Incomplete escrita por KatCat


Capítulo 15
Happy Birthday To Me


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, leiam as notas finais e aproveitem o capítulo o/



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Eu demorei algumas horas para finalmente chegar na casa de Steve. Não estava cansada, só levemente suada, porque já estava acostumada a andar, e o frio ajudou. Franzi as sobrancelhas para a casa. Ela parecia... vazia. A janela que dava para a varanda sempre ficava aberta, mas hoje estava fechada e com a cortina cobrindo-a.

— Eu estou ficando paranoica, isso sim — resmunguei baixinho, andando com passos rápidos até a casa. Eu estava totalmente ferrada com eles, Steve ia me esganar se soubesse o que eu havia feito. Bem, tentando, mas dá no mesmo.

Assim que coloquei os pés na varanda a porta se abriu.

— Davina! Hey, estávamos preocupados com você, mas você queria ficar sozinha não é? — Cameron praticamente pulou em cima de mim, me obrigando a dar dois passos para trás.

— É, isso — concordei, nem sequer pensando em contar a verdade para ele — Sinto muito ter demorado tanto, eu passei a noite na minha casa antiga e perdi a hora — pelo menos uma parte era verdade, eu realmente tinha passado a noite em casa, só que não sozinha, e não porque eu quis.

— Tudo bem, agora... — ele começou, agarrando meus ombros e me empurrando em direção à praia, mas eu estanquei no lugar e estreitei os olhos para ele, o cortando no meio da frase.

— Olha, Cam, você sabe que eu te amo e tudo, mais eu só quero deitar na minha cama e ficar lá para o resto do século okay? — pedi, tirando suas mãos dos meus ombros gentilmente, e caminhando rapidamente até a varanda, abrindo a porta com tudo.

SURPRESA! — vozes gritaram e eu arregalei os olhos, olhando a sala toda.

— Bem, já que você já estragou a surpresa, feliz aniversário baixinha! — Cameron falou atrás de mim, me abraçando apertado, enquanto eu só encarava tudo aquilo de boca aberta. Todos estavam ali, todos os meus antigos amigos, e, bem, todos os Vingadores também — Sei que você não está no clima de festa, eu entendo, mas tente aproveitar seu aniversário, tudo bem? — Cameron sussurrou no meu ouvido, e eu acho que assenti, pois ele me soltou e sorriu — Agora, vai lá e aproveita.

— Dezenove anos sendo essa mal-humorada que é, parabéns Clairemont — Stark deu um tapinha no meu ombro, e eu revirei os olhos.

— Sim, e você tem quantos anos que continua o mesmo babaca, Stark? Cento e cinquenta? — debochei, fazendo ele bufar e me olhar irritado.

— Nem no seu aniversário você dá descanso né garota? — reclamou irritado, bebendo um pouco do uísque que havia no seu copo e se afastando. Me virei para Steve, que tinha parado na minha frente, e respirei fundo. Deixe de ser orgulhosa, Clarimont.

— Davina, olha... — ele começou, mas eu o cortei.

— Não Steve, espera — suspirei, coçando minha sobrancelha. Engoli em seco e falei: — Sinto muito, okay? Eu sei que não tenho sido a melhor pessoa do mundo com você, e eu acabei percebendo que fazer isso não vai me levar a lugar nenhum, e você teve todo o direito de dizer o que disse, então, eu sinto muito.

— Hã... — ele ficou corado, fechando e abrindo a boca várias vezes, e eu ri pelo nariz — Tudo bem, Davina, eu sei que... Eu sei o porquê de você sempre ter sido assim, e não posso reclamar, porque não sinto o que você sente, então não posso falar nada. Então... Bem, parabéns.

— Obrigada — agradeci, sorrindo de leve. Ele pareceu se lembrar de alguma coisa e colocou a mão no bolso da calça jeans.

— Eu acho que você pode ter isso aqui de volta agora — ele disse, me entregando meu celular. Eu peguei da mão dele, com as sobrancelhas arqueadas.

— Hã, obrigada Rogers. Eu acho — franzi as sobrancelhas, e ele riu. Apertando meu ombro e se afastando.

Não sei quanto tempo fiquei agradecendo os “felizes aniversários” de todos e recebendo presentes, só sei que quando finalmente consegui fugir lá de baixo e fechei a porta do meu quarto silenciosamente atrás de mim, minhas bochechas doíam de tanto sorrir, e minhas pernas latejavam por ser arrastada de um lado para o outro.

— Fugindo da própria festa? — ouvi uma voz perguntar atrás de mim e pulei.

— Você é maluco?! — briguei em um tom baixo com Loki, que estava encostado tranquilamente na minha parede, do outro lado do quarto.

— Olha quem está falando — piscou, desencostando da parede e andando na minha direção. Eu desviei, indo parar em cima da minha cama, praticamente correndo para longe dele, nossa posição nessa manhã impregnada na minha mente.

— Desinfeta daqui! — continuei com o mesmo tom, agarrando meu travesseiro e jogando-o nele, que só o pegou no ar e riu baixinho — Se te pegarem aqui, vai ter churrasquinho de deus nórdico para o jantar!

— Então você se importa? — ergueu as sobrancelhas, o mesmo sorriso divertido em seu rosto.

— Não, mas eu não gostaria de presenciar a porcaria de um assassinato no meu quarto — reclamei, grudando na minha parede e fechando a cortina da minha janela, antes que alguém resolvesse sair da casa e coincidentemente olhar para cima — Agora dê o fora daqui, Loki!

— Eu só vim lhe desejar feliz aniversário! — reclamou indignado, franzindo as sobrancelhas magoado.

— Até eu sei ser mais convincente que isso, deus da Trapaça — zoei, descendo da minha cama, mas ainda mantendo uns bons três metros entre nós — Agora, por tudo que é mais sagrado nesse mundo, dê o fora do meu quarto, e da minha vida!

— Acho que não, gostei do seu quarto — falou divertido.

— Foda-se! Eu não estou nem ai! Agora saía! — rosnei, deixando minha voz se elevar um pouco e apontando para a porta. Ele riu.

— Você não está realmente esperando que isso funcione, não é? — perguntou com uma expressão engraçada, totalmente se divertindo com a situação.

— Saí! — bati o pé igual uma criança mimada, com uma expressão irritada e ainda apontando para a porta, e ele só riu mais ainda.

— Oh, sim, você está — riu, sorrindo divertido para mim, que perdi a cabeça e avancei nele de uma vez só.

— Eu vou te matar! — rosnei, arrancando o travesseiro que ainda estava em suas mãos e o batendo com força no deus, que só ria, e se protegia com as mãos, achando a situação hilária.

— Davina, amor da minha vida — alguém falou e a porta foi aberta com tudo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ficou pequeno, mas é que a preguiça está me dominando hoje ,-,
Bem, eu só gostaria de agradecer a Girl of Shadow que fez a primeira recomendação da fic, e a Tauane Santos, que fez um comentário gigante e maravilhoso! Obrigada suas lindas!
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