Acordei piscando o olho várias vezes, tentando aliviar o efeito "lixa" das minhas pálpebras. Apoiei-me sob meus braços e senti minha cabeça rodar.Aonde eu estou?-Será que me sequestraram?.Olhei a minha volta e percebi que estava em um quarto,apesar de parecer que tinha uma neblina atrapalahndo minha visão.

Me levantei em um movimento brusco e abraçei meus joelhos contra o meu corpo. Respirei devagar o ar frio que me cercava e observei cada detalhe daquele lugar, que por mais sombrio que pareça, me dava a impressão de que eu já o conhecia.

Fiquei desesperada e peguei uma barra de ferro do canto do quarto para arrombar a janela e escapar dali. Pulei o para-peito e me esgueirei para longe da pequena casa amarela que ainda me dava a impressão de que era conhecida.

Olhei para trás tentando var se estava sendo seguida. Me assustei ao esbarrar com uma voz conhecida.

- Marrie?-

Dei um pulo de surpresa ao reconhecer as leves expressões faciais da minha amiga Leah.

- O que faz aqui fora? Era para estar descançando lá dentro!-

- Aimeusdeus, desculpe Leah eu não sabia que eu estava aqui. Pensei que estivessem me sequestrado e...

- Pera aí Marrie, sequestrada?- Sua gargalhada infantil e musical tomou conta do recinto ao nosso redor- Não reconheceu mesmo a casa né?

balancei a cabeça negativamente, olhando para baixo e corando.

- Vamo doida, você precisa mesmo de um banho.- Deixei que ela colocasse seus braços ao redor do meu e me guiasse para dentro do pequeno chalé.

Entramos na sala e ela se jogou num sofá de dois lugares perto da porta, se esparramando como um gato.

- Bom, eu pus um suéter, uma calça e umas roupas íntimas limpas para você ali na mesinha.- Apontou para o cxanto do cômodo- O banheiro é a terceira porta depois do corredor a direita. Consegue se virar?-

- A-acho que sim. Gaguejei.

Segui em passos contidos até uma pequena porta pintada de uma cor diferente das outras, fui tirando a camisa a medida que me aconchegava mais. Tirei o resto da roupa e fui para debaixo do chuveiro, esperando que a água quente relaxasse meus músculos tensos.

O choque térmico com a água fez com que meus joelhos perdessem as forças,desabei no chão sem nem ter tempo de por as mão para amenizar a queda.

A dor se espalhou desde o meu dedo mindinho até minha cebeça como se fosse uma descarga elétrica contínua. Saí do box e me enrolei na toalha que estava dentro do armário. Observei atentamente ao meu reflexo no espelho e passei meus dedos nos pequenos hematomas arrouxeados sob minha pele de giz.

Estremeci. Não consigo lembrar de ontem a noite.

estiquei o suéter agradecendo por não haver "marcas" no meu rosto para esconder. Fui até o quarto aonde tinha a lembrança vaga de ter visto meu tênis preto por lá. Amarrei os cadarços na sala e me virei para Louise.

- Sabe como eu chagei aqui Leh?

- Desculpa Marrie, Julia pediu para que ela mesma explicasse.

-Ah tah...-Refleti por uns segundos-Viu meus pais?

-Vamos a casa dos Black, lá vão te explicar tudo prima, eu realmente não posso contar.- Ela fechou a cara numa expressão séria e carrancuda.

Dei de ombros e a segui para fora da casa. Andamos por uma fileira de chalés como os da minha tia e ao ouvir um pequeno barulho de ondas uma recordação remota veio a minha mente.

- Estamos em La Push...- Afirmei

Leah só olhou para meu rosto como se eu dissesse algo que ela sabia há séculos. O.K. me convennci que sou um pouco retardada, mas não é todo mundo que se lembra de um lugar que você não visita há 10 anos.Balbuciei algo comigo mesma sobre na próxima viagem eu vir com bagagem e ela como sempre, nem ligou para mim enquanto olhava para o horizonte.

Chegamos em frente a uma casa um pouco maior que as outras e paramos. Um garoto moreno,alto de cabelo curto e de bermuda se aproximou de nós. Me perguntei se ele não percebeu que está um pouco frio demais para ficar andando por aí semi-nu.

balancei um pouco a cabeça em sinal de reprovação e fiquei chocada.

- e aí irmãzinha essa eh a garota?- disse ele numa voz hostil.

- é seth, o nome dela é marrie por acaso.- Leah respondeu

- Oi garoto.- olhei de um para o outro- Irmãos?

- Infelizmente- Disseram em coro.

- Aonde está a tia Julia?- Perguntei tentando aliviaro clima pesado.

Eles andaram em direção a casa à nossa frente e os segui. Entramos numa sala pequena, que estava cheia de gente. Reconheci o rosto da miha tia, que sentava ao lado de um senhor mais idoso.

Minha chegada na sala fez com que todos se calassem. Sabe aquela impressão de que estavam falando de você? Pois é. Mexi meu pé inquieta , um senho se levantou e fez uma mesura indicando para eu me sentar.

Eu tenho que saber o que está acontecendo.