Real Life escrita por RTSM


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Se tiver algum erro por ai me avisem...
E, tipo, se alguém quiser ser beta dessa fic me avisa que eu to precisando!!!



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Eu me joguei na cama sem nem pensar. Argh!!! Como aquele humano poderia ser tão irritante? Ele se o bonzão. Isso devia parecer normal, eu sei que em todo lugar tem o seu idiota habitual, mas porque ele tinha que escolher justamente a mim para irritar. Se eu pudesse contar que sou vampira, faria isso só para que ele ficasse longe de mim. Mas se ele acha que eu vou deixar barato ele ta muito enganado. Pelo menos uma coisa ele vai aprender. "Nunca mexa com uma Cullen". Isso pode não dar muito certo.
Ta bom, eu tenho que me acalmar. Não é um simples humano detestável que vai me deixar assim. E agora eu sei quem vai me ajudar nisso. Renesme. Eu ajudava ela sempre que ela Jake passavam dos limites e agora era hora dela retribuir. Isso se eu não envolvesse quase toda a familia. Eu sei que eles vão preferir me ajudar, a me deixa matar um humano. Mais, meu Deus! Aquele menino nem é tão bonito. Como ele pode ser tão convencido?! E aquela líder de torcida idiota, porque ficava nos comparando?! Esses humanos não tem nada melhor pra pensar?! Eu, pelo menos, quando era humana não pensava nessas coisas e hoje lá na escola eu vi no máximo 5 pessoas que pensavam algo importante. Nunca pensei que isso pudesse me irritar tanto. Alias, nunca pensei que um dia poderia ler mentes ou que seria uma vampira. Será que vampiros ficam loco?! Porque acho que era isso que estava me acontecendo. As batidas de Alice na porta me tiraram do meu mar de pensamentos.
- Entra fadinha, - esse era o apelido dela pra mim, pra Bella e pra Nessie.
- Posso falar com você? - ela perguntou com a porta um pouco aberta
- Vem aqui perto de mim que eu vou te contar e depois você me conta a sua - nessa eu não precisei ler mentes, o que me ajudou foi uma visão de Alice me pedindo para contar sobre minha vida humana.
Ela veio e se sentou na cama. Eu me levantei, peguei um álbum que eu trouxe de recordação para o intercâmbio e me sentei de frente pra ela.
- Vou começar desde antes de eu nascer. - eu disse alisando o álbum no meu colo. - Minha mãe já era mãe solteira da Maira quando conheceu meu pai. Ele fazia faculdade onde minha mãe trabalhava como enfermeira no hospital que faz parte da faculdade. Meu pai adotou Maira como se ela fosse filha dele. Depois de algum tempo de namoro, eles acabaram brigando e se separando, o que acontecia quase sempre, mas dessa vez a briga foi bem feia e minha mão pensou que dessa vez não tinha volta. Como ela tem um enorme problema com qualquer coisa que aconteça a ela e ela não suporte, ela, pra variar, tentou se matar. Ela aplicou um monte de gadernal na veia e logo caiu inconsciente no banheiro. Quando acharam ela e levaram para o hospital, ainda deu tempo de salva-la, mas ai ela descobriu que estava grávida de mim. Tentou se matar mais uma vez e de novo não conseguiu. Meu pai acabou descobrindo e eles voltaram, mas sem que minha mãe soubesse que isso foi só por minha causa. No final a gravidez da minha mãe foi de grande risco e eu acabei nascendo com alguns problema, tudo por causa das idiotices da minha mãe. Ao contrario da previsão dos médicos, eu sobrevivi e passei dos dois anos de idade, o que eles acharam um verdadeiro milagre. Aos 5 anos, depois de uma serie de pneu munias e milhares de remédio, eu comecei a engordar. Aos 9 anos eu era quase obesa. Em uma viajem voltando da praia, meus pais começaram a discutir sobre eu e minha irmã estarmos gordas assim. Meu pai não morava com a gente, ele trabalhava em outra cidade e por isso nunca estava presente, mas sempre queria tudo do jeito dele. No meio da discussão eu acabei acordando, mas fingi que estava dormindo para que meu pai não acabasse me fazendo chorar, o que era bem comum naquela época. Eles não perceberam que eu estava acordada e no meio de tudo meu pai falou que eu e minha irmão éramos "aberraçoes" e que ele tinha vergonha da nossa familia. - fiz uma pausa para controlar minha voz e continuei - Aquilo só piorou tudo. Eu engodava e emagrecia conforme meu humor. Isso só fez diminuir o pouco de saúde que eu tinha. Eu ficava doente muito fácil, mas nunca dizia que eu estava mau pra ninguém e só percebiam quando eu caia de febre ou desmaiava do nada. 
"Aos 12 anos meus pais se separaram. Minha mãe tomou vários comprimidos quase morreu, pra variar. Acho que ela tem mais experiência de quase-morte do que qualquer um. Depois que eu conheci a nova namorada do meu pai, minha mãe começou a arranjar briga comigo até mesmo por eu respirar. Quando eu não aguentei mais eu decidi ir morar com meu pai, mas não foi bem isso que aconteceu. Ele construiu um quarto pra mim na casa da minha vó e foi ter sua vida na outra cidade. Eu entrei facilmente em depressão quando me vi na casa da minha vó com o meu pai em uma cidade a 90 km de distancia, minha mãe não olhava mais na minha cara, meu irmão ficou com ódio mortal de mim, minha irmão era proibida de me ver e eu não era a pessoa mais sociavél do mundo. Minha saída foi me interrar em livros e vieram os meus novos problemas. Meu pai me via no máximo duas vezes por mês, mas no tempo que não estava perto ele me controlava pelo telefone. Ele queria que eu emagrecesse, gostasse de ir ao cabeleireiro e fosse o tipo patricinha, mas não era o que eu tinha em mente. Eu não pensava em meninos ou namorado, não gostava de ficar horas me arrumando e não queria ser arrogante como ele queria que eu fosse. Eu passei 3 anos entre brigas e castigos malucos do meu pai. Depois desses 3 anos eu aprendi a fazer o jogo dele. Eu fingia assim como ele. Dizia que ia ao cabeleireiro, mas ia a biblioteca. Falava que estava mexendo em sites  de beleza na net, mas estava pesquisando faculdades de medicina e coisas do gênero. Esses quase 2 anos eu tinha apenas uma esperança. O intercâmbio que eu estava indo fazer quando o avião caiu e por isso eu não reclamei de ter me tornado vampira. Eu atravessei o oceano pra fugir e é isso que eu consegui"
Agora eu estava de olhos fechados pra conter a cachoeira de emoções que me traziam essas lembranças. Quando abri os olhos vi em Alice uma expressão estranha. Era um misto de dó e carinho.
- E você estava fugindo de que? - ela perguntou após um minuto de silencio
- Das tentativas de suicídio da minha mãe, das reclamações sem sentido dela, do fingimento do meu pai, das manias malucas dele, das brincadeiras idiotas do meu irmão, da lerdeza irritante da minha irmã e das piadas de mal gosto na escola. - eu disse balançando a cabeça para afastar as lembranças - Só que agora eu sou a causa das "decisões" da minha mãe.
- A culpa não é sua. Você podia ter realmente morrido no avião e sua mãe faria a mesma coisa. Ela decide por ela mesma e você não pode mudar isso. - Alice falava calmamente passando uma calma reconfortaste. - Posso ver as fotos?
- Claro - eu disse lhe dando o álbum - E agora é sua vez?
- Na verdade eu não me lembro de muita coisa. - ela disse enquando olhava o álbum - Antes de me transformar, eu já tinha visões e fui considerada louca na época. Meus pais me colocaram em um asilo para loucos e um vampiro acabou me transformando, mas eu não sei quem e nem quando. Só me lembro quando acordei depois de 3 dias queimando - ela me lançou um sorriso amigável e voltou paro o álbum - Você era linda quando era criança. Esme vai adorar ver isso.
- Ah ,não. Você não vai mostrar isso para casa toda! - na minha cabeça e na dela se formou a mesma imagem. Todos rindo em volto do álbum.
Antes que eu pudesse reagir, Alice saiu correndo escada abaixo.
- Alice volta já aqui! - eu disse indo atrás dela
Eu nunca a vi correr tanto como agora. Emmet, Jasper e Edward estavam na sala e ela foi correndo para pedir socorro. Eles se levantaram assustados e logo Alice se escondeu atrás do Jasper.
- Alice se você fizer isso eu te mato! - eu falei me controlando
- O Jaz não vai deixar - ela disse mostrando a língua
- Me devolve isso agora!
- Não, não e não. Esme vai adorar. Vou até mandar ampliar essa aqui. - ela disse pensando na minha foto de 6 meses tomando banho
- Você me paga se fizer isso - so agora percebi que o Edward estava se matando de dar risada. - Cala boca Ed!
- O que que é isso? - Esme aparaceu na escada
- Eu quero te mostrar uma coisa Esme, mas vem aqui que ela não vai me deixar passar. - Alice disse com um sorriso malicioso no rosto
Esme começou a andar em direção a Alice que sorria triunfante.
- NÃO! - eu gritei e sai correndo
Antes que eu chegasse até Alice, Emmet me pegou pela cintura e não me deixava sair. Agora todos os Cullen estavam na sala para ver o que estava acontecendo.
- ME SOLTA! - eu estava gritando e me debatendo feito louca - ALICE VOCÊ ME PAGA, SUA ANÃ!!!
Esme chegou até ela e começou a folhear o álbum falando uns "Que fofo" ou "Que belezinha". Agora todo mundo estava olhando junto com Esme o maldito álbum. Aos poucos eu fui desistindo e Emmet me soltou para se juntas aos outros. Quando chegou na foto que eu estava tomando banho, todos começaram a rir, até Carlisle e Rose.
- Quem é esse bebe e essa menina com você aqui? - Bella perguntou educada mente.
- Maira e Pierre. Meus irmãos - eu sussurrei vendo a foto na cabeça dela e olhando para o chão de vergonha.
- Vocês são muito parecido. - Esme falou
- A menina é meia irmã dela! - Alice falou ante que eu pudesse dizer algo
- Perguntem pra Alice. Ela sabe minha vida inteira agora. - eu disse me jogando no sofá
- E aonde você tirou essa foto aqui? - Nessie perguntou
- Isso eu não sei - Alice reagiu
- Hospital. A partir dai são quase todas lá. - eu disse de mau gosto
- Você estava doente? - Carlisle se interessou
- As vezes eu, as vezes minha mãe. - eu informei
- Porque? - Edward também interssado
- Suicídios. - eu disse simplesmente - Alice explica depois!
Eles olharam mais um pouco o álbum e depois me devolveram. Eu ameacei Alice com mais um "Você me paga" e fui para o meu quarto. Pude ouvir as perguntas que giravam ao redor de Alice e ela contando toda a minha vida. Jasper e Carlisle ficaram satisfeitos em saber porque eu não liguei de ter que abandonar minha familia. Meu unico medo era que esles me tratassem diferente.


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