Adam estava se lembrando do plano, quando debaixo da palmeira do oásis, sentiu que Mikael se aproximava dele, e começou a preparar a armadilha. Quando os três entraram em sua área de alcance, Adam usou o poder que lhe tinha sido emprestado por Loki e Seth, e criou uma barreira enorme que congelava o tempo e espaço, prendendo os quatro em seu interior. No mesmo instante quando eles pareceram surpresos, Adam fez o feitiço que estava no plano, e fez brotar do chão e da luz imensas gaiolas que aprisionou a estranha garota nórdica e o garoto celta numa prisão de luz e visco, deixando Mikael apenas amarrado com grilhões de luz e sombra em seus pulsos e pés gritando para achar o causador disso. Após saber quais deuses eram os pais dos que acompanhavam Mikael, ele pesquisou incessantemente as fraquezas de Balder e Mórrigan. Porque mesmo que os filhos não fossem deuses completos, suas partes divinas teriam a mesma fraqueza que os pais tivessem. Para a garota foi mais fácil por ter sido Loki que matou seu pai o deus da luz, com uma arma com visco. Os efeitos de ambas as prisões faziam efeito porque ambos pareciam cada vez mais fracos. O garoto celta Alex, foi um pouco mais trabalhoso, pois Mórrigan tinha muitas lendas ao seu redor na Irlanda que era seu país de origem. Analisando o fato que a mãe dele era uma mensageira da morte, talvez a luz do sol ou a energia pura e bruta lhe enfraquecesse já que era um filho das trevas, e como sempre ele acertou. Ele nunca se cansava de admirar sua genialidade. Ao notar que seu inimigo se desesperava cada vez mais, com um sorriso na cara ele usou as sombras para se aproximar sem ser visto.

Mikael estava andando com muita cautela por causa do aviso de seu irmão do inimigo que o esperaria aqui. E apesar da cautela, ele foi pego de surpresa quando chegou perto do oásis e uma barreira do tempo e espaço foi erguida do nada, e logo em seguida ouço o grito de meus companheiros ao lado, e percebo que todos nós caímos numa armadilha. Alex está preso em uma gaiola de luz solar que o queima a cada segundo e reduz suas forças. A luz não era tão forte como a que lancei em nossa luta, mas os da gaiola também tinham umas correntes de luz prendendo seus pulsos e pés. Freya estava na mesma situação só que a dela, era toda feita de uma grossa planta verde que era cheia de espinhos. Lembrando-se da história do pai dela, ele viu que era o visco que tinha matado ele tempos atrás. E isso a estava rodeando-a toda e perfurando sua carne fazendo escorrer sangue. Ele deveria ser o alvo, pois só estava com grilhões de luz que pouco a pouco roubava sua energia, mas ele não conseguia se soltar.

Isso o enfureceu, e seu lado oculto que tinha vindo à tona recentemente tomou conta de sua mente e ele gritou a plenos pulmões para que o inimigo aparecesse. Aos poucos, no meio da barreira ele viu que uma sombra deslizando no chão se aproximava rapidamente de onde ele estava, e parou a sua frente. Ele não acreditou no que viu, mas um cara de intensos cabelos ruivos, olhos verdes, musculoso e todo vestido de preto e com uma jaqueta de motoqueiro preta aberta no peito coberto por uma camisa branca regata por dentro. Tinha uma calça jeans negra, e usava botas que iam até o meio da canela de couro negro, que o olhava com um sorriso desdenhoso.

Adam se aproximou dentro da sombra de Mikael, e curtindo a surpresa em sua cara quando ele emergiu da sombra e parou na sua frente com o grito dos dois atrás dele. Ele me deu um olhar assassino e rapidamente perguntou.

– Quem é você seu maldito, e porque está fazendo isso se nem te conheço? – perguntou Mikael com um olhar e uma voz fria de fúria que ele mantinha sob controle.

– Meu nome é Adam O’ Connell seu pilantra maldito. Ah você me reconhece agora não é? – disse Adam percebendo a perplexidade dele ao reconhecer provavelmente sua voz com o cara da universidade.

– Você? O filhinho de papai da universidade? Que diabos eu fiz contra você para merecer isso? – perguntou Mikael surpreso que aquele filhinho de papai estivesse em sua frente. Ele não tinha reconhecido seu rosto, mas quando falou ele se lembrou daquela voz que o perseguia e o atormentava na universidade quando ele era cego.

– Filhinho de papai é? Bem era verdade mesmo. E respondendo a sua pergunta, por sua causa eu perdi tudo seu miserável. Desde que você o maldito cego, chegou à universidade e começou a fazer com que todo mundo o admirasse e lhe dessem atenção especial por seu patético talento em direito, eu que sou um gênio e o melhor daquele lugar, fui colocado de lado. Suas notas ficaram maiores do que a minha, que inexplicavelmente foram inferiores as suas um cego imundo que não tinha onde cair morto. Logo eu um gênio que apenas com oito anos, criei inúmeras tecnologias que se usa hoje em dia, fui inferior a um verme como você. Como eu tinha talento com magia, procurei o motivo de que um sem teto, cego, e borra botas conseguisse tanto prestigio.

Até que eu descobri que você tinha raízes divinas. Quando eu descobri isso, foi no mesmo dia que você desapareceu da academia, e por obra de um feitiço todos se esqueceram da sua existência o que era irônico depois de toda essa bajulação. Meu pai ficou furioso ao saber que o grande gênio da família e seu herdeiro estava sendo humilhado por um cego infeliz, e me deserdou, expulsou-me de casa e negou minha existência. Por um ato de genialidade do meu cérebro há alguns anos, eu guardei todo o dinheiro que ganhei com as invenções cientificas que realizei então não estava pobre.

Ao perceber que com o poder que eu tinha não conseguiria te fazer páreo de novo, resolvi buscar um poder ainda maior com Seth e passei um inferno por isso, mas consegui superar sua força, e os prendi aqui como prova. – terminou Adam com um sorriso sinistro de euforia.

Mikael balançou a cabeça não conseguindo acreditar no que tinha ouvido. Tudo isso por causa de inveja. Pura e mais simples inveja. Na sua vida, ele teve muitos ao seu redor que tinha inveja de sua paciência e da admiração que causava nos outros, mas eles não chegavam nem perto do playboyzinho a minha frente. Claro todo dinheiro lhe subira a cabeça, aliada com a influencia do maldito Seth. Sempre ele, sempre. Desde o inicio foi tudo por causa dele que vivia perseguindo a prole de seu pai. Mas ele faria com ele pagasse.

– Se é a mim que você quer, solte meus amigos de suas prisões e me leve com você no lugar deles. – disse Mikael dando um suspiro de frustação misturada a raiva de sua burrice.

– Hm, eu acho que não porque você precisa de uma motivação para não fugir não é?-disse Adam. – O destino dos dois está traçado. O garoto celta vai se encontrar com sua mamãe logo, e a gostosinha ali vai para as mãos de seu querido marido que a espera em Asgard. – disse Adam com um sorriso ao perceber a cara pálida de medo de Freya, a de insulto de Alex, e de pura fúria de Mikael.

– Mas é claro, claro. Mais um deus de merda para complicar nossa vida. Sabia que seria aquele miserável por trás dos panos. Seth não tem a inteligência de pensar algo desse tipo não é tio? Eu sei que vocês estão ouvindo seus miseráveis. –disse Mikael para o vazio da barreira que por um momento avermelhou-se e depois voltou ao normal.

– Bem então vamos começar com o show. Vou começar com você Alex. O que acha de milhares de agulhas de luz, espetando seu corpo por dentro e por fora? Seus órgãos sendo perfurados lentamente, e queimando ao entrar em contato com o calor da luz? Hm?- disse Adam perfurando lentamente o corpo de Alex que começou a gritar, quando sentiu a luz abrasadora lhe perfurar seu peito, sua barriga, seus braços, sua cabeça.

– Não se preocupem que não irei mata-los agora. Vocês ainda estarão aqui, para ver a doce tortura que Mikael irá sofrer, antes de livrá-lo do sofrimento. E você será a próxima gostosinha. – disse Adam com um sorriso lascivo em direção a Freya.

– Eu irei te matar maldito. Mesmo que eu morra, eu levarei você comigo até o inferno. – gritou Mikael enquanto sua alma gritava por seu irmão de coração Alex sendo torturado sem poder fazer nada, e Freya cada vez mais fraca depois de perder sangue para os espinhos do visco. Ele tinha que fazer alguma coisa. Mesmo que tivesse que matar, ele faria o necessário para salvá-los.