Real Life escrita por RTSM


Capítulo 21
Capítulo 20




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Carlisle se levantou e foi seguido por Edward. Eu fiquei de pé onde estava e Enzo se distanciou para encostar na parede. Eu fiquei encarando Jamie, algo nela me deixou inquieta, não com medo, mas ela tinha algo que me deixava alerta. Ela me encarava diretamente e havia algo em seus olhos que não reconheci de primeira.
- Bem-vindos! - Carlisle disse com anfitrião - Devo perguntar, por quanto tempo pretendem ficar?
- Não temos uma data certa, Carlisle! - Jane disse calmamente
- Pois bem. Só devo pedir que não caçem muito por aqui, não podemos deixar que suspeitem de nos! - Carlisle disse calmamente
- Isso não será um problema. - Alec disse com a mesma calma, era de se esperar que Jasper estivesse no controle de tudo, mesmo não sendo necessário - Sabe como Aro te respeita.
- Vejo que temos uma nova Cullen. - Jamie se pronunciou dando um passo a frente. Eu notei o olhar assassino de Jane para ela e não precisava ler mentes para saber que Jane morria de ciúmes de Jamie.
- Sim. Ela foi transformada a quase dois meses, mas seus olhos já estão mudando de cor. - Edward disse respondendo suas perguntas mentais
- Ficamos sabendo que os Danali - E o novo deles, que por sinal é um gato - estão aqui. - Jamie disse e pensou encarando Enzo atrás de mim
No mesmo instante eu dei um passo para trás e peguei a mão dele.
- Estamos sim. - Tania disse descendo as escadas
- Jane, Alec - Eleazor cumprimentou ao passar por eles - Jamie, devo dizer que é uma surpresa vela por aqui.
Eu precisava conhecer o meu futuro homem. Ela pensou me lançando um olhar ameaçador
Acalme-se Ruby! Jasper advertiu no mesmo instante em que fiquei rígida e Enzo passou a mão pela minha cintura
Acho que não preciso nem dizer que me controlei para ataca-la ali mesmo! Enzo me abraçava forte, percebendo meu nervosismo. Se acalme amor! Ele me disse mentalmente. Jamie não tirava os olhos de mim e de Enzo enquanto conversava com Carlisle e Eleazor. E Jane se perguntava se eu teria algum dom, ela ainda estava chateada por não conseguir fazer Bella sentir dor. Pelo que parecia, o único que não daria problemas era Alec, ele era pacifico até em pensamentos. Tinha certeza que não conseguiria me controlar por mais se não saísse dali rápido.
- Se me dão licença, eu preciso ir para o meu quarto. – eu disse sem tirar os olhos de Jamie – Vem comigo amor?
Carlisle fez um sinal positivo com a cabeça e eu não esperei a resposta de Enzo, simplesmente puxei-o pela mão. Eu ainda era uma recém-nascida e ele já tinha pouco mais de 1 ano, por tanto eu era mais forte. Eu entrei no meu quarto e fechei a porta, os pensamentos de Jamie ainda me atormentavam. Enzo deve ter percebido meu nervosismo, pois me abraço no intuito de me acalmar. Nos sentamos na cama e ele não me soltou até que eu relaxasse. Eu estava com medo, acho que era isso. Jamie era muito bonita, eu tinha que admitir, e Enzo já não merecia muita confiança, afinal ele quase beijou Aline. O que podia acontecer entre ele e Jamie? Eu não queria pensar nisso agora. Me levantei e fui para o computador.
- O que você pensa que vai fazer? – Enzo perguntou vindo atrás de mim
- Conversar com a minha irmã – disse dando de ombros
- Falando nisso, o que a Alice ia fala hoje a tarde e você não deixou? – ele perguntou so por curiosidade
- É uma parte da minha vida que você não conhece e nem precisa conhecer. – não queria falar sobre isso agora
- Mais eu queria saber sobre tudo na sua vida. – Ta, ele não ia deixar passar.
- Pergunta o que você quiser e eu vejo se respondo ou não – eu disse hesitante
- Vejamos – ele pensou por um segundo bloqueando a mente,o que me deixou curiosa – Você é brasileira, certo? – eu balancei a cabeça – Onde você morava no Brasil?
- Essa foi fácil! Era uma cidade do interior de São Paulo.
- Com quem você morava? – ele se sentou do meu lado e ficou me observando entrar no MSN
- Com a minha vó. – disse simplesmente
- E seus pais?
- Se separaram quando eu tinha 11 anos.
- Mais porque você não morava com um deles?
- Eu não aceitava as atitudes da minha mãe e por isso decidi morar com o meu pai, o que fez ela ficar 3 anos sem falar comigo. Meu irmão mais novo preferiu ficar com a minha mãe e minha irmã mais velha não é filha biológica do meu pai. Meu pai achava que eu iria atrapalhar a vida dele se fosse morar com ele em São Paulo, então sobrou pra mãe dele. Não reclamo disso! Eu tinha que agüentar meu pai muito pouco e não precisava ouvir minha mãe reclamando ou tinha que achar ela inconsciente logo de manhã. Minha vó falava demais, mas dava pra agüentar, e minha tia cuidava de mim muito bem. Acho que isso foi bom, afinal! – eu disse fria para que as emoções não viessem e eu acabasse chorando na frente dele
- E o que você gostava de fazer? Acredito que você era uma menina bem popular. – ele tentou mudar de assunta, mas não sabia que na escola era pior.
- Errou feio! – eu disse me virando para olhá-lo e dei um sorriso – Eu era pior que nerd. Alias, eu era a nerd excluída e zoada da escola, a mais zoada, pra falar a verdade.
- E você fala rindo? – ele estava perplexo com a minha indiferença
- Eu vou fazer o que? Depois eles me chamavam de grossa, por causa das minhas respostas e isso era muito engraçado. – eu disse rindo com as lembranças turvas
- Ta certo, Mas porque você era zoada assim?
- Bom, eu não andava com os populares, não pensava como as patricinhas bobocas e tirava notas boas, mesmo conversando a aula toda. Eram poucos os professores que gostavam de mim, sem contar que eu tinha mais dinheiro que muitos dos populares e me recusava a andar com eles. Amizade por dinheiro é uma coisa que eu sempre passei longe! – eu disse voltando ao computador
- Então sua família é rica?! – isso pareceu mais uma afirmação
- Bem de vida e só o meu pai, mas pra ele eu era patricinha.
- Como assim, pra ele?
- Quando eu tava perto dele eu entrava no jogo dele! Me vestia bem, me moqueava e falava sobre coisas fúteis. Longe dele era bem diferente, minha vó e minha tia não contavam porque elas gostavam do meu jeito.
- E como era seu jeito?
- Eu nunca saia pra baladas, lia mais livros que professores, ficava sempre na minha e... – como eu ia falar isso? – hum... Esquece!
- Conta! – E agora?!
- Tem certeza?
- Absoluta! – ele pegou meu rosto e fez com que eu o olhasse nos olhos
- Ta bom! – eu fiz uma careta – Eu não era como as outras meninas que ficam correndo atrás de meninos. Quer dizer, não que eu não gostasse, só achava perca de tempo.
- Então você não namorava? Nunca? – ele riu e eu abaixei a cabeça
- É! –eu pensei por um segundo enquanto ele ria – Você foi o primeiro que eu beijei de verdade. – isso foi mais baixo que um sussurro, quase inaudível, mas fez com que ele parasse de rir
- O que você disse? – ele levantou meu rosto e eu desviei dos seus olhos com vergonha por ter admitido isso – Você disse que eu tirei o seu BV?
- Eu pensei que menino não falasse assim. – eu disse abafando um riso
- Mais é isso? Eu fui o primeiro que você beijou? - ele estava.... ansioso?!
- Tecnicamente! – como eu ia falar isso?
- Como assim?
- Er... Eu só tinha dado selinho em uma brincadeira de verdade ou desafio, mas nunca um beijo de verdade. – eu ri com a lembrança
- Nossa! Pensei que não existissem mais meninas assim – agora eu tive que rir mesmo
- E não existe! Porque você acha que eu era excluída? Meus amigos eram mais meninos que meninas. Eu era aquela que os meninos pedem pra arranjar as coisas, se é que você me entende. – eu não consegui parar de rir e foi difícil falar. – Uma vez eu tive que figir que tava namorando com um amigo meu, porque meu pai ameaçou rasgar minha coleção de livros. Foi hilário! Meu pai nunca me perguntou por que eu nunca beijava meu “namorado” – fiz sinal de aspas no ar – Ele achava que eu tinha vergonha dele.
Enzo ficou em silencio e eu ri mais um poco. Será que ele ficou assustado? Não tive coragem pra perguntar e voltei ao computador. Maira estava online e eu me adiantei para ter noticias da minha família.
 
R.T.: Oi Mah.
Mah: Oi!
R.T.: Como estão as coisas ai?
Mah: O de sempre. Minha mãe esta tomando antidepressivos ainda,mas o resto esta normal.
R.T.: Logo ela melhora. E seu pai?
Mah: Acho que já esqueceu tudo. Ele e a Ruh eram bem parecidos!!!
“Eu não era parecida com ele. Droga! Eu só era quieta na minha e não era fria daquele jeito!” me segurei pra não surtar
R.T.: Eu vou ter q sair! Depois falo mais com você...
Mah: Ta certo.
Desliguei antes que ela falasse mais alguma coisa. Como ela se atrevia a dizer que eu era como o meu pai?! Ela perdeu a noção do perigo! Se ela soubesse que eu sou uma vampira agora, ela não falaria isso.
- Idiota! – rosnei para o computador e Enzo me olhou estranho, acho que pensando que eu enlouqueci
- O que foi? – ele perguntou quando eu levantei rápido de mais
- Nada. – eu me joguei de bruços na cama
Agora ele vinha me perguntar o que foi, mas quando eu contei pra ele sobre minha vida amorosa frustrante, ele ficou quieto. Acho que ele deve ter visto agora que eu sou feia de mais pra ele! A transformação me mudou muito, mas eu ainda sou a mesma por dentro. Isso não tem como mudar! Droga, acabei com o meu namoro, eu acho. Se é que isso foi um namoro. Ele me pediu em namoro e no dia seguinte eu o peguei abraçado com outra, sem contar que contei sobre minha vida amorosa. Ele deve ter visto a merda que fez só agora. To ferrada! E eu mesmo me ferrei. Eu sou um desastre mesmo e nem me mata eu posso mais. Poderia me afogar na banheira, mas eu não preciso respirar. Ou me jogar de um prédio, mas a rua se machucaria mais que eu. Merda!
- Você esta bem? – Enzo perguntou, mas eu estava com o rosto enterrado no travesseiro e soluçando.
Espera ai! Soluçando?! É, eu estava chorando e ele não podia ver isso ainda.
- Sai daqui, agora! – eu gritei 
- O que eu fiz? – ele também estava entrando em desespero, mas por outros motivos
- Nada, só sai. – eu disse mais calma. Eu precisava de ajuda – Carlisle, Edward. – só eles podiam me ver assim
Em 1 segundo a casa toda estava na porta do meu quarto, sorte que eu não tinha trancado a porta. Edward e Carlisle sentiram o cheiro de lágrimas e fizeram todos sair do quarto, trancando a porta. Quando eu tive certeza de que não tinha mais ninguém ali, eu me sentei na cama e Carlisle e Edward fez uma cara estranha, o que me assustou.
- É verdade! – Edward disse espantado.
- Não, eu só tava tirando uma com a cara de vocês dois. – falei sarcástica
- Então o que vimos no microscópio é verdade! – Carlisle disse mais pra si mesmo do que pra mim
- E, o que vocês viram no microscópio? – eu tenho que admitir que estava com medo
- Pelo que sei, isso só aconteceu uma vez. Antes mesmo de eu nascer e são poucos de nos que sabem sobre isso. Ruby, você sabe sobre seus antepassados? – Carlisle estava perdido em sés próprios pensamento e eu ficava cada vez mais eufórica com isso
- Acho que uns índios brasileiro, Alemão e Italiano. Por quê? – Eu  juro que tava tentando entender
- Há uns 500 anos atrás, na época de caça as bruxas e vampiros, uma família que nos caçava descobriu uma planta, que hoje esta extinta, e essa planta misturada a uns ingredientes nunca revelados, dava uma resistência ao veneno dos vampiros, ou seja, se eles tomassem uma dose semanal e fossem mordidos, não se transformariam. Essa família era Alemã, mas depois migrou para o Brasil durante a colonização. Se você é mesmo descendente de Alemão,e dessa família, tem uma grande chance do antídoto ainda estar em você e por isso você não é totalmente vampira. – Carlisle disse andando de um lado de um lado para o outro
- Calmo ai! – Agora eu estava de pé – Eu sou o que então?
- Você é vampira e um pouco humana, nada como a Nessie. Seu coração não bate, mas seu corpo ainda produz coisas humanas, como as lagrimas. Pela sua saliva, eu diria que você é 25 ou 30 por cento humana, não tenho total certeza. – Carlisle disse olhando para o nada – Acho que seu poder ajuda um pouco nisso, mas não é certeza, e deve ser por isso que você tem tanto controle quanto a sede. Acredito que em breve seu corpo pedira comida humana também.
- Eu consigo ser diferente até entre os vampiros! – resmunguei pra mim mesma – Por isso que o cheiro que vinha da lanchonete da escola era tão bom. Eu pensei que era sede, droga!
- Essa família é a mais louca que eu já vi! – Edward estava rindo, como ele podia rir em uma situação dessas? Eu e Carlisle o olhamos incrédulo e ele tratou de se explicar. – Temos uma meia- humana meia-vampira, um lobisomem, uma vampira vidente, uma vampira maluca, uma escudo, um vampiro leitor de mentes, um vampiro que controla as emoções de todo mundo, menos a dele mesmo, um vampiro que mais parece uma criança, um vampiro medico, uma vampira que é mais carinhosa que qualquer humano e agora uma vampira que tem 30% de humano e ainda copia o dom dos outro. Onde esse mundo vai parar?! Sem contar que nos estudamos numa escola em Londres. Já viu isso em algum lugar?
- Com certeza não! – eu comecei a rir também e Carlisle esboçou um sorris no rosto
Demorou para que eu e Edward conseguíssemos nos controlar, mas conseguimos.
- O que vai acontecer comigo, afinal? – eu disse assim que parei de rir.
- Na realidade, nada. Você continua bebendo sangue animal, mas acredito que não precise de tanto quanto nos, e as vezes vai precisar de comida humana também. É como a Nessie, mas com algumas diferenças. –Edward se adiantou
- E nos continuamos pesquisando, só por precaução. – Calisle disse sorrindo.
- E eu acho que os outros não precisam saber. Só Alice, já que logo ela vera alguma coisa. – eu disse calmamente
- E concordo plenamente. – Edward disse serio novamente
- Eu me encarrego de Alice e só contaremos se acontecer mais alguma coisa. – Carlisle deu a ultima palavra.
Os dois saíram do meu quarto sorrindo. Era claro que estavam muito entusiasmado com suas novas pesquisas e eu era o centro delas. Acho que, por um lado, isso era uma coisa muito boa. Eu ainda era um pouco humana. Vendo por esse ponto de vista, isso era maravilhoso. Com certeza a minha sorte estava mudando pra melhor, muito melhor. O bom é que eu podia ter o melhor dos dois mundos, tipo a Hannah Montana. Tá isso foi bem estranho, eu me comparando com a Hannah. 

 


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