Forced Marriage escrita por ApplePie


Capítulo 2
Chapter 1 - Run Away


Notas iniciais do capítulo

Hello cupcakes maravilhosos!
Tá, eu sei que eu prometi postar só depois do dia 8, mas eu não aguentei, pois o capítulo já estava 50% pronto e eu tive muitas respostas positivas com o estilo novo de fic que eu decidi fazer que eu pensei: ah, vai assim mesmo =P
Quero agradecer à "Alice2", "Gy Ludwig", "Torinha_Potter" (demônio favorito da minha vida), "Stay", "Mrs Confident" e "Zabelita" por terem favoritado a fic.
I hope you enjoy,
Kissus



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Charlotte teve que fingir que estava começando a aceitar a ideia de se casar. Porém, a única ideia que ela estava aceitando era a de fugir com Emery.

Emery era seu melhor amigo desde a infância. Ele é herdeiro de uma das marcas de moda mais cobiçadas do mundo, W&W. Ela o conheceu numa das festas que seus pais costumavam dar. A mãe de Charlotte, Leila, era a melhor amiga da mãe de Emery, Odette.

Emery era muito bonito. Tinha uma pele bronzeada que herdou de seu pai surfista além de seu cabelo castanho claro que parecia mel à luz do sol e olhos azuis herdados da mãe. Era dois anos e meio mais velho que ela. E também, ele, por si mesmo para Charlotte, parecia um surfista pelo corpo esbelto que tem.

A garota achava muito engraçado o fato de ver mulheres tentando flertar com ele na rua pensando que tem alguma chance quando, na verdade, Emery é homossexual. Se o homem não tivesse contado três anos atrás para ela, Charlotte jamais teria pensado nessa possibilidade.

Emery vivia viajando. Ele adorava fazer isso, o que era benéfico para ele, pois para o futuro dono da W&W, viagem é algo essencial e cotidiano.

Depois da conversa com ele após ter argumentado com seu pai, Charlotte falou duas vezes com Emery. Uma para descobrir aonde seu melhor amigo a enviaria e outra para explicar a ele direito sua situação.

O homem estava com raiva. Ele sempre foi muito protetor com Charlotte por ser um dos únicos, ou melhor, único amigo que ela tem e também porque ela, para ele, era como uma princesa, afinal sempre estava trancada a sete chaves por seu pai e era uma das pessoas mais educadas e bonitas que ele já vira. Porém, ele não se enganava, pois sabia muito bem que Charlotte era uma pessoa forte e decidida, por mais que quase não ia contra seu pai.

Ficou decidido que Emery levaria Charlotte até sua atual estadia: Paris. Depois de dois dias – quando seu pai já deveria ter percebido que ela fugiu e começar a procurá-la – Charlotte iria passar três dias na Noruega e depois tomaria rumo ao País de Gales.

Charlie suspirou. Ela não queria fugir de seus problemas. Sempre era a pior escolha, mas ela não via opção. Teria que sumir por dias ou até meses. Até seu pai tirar a ideia estúpida de que ela precisava se casar.

A morena estacionou seu carro, um Betley SUV, e entrou em sua casa. Charlie não gostava de ter um motorista, ela sentia um pouco de liberdade e independência enquanto dirigia. Trazia-lhe uma ótima sensação.

A mansão Waller realmente era grande. Charlotte costumava, quando pequena, a percorrer por cada canto tentando achar passagens secretas. A casa era uma típica residência milionária. Cheia de tecnologia de ponta, branca com detalhes em preto e acabamento em vidro.

Ao adentrar na luxuosa sala, Charlie suspirou e se atirou no sofá de couro.

A casa estava fria e quieta. A única coisa que a garota conseguia ouvir eram os passos dos criados que ecoavam pelos cômodos.

— Senhorita Waller, gostaria de alguma coisa? — a criada, Joana, perguntou.

— Eu gostaria que meu pai tivesse bom-senso e parasse de se importar apenas com sua empresa — Charlotte grunhiu enquanto cerrava os punhos de raiva.

A empregada afagou carinhosamente os cabelos castanhos ondulados da jovem.

— Não se preocupe, Senhorita, tudo vai ficar bem.

Charlotte levantou o rosto para fitar Joana.

— Joana, eu preciso que você faça uma coisa para mim, por favor — dito isso, a criada se levantou.

— Claro, Senhorita!

— Eu preciso que você me ajude a preparar minhas malas — Charlotte disse firmemente deixando a criada confusa.

— Malas? Você vai viajar?

— É... vou tirar umas férias do meu pai.

***

Joana ficou quieta enquanto ajudava a sua Senhorita a preparar as malas. Charlotte pediu total sigilo da mulher o que deixou a empregada mais confusa e curiosa ainda.

Charlotte já estava com sua mente e plano feitos. Faltavam dois dias para ela completar dezoito anos e três dias para ela fugir para Paris. Emery já tinha separado seu jato particular para Charlie – afinal, a garota não poderia usar o de sua família – e disse que estava ansiosamente esperando pelo reencontro dos dois.

Ao mesmo tempo em que ela sentia uma leve tristeza de ter que abandonar seu pai e os criados como Joana, ela estava feliz em poder fazer o próprio rumo da sua vida. Talvez tudo isso fosse um bom começo.

Charlie terminou de arrumar suas malas. Ela possuía uma conta bancária da pouca herança que tinha recebido de sua avó e mais a mesada que ela recebia do seu pai. Tinha dinheiro suficiente ali até ela conseguir arrumar um emprego e se virar.

Um emprego envolvendo Artes, é claro, pois Charlotte não conseguia se desvencilhar de seu lápis e pincel.

Joana se retirou, dizendo que ia preparar um café para Charlotte, já que a garota não gostava muito de chá. Enquanto isso, Charlie tomou um banho e escondeu todas as suas malas dentro de seu closet.

Não tinha muitas chances de seu pai encontrar as mochilas, pois ele andava muito ocupado e nunca entrava no quarto dela, mas Charlie não estava tomando nenhum risco.

Terminando seu café, Charlotte fez uma trança com seu cabelo moreno e colocou um pijama. Ela precisaria ir para a cama cedo, pois sabia que o sono não chegaria tão rápido.

***

No dia seguinte, Charlotte recebeu uma carta de seu pai convidando-a para jantar com ele. Ela sabia que ele provavelmente estava se sentindo mal de ter gritado com ela e queria se desculpar. Michael era um homem de ações e não palavras, portando ele iria se desculpar fazendo algo agradável para Charlotte e não pedindo perdão.

Depois de tomar café com Joana, a jovem olhou para o relógio. Dez e meia.

Decidindo se arrumar, Charlie olhou pela a janela e percebeu que não estava frio, mas também não chegava a ser calor.

Ela colocou um vestido rosa claro com uma meia calça e uma bota preta. Ajeitou seu cabelo, deixando- o solto e passou uma maquiagem básica, apenas para mostrar para o pai que ela fez um pouco de esforço.

Despedindo-se dos criados, Charlotte entrou no carro e dirigiu-se a um dos restaurantes aristocráticos.

O almoço correu tudo bem. Ela e seu pai conversaram sobre coisas banais da empresa e ele, às vezes, fazia um comentário sobre o casamento aqui e ali. Comentários que Charlotte fazia questão de ignorar e de fingir que estava aceitando toda essa ideia maluca.

Depois de ter se retirado do restaurante, o dia correu rápido. Faltava apenas um dia para Charlotte se ver livre de toda essa situação catatônica.

Nesse último dia, Charlotte decidiu fazer um tour pela cidade para se despedir. Uma cidade na qual ela fazia questão de nunca mais ir.

Ela decidiu contar para mais dois criados que eram bastante próximos dela que “ela iria tirar umas férias”. Os criados concordaram, falando que ela precisava relaxar, que nesses últimos dias ela andava muito agitada.

Nem me fale, ela pensou.

Algumas pessoas ligaram para ela desejando os parabéns. Dizendo que dezoito anos era uma idade incrível. Charlote não podia concordar, mas aceitou as palavras bonitas das pessoas.

Joana fez um bolo para ela, os criados começaram a cantar e Charlotte não pode deixar de chorar um pouco, pela felicidade de tê-los e pela tristeza de deixá-los.

Ela recebeu uma mensagem do seu pai dizendo que seu presente iria ser enviado e que ele só iria conseguir vê-la no dia seguinte. Ela sabia que isso tudo estava acontecendo porque ele deveria estar se preocupando com o casamento.

Bem, você não terá que se preocupar por tanto tempo, ela pensou.

Minutos depois ela recebeu uma mensagem gigantesca de Emery no facebook. Charlotte balançou a cabeça, ele iria vê-la no dia seguinte, não era para tanto.

Charlie decidiu passar o dia engordando. Comeu quase o resto do bolo inteiro que Joana tinha feito (seu favorito: chocolate com café), fez pipoca caramelizada para comer enquanto assistia Supernatural e bebeu quase um litro inteiro de refrigerante.

Passado o dia, Charlotte recebeu o presente de seu pai. Era um lindo anel que tinha pertencido a sua mãe e um óculos de sol feito só para ela. Charlie fez questão de colocar o anel na hora. Ele era dourado com um pequeno topázio em forma de coração em cima.

Naquele dia, Charlotte dormiu sentindo-se mais calma.

***

Na terça-feira, Charlie não conseguia ficar parada. Ela precisava chegar logo ao jato de Emery. Seu pai não podia ver ela e ela precisava verificar se tudo estava pronto.

A garota decidiu escrever uma carta para o pai. Ela não queria deixá-lo sem mais nem menos. Pegou um papel e uma caneta e começou a rabiscar o papel rapidamente.

Após uma onda de choros vindos dela e dos criados, Charlie dirigiu-se ao jato.

— Bem-vinda a bordo, Senhorita — disse o piloto.

Horas depois, Charlotte estava desembarcando em Paris.

Livre, ela finalmente estava livre!

Seus pensamentos foram dissipados quando ela encontrou Emery parado em frente a uma porta.

— Bom dia, ma cherè.

Correndo, Charlotte se jogou em seus braços e deixou o doce aroma elegante de Emery dominar seu olfato.

— Senti saudades — ela sussurrou.

— Eu também — e rapidamente ele se desvencilhou dela. — Agora chega. Não gosto de coisas melosas. Posso ser homossexual, mas não suporto viadagem.

Charlote não conseguiu conter o riso.

— Então... o que vamos fazer nesses dois dias?

Emery sorriu diabolicamente.

— Você vai conhecer os motivos de Paris ser uma cidade tão élégant.

***

Charlote queria se matar. Emery a fez visitar umas dez mil lojas de sapatos, roupas e maquiagem. Depois de passar pela décima loja e ser chamada pela segunda vez de “uma pessoa com um peso e massa não muito adequados”, Charlotte implorou a Emery para passar por uma padaria.

Agora, Charlie comia com vontade seu croissant de chocolate. Emery apenas decidiu tomar um cappuccino.

Depois eles se dirigiram ao hotel. Enorme, caríssimo e organizado eram eufemismos para o lugar. Aquilo era um hotel cinco estrelas que deveria ser exclusivo para certas pessoas. Charlote revirou os olhos, Emery sempre exagerava.

Enquanto ela tirava algumas coisas da mala, ela começou a fazer perguntas a Emery.

— Você conheceu Seth?

Emery deitou-se na cama do quarto dela.

— Apenas o vi em algumas ocasiões. Não sei o que dizer sobre ele. Tirando o fato de que ele é a forma encarnada de Zeus... literalmente, sabe porque ele é grego.

Charlote revirou os olhos.

— Mas e a personalidade? Como ele é?

— Como eu disse, é difícil dizer. Ele fala pouco, é um homem de ações como seu pai.

— Ele certamente não tem uma boa reputação.

— Mas nem você tem — Emery sorriu maleficamente para Charlotte.

A garota sabia bem a reputação que tinha. Enquanto muitos adoravam ela, outros muitos odiavam ela. Quando Charlie não gostava de alguém, era difícil ela se dar bem com essas pessoas. Sem contar que muitos não aprovavam a maneira “nenhum pouco elegante dela”. Ela sempre foi muito parecida com a mãe: preferia andar de tênis a de salto. Preferia ficar em casa a ir ao bairro mais caro de Nova York.

— Problema é deles — ela disse e Emery riu.

Charlote acordou no dia seguinte com um mau pressentimento. Deu de ombros, dizendo a si mesma que se preocupar de nada iria adiantar e foi tomar café.

Ela sempre gostou de comer frutas no café-da-manhã. Depois de selecionar algumas, ela sentiu alguém cutucar seu ombro. Virando-se, ela deu de cara com um homem que deveria ser um homem importante de algum lugar.

— Hm... Olá? — ela disse quase perguntando.

— Hey, bem, eu vi você aqui e percebi que estava sozinha, então eu pensei: que tal comermos juntos então...

— Quem disse que ela está sozinha? — Emery apareceu atrás com uma sobrancelha arqueada.

— A-ah, vocês estão...

— Independente de estarmos juntos ou não, não importa. O que importa é que ela não quer tomar café com você. Em outras palavras, vai embora.

Charlote segurou o riso. Emery era tão direto que às vezes era incrivelmente rude.

Fugindo com o rabo entre as pernas, o homem fez questão de deixar Charlotte sozinha. Ela sorriu para Emery.

— Sempre tão protetor... — ela sorriu atazanando-o.

— Sou mesmo e você adora — ele piscou o olho.

Depois de tomarem café quando Emery estava contando para Charlotte sobre como ia a empresa, ele recebeu uma ligação.

Charlote ficou preocupada, mas não disse nada. Apenas esperou a chamada terminar. Assim que Emery desligou, ela decidiu falar.

— O que aconteceu?

Emery puxou seu braço, fazendo com que ela se levantasse num salto.

— Os homens de seu pai foram vistos na cidade. Eles estão aqui procurando por você. Vamos fazer uma mudança de planos. Você vai sair para a Noruega daqui agora!


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Notas finais do capítulo

Caso alguém esteja se perguntando: sim, eu que faço essas edições de imagem. Eu utilizo um programa chamado "Picmonkey", ele é bem legal. Já as capas das minhas fanfics eu faço no "Photoshop" mesmo.
Espero que tenham gostado. O próximo capítulo vai ser mais divertido, eu acredito :3
Eu devo postá-lo só na outra semana mesmo, pois eu tenho mais duas fanfics para atualizar.
A próxima coisa que eu iriei postar não será um capítulo, mas sim a carta que a Charlie escreveu e a reação de Michael. ISSO eu vou postar essa semana ainda, mas o capítulo eu só postarei semana que vem.
Para as pessoas que acompanham as outras fics: vou postar IM essa semana e eu TENTAREI postar DTMC no final de semana. Acredito que eu irei conseguir, pois EU ESTOU DE FÉRIAS!!! UHUL!
Até lá,
Byebye



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