Véu de Sangue escrita por Evellyn e Clarissa


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Taylor p.d.v



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  - Não vou olhar ok? Não vou.


Eu falava sozinho questionando sobre olhar ou não olhar em um livro sobre mecânica que se encontrava ao meu lado. Eu podia fazer isso sem esses livros sobre: “Como aprender a mexer em um carro?”, Jake não precisou disso eu não preciso também. Mas aquele carro parecia mais um mundo desconhecido, com tantas peças e tantas coisas para adivinhar... meus olhos involuntariamente giraram até ao livro e eu consegui finalmente a peça certa.


  - E ai Jake.


Ele entrou na garagem a passos lentos e parecia nervoso e preocupado.


  - Oi Taylor.


  - Que foi cara?


Eu limpei as mãos sujas de graxa no pano e bebi um gole da coca que estava em cima da mesinha.


  - Cara, a Rachel sumiu.


Precisei de algum tempo para entender o que ele havia acabado de me dizer. De repente aquele tremor começou mais rápido que o normal e eu sentia um calor muito forte, infernal até.


  - Como é?


  - A prima dela voltou agora dizendo que ela sumiu, que a levaram.


  - LEVARAM PRA ONDE CARA?


  - Não sei Taylor, ninguém sabe.


Joguei a mesa na parede fazendo um buraco com a tremenda força que eu a mandei. Só de pensar que pudesse acontecer alguma coisa a Rachel, que ela não sobrevivesse, eu já me sentia derrotado, completamente morto e vencido antes mesmo de ter lutado.


  - Vamos ajudar a procurá-la ok? Os Cullen já estão fazendo isso.


Eu nem me preocupei em tirar a minha camisa ou amarrar a bermuda na perna, eu simplesmente deixei que a transformação ocorresse e segui na frente sem saber pra onde ir, mas com um único objetivo: encontrar Rachel, a minha Rachel.


Eu estava chegando perto da fronteira com o Canadá e nenhuma pista qualquer de onde ela pudesse estar, e o sentimento de medo e desespero foram tomando conta de mim. Tombei no chão e procurei respirar tentando encontrar algum momento pra refletir e pensar direito em qualquer coisa que fosse útil para tentar achá-la. Resolvi voltar para Forks e vê se alguém já tinha alguma noticia dela, e se não tivessem eu ficaria dias e mais dias até encontrá-la e se não conseguisse fazer isso eu teria que pensar em outras tentativas. Demorou algumas horas para eu chegar até a casa dos Cullen, transformei-me em humano novamente e esqueci que estava sem nenhuma peça de roupa. Fiquei um tempo procurando por alguma solução até que o sanguessuga mais novo veio e me entregou uma calça.


  - Amarrar uma bermuda na perna é bom sabia? Ninguém ta querendo ver isso ai sabe.


  - Obrigado.


Eu disse seco e vesti logo a calça que estava impregnada com aquele cheiro horrível. A sala estava diferente, apenas com a Liza deitada no sofá com o vampiro do lado, Esme arrumando algumas coisas na cozinha e os Winchester na janela, todos muito agoniados.


  - Liza?


  - Oi Taylor.


Ela me cumprimentou ainda deitada no sofá com a voz abafada e sem vida. Não, não me diga que ela tem alguma coisa de ligação e tudo que acontece com Rachel acontece com a Liza e vice versa. Rachel não podia estar morrendo, e muito menos perto disso, já era muito pensar que ela estava longe e eu não podia protegê-la.


  - Noticias da Rachel?


  - Nada, eu não sei nem onde ela está.


  - Você... acha... que ela...


  - Corre perigo?


  - Sim.


  - Acho Taylor, eu sinceramente tenho medo de ficar sozinha no mundo.


Minhas pernas ficaram fracas e eu me encostei na parede para não cair de joelhos no chão. O sanguessuga me segurou nos dois braços me forçando a ficar em pé.


  - Ta tudo bem, obrigado.


Respirei fundo e procurei pensar em algo sensato a se fazer. Os únicos pensamentos que vinham em minha mente eram Rachel morta, Rachel fraca, Rachel sofrendo, minha Rachel sem mim. Sem nada que eu pudesse fazer, nem ao menos pedir que me matassem a deixassem em paz porque eu não sabia quem era o infeliz que havia feito isso com ela. Mas assim que eu o encontrar vou rasgá-lo em pedaços e não vai sobrar nada para contar história. Segui para a floresta novamente e transformei-me seguindo em perto da rodovia tentando sentir o rastro que ia sendo levado pela brisa que fazia naquele dia.


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