Like a Romance escrita por thysss


Capítulo 18
Décimo Sétimo.




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O problema de todos, sem exceção, é que temem alguém quando sai das regras, não querem que a perfeição se desfaça no caminho nem que o brilho perca um décimo de seu esplendor. Pessoas apenas se acomodam em suas situações, quem são e o que possuem. O problema dos presentes naquele baile era apenas a falta de ambição, mas Angelique não sofria desse mal, pelo contrário, jamais escondera que seu desejo era subir na vida, não importa quão alto estivesse sempre haveria um passo a mais para ser dado.

 

Quanto mais se sobe maior é a queda... Mas Angelique não sofria desse medo.

 

Por isso a rotulavam, porque não havia escrúpulos nem limites, havia apenas seus desejos, não importando a natureza deles.

Porque as pessoas quando conhecem alguém diferente temem, é o curso normal das coisas, mas não havia o que temer em Angelique, pelo menos ela não deixava a mostra. Talvez isso só fizesse com que as pessoas a temessem ainda mais.

Mas nunca um monstro, não, jamais poderia defini-la como um monstro, porque seus lábios mais carnosos em cima faziam uma delicada volta contrastando com a parte inferior lhe dando lábios de coração, e seus cílios longos davam um toque angelical quando piscava os olhos, por mais que as sobrancelhas curvadas dessem um toque de perigo.

Mesmo que estivesse pichado em sua face perigo, as pessoas jamais se afastariam dela... Porque o que é temido simplesmente atrai os que o temem.

O curso natural das coisas seguindo em frente.

E seria um insulto dizer temer alguém com um rosto como aquele.

 

Com uma leve reverência o garoto agradeceu pela dança tendo consciência de que isso era lançá-la na mesa novamente, e não demoraria até que outro alguém aparecer para distraí-la.

Não havia medo... Havia inveja.

Angelique apenas entrelaçou seus dedos nos dele e sorriu curvando-se um pouco até alcançar a taça sobre outra mesa, sorveu um gole de champanhe de forma sutil e educada o fazendo sorrir, nunca ninguém havia se comportado de maneira tão “cordial” perto dele.

- A noite ainda não acabou querido – ela sorriu voltando a sorver um gole da bebida, riu ao ver o garçom se aproximar e pôs a taça vazia sobre a bandeja que ele segurava, trocando-a por outras duas cheias. O homem se retirou no mesmo momento que Angelique estendia a taça para Anthony.

- E a quê brindamos? – ele perguntou segurando sua taça frente a dela, enquanto sua sobrancelha curvava-se mostrando sua curiosidade, com o toque ácido que começava a ser contagiado por ela.

- E precisa de um motivo? – ela perguntou encostando as taças levemente apenas para ouvir o “trim.” e logo sorveu um gole fazendo-o deliciar-se com o sorriso que soltava em seguida.

Ela realmente possuía o dom de enlouquecer um homem... Ou era mais que isso?

Seus olhos de repente seguiram pelo salão a procura de nada especificamente, apenas como se quisesse testá-lo, vendo como o olhar do garoto sequer mudava de direção, ele parecia focado em algo, algo distinto e que ela não poderia definir.

- Algum problema? – perguntou ela mantendo-se de pé com a taça em mãos, quando sua vontade era de largá-las em qualquer canto e arrastá-lo para a pista de dança novamente.

Porque por mais que ela possuísse algo, ele parecia possuir mais, mas era ingênuo demais a ponto de se tocar de tal fato, Anthony apenas seguia seu joguinho, entregando-se em suas mãos.

Mas ele era apenas um garoto, Angelique tentava focar-se nisso, porque precisava se focar em algo assim, ou logo ultrapassaria os limites, e então sim as coisas não dariam certo.

Se ela poderia ser a mais bela, o que havia de errado em estar com o mais belo?

Apenas o curso da natureza, assim como ricos e pobres não se misturam, feios e belos também não cada um formando seus descendentes em alas separadas. A cruel verdade da vida...

Seu dedo longo tocou a boca carnuda dele em uma silenciosa caricia, a taça tocou a mesa – finalmente – e suas mãos se apossaram de seu pescoço correndo as unhas por aquela região sentindo que os pêlos na nuca dele se arrepiavam.

Poderia beijá-lo ali mesmo, devorá-lo apenas com sua boca, mas estaria passando dos limites além do que jamais se permitira.

Mesmo não seguindo as regras, Angelique ainda mantinha alguns limites morais.

 


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Notas finais do capítulo

n/a: não tentem entender
aahushuasuhaauhsuhas
 
beijos.



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