Aquele cassino era o templo do luxo e da ostentação em Starling City...

E o principal ponto de encontro dos dois maiores negociadores do tráfico de mulheres da região. Os boatos é que eles seqüestravam mulheres solteiras e sem família em Starling e Central City e as enviavam para outros países, como China e Rússia.

Oliver e sua equipe estavam no rastro deles há meses.

Haviam encontrado várias provas do envolvimento do proprietário do cassino, Vigo Petrowsky, e do empresário do setor de turismo, Ien Chan, no esquema.

Oliver os observava de longe. John andava do lado oposto à ele e Roy fingia que se divertia numa mesa de 21.

– Sarah?

– Aqui Ollie – ela havia ficado na cave para guiá-los na missão.

– Algum sinal dela, alguma pista?

– Não – sua voz soava triste – nada ainda.

Petrowsky e Chan saíram do setor de jogos e andaram em direção a uma porta lateral, passando por Oliver no caminho.

Fazendo-se de bêbado Oliver esbarrou no russo e conseguiu colocar uma escuta em seu bolso. Ele nem desconfiou e seguiu para sua reunião com o Sr. Chan.

– Pegou o sinal, Sarah?

– Calma...não sou tão boa quanto... – parou de falar por um instante – pronto! Estou repassando o áudio!

– Obrigado!

(...)

– Descobriu quem estava investigando nossas atividades, Petrowsky?

– Sim, Chan. Ainda não peguei todos. Mas a mulher que tinha as informações e provavelmente as coletou está sob nosso poder. Vamos mandá-la para umas férias em Moscou para aprender a não meter o nariz onde não é chamada. Além disso o sumiço dela deve dar um susto nos outros.

– Muito bom! Quando parte a próxima remessa para Moscou? E quantas vão?

– Amanhã, são três com a loirinha intrometida.

– Ok! Vou informar aos meus sócios que está tudo sobre controle.

(...)

Quatro dias antes

– Mas que droga, Felicity?? Você não podia ter lembrado de abastecer o carro???

Ela se xingava por não ter lembrado de algo tão básico.

Se bem que aquela investigação tinha mexido com ela e havia se envolvido mais que o normal.

Bom, teria que ligar para um dos rapazes...ou melhor para Oliver. John estava em casa com a família e Roy com Thea.

Discou o numero e foi atendida no segundo toque.

– Felicity? Aconteceu alguma coisa?

– Err...sim...preciso de uma carona...fiquei sem gasolina...

– Eu não acredito! Onde você está?

– Do lado do Café Star...

– Felicity, são três e meia da manhã e você parou para comprar café? – Oliver riu.

– Oliver! – ela riu também – Eu to com fome!!! E além do mais estou tão cansada que o café...OPS! – ela já não estava mais falando com ele, Oliver sentiu a tensão na voz dela – Ei! Não encosta em mim....saiam daqui ou vou chamar a policia!

Oliver ouviu duas risadas masculinas e se desesperou:

– FELICITY! O QUE ESTÁ HAVENDO?? – nada – FELICITY???

Droga! Droga! Ela só pensava em deixar uma pista para Oliver. Ela sabia que não teria chance de correr, eles estavam armados e provavelmente a acertariam. As ruas ao redor do café estavam desertas e os funcionários não a ouviriam gritar.

Ainda com o celular nas mãos ele digitou rapidamente uma mensagem para Oliver e jogou o celular para parto do seu carro e tentou correr para fora do beco onde eles a tinham conduzido.

O mais alto a agarrou logo nos primeiros passos a fazendo cair no chão e perder o fôlego com o impacto. Ele a pegou pelos braços e a jogou dentro do porta malas do carro que seu comparsa trouxe e partiram.

Ela só rezava para que Oliver a encontrasse logo. Ela sabia muito bem quem eram aqueles caras e para onde a levariam.

Quando Oliver chegou ao local, minutos depois, e não a encontrou cedeu ao desespero. Ele não havia conseguido chegar a tempo para salvá-la.

Ele chamou John e com ele vasculharam o local perto do carro dela para tentar encontrar alguma prova.

– Oliver!

John lhe estendeu o celular de Felicity. Ele o desbloqueou e viu a mensagem em digitação:

RUSSOS. CASO

Ele sentou-se no chão com a cabeça entre as pernas.

– John – este o olhou e viu o pânico nos olhos do amigo 0 foram os russos. Petrowsky deve ter rastreado as pesquisas dela.

– Droga! E agora?

– Vamos para a cave. Chame o Roy e a Sarah. Vamos fazer uma visitinha ao cassino do Petrowsky e tentar descobrir se eles a levaram para lá.

(...)

No cassino Oliver soltou um palavrão. Eles iriam enviá-la para Moscou.

– John, siga o Chan e eu vou atrás do russo para ver se ele me leva até onde Felicity está.

– Ok!

Duas horas depois eles retornaram frustrados para a cave.

– Nada? – Sarah estava apreensiva.

– NÃO! – e socou a maca deixando um amassado em sua superfície.

– O que vamos fazer?

– Vou atrás dela em Moscou.

– Mas Oliver...ela pode estar em qualquer lugar...aquela cidade é enorme.

– Mas tenho uma vantagem...

Oliver pegou o celular e fez uma ligação:

– Anatoly, moй Apyr*!!!

(...)

Ela estava com dores pelo corpo. Olhou ao redor e tentou localizar onde estava, mas não teve sucesso.

Era um lugar escuro, sem janelas, talvez um depósito ou algo assim. Ela estava em pânico. Se foram mesmo os russos que a seqüestram provavelmente ira ser morta ou ser mandada para algum outro pais como vitima do tráfico. Não sabia o que era pior.

– Se concentra Felicity! Ele vai vir buscá-la....eu espero!

Nesse momento a porta se abre e o russo grandão com cara de psicopata a agarra pelo braço, ela tenta resistir mais em vão. Ele é muito mais forte que ela.

– Guarde essa energia para depois, loirinha. Você vai precisar dela para o lugar para onde você vai...

– Que seria? – isso mesmo, tente conversar amigavelmente com o cara que ou vai te matar ou vai te mandar para ser garota de programa ou escrava em outro país.

– Rússia – ele falou com um sorriso maldoso no rosto.

E ela pensou que estava realmente ferrada! Odiava aquele país.