The Selection escrita por Tati Rodrigues


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey amores, deu tempo de sentirem minha falta? Eu não ia postar até quinta... mas aí eu lembrei que amo vocês e vim postar mais um, espero que gostem... É tão bom não ter que digitar!



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No dia seguinte, e vesti o uniforme das Selecionadas: calça preta, camisa branca e a flor da minha província - um lírio - no cabelo. Os sapatos eram escolha minha. Calcei sapatilhas vermelhas e gastas. Pensei que seria bom deixar claro desde o princípio que não tinha nascido para princesa.

Toda Selecionada teria a sua despedida, e a minha seria na praça da província. E eu estava muito nervosa, toda aquela gente estaria olhando pra mim, não que eu não fosse acostumada com a atenção já que sempre cantava em festas, mas nunca pra Hogwarts inteira. Todo aquele povo me olhando enquanto eu só ficava em pé, chega a ser ridículo.

Louise e Lucas, seu esposo, vieram se despedir de mim, e eu adorei a visita, ela estava linda com aquela barriga de grávida. Léo também veio, mas veio para conseguir mais fama que propriamente se despedir, o que causou uma pequena confusão.

Hellen era meu único consolo. Ela segurava minha mão e tentava me injetar um pouco de seu entusiasmo. Ainda estávamos de mãos dadas quando demos o primeiro passo na praça abarrotada de gente, eu não estava mentindo quando eu disse que Hogwarts em peso estava lá.

De pé no palco, podia ver as fronteiras entre as castas. Bianca Freetz era uma Três e, assim como seus pais, me fuzilava com os olhos. Lauren Mortiz era uma Sete e me mandava beijos. As castas superiores me olhavam como se eu lhes tivesse roubado. Dos Quatro para baixo, todos torciam por mim - a menina comum que fora elevada. Tomei consciência do meu significado para todos ali. Era como se representasse algo para eles. De repente me senti culpada por planejar sair da Seleção o mais rápido que eu conseguisse.

O prefeito discursava com gestos grandiosos.

— E Hogwarts estará torcendo pela bela filha de Jane e John Granger, a jovem senhorita Hermione!

A multidão aplaudia e nos incentivava. Alguns jogavam flores.

Deixei aquele som me invadir por alguns momentos. Eu sorria e acenava para todos. Depois, voltei a observar a multidão, mas dessa vez com um objetivo diferente. Eu queria vê-lo, pelo menos uma ultima vez, não sei e ele estaria aqui depois de tudo, mas não tem como ele ter deixado de me amar de ontem pra hoje, ele devia estar lá em algum lugar.

Depois de varrer a multidão algumas vezes, eu o encontrei. Quem dera não tivesse encontrado. Rony estava lá, atrás de Brenna Butler, passando os braços por sua cintura e sorrindo para ela... Aparentemente algumas pessoas conseguem sim esquecer bem rápido. Lutei contra as lágrimas que teimavam em querer sair.

Brenna era uma Seis da minha idade, parecia que com ela ele não se importava tanto como recrutamento, será que eles estão juntos a muito tempo? Será que ele iludiu a mim enquanto se divertia com ela? Era pra ela que ele estava juntando dinheiro pro casamento?

Vi ela sorrindo pra ele mais uma vez enquanto ela voltava para os pais, vi ele corresponder o sorriso e olha-la enquanto ela vai embora.

Então o prefeito me distraiu perguntando se eu gostaria de dizer algumas palavras, não pude confiar em minha voz então simplesmente acenei negativamente com a cabeça.

A tristeza pela situação foi substituída pela raiva, ele havia me traído por quanto tempo? Ele não merecia uma lágrima sequer, ele não merecia mais nada de mim. Eu estava na Seleção por causa dele, e agora e ia aproveitar. Pus de volta um sorriso na cara, o sorriso mais aberto da minha vida, e comecei a acenar. Rony nunca mais teria o prazer de partir meu coração.

— Senhoras e senhores, queiram unir-se a mim na despedida a Hermione Granger, nossa filha de Illéa predileta! — convocou o prefeito. Atrás de mim, uma banda tocava o hino nacional.

Corri os olhos pela multidão novamente tentando reconhecer mais pessoas, e o encontrei novamente, dessa vez olhava pra mim e parecia aflito, mas eu não ia cair nesse jogo de novo. Desviei o olhar. O hino acabou e de repente já era hora de ir embora.

Alice minha assistente pediu pra eu me despedir da minha família de forma discreta para irmos rápido. Léo me deu um abraço e disse que estava muito orgulhoso de mim... Pra depois pedir que eu falasse da arte dele pro príncipe, desvencilhei do abraço o mais rápido que pude sem parecer rude, então foi a vez de Louise, foi difícil abraça-la com aquela barriga.

–Eu quase nunca te vejo e agora você tá indo embora!

–Não se preocupe. Logo estarei em casa.

–Sim, com certeza. Você é a moça mais linda de Illéa. Ele vai te amar!

Por que todo mundo achava que tudo se resumia a beleza? Mas talvez estivessem certos, só quisessem alguém que fique bem na foto, eu odiaria viver uma vida de aparência. E se fosse isso, não vejo como eu poderia ganhar.

Então foi a vez de Noan.

— Seja um bom menino, certo? Experimente o piano. Aposto que você é ótimo nisso. Quero ouvir você tocando quando eu voltar.

Ele apenas assentiu com aquela carinha triste.

–Eu te amo Mione. Foi a ultima coisa que ele disse antes de cair no choro.

Já Hellen era o extremo oposto, estava se controlando pra não sair pulando por aí.

–Ai Mione você vai ser princesa! Eu sei que vai!

–Ah deixa de ser idiota, não sirvo pra isso. Se comporte, e cuide deles por mim.

Ela concordou dando pulinhos, não importa o que e dissesse pra Hellen eu já era princesa.

Então foi a vez do meu pai, ele estava prestes a chorar, e eu desabaria se visse ele chorando na minha frente.

–Ah pai, não chore por favor!

–Escute aqui, querida. Perdendo ou ganhando, você sempre será uma princesa para mim.

– Ah, papai... - eu o abracei sem conter as lágrimas, eu amava a minha mãe, mas era do meu pai que eu sempre fui próxima, ele era meu herói. Ele sabia o quanto essa frase era importante pra mim, que dizia que mesmo se tudo desse errado ele estaria lá por mim, que tudo terminaria bem, eu o abracei forte, diziam que o palácio era o lugar mais seguro de Illéa, mas pra mim não existia segurança maior que estar nos braços do meu pai.

Finalmente me separei dele e fui a minha mãe. Ela tentava parecer forte mas eu sei que ela também estava prestes a chorar.

–Faça o que mandarem. Pare de fazer cara feia e seja feliz. Comporte-se. Sorria. Escreva para nós. Eu sempre soube que você um dia ia fazer algo especial.

Sua intenção era boa, mas não era isso que eu precisava ouvir. Queria que ela me dissesse que eu já era especial para ela, como meu pai. Talvez minha mãe nunca parasse de querer mais e mais para mim. Talvez todas as mães fossem assim.

–Senhorita Hermione, já está pronta? - Alice perguntou. O Público não podia ver meu rosto, e eu rapidamente enxuguei as lágrimas.

–Sim, estou pronta.

Minhas malas já estavam no carro branco, e eu descia os degraus do palco quando ouvi o grito.

–Mione!

Eu reconheceria essa voz em qualquer lugar, eu olhei para trás e vi Rony lutando contra a multidão pra chegar perto de mim.

Nossos olhos se encontraram.

Ele parou e me olhou fixamente. Eu não conseguia entender o que seu rosto queria transmitir. Preocupação? Arrependimento? De qualquer modo, era tarde demais. Dei de ombros. Estava cansada dos joguinhos dele.

— Por aqui, senhorita Hermione — Alice indicou o lugar ao pé da escada. Parei por um breve segundo para absorver tudo aquilo.

— Adeus, meu bem! — minha mãe gritou.

E me levaram embora.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo vamos conhecer mais algumas selecionadas... e eu só vou postar quinta-feira. Comentem! Beijos.



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