Fuja, Bolt! escrita por Belune


Capítulo 3
Chapter III


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria me desculpar pela demora, tive um maldito bloqueio criativo e alguns problemas pessoais ajudaram a prolongar esse bloqueio, mas espero que ele tenha se mandado para que eu possa continuar atualizando a fic ^^

Queria agradecer a todos que comentaram, muuitissímo obrigada! Eu estou tentando responder todos, um dia eu consigo terminar. Sério gente eu amei ler cada um dos comentários, vocês me deixaram super feliz



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Chapter III

Uma embarcação média tinha atracado no porto de Maresia, capital do país das Ondas. Nela haviam suprimentos diversificados, que eram suficiente para alimentar a população por cerca de quase um mês. Geralmente o líder de cada família, acompanhado de seu primogênito, ia até o porto para receber os mantimentos do mês, porém, dessa vez, por algum motivo o cais estava deserto.

— O que foi Konohamaru? — Moegi indagou ao notar a preocupação do amigo.

— Isso está muito estranho...

— O que está estranho? — Boruto perguntou ao alcançá-los no cais, sendo seguido por Sarada.

— Pelo que eu sei esse navio traz alguns mantimentos para o povo local, e segundo a política instaurada por Inari, o líder de cada família deve comparecer ao porto para receber seu benefício, mas...

— Tudo aqui está tão deserto... — Moegi completou.

Porém antes que alguém pudesse dizer algo Sarada lançou algumas shurikens para o seu lado direito, rapidamente ela pegou uma kunai, empurrou Boruto para o chão e defendeu-se do ataque inimigo.

— Não abaixem suas guardas — disse ela olhando de canto.

— Ora, ora, o que temos aqui... — uma voz masculina comentou ironicamente.

— Ratos de konoha... — uma mulher surgiu no meio do cais. Seus cabelos eram negros como a noite, sua pele pálida lembrava a neve, seus olhos azuis refletiam como os orvalhos que surgem na alvorada e seus volumosos lábios eram vermelhos carmim. — Até que enfim vou poder me divertir de verdade. — Ela sorriu sadicamente.

— Quem é você? O que faz aqui? — Moegi gritou.

— Não acho que apresentações sejam necessárias, afinal após o nosso encontro vocês não sobreviverão para contar a história — a voz masculina ecoou novamente, porém ela vinha de direção oposta. Logo um homem surgiu sobre uma pilha de caixas, assim como a moça ele tinha cabelos negros e pele pálida, porém seus olhos refletiam os tons das auroras boreais e seus lábios não possuíam cor vibrante.

— Talvez vocês não devessem menosprezar seus adversários logo de cara... — Konohamaru olhou para o lado e a dupla de gennins assentiu. — Agora Moegi!

Os dois jounins saíram correndo em direções contrárias e se posicionaram para atacar, porém antes que eles alcançassem os seus adversários os mesmos haviam sumido.

— Para onde eles foram? — O neto do terceiro Hokage gritou irritadiço.

— Acho que vocês deviam ser mais cautelosos... — o inimigo apareceu na frente de Sarada.

— Crianças são presas tão fáceis... — a moça de lábios carmins apontava sua Kunai para o Uzumaki,

— Presas fáceis? Nós? — Boruto riu convicto. — É o que veremos. Agora Sarada!

A garota fechou os olhos e numa velocidade extraordinária fez vinte selos. Em seguida ela expeliu fogo pela boca, fazendo com que o mesmo circundasse em volta dela e do companheiro. O loiro, por sua vez, fez poucos selos e criou dois clones da sombra, que postaram-se ao seu lado e começaram a acumular chakra em formato espiral em sua mão direita.

— Pode deixar que eu acabo com os dois com um único golpe — o menino se vangloriou.

.

— Até parece... — Ela revirou os olhos, que agora estavam vermelhos, e posicionou-se para acumular chackra em suas mãos, em seguida correu em direção ao oponente, assim como Boruto. — Chidori!

— Rasengan!

Explosões aconteceram de ambos os lados do cais, dois corpos caíram no chão. Era uma vitória um tanto injusta.




(…)




— Finalmente acordou bela adormecida — Ino comentou ao notar a amiga de cabelos róseos sentada sobre a cama olhando para a janela.

— Olá... — Sakura respondeu desanimada. — Aonde está Sasuke?

— Está em reunião com o Hokage. Eles estão tentando decidir como vão prosseguir diante tal situação.

— Como assim tentando decidir? Isso não é meio óbvio? Iremos, Sasuke e eu, nós dois damos conta, todos sabem disso.

— Não é tão fácil assim Sakura — Ino suspirou. — Veja bem, você está grávida… e de gêmeos. O seu corpo está usando uma boa parte do seu chakra para proteger os bebês, colocar você em uma missão como essa agora seria loucura.

— Loucura é deixar minha filha correndo perigo... — a rosada alterou-se.

— Se você for colocará não só a si mesma, como também os gêmeos, e até mesmo Sarada em perigo, é isso o que você quer? — A Yamanaka continha-se, conhecia bem o gênero explosivo da amiga, e sabia que se a mesma resolvesse que iria até o país das Ondas para trazer a sua filha de volta, ela o faria, e com muito custo Sasuke e Naruto a impediriam.

— Você não entende... — A Uchiha bufou.

— Sakura, Sakura, as vezes você esquece que assim como você, eu também sou mãe — a loira sentou-se na ponta da maca.

— Mas não é o seu filho que está correndo perigo Ino...

— Não, não é, mas também não é o meu filho que tem um par de sharingans... — ela sorriu docemente. — Além disso, lembra que quando você era gennin também realizou uma missão do gênero? No mesmo país das Ondas? E olha, você está aqui linda e inteira.

— Sim, eu lembro, mas eu tinha ao Sasuke e ao Naruto, eles me protegeram... Ah e o Kakashi-sensei também estava conosco...

— Sua filha também não está sozinha, ela tem o Konohamaru, a Moegi, e o Boruto foi com eles também, garanto que ele não deixará nada de ruim acontecer com ela.

— Meu irmão vai proteger a Sarada-chan, to certa! Afinal, ele gosta de plantar sementinhas nela... — Himawari disse ao entrar na sala acompanhada de sua mãe, Hinata.

— Planta sementinhas? Boruto na Sarada? Como assim? — Ino olhou de Sakura para Hinata pedindo explicação.

— Simples tia Ino, ele colou uma sementinha lá e logo a Sarada-chan me dará um sobrinho, segundo o papai se chamará Brotinho — disse a pequena inocentemente.

— O que? — Ino gritou desesperada. — Boruto... Sarada... eles? — Ela começou a gesticular loucamente. — Mas… Mas eles são tão novos. Meu Deus, e Sasuke, como Sasuke reagiu a isso?

— Ele ficou loucão… — Himawari respondeu. — Se o papai não tivesse interferido e falado que nós poderíamos ser uma família grande e feliz, certamente o tio Sasuke tinha matado o meu irmão.

— Calma… o Sasuke aceitou isso? — Os olhos azuis estavam agitados. — Então Boruto e Sarada vão casar? E vão ter o Brotinho?

— Exatamente… — Himawari sorriu.

— Céus! — Ino se levantou e começou a andar de um lado para o outro.

— Ino acalme-se — Hinata disse gentilmente.

— Me acalmar? Como você quer que eu me acalme quando a minha afilhada predileta...

— É a sua única afilhada Porca — Sakura revirou os olhos.

— Por ser a única, é a predileta. Enfim, vocês vão mesmo deixar o Naruto chamar o bebê de Brotinho?

— Provavelmente o papai não vai mudar de ideia, ele está superanimado com tudo isso, na verdade até disse a mamãe que eles poderiam plantar algumas sementinhas para terem novos brotinhos — A pequena Uzumaki brincava com sua boneca, enquanto Ino enlouquecia e Hinata corava fortemente.

— Himawari! — Hinata gritou envergonhada,

— O que eu fiz de errado mamãe? Só estou contando o que eu ouvi…

— E você não pode sair por ai contando para todos o que você ouve, isso pode prejudicar não só a você, mas aos outros também.

Antes que a caçula pudesse dizer algo Rock Lee adentrou no quarto acompanhado de Kiba, eles tinham consigo um pergaminho, que continha uma nota oficial do Hokage.

— Naruto pediu para que nós as avisássemos que ele, Sasuke e o Shikamaru chegaram a um consenso... — preferiu Lee.

— E qual foi? — Sakura perguntou ansiosa.

— Um esquadrão ANBU será enviado para trazer seus filhos de volta e reestabelecer a ordem no país das Ondas. Eu, Rock Lee, serei o capitão que comandara essa missão. Kiba irá comigo para auxiliar na busca. Shino e TenTen irão conosco também.

— Por que diabos Sasuke não está indo junto? — Ino pensou alto.

— Não sabemos qual é o objetivo do inimigo Ino, temos que ser cautelosos — Kiba falou.

— Mas ainda sim...

— Certo — a Uchiha suspirou. — Por favor, tragam a minha Sarada de volta. — O par de olhos esmeraldinos suplicavam ajuda.




(,,,)



— Eles estão acordando — uma senhora murmurou.

— Eles são ninjas, será que foram enviados para nos salvar? — Outro morador questionou.

— O que aconteceu? — Konohamaru indagou ainda atordoado.

— Encontramos você e sua companheira desacordados na margem do rio. A princípio pensamos que estavam mortos, mas minha filha, Mei, conseguiu sentir seus pulsos e disse que tínhamos que salvá-los — falou a pobre senhora.

— Uma atitude um tanto arriscada, afinal se os irmãos Fujiwara nos pegam ajudando vocês, no colocam como próximos na lista de execução — resmungou um rapaz que colocava água para esquentar.

— Irmãos Fujiwara? Quem são estes? — Konohamaru tentava organizar seus pensamentos, voltar a si. — Espera a senhora disse que só encontrou a mim e a minha companheira?

— Sim, apenas vocês dois.

— Não encontraram mais nenhum ninja? Duas crianças para ser mais exato.

— Me desculpe, mas não. Apenas você e ela.

— Droga, se eu voltar para a vila sem aquelas crianças serei morto — ele resmungou.

— Elas devem estar presas no covil dos irmãos Fujiwara — disse o rapaz que agora ameaçava folhas de chá em uma vasilha de madeira.

— Quem são esses irmãos Fujiwara?

— Eles são simplesmente as pessoas mais poderosas que já pisaram aqui. Foram eles que aprisionaram Inari e instauraram o caos no nosso país.

Konohamaru suspirou pesadamente. Não importava quem fosse, ou quão fortes eram, ele precisava resgatar aquelas crianças, sua cabeça estava em jogo de qualquer jeito.




(…)



O ambiente era mal iluminado, não havia janelas para a circulação de ar e o cheiro era insuportável. Sarada tossia várias e várias vezes, três dias naquele lugar não haviam feito bem para si. Já Boruto tentava se manter imponente diante tal situação, pois sabia que se fraquejasse, sua companheira estaria em ruínas.

— Como pode estar bem numa situação dessas? — A voz dela soou rouca.

— Tenho que cuidar de você — ele sorriu docemente para ela.

— Não preciso que cuide de mim — ela ralhou irritada. — Eu sei fazer isso muito bem sozinha!

— Mas eu quero cuidar — disse ele sem pensar. — Você é minha companheira, minha amiga, me sentiria culpado se algo acontecesse com você.

Sarada virou-se pra tentar enxergá-lo em meio a escuridão. Com dificuldade avistou o contorno da silhueta do amigo, e com a mão direita, que estava presa a corrente mais comprida, tocou-lhe a face.

— Boruto... — ela sussurrou.

— Talvez eu goste um pouco de você Uchiha Tarada — disse ele antes de tocar-lhe os lábios novamente, outra sementinha havia sido plantada.

Porém este momento terno não durou muito tempo, pois num piscar de olhos ambos foram separados e lançados contra a parede.

— Ora, ora amor juvenil... — Os olhos azuis da Fujiwara brilhavam no breu. — Pena que vocês não vão ter tempo para viver esse sentimento tão meloso e desprezível. Ela gargalhou. — Sabe garotinha, seus olhos são muito preciosos, eu poderia arrancá-lo num estalar de dedos...

— Então arranque-os! — Sarada confrontou-a. — Arranque-os e sentirá a fúria dos meus pais... Tenho certeza que eles irão persegui-la até o inferno se for necessário.

— Olha só, a garotinha é respondona... — ouviu-se um tapa. — Se eu fosse você começava a medir as suas palavras, ou não pensarei duas vezes antes de exterminá-la — disse a mulher ao puxar os cabelos da Uchiha.

— Então você gosta de ameaçar criancinhas? Talvez não seja assim tão forte — Boruto provocou.

Ela o fitou por alguns segundos, em seguida pegou uma kunai e perfurou a barriga de Sarada, que urrou de dor.

— Sabe por que meus lábios são vermelhos? Porque sempre bebo o sangue dos meus inimigos após derrotá-los e com isso consigo absorver todos os seus poderes — ela levou a kunai nos lábios. — Eu poderia arrancar o sharingan da pirralha, mas eu posso consegui-los com um pouco de sangue puro…

— Meu sangue não é puro, minha mãe não é uma Uchiha — Sarada disse com dificuldade.

— Claro que não, mas o do seu pai é… — ela sorriu novamente. — Se eu fosse vocês estancava esse ferimento logo, ou a pirralha sangrará até a morte.

Em seguida ela se retirou do local. Com um pouco de dificuldade o Uzumaki levantou-se e foi até a amiga, que aos poucos perdia a consciência.




(…)



— Uma semana, já faz uma semana — Sakura gritava dentro do escritório do Hokage.

— Sakura-chan acalme-se... — Pediu Naruto.

— Naruto-kun, a Sakura-chan tem razão, precisamos agir... — Hinata disse com os olhos marejados. — O Lee-kun e os outros já partiram há uma semana, eles já deviam ter dado alguma notícia, ou até mesmo retornado.

— Acalmem-se vocês duas — Shikamaru suplicou. — Todos precisamos manter a cabeça no lugar para podermos pensar em algo e bolar alguma estratégia.

— O problema é que não sabemos com quem estamos lidando... — Sasuke proferiu.

— Mamãe, mamãe, olha um passarinho diferente... — Himawari apontou para o pássaro que havia pousado na janela.

— Isso é... — Os olhos esmeraldinos da Uchiha estavam arregalados.

— Sangue... — Hinata completou.

— Ele trouxe uma mensagem — o conselheiro Nara caminhou até a janela para pegar o bilhete que estava com o pássaro. — Os ninjas que mandaram para cá me causaram má digestão. Preciso que me mandem um sangue puro, ou suas amadas crianças morrerão.

Em seguida o pássaro transformou-se em uma moldura de sangue, e dentro da mesma apareceu a imagem de Boruto cuidando de Sarada que estava cada vez mais debilitada... Isto fora o suficiente para que Naruto tomasse sua decisão, pela primeira vez em anos ele iria para uma batalha, novamente ele e Sasuke lutariam juntos, novamente tentariam proteger algo que amavam.


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Notas finais do capítulo

Será que vão deixar o nosso Hokage sair da vila? Será que a Sakura vai ficar sentada em casa esperando?
Vou revelar mais sobre os vilões em breve