Taking Care escrita por Rayssa


Capítulo 1
Damn, I'm sick


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira short Olicity, espero que gostem :D



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Felicity estava uma bagunça. Vestida em suas calças de pijama xadrez, moletom do MIT e suas pantufas de coelho. Um coque mal feito pendia em sua cabeça, estava meio torto, entretanto, era um dia quente de mais para usar cabelos soltos. Os olhos por trás das lentes estavam fundos, o que, junto com o nariz avermelhado, contrastavam com a pele ligeiramente mais pálida.

Isso significava uma coisa: Gripe!

Ela odiava gripe, de todas as doenças que existiam na face da terra, a doença que Felicity mais detestava era gripe.

Motivos, tinha muitos. Ela não podia ficar no computador sem que a claridade começasse a ferir seus olhos sensíveis. Ela piscava de mais. O nariz estava sempre escorrendo e haviam espirros a todo o momento. Seu corpo ficava febril. Ela não podia trabalha, ou tomar sorvete, na verdade, haviam muitas coisas que ela não podia fazer e isso acabava deixando-a extremamente entediada.

Ela havia ido trabalhar aquela manhã, mas fora, praticamente, enxotada de sua sala. Ray a obrigara a tirar o dia de folga. Ele disse que a melhor forma de curar a gripe era um bom descanso, como se ela tivesse tempo para isso, mesmo que tivesse a folga de seu trabalho diurno, ainda haveria de passar as noites no porão de uma boate, a cidade não podia esperar.

Passara a maior parte da manhã, por incrível que parecesse, sentada naquela mesma posição, assistindo desenhos animados. Naquele momento, já estava decidida que ligaria para Oliver e cancelaria a sua noite de trabalho, por mais entediante que fosse passar o dia inteiro em casa, sem fazer nada. Felicity sabia que não seria útil, seu raciocínio estava lento devido a dor de cabeça e o sono proveniente de uma noite mal dormida, nunca dormia bem quando adoecia.

Havia demorado a entender a piada do Pernalonga! Isso era um ultraje!

A cidade teria que esperar!

Demorou um pouco para criar coragem de levantar da cama e encontrar o seu celular, não era uma tarefa árdua, todavia, sentia o seu corpo pesado e, apesar de ser uma tarde de verão, estava congelando de frio.

O número de Oliver estava na discagem rápida e foi atendido no quarto toque.

- Felicity? – seu tom era surpreso e esbaforido, definitivamente, Oliver estava treinando, e mesmo com o raciocínio lento, a imaginação de Felicity não perdoou, viajou até a imagem de Oliver fazendo seus exercícios, a forma sensual que seus músculos se contraiam. - Alô?

Foco, Felicity, foco! Murmurou mentalmente para si mesma.

- Oli... – nem precisou se fingir de doente, tossiu sem conseguir conter. – ver.

- Você está bem? – perguntou o homem, aparentemente preocupado.

Imaginou que sua voz, para ele, soava pior do que a que ela ouvia.

- Gripe, essa noite não poderei te encontrar. – assim que acabou de dizer, teve vontade de bater em sua própria cabeça. – Urg. – apenas resmungou, sabia que ele havia entendido.

- Entendi. – murmurou com um tom risonho. – Precisa de alguma coisa? – sim, ela queria.

Ela queria que ele fosse até a sua casa com um laço na própria cabeça e se desse de presente. Ok, isso era exagero, mas ela bem que podia pedir que ela trouxesse seu almoço, não é? Mas ele estava falido.

- Ah, se você não estivesse falido, pediria para me trazer almoço. – e riu logo em seguida, como se aquilo fosse uma brincadeira.

Mais uma vez, só conseguiu perceber a burrada que falara, depois que falara. Entretanto, o que diria a ela? Desculpe ter te chamado de falido apesar de ser a verdade? Ou, pelo menos você é bonito? Certo, talvez, pelo menos você é o arqueiro soasse melhor, contudo, antes que pudesse dizer, ele se pronunciou.

- Eu não estou tão falido assim Srta. Smoak. – murmurou, deixando as bochechas da loira em um fortíssimo tom de escarlate. – Pode deixar, chegarei em 20 minutos. – a mulher estava pronta para argumentar, porém, o telefone foi desligado.

A moça de belo olhos azuis se jogou em sua cama, chocada com o que acabara de acontecer. Precisou respirar fundo e escrever uma lista mental de tudo o que acabará de acontecer para ter certeza que realmente era isso.

1- Ela havia, sem querer, provocado Oliver, logo ele estava fazendo isso por orgulho ferido.

2- Ele iria lhe comprar almoço, mesmo sem ter dinheiro.

3- Ele iria fazer isso porque ela tinha uma língua grande e um péssimo filtro mental.

4- Oliver estava indo na casa dela!

5- Oliver nunca havia ido na casa dela!

6- Ela tinha a droga de um pôster do Robin Hood na parede.

7- Oliver iria vê-lo!

8- Ele iria comentar sobre isso.

9- Droga!

Não soube ao certo quando a lista deixou de ser uma lista de coisas que acabaram de acontecer para se tornar um emaranhado de coisas que ela não sabia como classificar.

Ele perguntou se eu precisava de alguma coisa! Suspirou e voltou a se jogar na casa, ele perguntou, ela respondeu. Não falara nada de mais, tá bom, falara sim, mas, e dai? Pelo menos ela teria almoço.

Com mais um longo suspiro, tomou uma decisão, quando ele chegasse, ela pagaria o seu almoço, agradeceria e diria que não precisa de mais nada.

Talvez ele fosse embora rápido.

É, ela tinha certeza que ele iria embora rápido. Era o Oliver, ele perguntaria se ela estava bem, ela diria que sim, agradeceria a comida e ofereceria para que eles almoçassem juntos.

Sabia que ele diria não.

A campainha tocou em metade do tempo que ele disse que chegaria. Felicity agarrou o seu coberto e se arrastou até a porta. O cheiro de comida italiana provou que aquilo era Oliver, ele sabia que ela gostava de comida italiana, tinha tido um encontro em um restaurante italiano, o grande encontro que deu errado.

Abriu a porta de vez, e encontrou um Oliver em seu perfeito estado de beleza milimetricamente arrumada, ao olhar para as roupas bem passadas, o cabelo bem penteado e ar rebuscado do homem, seu coração saltou em seu peito.

Ela notou quando um sorriso zombeteiro se formou nos lábios do homem após passar os olhos sobre o corpo da garota. E foi assim que ela se tocou que deveria estar parecendo uma... uma... uma doente.

Você está doente, Felicity!

- Trouxe italiana. – o homem disse na porta, como se chamasse a sua atenção para si. Mas a atenção dela estava totalmente focada nele naquele momento.

- Entre. – disse, dando espaço para que ele entrasse.

O homem o fez sem hesitar, adentrou a passos longo, dando uma boa olhada no local. A primeira coisa em que seus olhos focaram, foi no quadro de Robin Hood pendurado na parede da sala. Era como se dissesse a qualquer um que entrasse em sua casa. Felicity é a favor do arqueiro! Uma simples mensagem silenciosa que qualquer imbecil entenderia.

- Belo quadro. – murmurou ainda com o sorriso zombeteiro nos lábios.

Felicity amaldiçoou a si própria por ter comprado aquela droga de quadro. Não sabia porque havia feito e muito menos porque havia pendurado ali.

- Tava em promoção. – sabia que seu rosto estava vermelho, por isso, abaixou a cabeça.

Não havia sido uma promoção, ela apenas vira o quadro e quando dera por si, ele já estava lá, pregado em sua parede.

Oliver virou em sua direção, com um sorriso gentil em seus lábios. Algo estava errado com Oliver, aquele olhar, faltava algo. Sabia que, por algum motivo, Oliver estava triste, muito triste. E isso a perturbou.

- Onde eu coloco a comida? – ele perguntou.

- Logo ali. – apontou para a bancada que separava a cozinha da sala.

Oliver aproximou-se da bancada e colocou a sacola sobre a bancada, depois, virou sobre os calcanhares e aproximou-se de Felicity. Calmamente, colocou a mão sobre o cobertor no exato local onde deveria ficar o ombro dela.

- Como você está? – um sorriso involuntário se abriu nos lábios da garota, ela sabia que ele perguntaria. E agora seria como ela havia imaginado.

- Vou ficar ótima. – sorriu amigavelmente. – Eu sei me cuidar muito bem, eu cuidei muito de mim quando era mais nova, então, tenho certeza que amanhã já estou de volta ao trabalho. – o homem arqueou a sobrancelha.

- Tome o tempo que precisar, sabe disso, não é? – Oliver exalava preocupação e Felicity podia sentir isso. – Precisamos de você, mas a sua saúde é mais importante. – ela assentiu, um tanto impressionada pela reação do homem.

- Ok. – sorriu gentilmente.

- Precisa de mais alguma coisa? – perguntou apertando o acolchoado do edredom.

Os olhos azuis foram fechados enquanto ela balançava a cabeça de forma lenta.

- Obrigada Oliver. – sorriu, ainda de olhos fechados. – Não só pela comida... – abriu os olhos, cravando-os nos dele. – Também por vir aqui e, bem, se preocupar comigo. – ambos se encaravam de uma forma profunda, era o olhar deles, tão cheio de cumplicidade, tão deles.

- Eu sempre me preocupo com você. – sussurrou, tirando a mão de seu ombro.

Ela percebeu. Percebeu que não queria que ele fosse embora, queria que ele almoçasse com ela, e dissesse o que o afligia, ou não dissesse nada. Queria a presença dele, aquilo já a fazia se sentir melhor.

- Quer almoçar comigo? – perguntou sorridente e recebeu um aceno negativo em resposta.

- Obrigado, mas eu já almocei. – admitiu.

A menina abaixou a cabeça, tristemente.

- Mas, se você quiser companhia, eu posso ficar. – os olhos da loira brilharam de excitação, sim, ela queria e como queria.

Levantou rapidamente a cabeça e sorriu.

- Não quero incomodar. – o homem deu de ombros.

- Te fazer companhia seria uma honra. – brincou.

Felicity o segurou pela mão e quase saltitou com ele até a cozinha, fazendo com que esse sorrisse abertamente.

Só após colocar tudo que usaria na mesa, notou o olhar indagador de Oliver. Virou seu rosto em direção ao homem e sorriu confusa.

- O que foi? – o homem deu de ombros.

- Não estou muito acostumado a ver você... – ele piscou algumas vez, procurando a palavra certa. – Assim. – apontou para a mulher que imediatamente ficou vermelha.

- Tá frio, então, é melhor que meus pijamas de bichinho... – assim que calou a boca, fechou os olhos. Ela realmente tinha acabado de falar para Oliver Queen que ainda usava pijamas de bichinhos? SIM! Ela tinha.

A risada de Oliver foi alta, muito mais alta do que ela jamais havia escutado.

Abriu os olhos e encarou a risada com desejo. Era bom vê-lo assim.

Apesar das bochechas escarlates e a apreciação pela risada de Oliver, sentiu seu estomago roncar e precisou começar a se servir. A cara estava maravilhosa, o cheiro melhor ainda, mal conseguia esperar pelo sabor.


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Notas finais do capítulo

E então?? Gostou?? Detestou?? Opine, please!



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