Definição de Perfeição - Segunda Temporada escrita por Apenas mais um escritor


Capítulo 13
Campeonato ou Festival


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Desculpa por não postar ontem. O problema foi minha net. Aproveitem o capítulo.



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Uma semana depois da mudança, tudo já estava arrumado e o casal estabeleceu-se. Já não precisavam mais comer no quarto, contrataram uma companhia de telefone e internet, atualizaram o endereço de todas as correspondências e cartões para seu novo apartamento. Estavam vivendo bem juntos. Diariamente tinham discussões bobas, como quem iria usar o banheiro primeiro ou o que iriam comer, mas sempre eram resolvidas com muito carinho.

Karina acordava mais um dia para um dia cheio. Como sempre, Pedro estava em um sono profundo ao seu lado. Era nesses momentos em que a garoto sentia inveja do trabalho dele. Via o quanto o rapaz esforçava-se para compôr, mas ele nunca tinha horário fixo e nem ao menos trabalhava todo dia. Ou tinha que ir à faculdade, que era para onde estava rumando. Desde que começaram a morar juntos, o roqueiro a deixava pegar seu carro emprestado sempre que precisava, então a ida à faculdade era bem mais prática.

Depois de tomar seu banho, simplesmente pegou uma maçã para comer no caminho. Vida de universitário é fogo. Enquanto dirigia, comia a maçã e pensava em quais atividades iria passar a seus alunos nas aulas mais tarde. Chegou na faculdade, achou um dos poucos locais que havia para estacionar e, ao conferir o horário, percebeu que tinha tempo de sobra. Karina gostava do campus. Apesar da maioria dos seus colegas de classe serem um bando de preguiçosos que escolheram o curso de Educação Física por acharem mais fácil, alguns deles eram muito simpáticos. K criou amizade com algumas das garotas e identificava-se com elas, pois tinham um jeito de "Esquentadinha", assim como ela.

Foi à uma das muitas mesinhas de concreto que haviam por ali e passou a mexer no celular. Mandou uma mensagem para Pedro, avisando-o que chegou bem e que tava afim de almoçar com ele, pois só comeu uma maçã. Anotava o que teria que fazer no dia, até que ouviu uma voz familiar atrás dela, cantando.

– Garota dos meus sonhos

Esses teus lábios tão risonhos...

Quando virou-se, K viu uma de suas colegas de classe com fones de ouvido, cantando a nova música que Pedro a dedicou. Riu, feliz com o sucesso que a Galera da Ribalta estava fazendo. A garota ainda tinha um boton estampado na bolsa que carregava. Karina se aproximou dela, retirou seu fkne e disse:

– E aí, Sabrina. Beleza?

– Oi, K. Tudo bem?

– Aham. Tá ouvindo o quê?

– Ah, tô ouvindo Galera da Ribalta. Conhece?

– Hmmm, acho que já ouvi. É aquela banda que tem aquele guitarrista gato?

– Ai, o Pedro. Ele é muito gostoso.

– Com certeza.

– Aquele cabelo, aquele sorriso, tudo nele, socorro.

Karina não conseguiu conter-se e começou a gargalhar bem alto.

– Que que foi, K? - perguntou Sabrina, confusa.

– Ela tá rindo porque ela é a namorada do tal do guitarrista. - disse Milena, outra das amigas de Karina, aproximando-se.

– É o quê? Nossa, desculpa, Karina. Não queria falar isso dele.

– Não, relaxa. Achei engraçado. - disse a lutadora, acalmando-se um pouco.

– Pera, então você que é a Esquentadinha dele?

– Aham.

– Nossa, eu PRECISO saber de todas as fofocas da banda.

– Bora pra aula e depois a gente fala, sobre isso.

A partir daí, Karina se divertiu bastante, tendo Sabrina para contar todas as "fofocas" que a garota quisesse saber. As horas passaram e ela só notou durante uma de suas aulas mais chatas, quando mexia no celular, que Pedro a respondeu.

"Vamos almoçar sim, Esquentadinha. Eu tô pensando em um lugar bem maneiro que eu acho que você vai curtir."

"Onde?"

"Surpresa ;)"

Como sabia que o rapaz não ia falar onde queria a levar, não importando o quanto ela insistisse, voltou a jogar no celular até a aula ficar um pouco interessante. Karina ainda tinha mais uma aula para assistir, mas estava cansada, com fome e sem saco para mais uma aula. Mandou uma mensagem para Pedro dizendo que estava saindo e que ia buscá-lo. Recebeu, como resposta, ele dizendo que estava pela área e que iria até ela.

Uns 15 minutos depois, Karina viu o rapaz entrando no campus. Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, alguns fãs o cercaram, pedindo por autógrafos, fotos ou simplesmente um abraço. Apesar de estar acostumada, K nunca gostou do assédio que o namorado sofria. Aproximou-se, passou seus braços em volta do pescoço de Pedro e o beijou.

– Oi, minha linda. - disse o guitarrista. - E aí, tá pronta pra surpresa?

– Aham. Bora, maluco.

– Põe essa venda aqui. - disse o garoto, oferecendo-a um pano ao entrar no carro.

– Precisa mesmo, Pê?

– Sim, oras. Eu quero.

– Tá, tá certo. - disse a lutadora, vendando-se.

Depois de alguns minutos "cega", finalmente o carro parou e Pedro a guiou. Sentiu ele a mandando a uma cadeira e ouviu um cochicho do namorado com quem supunha ser o garçom. Mais alguns minutos e o roqueiro disse:

– Pode tirar a venda, amor.

Quando a garota fez assim como dito, surpreendeu-se. Estavam em um restaurante japonês com uma grande arca com diversos quitutes orientais.

– Pedro, isso aqui é...

– Comida japonesa. Eu sei que você sempre quis experimentar, mas eu sempre fiquei adiando, adiando. Hoje quis te surpreender.

– Não precisava.

– Eu quis, oras... vamos comer?

– Ok.

Depois de saborearem, cada um, algo do que a arca tinha a oferecer, Pedro disse:

– K, eu vou participar de um festival de música daqui a duas semanas.

– É mesmo? Que legal.

– É sim. É a batalha de bandas. Sabe esses campeonatos fe muay thai que você curte?

– Sim, que que tem?

– Então, é uma chave de "batalhas" igual àquelas.

– Que maneiro, Pê.

– É sim. O Nando que falou pra gente sobre. Talvez a tal da Kickass apareça por lá.

– Não se preocupa que a Galera é muito melhor que eles. Fora que não tem uma fã dedicada como eu.

– Então cê vai estar lá, tiete?

– Ah, com certeza. - disse Karina enchendo o hashi com wasabi e enfiando na boca do garoto.

– Ai, Esquentadinha. Isso arde. Isso arde. Socorro! Água, água.

– Pede desculpas.

– Tá, tá bom, foi mal!

Depois do rapaz beber quase um litro de água, acalmou-se e o casal continuou o almoço normalmente. Karina conferiu o relógio e percebeu que sua aula na academia começaria logo.

– Pê, cê me leva?

– Claro, K.

Entraram no carro e foram o mais rápido possível. Ao pararem em frente à academia, despediram-se com um beijo e a lutadora entrou na antiga fábrica. Foi ao vestiário, colocou uma roupa mais adequada ao muay thai e, ao sair, sentiu braços a envolvendo e a fazendo cócegas.

– Sai, Cobra, sai! - disse Karina, às gargalhadas.

– Ok, soltei. - respondeu o lutador, soltando o corpo da professora. - Aí, K, daqui a duas semanas vai ter aquele campeonato novo, o Ultimate Brawl. Cê tá afim de ir?

– Pô, cara, não sei. O Pedro tem um festival.

– Ô, Karina, desde que você começou a namorar com esse cara você nunca mais participou de campeonato nenhum. Qualé, desistiu do teu sonho de virar lutadora?

– Não é isso, Cobra.

– Mas parece. Vai se contentar mesmo em ser professora? Porque ele foi atrás do sonho dele. E você? Não vai correr atrás do teu?

Apesar de não gostar de admitir, Cobra estava certo. Será que ela deveria conversar com o garoto sobre o campeonato? Será que ele ia compreender? Karina deve correr atrás de seu sonho?


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Espero que sim. Agora vamos às perguntas.

BiiPerina: Porque você não responde os comentários?

É porque a maioria das coisas que falam neles eu interpreto como perguntas a serem respondidas aqui, nessa parte. Mas saiba que gostei da música e adorei seu apoio.

Annabeth: O que você acha que vai acontecer depois que a K descobrir o acordo, eu não vi o que você respondeu da primeira vez!

Eu acho que eles vão brigar, TALVEZ se separem e, caso realmente se separem, não vão ficar muito tempo separados, já que o Pedro já vai ter provado a ela o quanto ele a ama. Fora que todo mundo vai querer Perina de volta.