Incomplete escrita por KatCat


Capítulo 25
I'll Kill That Stupid Reindeer!


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo de 2014 *-*
Oh Deus... Bem, eu iria postar só a noite, mas como todo mundo ficou insistindo para eu postar agora lá no grupo, resolvi ser boazinha e, bem, aqui estou eu o/ Huehue
Espero que gostem :3
P.S.: Falando em grupo, fico feliz que gostaram da ideia e obrigada a todas que estão participando



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/567743/chapter/25

"Treat me like a queen, and I'll treat you like a king. Treat me like a game, and I'll show you how it plays."

Eu fiquei sem reação por alguns segundos. Segundos suficientes para o desgraçado conseguir forçar minha boca a se abrir, e foi aí que eu meio que acordei, e minha mão voou na sua cara, causando um estalo alto, junto com sua cabeça se virando para a esquerda.

— Puxador de trenó tarado! — berrei furiosa, tirando forças não sei de onde e empurrando ele para longe, enquanto ia igual um raio até meu quarto e batia a porta atrás de mim, mas ainda consegui ouvir sua gargalhada lá da sala. Inutilmente, tranquei a porta e comecei a andar pelo quarto igual barata tonta — Rena maldita! Ajudante do Papai Noel atrevido do inferno! Eu vou matar aquela rena estupida! O que ele acha que eu sou? Algum brinquedinho de morder, que ele pode ficar jogando para um lado e para o outro?! Maldito dia que o desgraçado apareceu na minha vida! Bolacha Traquinas idiota!

Meu coração batia descompassado de raiva, e a respiração estava desregular. Eu apoiei as mãos na parede e fechei os olhos, respirando fundo e soltando o ar lentamente. Ele tem ar onde devia ser o cérebro, Davina, só isso, pensei, tentando me acalmar. Era só a maldita Rena me provocando novamente, nada mais que isso. Só isso. Então porque eu me sentia tão... extasiada?

Eu fiquei trancada no quarto por mais algumas horas, e só saí quando o sol começou a nascer. Não tinha fechado os olhos a noite inteira, e continuava sem sono. Se antes minha cabeça tinha dado pane, agora ela tinha estragado de vez. Eu precisava sair dessa casa, não conseguiria pensar direito aqui, não com ele a metros de distância de mim. Passei igual um raio pelo corredor e pela sala, quase trombando com a porta de entrada. Não vi ele em nenhum lugar, então supus que ele estivesse no quarto. Quando me dei conta, tinha chegado na ponte. Atravessei ela até o outro lado e olhei em volta. Ninguém à vista. Desci escorregando na neve até a parte de baixo dela e sentei no banco escondido que havia ali em baixo. Ninguém sabia daquele banco há não ser eu, nem mesmo Devin sabia.

Estiquei minhas pernas e fiquei olhando a água do rio. Minha mente se voltou para o acontecimento de algumas horas atrás. Afinal de contas, o que diabos Loki queria comigo?! Eu sabia que ele estava me manipulando. De idiota eu só tinha a cara e, bem, ele era o deus da Trapaça. Era isso que ele fazia. Eu sabia que cada palavra que saia de sua boca era calculada, e tinha um significado mais profundo, eu só não conseguia descobrir o que, e o que ele queria com a porcaria daquele beijo!

Enquanto eu me perdia em pensamentos, a lembrança da primeira vez que nos conhecemos passava como um filme em minha mente...

— Parece que temos uma intrusa aqui — ouvi a voz masculina falar atrás de mim e me virei, vendo uma jaula de vidro, com um homem dentro dela. Seus cabelos eram tão pretos que podiam facilmente ser confundidos com o céu a noite, e estavam perfeitamente penteados para trás. De longe eu não conseguia enxergar direito, mas eu sabia que seus olhos eram verdes. Suas mãos estavam nas suas costas, em uma pose superior, e ele me encarava com curiosidade. Retribui o olhar.

— Então você é o Loki — deduzi, descendo alguns degraus e chegando mais perto dele — Pensei que você seria... sei lá, mais ameaçador.

Ele sorriu e chegou mais perto do vidro — Abra isso aqui e vamos ver se o que eles falam é verdade.

— Nah, acho que não — um sorriso debochado cresceu em meu rosto, enquanto eu o encarava com a cabeça levemente entortada para o lado — Você não parece capaz de matar nem uma mosca, mas... Bem, eu reconheço trapaceiros quando vejo um.

— Sério? — perguntou no mesmo tom debochado que o meu, parando a centímetros do vidro, que nos separava por no máximo um metro — E porque seria isso?

— Porque eu também sou uma — meu sorriso aumentou ainda mais, e eu segurei uma risada — Ou você pensa que é só você que engana as pessoas?

— Nunca disse isso — se defendeu, e eu sorri, piscando um olho para ele.

— Mas pensou — lembrei, dando a volta naquela jaula de vidro, enquanto ele acompanhava meus movimentos, andando do meu lado — Sem querer ofender, mas já ofendendo, você parece um ratinho de laboratório ai dentro.

— Não por muito tempo — falou, e eu parei, estreitando os olhos para ele.

— Traduza por favor — pedi, ficando de frente para ele, que tinha um sorriso malicioso nos lábios. Antes que pudesse responder, ouvi um barulho muito alto vir de algum lugar daquela “nave” e ela balançou, me fazendo tropeçar e cair para trás, do lado do painel de controle. O sorriso na cara de Loki aumentou.

— Minha carona chegou — informou, e eu o olhei alarmada. Quando tentei me levantar, acabei apoiando a mão no painel e apertando alguma coisa. Meu corpo gelou quando ouvi algumas coisas serem destrancadas e a porta da cela de vidro deslizou para o lado. Oh oh... Isso não é nada bom — Obrigada por me poupar do trabalho.

Eu me levantei do chão e praticamente voei até a porta que agora estava aberta, cruzando os braços na sua frente e levantando o queixo.

— Você não vai sair daqui! — falei firmemente, enquanto ele só me encarou entediado, e revirou os olhos, me empurrando levemente para o lado e saindo lá de dentro. Eu o segui rapidamente, e quase trombei nele quando se virou de repente e me puxou para o lado.

— Eu aprecio sua coragem, senhorita... — começou, esperando eu falar meu nome, enquanto segurava meu braço, me impedindo de sair de sua frente.

— Clairemont — respondi, estreitando os olhos — Davina Clairemont. E porque estou falando com você? Eu não devia estar falando com você.

— Me corrija se estiver errado, mas você não deveria nem estar aqui, certo? — perguntou, ainda com o sorriso no rosto. Eu desviei os olhos dele e a base tremeu novamente — Eu realmente aprecio sua coragem, senhorita Clairemont, mas que tal sair daqui? Você parece ser interessante, apesar de meio idiota, servira bem para mim.

— Como é? — perguntei, não sabendo se me sentia ofendida pelo “meio idiota” ou elogiada pelo “interessante”. Escolhi a ofendida — Olha aqui, deusinho de quinta categoria, não me importo quem você é, ou quantas pessoas já matou, você é um zero à esquerda para mim e eu exijo respeito! — reclamei irritada, soltando meu braço de seu aperto.

— Você morde, que bonitinho, quer que eu lhe mostre onde é a saída? — perguntou entediado, e eu o encarei incrédula.

— Ora, seu... — comecei, mas minha fala foi interrompida quando ele colocou a mão em minha boca, impedindo-me de falar.

— Loki! — ouvi a voz de Thor gritar da porta, que estava a alguns metros de onde estávamos. Mas ele não olhava para nós, e sim para a cela, que a porta se abria novamente e um outro Loki se preparava para se defender. Meus olhos se arregalaram. Thor correu até lá e quando encostou em Loki Dois, ele desapareceu, e a porta se fechou e as trancas se ativaram, enquanto um terceiro Loki mexia no painel. O Loki Um finalmente tirou a mão da minha boca, se afastando com as mãos nas costas, enquanto o Loki Três desaparecia também. Eu continuava encarando tudo de olhos arregalados e boca aberta.

— Você ainda cai nessa? — Loki perguntou meio incrédulo para Thor, que tinha seus olhos colados em mim.

— Davina? — ele perguntou confuso, e eu arregalei ainda mais os olhos, olhando para qualquer lugar, menos para ele — O que você está fazendo aqui?

— Eu, hã, é uma história engraçada sabe... — sorri sem graça, passando a mão na nuca e procurando alguma resposta plausível, mas minha cabeça tinha dado pane. Eu coloquei a mão nos bolsos da calça e fui andando devagarzinho para trás, e quase trombei de novo no painel de controle, mas desviei — Er... Vou deixar vocês, hum, conversarem... Tchau! — falei, antes de sair correndo pela porta de saída.

Eu não sei quanto tempo fiquei ali, mas só decidi voltar quando minha barriga já dava sinal de vida e minha cabeça começava a doer de fome. Mas eu não saí dali do mesmo jeito que cheguei. Loki estava jogando um jogo comigo, e ele pensava que controlava as peças naquele tabuleiro, mas ele estava terrivelmente errado. Ele queria brincar? Eu vou mostrar como se joga.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Feliz Ano Novo para todas!
Tradução da frase lá de cima: "Me trate como uma rainha, e eu vou lhe tratar como um rei. Me trate como um jogo, e eu vou lhe mostrar como se joga."
Comentários?