De Botão á Flor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 4
Quarto mês - é uma menina!




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Um mês depois da reunião boba de ex-colegas, Hermione finalmente estava comendo e bebendo normalmente. Com uma voracidade que até então era patente minha.

– Mais devagar, querida - murmurei, um tanto chocado, enquanto a via estraçalhar um bife no prato.

Hermione me deu aquele olhar "me deixa que agora estou comendo por dois" e continuou à massacrar a pobre carne.

Também estava cada vez mais linda com a barriga ficando mais sobressalente à cada dia. Não podia resistir à tentação de passar a mão naquela pequena protuberância, imaginando que estava acariciando a cabecinha de nosso bebê. Será que ele - ou ela - fazia alguma ideia do quanto estávamos felizes com a sua presença ali?

Hermione se divertia com a minha nova personalidade boba e carinhosa. Definitivamente eu nunca me sentira tão molenga e avoado.

Assim que completou quatro meses, Hermione me Gina que a levasse ao Saint Mungus para fazer um ultrassom. Eu estava louco para ver nosso filho... nunca havia visto um ultrassom mágico - nem o ultrassom trouxa, diga-se de passagem - mas sabia que o feitiço usado fazia uma representação translúcida perfeita do bebê com todos os detalhes. Estava ansioso por isso como se fosse a final da Copa Mundial de Quadribol.

– Rony - ela segurou minha mão, enquanto aguardávamos o Curandeiro Johnson nos atender - você está pálido. Se acalme.

Ela me olhava com uma expressão dividida entre a ansiedade e a diversão.

– Caramba, Hermione. Eu vou descobrir o sexo do nosso bebê. Vou ver ele direitinho. É quase como a hora do parto. Não me peça pra ficar calmo.

Hermione teve que sufocar o riso quando eu arregalei os olhos om uma expressão apalermada.

– Senhora Weasley? - a porta da sala de exames se abriu, e surgiu na fresta um curandeiro gorducho de meia idade - vamos entrar?

Puxei Hermione pela mão, e então entramos na sala.

O curandeiro pediu para Hermione deitar numa maca amarela no centro da sala. Assim que ela se deitou, ele murmurou o Feitiço de Ultrassom enquanto apontava a varinha para o ventre de Hermione.

Uma nuvenzinha esfumaçada surgiu acima da barriga dela, e assumiu um formato compreensível... primeiro os bracinhos, depois os pezinhos...

Finalmente, havia uma cópia exata de nosso bebê ali na nossa frente. Era pequeno, do tamanho de uma mão aberta. E era lindo.

O curandeiro Johnson sorriu.

– Parece que vão ter que comprar muito rosa.

Estava tão absorta na pequena forma que começara a se mexer - um eco do que nosso bebê estava realmente fazendo - que quase não registrei a brincadeira do curandeiro. Quando associei a informação, quase caí para trás.

Uma menina.

Era uma menina. Nossa filha.

Hermione desviou o olhar do ultrassom e me olhou, com lágrimas lutando para sair de seus olhos. Ela apertou minha mão.

Ia ser uma menininha.

Imediatamente imaginei uma cópia de Hermione... uma bebê linda, com cabelos castanhos e olhos cor de chocolate. Fiz ali mesmo uma prece para que não tivesse nenhuma intervenção minha em sua fisionomia. Se saísse como a mãe, seria perfeita.

Com um aceno de curandeiro, a pequena nuvem se dissipou.

– Ela é tão pequenininha - sussurrei.

– Ela está crescendo perfeitamente - o curandeiro Johnson comentou enquanto prescrevia em uma folha - mas por precaução, vou pedir para a Senhora Weasley tomar alguns complementos vitamínicos.

Quando saímos da sala, Hermione me sufocou em um abraço apertado.

– É uma menina! - ela quase saltitava de alegria.

– Ela é linda. Como você - beijei sua testa. Eu sentia que ia desmaiar de tanta alegria. Definitivamente sentir emoções fortes em um grau superlativo fazia mal á um legume tão insensível como eu.

Chegamos em casa vinte minutos mais tarde do que o horário previsto, já que Hermione fizera questão de contar o sexo no bebê á meio mundo. Na minha santa ignorância, contei vinte e sete "parabéns" enquanto vinha para casa.

Assim que fechei a porta de casa atrás de mim, fui atacado sem piedade por Hermione, que me prensou na parede como uma sanduicheira esmagava uma salsicha.

– Hermione?? - arfei, meio assustado, meio humorado, enquanto ela tentava pescar minha boca com a dela - mas o que você está fazendo, criatura?

Ela gargalhou.

– Vai me dizer que não ficou com vontade de... você sabe... - ela deu uma risada tão descarada que me arrepiei.

Balancei a cabeça, aturdido. Nas últimas cinco semanas, ela - e nem eu, na verdade - não havíamos sequer pensado em nossa vida entre quatro paredes. Eu estava tão feliz pela iminência da vinda de nossa filha que nem sequer havia sentido falta disso.

Mas Hermione estava vindo agora com uma proposta insanamente irresistível. Seus olhos estavam nublados, e quanto ela estava assim, nem os céus e nem as quatro torres do firmamento a impediriam.

Ela sempre fora linda assim?

Pelas cuecas de Merlim, imaginar minha esposa grávida nua estava fazendo minhas pernas amolecerem de um jeito nada normal.

Minha personalidade de papai bobão foi chutada sem dó para o canto da minha mente enquanto meu instinto romântico-predatório-insano dava as caras, preguiçoso após mais de um mês em hibernação.

– Ai, eu vou acabar me arrependendo disso - eu ri enquanto Hermione me arrastava pelos braços até o quarto.

– Assim como se arrependeu de me pegar no escritório, no quarto da Gina, na banheira...

Calei o comentário sarcástico de Hermione com um beijo que iniciou mais outra noite inesquecível.


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