A Maldição da Wicca escrita por FireboltVioleta


Capítulo 16
Fire Against Fire


Notas iniciais do capítulo

Hoa! Olhem eu de novo!
Não caiam em cima da pobre autora quando acabarem... vocês sabem que suspense é minha marca registrada.. huashuas
Beijinhos e boa leitura!



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Eu estava morrendo de preocupação com Rony.

Fazia horas que ele havia saído do castelo. Não havia nem sinal de Becky.

Darel, Nyree e Harry me observavam, preocupados, como se eu fosse virar uma vampirizada do nada outra vez.

– Relaxa, Mione – murmurou Harry, que, apesar de tudo, parecia tão preocupado quanto eu – ele deve estar bem...

– Deus te ouça – funguei, empurrando a torrada no prato. Tinha eprdido completamente o apetite.

Eu estava me sentindo arrependida de ter inventando aquilo. E se Rony não se sentisse bem como animago? E se ele perdesse a consciência e ficasse perdido por aí como um camundongo ou coisa qualquer? E se aparecesse para algum bruxo desavisado e acabasse estuporado ou pior?

Mas Becky havia ido com ele... se ela ainda não havia voltado, tudo deveria estar correndo bem.

Foi a visão de uma silhueta minúscula correndo em minha direção, estabanada, que me fez descobrir o quanto eu estava errada.

– Menina Granger! Menina Granger!

Ergui-me, encarando agoniada a elfa horrorizada abaixo de mim. Munhas entranhas deram um nó.

– Becky? – arfei, sentindo Darel e Nyree, ao meu lado, se virarem surpresos – o que aconteceu?

– Menina Granger... – Becky parecia á beira das lágrimas – Becky não conseguiu chegar á tempo... o menino Weasley mandou Becky chamar a diretora, e quando Becky voltou... – ela engasgou e começou a soluçar – o menino Weasley fugiu!

– Onde está McGonagall? Pra onde ele foi, Becky?? – senti meus olhos se arregalarem de medo.

– A senhora Minerva... está procurando... para o bosque... – ela conseguiu guinchar, antes de ter outro ataque de choro.

Só senti minhas pernas me levarem desembalada em direção á saída.

– Hermione! – Darel e Harry gritaram, mas eu não tinha tempo para espera-los.

Deus do céu... se Rony se perdesse na forma animal dentro da floresta... o que poderia acontecer?

Estava tão desesperada, correndo em direção ao pátio, que nem havia me lembrado de perguntar à Becky em qual forma Rony se transfigurara – se é que já havia se transformado antes de se perder bosque adentro.

Procurei algum sinal da Profª McGonagall, mas ela ainda não aparecera em meu caminho. Enquanto corria, vi o verde do bosque engolir a paisagem em que eu adentrava. Parei um pouco, olhando ao redor.

– Rony! – gritei – Rony! Professora!

Minha única resposta foi a brisa suave que chacoalhou as folhas das árvores.

Senti um soluço bobo me sacudir. Se nem a diretora havia conseguido acha-lo ainda... ah, céus...

Se Rony agora fosse um bicho pequeno, eu jamais saberia que tipos de animais terríveis na floresta poderiam tê-lo... ah, não.

Mas e se fosse um animal grande... por que raios eu ainda não o encontrara, então?

Enquanto caminhava, observei , um pouco dispersa, algumas criaturas me encararem curiosas através de troncos e árvores. Havia um tronquilho piscando os olhinhos castanhos para mim, sentado pacificamente em cima de um galho. Uma corujinha pequena, dentro de um tronco oco, dormia com a cabeça enfiada na asa. Mais á frente, um rio corria, cortando um dos lados da floresta e enchendo o ar com o barulho de água corrente.

Ouvi um riso petulante vindo da água.

Virei-me, surpresa, apenas para dar de cara com um kelpie dependurado na beira do rio.

Eu havia estudado sobre eles em uma das aulas de Hagrid. Eram monstros em forma de cavalos que viviam em rios e brejos, e que tentavam convencer suas vítimas á montarem neles para afoga-las e devora-las. Eram bichinhos nada confiáveis.

– Você está procurando alguém? – relinchou o kelpie, com um tom tão fino que suspeitei que fosse uma fêmea.

– Estou – estreitei os olhos – meu namorado... disseram que entrou no bosque...

– Ahh... – ela arregalou dramaticamente os olhos equinos, dando um sorriso desagradável que mostrava todos os seus dentes afiados – eu o vi... ele fugiu por aqui mesmo, em direção á campina... por que não monta em mim para que eu te leve até lá?

“Ah, tá... até parece”, bufei mentalmente.

– Não, obrigada... – me desviei, erguendo a mão para a kelpie.

Eu definitivamente devia ter ignorado-a desde o início.

A kelpie saiu da água, relinchando violentamente e vindo em minha direção.

– Estupefaça! – gritei, lançando-a para longe com o feitiço. A kelpie estrebuchou no chão, tentando se levantar e rilhando os dentes ameaçadoramente em minha direção.

Olhou-me azeda por alguns momentos e, sem aviso, mergulhou de volta no rio.

– Maluca – bufei, me afastando do rio apressada, antes que aquela besta psicótica viesse outra vez atrás de mim.

Continuei andando, procurando a tal campina que a kelpie citara. Para minha sorte, apesar de dissimulados, os kelpies só conseguiam dizer verdades, mesmo na hora de enrolar suas vítimas, então Rony realmente havia fugido naquela direção.

Finalmente, adentrei numa parte aberta do bosque.

A campina era grande, cercada por pinheiros e forrada de grama. Era um lugar bonito, perfeito para um passeio... o que só me fazia ficar ainda mais angustiada com a falta de Rony.

Céus... onde meu namorado estaria?

Sentia minhas mãos formigarem, com uma sensação de ardência. Quando olhei para elas, fiquei surpresa ao ver pequenas fagulhas de fogo nascendo nas palmas.

“Emoções... são minhas emoções”, pensei comigo mesma.

McGonagall havia citado que o poder elementar se ligava diretamente ao emocional da pessoa. Devia ser por isso que eu estava criando aquelas minúsculas chamas... estava tão preocupada com Rony que aquela parte adormecida da Wicca dentro mim parecia estar acordando lentamente com minhas angústias.

Eu tinha que relaxar, então, antes que tacasse fogo na campina inteira.

Ainda se fosse água... não me agradava em nada lembrar de McLaggen com a camisa em chamas...

Virei-me para trás, tentando vislumbrar o castelo de Beauxbatons, mas a paisagem era escondida pelos pinheiros altos da campina. Aquele lugar era praticamente um esconderijo; eu não via nada, e tampouco, provavelmente, era vista.

– Rony! – chamei-o outra vez, sentindo um aperto no peito – por favor... onde você está?

Sentei na grama, abraçando os joelhos. Eu não fazia a menor ideia de onde Rony poderia estar... nem como poderia estar. Funguei, perdida, sem saber o que fazer.

Ouvi o som de asas pousando atrás de mim, mas não olhei para trás. Devia ser uma coruja enxerida qualquer...

Mas quando senti a respiração violenta e ruidosa nas minhas costas, segurei para não gritar nem sair correndo quando me virei, finalmente focalizando a origem dos ruídos.

Minhas pernas, já erguidas outra vez, ameaçaram bambear.

Encarei a fonte de uma sombra imensa que se precipitou sobre mim.

Um dragão com no mínimo cinco metros de altura me encarava, resfolegando e rosnando baixo.

Era imenso... só sua cabeça atingia facilmente um metro e meio de comprimento. Tinha um corpo robusto e troncudo, coberto de espinhos nas costas. Duas asas encouraçadas e imponentes sacudiam-se no ar, ameaçadoras. Lembrava muito uma cruza de olho-de-opala com verde-galês.

Se Rony estivesse ali, poderia me dizer que espécie era... e como fugir da visão de seus olhos cruéis, já que eu estava paralisada na frente da fera, prendendo a respiração.

O dragão parecia calcular quando e como me atacaria. Parecia raivoso e confuso ao mesmo tempo. Rugiu em minha direção, um rosnado poderoso que arrepiou minha medula.

O que um dragão fazia ali? Teria escapado de alguma jaula trazida para o Tribruxo?

Antes que minha mente atordoada pudesse dar uma resposta, o dragão se aproximou, rosnando. Tentei recuar, mas minhas pernas fraquejaram e eu caí de volta na grama, tremendo de medo.

Eu tinha certeza de que aquele seria meu triste e patético fim. Nem sabia mais se estava paralisada de medo ou de espanto pela beleza feroz do animal.

E eu nem poderia me despedir de Rony... arfei, angustiada. Não acreditava que tudo ia acabar assim...

– Não... – murmurei, recuando lentamente na grama.

Sua cabeçorra chegou á apenas um metro de mim, virando-se bruscamente para que seu olho esquerdo me analisasse. Seu focinho chegou ainda mais perto, enquanto ele emitia um rosnado raivoso. Eu podia facilmente tocar suas narinas se erguesse a mão, de tão perto que estava de mim.

Por mais que eu estivesse com medo, notei que ele não me atacaria.

Pelo menos, não agora...

Arrisquei levantar a mão, nem que fosse apenas para me proteger. Toquei, abismada, o focinho quente do dragão, que estremeceu, arregalando os olhos, como se estivesse confuso e irritado.

Mas foi algo nele que me fez a ficha cair.

Teria sido a confusão em seu rosto?

Teria sido o brilho estranho de suas escamas cor de bronze sob o sol?

Teria sido seu guincho de surpresa sobrepondo-se aos rosnados?

Ou teria sido, simplesmente, ver a expressão perturbada e feroz deixando aqueles olhos azuis, substituindo-os por tristeza e choque?

Fosse lá o que fosse, foi o estopim para que eu guinchasse, abalada, sentindo meu estômago se esfarelar.

– Rony???


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Notas finais do capítulo

AHHHH, e agora?
Agora vocês comentam, ué... kkk
Até o próximo, gente linda!



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