Saindo um pouco do território egípcio de Mikael, numa terra gelada da Europa onde sua mãe tinha nascido e reinado, estava uma estranha jovem mulher que incessantemente procurava pistas do seu paradeiro apesar de ser muito boa em ocultar sua presença, apagando todos os seus vestígios por onde passava. Essa mulher, diferentemente das mulheres comuns, era uma poderosa espiã da agência de espionagem russa a KGB.

Sua entrada na agência se deveu a sua sobrevivência onde ela, que tinha alguma habilidade para a espionagem, foi descoberta por um agente que convidou-a para entrar como sua aprendiza. Menos de um mês após ser inteirada as fileiras da KGB, a garota mostrou-se um prodígio na arte, ultrapassando todos os aprendizes que estavam lá antes dela. Com seu progresso, não demorou muito até seu mestre mexer os pauzinhos e ela se tornar uma agente oficial. A jovem ganhou muitas missões, com uma taxa de sucesso que não tinha falhas, até ela descobrir algo de seu passado em certa missão secreta que envolvia o Egito. Deveria revelar o nome dessa mulher? Não. Ainda é muito cedo para isso. Apenas sua aparência poderia descrever, mas sem muita precisão, pois como era uma espiã, usava disfarces constantemente para realizar suas missões. Mas quando estava na base na Rússia, ela ficava ao natural. Pele branca como todos os russos de sangue puro, cabelos cor de caramelo sedoso e liso apesar de curto, olhos da cor do café, lábios rosados, corpo muito atlético e sedutor com suas curvas sinuosas e provocantes que faziam muitos agentes olharem por muito tempo quando ela estava presente, mesmo sem nenhuma chance de sucesso com ela, pois apesar de sua beleza ela era fria e mortal como o gelo que cobria a terra.

Ela ainda lembrava-se do dia em que seu chefe, o espião X a chamou para sua sala para dar a missão que mudaria sua vida completamente com a verdade que seria revelada.

– Entre agente, estávamos aguardando você. Sente-se e vamos começar a falar da sua missão. – ordenou o espião X assim que ela entrou. Quando sentou, ele começou a explicar o objetivo da missão. Na sala estava apenas seu mentor, mestre, e amigo o espião J e o chefe da KGB.

– Como eu disse ao seu mestre inicialmente, sua próxima missão se dará nas terras quentes do Egito, para procurar o último membro da família real russa que localizamos recentemente lá. – disse o chefe.

– Mas isso não era impossível? Acreditava-se que todos os Volkov haviam morrido quando Rasputin os tinha eliminado, até aparecer à rainha Volkov para governar e depois fugir com a chegada da república. – disse ela se lembrando de como tinha sido famoso o ato de fuga da rainha com o seu rei consorte do palácio russo.

– É verdade, mas tivemos informações de uma fonte secreta que afirmam que o último descendente da linhagem Volkov nasceu no Egito, e foi criado num orfanato até a idade adulta quando o pai, o antigo rei consorte da rainha o tomou para criar. – disse o chefe.

Ela sentiu seu coração acelerar com aquelas palavras, mas como fora treinada não mudou sua expressão, nem fez nenhum movimento de reconhecimento. No antro dos espiões, se você ao menos desse a noção que sabia de alguma informação que eles não tinham, eles se juntariam como um bando de lobos da neve na caça da presa. Apenas seu mestre que estava há muito tempo com ela e a conhecia, olhou de lado sem se mexer e percebeu que sua aluna tinha alguma coisa a haver com aquele assunto.

– Sua missão agente V, será encontrar esse homem que agora está com uns 23 anos, trazê-lo aqui para interrogação e depois dependendo do que ele saiba podemos adicioná-lo as nossas fileiras, ou o eliminaremos. Entendido?- disse o chefe X a ela.

– Sim, senhor. – disse a agente V batendo continência levantando-se.

– Agora todos os detalhes que você precisará saber, pegue com seu mestre J as informações e armas que você precisará para a missão. Está dispensada. – disse o chefe X enquanto os dois agentes saiam da sala e se dirigiam aos seus quartos.

O agente J, não era nenhum bobo e percebeu que aquela história tinha mexido com sua pequena discípula, e desconfiou que finalmente ela tivesse encontrado aquilo que procurava quando aceitou entrar para a KGB. Mesmo com o coração apertado, ele sabia com os anos de experiência que ela iria embora, e se tornaria uma fugitiva procurada pela agencia por conhecer segredos que não devem permanecer em traidores.

Ao entrar no quarto dela, fechou a porta, e mesmo sem ninguém falou numa voz baixa quase sussurrando para ela.

– Você finalmente o encontrou não foi minha querida? – perguntou J com uma expressão triste.

– Sim, mestre eu o encontrei finalmente depois de tantos anos. Finalmente, encontrei meu meio irmão.