Era Uma Vez escrita por annaLI


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Aqui vamos nós...



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    Em instantes, eles estavam diante da bela mulher de antes, agora ao lado de um homem de óculos e cabelo castanho avermelhado. Sonomi e a filha tinham se afastado e os dois conversavam, quando Syaoran e Sakura se aproximaram.

    - Oh, é um prazer conhece-lo, Sakura fala tanto de você! – A rainha e o rei do país de Clow abriram um sorriso gentil ao serem apresentados a Syaoran.

    - O prazer é todo meu, majestades. – Syaoran respondeu, curvando-se com a face corada pelo comentário.

    - Ai, esqueci que tinha prometido a Sonomi que a ajudaria a receber os convidados... – A rainha falou de repente. A curta distância dali, a rainha Sonomi lhe lançava olhares de esguelha a todo momento – Você me acompanha? – Ela perguntou ao marido com um sorriso.

    - Você sabe que Sonomi não vai gostar nada, nada...

    - Eu sei que você pode fazer o que quiser que ela não vai gostar nada, nada...

    - Eu acho que você tem razão... – Ele concluiu, também sorrindo. – Tudo bem, então... Espero que possamos conversar mais em breve. – Completou ele, dirigindo-se a Syaoran.

    - Seria uma honra.

    - Até mais, querida. – Eles disseram para Sakura.

    - Até mais.

    - Seus pais parecem ser muito legais. – Syaoran comentou quando os dois já tinham se juntado a Sonomi e à princesa Tomoyo.

    - Eles são. Ah... Oi!

    Um pequeno grupo de jovens da idade de Sakura tinha se aproximado.

    - Olá, Sakura! Que bom que você veio...

    - É... Ah, deixe-me apresenta-los, esse é meu amigo Syaoran... Ele chegou a bem pouco tempo no país de Clow...

     Syaoran ficou sabendo que os três jovens chamavam-se Yamazaki, Chiharu e Rika e que moravam na corte daquele país, sendo filhos de nobres.

    - Quer dizer que você é estrangeiro? – O rapaz chamado Yamazaki perguntou.

    - Sim, nunca tinha estado por essa região antes...

    - Nossa! Então, deixe-me lhe contar uma coisa muito interessante sobre como surgiu o ano-novo desse país... Houve um rei que se apaixonou perdidamente por uma deusa de cabelos loiros muitíssimo compridos que ela usava para tecer as manhãs ensolaradas de verão e primavera. Depois de ficar sabendo dessa história, uma princesa que almejava casar-se com esse rei, chamou uma poderosa feiticeira maligna e mandou que aprisionassem a jovem deusa no céu. – Syaoran e Sakura estavam ouvindo a narração muito interessados - O único consolo que ela tinha era saber que quando tecesse as manhãs, seu amado as veria e assim ela se sentia perto dele. Aos poucos ela já não fazia nada além de tecer o céu, não dava espaço para a tarde nem para a noite, o outono chegava e vinha o inverno e ela nunca desfazia os fios amarelos no céu. Com isso, o rei foi até a morada das outras deusas responsáveis por tecer o céu e...

    - Cala a boca Yamazaki! Você não tem vergonha de menitr para os outros assim? – Chiharu esbravejou.

    - O QUÊ? ERA MENTIRA???? – Sakura e Syaoran exclamaram ao mesmo tempo.

    Yamazaki apenas deu um risinho, comentando em seguida:

    - Rika, algum problema? Você parece preocupada... – Vendo que a amiga não parava de olhar para os lados.

     Chiharu deu uma risadinha.

    - É que Rika quer muito saber se Terada veio ao baile. – O comentário dela deixou a moça rubra.

    - Não é isso...

    - Ah, ele veio sim, só não sei onde está. – Sakura respondeu, também olhando ao redor - Pode ser que esteja no jardim...

    Ao fim da música, todos aplaudiram a orquestra que começou a tocar outra melodia, dessa vez mais clássica.

    - Ai, Yamazaki, vamos dançar! – Chiharu foi puxando o rapaz até o centro do salão.

    - Espere, eu tenho que contar para vocês onde surgiu a música, foi há mais de... – Ele ia falando pelo caminho.

    - Eh... eu acho que vou até o jardim rapidinho... – Comentou Rika, ficando ainda mais vermelha e retirando-se depressa.

    - Ora, ora, mas que maravilha! – Por trás dos dois tinha se aproximado um rapaz alto de cabelos negros até os ombros, vestindo uma roupa prateada muito elegante e sorrindo de um jeito sedutor - Como vai, princesa Sakura? – Ele pegou a mão direita dela sem que ela tivesse oferecido e beijou.

    Meio sem jeito, Sakura respondeu com uma pequena reverência, enquanto ele ainda segurava sua mão:

    - Olá, Darien. Eu estou bem, e você?

    - Estarei melhor se você me der a honra dessa dança. – Ele falou, oferecendo o braço.

    - Ah... eu sinto muito, mas eu estou acompanhando um amigo... Esse é Syaoran...- Syaoran olhou zangado para o belo rapaz de olhos cinzentos a sua frente. – Syaoran, esse é o príncipe Darien. Syaoran é um estrangeiro recém-chegado ao meu país e... Acho que você concorda que seria muita descortesia de minha parte deixa-lo sozinho quando ele mal conhece o lugar...

    - Sei... – O príncipe Darien falou, olhando desconfiado o estrangeiro.

    - Algum problema? – Quem falava agora era o irmão de Sakura, Touya tinha chegado silenciosamente e olhava Darien como e fosse um verme que ele estava com muita vontade de esmagar.

    - Nenhum problema... – Sakura falou.

    - Com licença. – O príncipe Darien fazendo uma pequena reverência antes de se afastar, vencido.

    - Ah, esse sujeitinho... O quê que ele queria??? – O príncipe Touya estava bastante irritado.

    - Ele só queria me chamar para dançar...

    - Dançar. – Ele falou com sarcasmo em uníssono com Syaoran. Parecendo só agora notar a presença dele, Touya continuou, ainda sarcástico : - Ah, então você veio mesmo...

    - Sim, e porque eu o convidei. – Sakura falou antes de Syaoran.

    - Hum. Grande coisa!

    - Ai, eu não vou ficar aqui escutando você... Vamos, Syaoran... Você quer dançar?

    - Ahn? – Pego totalmente desprevenido enquanto encarava Touya, Syaoran espantou-se com o convite.

    - Ha, ha. Essa é boa... – Touya falou.

    - Eh... p-pode ser... – Syaoran respondeu sem escutar Touya e oferecendo o braço a Sakura que o aceitou com um sorriso.

    Os dois se juntaram aos outros pares que dançavam, deixando para trás o irmão de Sakura meio boquiaberto.

    Syaoran ficou bastante vermelho quando Sakura encostou sua mão esquerda em seu ombro, mas nada se comparou ao momento em que ele pôs sua própria mão na cintura dela.

    - Você está se sentindo bem? – Ela perguntou, meio preocupada.

    - S-sim...

    Ao som da música suave, ele acabou relaxando e os dois foram rodeando o salão com passos lentos.

    - Você dança muito bem... – Sakura comentou depois de uns instantes.

    - Eu tive aulas... – Ele respondeu sem pensar.

    - Aulas?

    - Eh... Faz muito tempo – Depois de uma pequena pausa: - Posso fazer uma pergunta?

    - Diga.

    - O tal príncipe Darien tinha a ver com o favor que eu estaria fazendo se a acompanhasse aqui?

    Sakura deu um sorriso culpado.

    - No verão passado ele esteve no país de Clow, pedindo minha mão ao meu pai e ficou muito irritado quando ele disse que era a mim que ele deveria pedir primeiro... Papai teve que pedir que os guardas segurassem o meu irmão que queria expulsa-lo a pontapés... – Ela deu uma risada. - E pior é que agora ele age como se nada tivesse acontecido... Confesso que ele me assusta às vezes...

    Syaoran definitivamente não tinha simpatizado com o sujeito mesmo e sorriu ao ouvi-la falar aquilo.

    - Mas juro que não foi só por isso que quis que você viesse... queria muito estar com você no ano-novo...

    Ela tinha corado um pouco e Syaoran ia falar algo quando a música foi parando. Eles ouviram um único barulho de explosão vindo de fora. Pelas grandes portas escancaradas que davam para o terraço, viram o céu se iluminar. Todos tinham ficado em silêncio e não demorou mais de cinco segundos, puderam ouvir o som do badalar de sinos. Grande parte das pessoas correu para o terraço, entre elas Syaoran, sendo levado por Sakura. Depois das doze badaladas, o céu voltou a se iluminar de todas a cores, mal se podia ouvir outra coisa além da explosão dos fogos.

    - Feliz ano-novo Syaoran! – Sakura o abraçou com força.

    - Feliz ano-novo... – Ele respondeu, retribuindo o abraço timidamente.

    Depois, ela foi na direção de outras pessoas e Syaoran se viu abraçando também outras pessoas que iam em sua direção, entre elas os pais de Sakura, Fay, a princesa Tomoyo, os amigos de Sakura que ele acabara de conhecer e vários outros que nem fazia idéia de quem eram. Ele ficou muito zangado ao ver o príncipe Darien dar um beijo na bochecha de Sakura ao desejar-lhe feliz ano-novo.

    Em seguida, foi servido um banquete numa imensa sala de jantar. A rainha Sonomi fez um brinde e todos começaram a comer, Syaoran estava sentado ao lado de Sakura e dos amigos dela, inclusive a princesa Tomoyo. A maior parte das coisas que falavam ele não entendia, mas se sentia muito feliz por estar ali.

    Depois ainda houve mais dança e brincadeiras até que o salão começou a se esvaziar e Sakura perguntou a Syaoran se ele se importava de voltar para o país de Clow com Fay, pois ela teria de ficar ali com os pais e com o irmão.

    A volta, no entanto, foi bem diferente da ida. Fay estava... bem mais animado que de costume. Ele chegou na carruagem depois de Syaoran e sentou-se apoiando a testa com as mãos. Quando começaram a avançar, ele se agitou:

    - O que é isso? Terremoto?? – Ele se levantou, tentando chegar à porta.

    - Ei, ei! O que você está fazendo??? – Syaoran estava lutando para coloca-lo de volta sentado.

    - Me solte, você está querendo me seqüestrar???

    - Para com isso!

    Fay foi sacudido até encarar Syaoran.

    - Ah, Syaoran, porque não disse logo que era você?... Minha nossa... eu estou péssimo, acho que exagerei um pouco...

    - Um pouco???

    - Sim juro que não sou de fazer isso... – E ele começou a rir estridentemente.

    Durante todo o resto do caminho de volta, ele continuou a dizer coisas sem sentido e Syaoran já contava os segundos quando finalmente pararam na frente do abrigo.

    Todos já estavam dormindo, D. Hoshido tinha lhe dado uma cópia da chave da frente justamente prevendo que ele chegaria tarde.

    Ele  já estava morrendo de sono e foi direto para a cama, dormiu do jeito que estava sem sequer tirar os sapatos e caiu num sono profundo repleto de sonhos com um belo sorriso e um certo par de olhos verdes.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Isso é mais como um complemento do cap anterior...
Digam o que estão achando!
Até o próximo capítulo C: