Incomplete escrita por KatCat


Capítulo 14
Saved By The Devil


Notas iniciais do capítulo

Voltei o/
Estou inspirada hoje, então resolvi postar mais um.
Está bem divertido o cap, só para tirar a tensão dos capitulos anteriores huehue Bem, espero que gostem.
P.S.: Só eu que estou apaixonada com o título desse capítulo? shaushaushaushau Respondo o comentários de todas amanhã.



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Minha cabeça doía. Na verdade, todo o meu corpo doía. Meus pulmões ardiam, minha garganta arranhava e minhas costas e minha cabeça latejavam de dor. Choraminguei um pouco e levei minha cabeça até a minha mão, abrindo os olhos e piscando rapidamente.

— Eu morri e subi para céu? — perguntei igual idiota, me levantando lentamente por causa da dor, mas parei quando o vi sentado na cadeira, me encarando com um sorriso divertido no rosto — Não, eu desci para o inferno.

— Ainda continuamos em Midgard, caso você esteja confusa — Loki falou, e eu caí de costas novamente, gemendo de dor e de desgosto.

— Você está invadindo o meu inferno pessoal — choraminguei igual uma criança de dois anos, que era exatamente como eu estava me sentindo agora. E com vergonha. Vergonha porque, de um jeito ou de outro, eu sabia que tinha sido esse maldito deus que tinha me tirado daquele rio — Agora saía!

— É assim que você me agradece por ter salvo a sua vidinha medíocre? — perguntou com uma sobrancelha arqueada, o sorriso divertido ainda em seus lábios, mas com um brilho de irritação em seus olhos – Assim você me ofende, Davina.

— Além de estar no inferno, eu fui salva pelo Diabo, mas quem que eu matei na vida passada para merecer isso? — choraminguei para mim mesma, olhando para o teto como se alguém fosse mesmo me responder — E, respondendo a sua pergunta Rena, eu quis mesmo te ofender.

— E a mal-humorada está de volta — gargalhou, batendo palmas em um gesto sarcástico — Sabe, eu meio que preferia você dormindo, ou chorando igual um bebê.

— Cretino! — chiei, tacando o travesseiro em baixo de mim nele, que só o agarrou no ar e continuou rindo igual a Rena que é — Você é um canalha Loki, um canalha!

— O canalha que salvou sua vida — respondeu divertido, sem rir, mas o sorriso nunca saia de seu rosto. Seus olhos brilhavam com malícia.

– Eu nunca pedi para você fazer isso – sibilei com raiva, sentindo minha cabeça latejar com o barulho e minha garganta seca doer por causa do esforço para falar.

— Eu fiz porque eu quis, como eu disse antes, enquanto não conseguir o que eu quero, não deixo Midgard — falou convicto, e eu bufei impaciente, contrariando todas as células do meu corpo e saindo da cama.

— E o que você quer, demônio?! — ralhei, fazendo gestos estranhos com a mão — E não me venha com essa de “você”, ou “paciência é uma virtude”, ou o raio que o parta, isso não cola comigo. Agora, ou você me fala o que diabos quer comigo, ou eu juro por tudo que é mais sagrado nesse mundo, eu conto para todo mundo cada letra que você me disse até agora!

— Você não vai — ele aumentou o sorriso, cruzando os braços e estendendo as pernas, parecendo bastante confortável com toda essa situação, diferente de mim.

— Ah é? E como você sabe, virou vidente agora? — retruquei irônica, e ele tombou a cabeça um pouco para o lado, dando a impressão de que parecia estar falando com uma criança pequena.

— Porque, se você quisesse mesmo fazer isso, não estaríamos aqui tendo está conversa, pois eles provavelmente te vigiariam 24h por dia, e você não quer isso. Você aprecia sua liberdade, e gosta de resolver as coisas sozinha. Aliás, admita, você gosta de me ter aqui — se gabou, enquanto eu só o encarava de boca aberta e incrédula.

— Cara, de boa, mas eu acho que se alguém comparasse o tamanho de seu ego com a Galáxia, ela sairia perdendo – resmunguei, olhando em volta, tentando reconhecer para onde diabos ele tinha me trazido — Onde estamos?

— Na sua casa — deu de ombros e eu olhei para ele com as sobrancelhas arqueadas. Ele rolou os olhos — Na sua antiga casa.

— Ah sim... — resmunguei, reconhecendo meu antigo quarto. Meu corpo ficou tenso quando uma ideia me passou pela cabeça — Como você sabia onde ficava minha casa?

Ele só sorriu diabolicamente, e eu bufei raivosa, ignorando a dor no corpo e caminhando até a porta.

— Onde você pensa que está indo? — ele perguntou quando eu coloquei a mão na maçaneta e girei.

— Qualquer lugar desde que seja longe de você — rosnei, abrindo a porta e vendo um Loki parado na minha frente — Aumente seus truques, deus da Trapaça, esses estão ficando cansativos já — falei sarcástica, ignorando a ilusão na minha frente e passando por ela, vendo-a desaparecer assim que meu corpo entrou em contato. Passei reto pelo corredor, e logo ouvi passos lentos atrás de mim — Vê se me erra Loki!

— Porque eu faria isso? É tão divertido vê-la irritada e saber que eu sou o motivo — falou sincero, e eu taquei um jarro de flores nele, que rapidamente se desviou, fazendo o jarro explodir em cacos quando bateu contra a parede — Menos a parte de jogar as coisas. Você realmente não fica cansada de fazer isso?

— Vá para o inferno! — ralhei com raiva, desviando do sofá e indo em direção a porta de entrada.

— Estou bem aqui — falou, e logo outro Loki apareceu na minha frente, agarrando meus braços e me empurrando contra o sofá branco — Vou perguntar mais uma vez: onde você pensa que está indo?

— E eu vou responder mais uma vez: qualquer lugar que seja longe de você! — chiei irritada, tentando soltar meus braços de seu aperto, mas, como o esperado, eram tentativas falhas — Me largue, sua Rena idiota!

— Se eu te largar, você vai fugir, então acho que não, estávamos conversando tão bem lá no quarto, que tal voltarmos para lá e eu te ajudo a se acalmar? — perguntou sorrindo simpático e eu estremeci, me debatendo ainda mais, mesmo com meu corpo todo reclamando. E, é claro, minha mente não deixou de captar o segundo sentido da frase.

— Só nos seus sonhos! — ralhei, quando consegui finalmente arrancar meu braço direito do seu aperto e lasquei um tapa bem dado na sua bochecha direita, que fez sua cabeça virar por não estar esperando por isso — Agora me largue!

— É bom saber que você só fica mais forte com o passar dos anos — gargalhou, virando lentamente para mim com um sorriso divertido e sádico no rosto, agarrando novamente o meu braço com mais força do que antes.

— Eu juro que quando você me soltar eu vou arrastar sua cara no asfalto quente! — ameacei, tentando chutar qualquer coisa dele, mas ele prendia minhas pernas com as suas, praticamente debruçado em cima de mim jogada no sofá. Ele sorriu.

— Quem disse que eu vou lhe soltar? — perguntou divertido, e eu dei um gritinho de raiva, me debatendo com mais força ainda — Realmente é preciso de toda essa violência e os gritos? Eu só estou conversando com você, não te estrangulando com minhas próprias mãos.

— Antes estivesse — cuspi, me contorcendo debaixo dele, que estava próximo demais para eu fazer qualquer movimento sem encostar nele — Quer conversar? Converse com a parede! Tenho certeza que ela vai adorar bater um papo com você!

— O que é bater um papo? — perguntou levemente confuso, um vinco infantil formado no meio de suas sobrancelhas.

— Procure em um dicionário — sibilei, aproveitando que ele havia baixado a guarda e fazendo força para cima, forçando ele a sair de cima de mim, que saí correndo de perto do sofá — Agora, se me dá licença, eu tenho mais coisas para fazer do que bater papo com ajudantes do Papai Noel!

— Você não pode fugir de mim, Davina — falou atrás de mim quando toquei na maçaneta da porta de entrada, o tom divertido desaparecendo de sua voz, dando lugar a um ameaçador — Mais cedo ou mais tarde, eu vou te encontrar, nem que eu precise revirar Midgard de pernas para baixo, mas eu vou lhe encontrar.

— É isso que vamos ver — respondi baixinho, abrindo a porta e saindo.


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Notas finais do capítulo

Comentários? Fantasminhas, eu estou observando vocês, temos 44 acompanhamentos, apareçam, eu não mordo, juro :3