The Selection escrita por Tati Rodrigues


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Minhas lindas leitoras! Vocês sabem como me deixar feliz! Devo confessar que amei cada comentário. E queria agradecer a Dudat4553 por favoritar e a todas que acompanham ou comenta... a todas! Obrigada mesmo.
Agora assunto sério, vou tentar postar um capítulo por semana, antes que me matem deixem-me dizer o porque. gente, é muito difícil digitar com uma mão só. Quebrei um braço tá tudo engessado, e também não posso parar de tomar quimioterapia então as vezes fico totalmente inutilizada, mas NÃO vou desistir da fic, só vou demorar um pouco mais pra compor o capítulo. Espero que entendam.



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Uma semana se passou sem eu ver meu amado Rony, mas nesses últimos dias entre trabalhos e mais trabalhos, consegui convencê-lo a me encontrar na casa da árvore. Com o dinheiro que consegui montei um pequeno banquete pra comemorar. Quando eu estava ascendendo uma vela novinha que comprei só pra nós dois eu o ouvi subindo na árvore.

–Bu!

Essa foi a primeira palavra que disse antes de me agarrar pra mais um beijo. Quando finalmente nos separamos comecei a contar tudo que tinha acontecido naquela semana.

–Tenho que te contar como foi o dia da inscrição!

–Mamãe disse que estava lotado.

–E estava mesmo, você tinha que ver os vestidos que as garotas estavam usando. E eu tenho certeza que não é bem um sorteio então minhas chances são nulas, existem garotas muito mais interessantes que eu em Hogwarts.

–Mesmo assim obrigado por se inscrever, significa muito pra mim.

–E a melhor parte é que minha mãe não sabia da nossa promessa então me chantageou pra me inscrever.

–Chantageou? Como assim?

–Dinheiro ora, veja o banquete que te preparei!

Só então ele percebeu a quantidade de comida que eu havia trazido pra casa. Eu tina preparado comida a mais justamente pra trazer pro Rony, gastei uma parte do meu dinheiro com isso, a Hellen adorou que eu usasse meu dinheiro pra fazer doce, eu e ela adorávamos doces.

–O que é tudo isso?

–Comida, eu mesma fiz.

Eu estava orgulhosa, hoje Rony encheria a barriga, e o melhor, com uma comida que eu mesma preparei. Mas o sorriso de Ron diminuía a cada prato que olhava.

–Rony, está tudo bem?

–Isso não tá certo.

Eu olhei confusa enquanto ele balançava a cabeça pra longe da comida.

–O que não tá certo?

–Hermione, eu tenho que dar comida a você, eu que tenho que cuidar de você. É humilhante vir aqui e ver que você fez tudo isso por mim.

–Mas eu sempre te dou comida!

–Restos, sobras, acha que eu não sei a diferença? Eu é que...

–Mas você cuida de mim, você me dá amor, carinho... Eu guardo todas as moedas...

–Moedas? Você tem certeza que quer falar disso agora Hermione? Você não sabe o quanto eu adoro te ouvir cantar e odeio não ter dinheiro pra te pagar.

–Não precisa me pagar! Eu adoro cantar pra você! Eu te dou o que você quiser!

–Eu sou um homem Hermione, não um mendigo! É minha obrigação cuidar de você.

Eu não sabia o que fazer. Ele estava muito exasperado, parecia completamente perdido, e eu me senti culpada, eu queria paparica-lo, mima-lo e não humilha-lo.

–Eu te amo. - cochichei,

–Também te amo Hermione - disse balançando a cabeça sem olhar pra mim.

–Não quis magoar você, pensei que você fosse ficar feliz.

–Ah Mione, eu adorei. Obrigado por você ter feito tudo isso por mim, mas eu queria ser capaz de fazer o mesmo por você. Você merece coisa melhor.

–Você precisa parar de achar que eu sou assim. Quando estamos juntos, não sou uma Cinco nem você é um Seis. Somos apenas Rony e Hermione. E não quero nada no mundo a não ser você.

–Mas não dá pra parar de pensar assim Mione. Um Seis é criado apenas para servir e não devemos ser notado. Sou alguém invisível, e se você se casar comigo será alguém invisível também.

–Eu não me importo com isso, eu já disse a você, quando você estiver pronto pra pedir eu estarei pronta pra aceitar.

Era assustador me expor daquele jeito, deixar absolutamente clara a profundidade da minha paixão. Ele sabia o peso das minhas palavras. Mas, se minha vulnerabilidade o deixava mais forte, valia a pena. Seus olhos procuraram os meus. Se Rony procurava dúvida, estava perdendo tempo. Ele era a única certeza na minha vida.

–Não.

–O que?

–Não.

Essa palavra doeu na alma.

–Rony?

–Não sei como pude ser tão tolo a ponto de pensar que isso poderia dar certo.

–Mas você acabou de dizer que me ama!

–E amo, amo muito. E é porque te amo que não devo condenar você a viver essa vida. Não consigo suportar a ideia de ver você com fome, frio ou medo. Não quero que você seja uma Seis.

Senti as lágrimas vindo, não acreditando nas palavras que ele disse. Não era possível que depois de anos ele estava fazendo isso. Mas antes que eu pudesse falar algo que o fizesse mudar de ideia ele estava se arrastando pra fora da casa da árvore.

–O-o que está fazendo?

–Indo embora, pra casa. Desculpe por ter feito você passar por isso Hermione. Acabou.

–Quê?

–Acabou. Não vamos mais no ver. Não assim.

–Rony, por favor. Vamos conversar. Você só está irritado. - comecei a chorar.

–Mais irritado do que você pensa, mas não com você, só não posso fazer isso Mione... Não posso mais.

–Rony... Por favor...

Ele me abraçou forte e me beijou pela última vez antes de desaparecer na noite. E porque esse país é do jeito que é, por causa de todas as regras que nos faziam viver escondidos, nem pude gritar seu nome. Não pude dizer mais uma vez que o amava.

Com o passar dos dias ficou cada vez mais óbvio que havia algo errado comigo, e minha família não demorou pra perceber, mas felizmente pensaram que era apenas ansiedade por conta da Seleção. Quis chorar por cada segundo, mas me segurei na esperança que depois do Jornal Oficial tudo voltaria ao normal.

Eu já tinha imaginado tudo. Uma das irmãs de Rony seria Selecionada, a família dela subiria de casta, e Rony apareceria na minha casa pra me pedir em casamento. Estava tudo certo. Todos seríamos felizes.

Faltava apenas 10 minutos pro Jornal Oficial começar, e hoje era a apresentação das 35 Selecionadas. Estávamos todos a postos em frente à televisão. Ninguém queria perder. Minha mãe fez pipoca, como se fossemos assistir um filme.

O brasão de Illéa apareceu dando inicio ao jornal. Eu estava tremendo, estava muito ansiosa para o fim de tudo isso.

O rei apareceu e falou brevemente da guerra e as outras mensagens também foram curtas, parecia que todos queriam terminar com isso tão rápido como eu, mas também pareciam bem humoradas. Talvez a Seleção fosse empolgada pra eles também.

Finalmente o mestre de cerimônias anunciou Sirius que foi em direção à família real.

–Boa noite, Majestade - ele disse ao rei.

–Sirius, é sempre um prazer vê-lo.

O rei parecia realmente animado.

–Ansioso por causa do anúncio, Majestade?

–Ah, sim. Ontem estive no salão onde o sorteio foi realizado e vi algumas das escolhidas. São todas adoráveis.

–Então Vossa Majestade já sabe quem são? perguntou Sirius.

–Só algumas, só algumas.

–Por acaso ele compartilhou essas informações com Vossa Alteza? - Sirius se dirigiu a Draco.

–Não, de jeito nenhum. Vou conhecê-las ao mesmo tempo em que as pessoas em casa - o príncipe respondeu. Dava para notar que ele tentava esconder o nervosismo.

–Majestade -Sirius se dirigiu a rainha - Algum conselho pras Selecionadas?

–Aproveitem a última noite como uma garota normal, a partir de amanhã serão conhecidas em todo país, e o mais importante, sejam vocês mesmas.

–Sábias palavras minha rainha. E Agora, vamos revelar as trinta e cinco jovens escolhidas para a Seleção. Senhoras e senhores unam-se a mim para parabenizar as seguintes selecionadas.

O brasão nacional voltou à tela. O rosto de Draco aparecia em um quadradinho no canto superior direito. A ideia era mostrar as reações dele diante das fotos que iam surgindo no monitor. Acreditava-se que ele já demonstraria alguma opinião sobre elas, como nós também faríamos em casa.

Sirius tinha uma série de fichas na mão, e estava pronto para ler o nome das garotas que, segundo a rainha, estavam para ter sua vida mudada para sempre. A Seleção começava naquele exato momento.

–Senhorita Ana Abbot, de Hantesville, Três.

Era uma menina delicada com pele de porcelana, Draco pareceu ficar animado.

–Senhorita Demelza Robins, de Kelpers, Quatro.

Essa era sardenta parecia mais velha, mais madura, vi Draco cochichar algo com o rei.

–Senhorita Romilda Vane, de Paloma, Três.

Era morena de olhos flamejantes. Talvez tivesse a minha idade, mas parecia mais... Vivida.

Virei pra minha mãe no sofá.

–Ela não parece...

–Senhorita Hermione Granger, de Hogwarts, Cinco.

Voltei os olhos pra TV tão rápido que meu pescoço doeu. Lá estava a minha foto, com um sorriso lindo radiante, qualquer um perceberia que eu estava apaixonada, e algum idiota achou que era pelo Draco.

Minha mãe e Hellen gritaram no meu ouvido, Hellen deu um pulo espalhando pipoca por todo sofá, Noan se empolgou e começou a dançar. Meu pai... Era difícil dizer, mas acho que ele escondia um sorriso. Perdi a Expressão de Draco.

E então o telefone tocou, e por dias, não parou de tocar.


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Notas finais do capítulo

Vou trazer alguns lugares de Harry Potter pra cá. Só que vou colocar pra quem ficar na Elite. Pra não sumir logo no inicio da história.
Beijos e até o próximo.



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