseguirem livrarem-se dos seguranças. Jason deixou alguns inconscientes enquanto corriam para o banheiro mais próximo.

–Temos que ser rápidos – disse Inara, puxando Jason para o banheiro feminino.

–O que você vai fazer? – Jason perguntou.

Inara ignorou a pergunta, trancou a porta e desligou as luzes. Ela segurou na mão de Jason e fechou os olhos. Inara não estava conseguindo se concentrar, pois os seguranças estavam batendo na porta, mandando-os sair. Inara mandou todos eles para o inferno mentalmente e finalmente teve êxito no que estava fazendo. Ela e Jason viajaram nas sombras. Inara estava rezando para que fossem para o lugar certo.

[...]

Paula e Nico conseguiram livrarem-se dos seguranças sem machuca-los. O garoto estava correndo, puxando Paula consigo. Eles esbarravam em várias pessoas o que os fazia ganharem vários xingamentos.

Nico adentrou um local onde guardavam os produtos de limpeza. Ofegantes, eles pararam para respirar. Paula começou a discordar do plano.

–Eu não vou viajar nas sombras. Isso é horrível. Não! Sem chance! – disse, cruzando os braços.

–Para de reclamar e me ajuda a procurar o interruptor da tomada – disse Nico.

Mesmo contrariada Paula fez o que Nico disse. Quando Nico desligou a luz, Paula teve um ataque. Ela não queria ir de jeito nenhum. Nico já conseguia escutar os passos dos seguranças do lado de fora. Então, o garoto fez a única coisa em que conseguiu pensar para calar a boca de Paula: ele a beijou. Enquanto beijavam-se, Nico conseguiu concentrar-se o suficiente para fazê-los viajarem nas sombras.

[...]

Plano suicida. Era nisso que Percy pensava enquanto Beatriz o puxava em direção às janelas. O garoto tentou protestar, soltar-se de Beatriz, mas a garota estava irredutível quanto a isso. Ela não mudaria de ideia.

–Nós vamos morrer! – dizia Percy.

–Confia em mim – dizia Beatriz, tentando acalmá-lo.

Sem diminuírem a velocidade, Beatriz e Percy lançaram-se contra a janela. A janela não foi tão fácil de quebrar como nos filmes, o vidro era grosso, ou seja, eles tiveram que usar mais força que o normal para que o vidro quebrasse.

Enquanto estavam em queda livre, Beatriz puxou Percy para perto de si, de modo que ficaram abraçados. A garota já estava começando a achar que iriam morrer mesmo, mas ela conseguiu estabiliza-los. Beatriz esperava que ninguém estivesse filmando isso, pois seria algo mais para sair nos jornais – além do roubo do jatinho.

[...]

Os seis reuniram-se na pista de pouso. Paula e Jason pareciam prestes a vomitar e Percy estava com o cabelo todo bagunçado, espetado em várias direções. Por sorte, Percy e Beatriz não tinham se machucado com os cacos de vidro da janela.

Eles estavam tentando recuperar o fôlego para correrem até o jatinho, mas não conseguiram, pois, não só os seguranças estava lá na pista como a policia também estava. Bem, os semideuses estavam muito ferrados.

–Parados! Mãos para cima! – disse um policial.

–E agora? – Beatriz perguntou, olhando para os amigos.

–Agora a gente corre – Paula respondeu.

E foi o que eles fizeram. Correram até o jatinho, sentindo os policiais correndo atrás deles. Assim que chegaram deram graças aos Deuses, pois a porta estava aberta. Os policiais estavam a alguns metros de distancia.

–Alguém aqui sabe pilotar um jatinho? – Nico perguntou, sentindo o coração sair pela boca.

Todos os olhares pararam em Beatriz e Jason, e eles não tiveram alternativa a não ser correrem para a cabine do piloto.

–Você já pilotou alguma vez na vida? – Beatriz perguntou, enquanto sentava-se na cadeira do co-piloto.

–Não, mas tudo na vida tem a sua primeira vez – respondeu Jason, sentando-se na cadeira do piloto.

O painel de controle estava bem ali, na frente de Jason, o garoto só precisava decidir em qual botão apertar. Ele olhou para Beatriz, pedindo ajuda.

–Esse – ela apontou para um botão. – Aperta esse.

–Tem certeza? – Jason perguntou.

Beatriz olhou pelo para-brisa do avião e percebeu que os policiais já estavam bem perto.

–Não, eu não tenho certeza! – ela disse. Jason ficou parado. – Aperta logo isso, caramba!

E então, ele apertou. Os motores do jatinho ligaram, Beatriz apertou em outro botão onde se podia ler: Engine Start e o jatinho começou a andar pela pista. Jason segurou o volante, manobrando-o. Beatriz puxou o microfone que estava na sua frente, provavelmente tudo o que ela falasse naquele microfone daria para os outros semideuses escutarem.

–Passageiros, apertem os cintos – disse Beatriz. – Vamos decolar.

O jatinho saiu do chão. Fora da cabine do piloto, Percy estava quase entrando em pânico. O garoto estava sentado, preso pelo cinto e apertava os braços da poltrona como ele pudesse morrer caso soltasse.

Paula estava sentado na poltrona atrás do irmão. A garota nunca gostou de altura, mas estava mais tranquila que Percy. Ela apertou o cinto e fechou os olhos, tentando manter a calma. Nico estava sentado ao lado de Paula, o garoto também nunca gostara de altura, mas não escolha senão ficar sentado e rezando para que o avião se estabilizasse e não caísse.

Inara estava sozinha. Tentando se concentrar no mapa e esquecer que estava dentro de um jatinho, pilotado por duas pessoas que nunca entraram na cabine de um piloto. Inara começou a se desesperar.

[...]

Jason conseguiu estabilizar jatinho no ar, o que foi um alivio para todos – principalmente para Percy. O filho de Júpiter ligou o piloto automático e o programou para leva-los até a Hierápolis, na Turquia. Ele e Beatriz saíram da cabine do piloto e juntaram-se aos outros. Beatriz sentou-se ao lado de Percy, enquanto Jason sentou-se ao lado de Inara.

Os seis chegaram à mesma conclusão: tinham que dormir um pouco. A viagem duraria vinte horas e eles não podiam passar todo esse tempo acordados. Um por um foi adormecendo, sem trocar nenhuma palavra. Percy foi o que demorou mais a dormir, mas acalmou-se quando Beatriz segurou na sua mão e colocou a cabeça no seu ombro.

As coisas não ficaram tranquilas por muito tempo. Algumas horas depois, o jatinho começou a entrar em turbulência.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram do capítulo, comentem. Se não gostaram, comentem do mesmo jeito.



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