O Consultório do Haymitch escrita por Mr Milho, cbm


Capítulo 7
Voldemort




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Tris – Leo, terminei de ler o Sangue do Olimpo.

Leo – AH, POR HEFESTO! Não me fala o que...

Tris – Eu quase chorei na hora em que você...

Leo tapa os ouvidos – CALA A BOCA! LALALALALALA!

Tris – Eu hein.

Effie – Você é meio estranhinha, garota.

Tris – Nossa, mas aqui fica um tédio quando não tem ninguém, né? *pega o caderno de consultas*

Effie – Tem alguém pra hoje?

Tris – Sei lá. Tá escrito Você-Sabe-Quem nisso aqui.

Hermione sai com tudo do banheiro com a escova na boca – O QUÊ?!

Leo – Ahn? Você sabe quem é, Mione?

Hermione – É o Você-Sabe-Quem.

Leo – Quem?

Hermione – Você-Sabe-Quem.

Leo – Você-Sabe-Quem quem?

Hermione – VOCÊ-SABE-QUEM.

Leo – NÃO, EU NÃO SEI. ME FALA QUEM É ESSE VOCÊ-SABE-QUEM.

Effie – Tá escrito aqui Voldemort.

Hermione – Nããão...

Várias sombras começam a se juntar e formam uma figura no meio da sala de espera.

Leo – Ai, papai... *ele e Tris se escondem atrás de Hermione*

Effie – CREDO, MAS QUE BICHO FEIO!

Hermione – Era só o que me faltava.

Voldemort – É LORD VOLDEMORT. MWAHAHAHA! Eu cheguei. E quem são vocês, sangues-ruins?

Hermione – Sou eu, Voldy.

Voldemort – NÃO ME CHAMA ASSIM SUA RETARDADA!

Hermione – Ou o quê? Você vai entrar na forma de Shakira?

Voldemort levanta a varinha – Sua...

Hermione usa a escova pra se defender – Não me subestime, Voldy.

Haymitch entra cambaleando no consultório – Ebazzz, mais onti foi um dia dos bão *se joga em Voldemort*

Voldemort – Ain, que nojo. *joga Haymitch pro lado* Você tem álcool em gel, querida?

Effie – Pff, é lógico. *passa pra ele*

Voldemort – Então, quem é o lixo que vai tentar me tratar aqui?

Hermione aponta pra Haymitch desmaiado – É esse indivíduo aí.

Voldemort – Nossa, com um chefe desses... Agora eu entendo por quê você tá trabalhando aqui.

Tris – Ah, mas isso é fácil de tratar. *vira um balde d’água na cabeça de Haymitch*

Haymitch – AAAAAH! EU TÔ AFOGANDO, EU TÔ AFOGANDO!

Tris estapeia ele – Não, não tá, homem.

Haymitch – Ah, ufa. *olha pro Voldemort* MEU DEUS, MOÇO! Você não tem nariz!

Voldemort – ...

Hermione – Ah, mas isso vai dar bosta.

Voldemort senta num cantinho e começa a chupar o dedo.

Leo – Hein? Mas isso tá cada vez mais estranho.

Haymitch – Qual o nome dele mesmo?

Hermione – Você-Sab... Ah, Voldemort. Ou Voldy, pros íntimos.

Haymitch se aproxima dele – Então, Voldy. Será que o seu problema tem alguma coisa a ver com o fato de você não ter um nariz?

Voldemort – Eu... Eu só queria que parassem de me zoar com isso. De vez em quando é triste não poder espirrar.

Haymitch – É, deve ser mesmo. Hermione, o que devemos fazer?

Hermione – Aproveitar que ele tá bobiando e dar um fim nele.

Haymitch – Não, não. Aqui no meu consultório nós consertamos, não destruímos.

Hermione – Tá, ok. Mas ele é um bruxo perigoso, então só por segurança eu devia ir junto.

Haymitch – Bruxo... Perigoso? Tris, Leo. Vocês dois também vêm junto. Vamos.

Os cinco entram na sala do divã.

Haymitch – E então, Voldy. De onde vem tudo isso que você tem?

Voldemort – Essa daí *aponta pra Hermione* vai mesmo assistir a gente?

Hermione – Tá vendo só? É por isso que ninguém gosta dele.

Haymitch – Ah, vamos lá Voldy. De onde vem todo esse ódio?

Voldemort – Eu simplesmente não gosto dos sangues-ruins.

Haymitch – Por quê? Você é tipo O, é isso?

Voldemort – Não. Eu odeio quem nasceu trouxa e ganhou poderes de bruxo. Esse sangue imundo contamina aqueles que são puros em magia.

Hermione – Só pra começar a minha defesa o pai dele era trouxa.

Tris – Caramba, mas por que vocês ficam xingando um o outro?

Leo – Ah, eu te explico depois.

Voldemort – Mas pelo menos eu ainda tinha alguma coisa pura.

Leo – Olha sem querer ofender, mas o seu sangue pode até ser bom, agora se eu fosse pegar um dos dois, sem dúvida eu escolhia a sangue-ruim aqui.

Hermione – Brigada, eu acho.

Voldemort – Ah, mas eu vou tacar um Avada Kedavra no Lúcio por me fazer vir aqui.

Haymitch – Vamos lá, Voldy. Conte-me um pouco mais sobre você.

Voldemort – Bem, minha mãe era uma otária apaixonada que usou uma poção pro meu pai nojento gostar dela. E eu nasci disso. Ele a abandonou, ela morreu, eu fui pra um orfanato. Várias coisas legais assim.

Hermione – E é assim que se cria um psicopata.

Tris – Nossa, coitado dele. Não chama ele disso.

Voldemort – É, mas eu acho que me define bem. Eu trollei um fantasma pra roubar uma tiara, matei uma senhora gordinha, matei meu pai e a família dele, matei vários trouxas, matei uns bruxos idiotas que se opuseram a mim...

Hermione – Eu tô bem viva aqui, meu querido.

Voldemort – Se você tá reclamando eu posso dar um jeito nisso agora.

Haymitch – Opa, opa. Vamos acalmar. Mas então, Voldy, por que você acha que fez isso tudo?

Voldemort – Porque eu precisava disso pra repartir a minha alma.

Leo – A faca de manteiga não tava funcionando?

Voldemort – Tá querendo morrer, moleque?

Hermione – O maluco matou umas crianças numa caverna e soltou uma cobra gigante na própria escola pra matar quem entrasse na frente. E duas vezes.

Tris – Nossa, mas ele tem uma coisa com cobras.

Voldemort – Pra se dividir uma alma é preciso matar. E com um tipo de magia negra pode se criar uma horcrux, um item que vai garantir que eu permaneça na Terra depois de morrer. Então assim eu poderia viver para SEMPRE!

Tris – Pra sempre e sem nariz?

Voldemort – É, C$&$#*@&$(! SEM NARIZ! Eu me tornei parecido com uma cobra, e cobras não tem nariz.

Hermione – E pra não se sentir sozinho ele comprou uma cobra vagabunda pra ele.

Voldemort – EEEEEPA, MEU BEM! Não pense em xingar Nagininha ou eu rodo a baiana!

Hermione – Haymitch, acho que tá na hora de falar sobre Harry Potter.

Voldemort – NEM PENSE NISSO! *levanta a varinha*

Hermione – VEM QUE TEM! *levanta também*

Tris – Ai, é o do One Direction? Amo ele.

Haymitch – Pode parar isso daí ou eu vou pedir pro Leo acender o fósforo. Estala os dedos aí, menino.

Leo – Não, obrigado. Vou fazer uma pipoca e assistir esses dois. *sai andando*

Tris – Nossa, eu quero também. *segue ele*

Haymitch – Ok, então vamos ter que nos virar aqui. Voldy, sente-se de novo e me diga qual é a sua treta com esse tal de Harry.

Voldemort – Só imagina. Você é o bruxão foderão que todo mundo caga de medo só de falar no seu nome. Aí uma louca faz uma profecia pra aquele velho maldito do Dumbledore que um garoto que estava pra nascer ia chegar e me derrotar. O que é que eu posso fazer? Ir lá e matar ele, é lógico.

Haymitch – E você conseguiu?

Voldemort – Tá meio claro que não, né? Eu fui e matei os pais dele na casa da família depois que um amigo duas caras deles me falou onde era.

Hermione – Ah, você precisa ver como são esses seguidores idiotas dele. Todos com cara de quem usa crack, roupas pretas que eram moda 300 anos atrás...

Voldemort – Nossa mas até disso você reclama. Tá de TPM, né? Só pode.

Haymitch – Voldy, Voldy... Se atenha ao que eu perguntei.

Voldemort – Tá, eu tentei matar o moleque e por causa de um tal de amor eu virei um parasita. Depois de 14 anos de muito esforço eu consegui voltar ao que eu era e tentei de tudo quanto é jeito matar o velho, o que eu consegui, e o garoto.

Hermione – O que você não conseguiu.

Voldemort – É, isso é verdade. O garoto conseguiu dar um jeito nas horcruxes e eu acabei me ferrando.

Haymitch – Hum, interessante. Acho que eu já tenho uma ideia do que você tem.

Voldemort – Hum, é mesmo? Essa eu vou querer ouvir.

Haymitch – Voldy, por incrível que pareça, você tem nariz.

Voldemort – Essa piada já deu, tá?

Haymitch – Sim, você tem nariz. NARIZ. Necessidade de Amor em Raquítico Indivíduo Zoado.

Hermione – MWAHAHA, amei essa.

Haymitch – A falta de amor que você recebeu em toda a sua vida, desde o seu nascimento até a sua derrota na mão do Harry Potter acabou fazendo com que você quisesse se distanciar das pessoas.

Voldemort – E se distanciar não é bom?

Haymitch – Hum, tô começando a ver que esse caso é bem mais complicado do que parece.

Hermione – Não tem cura não, doutor.

Haymitch – Lógico que tem. Esse caso será um desafio pra mim!

Voldemort – Quero ver.

Haymitch – Pra você ver o mundo de uma forma mais amorosa, precisamos de alguém que sej legal o tempo todo. Conhece alguém, Voldy?

Voldemort – Pff, não. Mas se eu conhecer eu mato.

Hermione – Luna. Luna Lovegood.

Voldemort – AAAH, NÃO!

Haymitch – Lovegood? Ama o bem? Acho que não podia ter alguém melhor.

Voldemort – QUALQUER UM! QUALQUER UM MENOS ELA!

Haymitch – Qualquer um? *dá um sorriso*

Algum tempo depois...

Vários comensais estão saindo do consultório com malas coloridas.

Effie – Isso aqui são os meus sapatos, isso aqui os vestidos... EI, EI! CUIDADO COM AS MINHAS PERUCAS!

Voldemort – Sério mesmo que eu vou ter que levar esse indivíduo pra minha casa?

Leo comendo pipoca – É, briga a gente não viu, mas acho que isso daí serve também.

Haymitch – Effie será perfeita pra você. E acho que ela vai fazer mais coisas por lá do que faz por aqui.

Effie – Fala mal de mim não!

Haymitch – A gente vai sentir sua falta, Effie. Mas seu senso de estilo vai ser perfeito pros Comensais da Morte.

Hermione – Sim, você vai lançar a Fashion Design Comensais da Morte verão 2015.

Effie – Ai, que luxo! Pode deixar comigo!

Voldemort – Ugh...

Effie – E pode ficar tranquilo, Voldy. Se quiser eu desenho uma prótese de nariz bem diferenciada pra você.

Voldemort levanta a varinha mas Haymitch tasca a mão nela.

Haymitch – É, essa querida fica comigo. Estou começando uma coleção.

Hermione – E Effie, parece que o Voldy já tem um NARIZ.

Voldemort – AAH, preciso aprender a enforcar alguém.

Haymitch – Esperem pra ver como esse trabalho vai sair bem feito.

Voldemort

Diagnóstico: NARIZ (Necessidade de Amor em Raquítico Indivíduo Zoado)

"Tão querendo morrer, é?"


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