Counting Stars escrita por Cupcakes4264


Capítulo 4
4. Ps:.I love you


Notas iniciais do capítulo

Olá povo!!
1° Muitos agradecimentos a todos aqueles que estão acompanhando a fic
2° Muitos beijos e S2s para quem comentou, serio vcs moram no meu coração
4° Esse filme é mtooo fofo...
Bom cap...



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4.Ps.: I love you

5 anos antes.

– Percy? – uma voz chorosa diz, no mesmo instante largo Drew e me viro a tempo de ver cabelos vermelhos desaparecendo pelo corredor. Pego minha blusa, que estava jogada, e sigo na mesma direção deixando uma morena semi – nua e irritada no chão.

– Rachel – grito me aproximando – Rach – digo segurando seus braços que tentam me socar. Rachel é filha de um magnata, e apesar de ter vindo pra cá muito nova, com 10 anos, não é muito boa em qualquer coisa que exija força ou coordenação motora.

– Perceu seu...

– Não me chama de Perceu – eu digo calmo.

– Percy seu... – ela me fuzila com o olhar, mas não tem coragem de falar nada.

– Rach, calma – falo segurando suas mãos.

– O que você ‘ta fazendo aqui? Porque não vai terminar de comer a vadia da Drew?

– Porque antes de qualquer coisa eu sou seu amigo, e eu nunca ia te deixar chorando sozinha.

– Percy porque você fez isso – ela diz, e eu a abraço acariciando seus cabelos – eu achei... eu achei....

– Eu sei Rach – digo calmo.

– Não Percy – ela vira seu rosto, agora sem lágrimas, em minha direção e foca seus olhos verdes nos meus – eu achei que fosse sério, que nós realmente fossemos ficar juntos, depois de ontem, eu achei que íamos nos acertar – ela termina e eu assinto.

Eu gostava da Rachel de verdade, mas não a amava. Ela era uma garota incrível: bonita, inteligente, criativa, espontânea, bondosa... Uma ótima amiga.

A questão é que eu não conseguiria ser um namorado ao menos descente para ela, sei que parece meu clichê, mas eu não a merecia. Ela merecia alguém fosse romântico, a amasse incondicionalmente e mais importante que só tivesse olhos para ela, e esse cara não era eu, e provavelmente eu nunca seria esse cara para nenhuma garota.

Apesar dela saber disso, apesar de eu saber disso, nós acabamos ficando, algumas vezes. E todas as vezes eu me sentia terrível, completamente desolado por alimentar suas esperanças, por brincar com seus sentimentos.

Mas se eu a namorasse, eventualmente acabaria sendo pior, muito pior.

– Rach, você sabe que...

– Que você não quer nada sério, sim eu sei, eu só achei... – ela engole em seco – sei lá Percy, eu só achei que eu pudesse te mudar, sabe, eu pensei que pudesse fazer você me amar. Que quando você olhasse pra mim não pensaria em mais ninguém, eu achei que talvez veria seus olhos brilhando quando me visse, que você pensaria sempre em mim e faria tudo por mim e amaria meus defeitos, e conheceria meus medos. Me protegeria e cuidaria de mim. E não conseguiria passar um segundo se quer longe de mim sem sentir seu coração explodir, e fazer de tudo para me fazer sorrir. E eu achei que pudesse fazer isso porque, Percy, porque eu sinto isso por você. Eu te amo – ela terminou e me encarou – Mas você não me ama, e tudo bem, só que eu não posso continuar com isso Percy. Eu não posso. – ela negou com a cabeça – enquanto nos estivermos assim eu nunca vou conseguir seguir em frente, eu vou continuar te amando – eu engoli em seco.

– Rachel, você é uma menina incrível, bonita, engraçada e inteligente. Quem namorar com você vai ter uma puta sorte. Mas Rach eu não sinto nada disso, entende? Não é com você, eu não sou capaz de amar ninguém, e por mais incrível que você seja, não pode mudar isso – falei com a voz calma, acariciando o seu rosto ela assentiu.

– Eu sei disso agora, Percy.

– Mas ei, eu não quero perder minha melhor amiga ok? Você é muito importante pra mim – ela esboço um sorriso tímido e fraco.

– Sempre – e seguiu adentro do corredor desaparecendo a poucos metros.

Passei as mãos nervosamente pelos cabelos.

–--

2 anos antes.

Eu sabia que tinha combinado 20h com Annabeth, mas eu não conseguiria ficar mais 2 horas sem vê –lá.

Passei a mão impacientemente em meus cabelos. Aquela menina estava me deixando insano, ela não saia de minha cabeça. Dês que à vi, eu sabia que ela era diferente.

Eu tentava prolongar os segundos em que passava com ela, e quando não estávamos juntos meus pensamentos a pertenciam. Nos seus olhos iguais a tempestades, na sua pele branca e sedosa, que me provocava choques só de encostar, seus cabelos loiros ondulados com cheiro de morango, suas mãozinhas pequenas, que ficavam tão bem dentro das minhas, seus lábios que eram extremamente atrativos.

E quando eu a beijei, eu não sabia que um beijo poderia provocar tantas sensações diferentes. Minha barriga se contorcia loucamente, meu cérebro parecia derreter mais rápido que um carrinho de sorvetes no sol, minhas mãos suavam e seu gosto de morango se tornou meu vício.

Eu tive medo, o que nunca havia acontecido antes, eu tive medo que ela não gostasse de mim, que ela me rejeitasse, que ela parasse de falar comigo, eu não conseguiria viver um dia sem ela. Mas então ela me correspondeu, melhor ainda ela me beijou e uma alegria sem igual tomou conta de mim, e naquele momento eu soube que estava completamente apaixonado por ela.

Eu nunca achei que fosse me apaixonar, eu sabia que não era capaz de amar uma pessoa mais do que a mim mesmo, colocar as necessidades de alguém em cima das minhas, pensar antes na felicidade de outra pessoa. E eu sabia que isso era anormal, eu sabia que algo estava quebrado em mim, algo que eu achava que ninguém podia concertar. Talvez pela minha mãe não me amar, ou pelo meu pai me ver como um agente e não como um filho. Não sei.

Mas quando Annabeth me beijou algo dentro de mim se modificou, ouso dizer que meu coração à partir daquele dia bateu com mais força e intensidade como se não pudesse nunca mais parar, como se finalmente eu tivesse uma razão para respirar, e consequentemente eu soube que faria de tudo para vê – lá feliz e em segurança.

Parei em frente da casa dela. Pensei em tocar a campainha, mas a coragem não se fez presente. Ela me fazia ficar buliçoso, inseguro, nervoso.

Então eu a vi ela estava linda, com os cabelos ao vento e as luzes do crepúsculo exaltando seus traços, quase saindo de casa quando de repente ela entra novamente de forma brusca, como se tivesse sido puxada.

Espero um tempo e nada.

Resolvo sair do carro, e vou até a porta. Penso em tocar a campainha, mas a porta estava entre aberta.

Entro com cautela, em cima da mesa da cozinha tem um cinto de policial.

Me lembro do agente da condicional de Annabeth, sujeito estranho, nunca entendi porque ele se ofereceu para cuidar dela.

Eu lembro quando ela saiu do reformatório, ela estava fragilizada, algo havia acontecido, mas ela não queria me contar e isso me preocupava. Eu havia ido visitar ela todos os meses nos dias de visitas. Foi horrível ficar todo esse tempo sem ela, tudo o que eu fazia era ficar remoendo os poucos momentos em que passamos juntos. Assim que ela saiu, eu não desgrudei, nos víamos todos os dias.

Escuto algo no andar de cima, um... gemido?

Subo as escadas pé ante pé, para não fazer barulho. Quando chego no andar de cima me deparo com uma cena horrorosa. Annabeth está deitada no chão, com os olhos feckhados e uma expressão enfurecida, com os punhos cerrados e colados ao corpo. E em cima dela está um homem, melhor seu agente da condicional, gemendo e apertando seus peitos por cima do sutiã.

Os dedos de Annabeth estão brancos, não entendo porque ela não faz nada, ela quer fazer, ela quer soca – ló eu sei disso.

Sou despertado do meu transe quando a mão dele desse e desabotoa o primeiro botão de seu short. Desgraçado.

Sem pensar muito, ando rapidamente em direção ao quarto e o arranco pela camisa, o jogando com tudo em direção a parede, me aproximo dele enfurecidamente, minha visão está turva de ódio, meus punhos tremem de raiva. Uma ira se apossava de mim.

Eu o soco, com toda a minha força, no rosto até ele não sustentar o próprio peso e cair no chão. Então chuto a sua barriga. E meu ódio é suficiente para continuar a noite inteira até ele não ter mais sangue para sangrar.

Mas eu penso em Annabeth, me viro e ela está sentada no chão, pasma. Eu chego perto e a ajudo a levantar, a puxo pela mão até estarmos fora da casa. O resto do trajeto a minha casa se passa como um borrão, tudo em que penso é levar Annabeth para um lugar seguro, longe dali.

Olho para ela, e vejo que está sem camisa, tiro a minha e a entrego. Ela segura a camisa e olha pra mim com uma expressão indecifrável e a coloca.

A levo pro carro, e passamos o tempo todo do caminho em silêncio. Eu não sei o que dizer muito menos ela. Eu precisava pensar no que tinha acontecido, colocar as ideias no lugar. Porque a Annabeth não fizera nada, porque ela não falara nada pra mim.

Assim que chegamos em minha casa eu falo, em um tom de voz alto.

– Que porra foi essa, Annabeth? – olho dentro dos seus olhos, e vejo medo. Fecho os meus olhos e passo a mão pelos meus cabelos, meu estomago se contorce, ela não pode ter medo de mim, eu não quero causar medo nela, eu não quero assusta – lá, lembro das pessoas da Academia. Eles tinham medo de mim, e chegou uma hora que eu não aguentava de mais, não dá para viver com todos te temendo, te evitando, tomando cuidado perto de você. Eu não poderia viver isso com Annabeth, não com ela. Me aproximo e seguro seu rosto e a encaro com suplica – Annie, não tenha medo de mim.

Ela olha nos meus olhos, em dúvida, e leva a suas mãos as minhas.

– Percy, eu nunca, nunca teria medo de você – ela leva uma das mãos ao meu rosto e a outra a curva do meu pescoço – eu tenho medo por você, com o que pode acontecer se ele...se ele... – um soluço irrompe a sua garganta – eu não conseguiria suportar a dor de causar algum mal a você Percy – ela me olha séria enquanto acaricia os meus ombros – eu tenho medo que você tenha nojo de mim, eu sei que poderia o ter derrubado, o ter tirado de cima de mim, eu tentei... eu passei esses últimos seis meses tentando impedir isso, eu apontei uma arma pra ele, mas tudo foi em vão porquê... – ela engole em seco – porque ele pode me mandar pra lá de novo. E Percy... eu...eu não posso voltar pra lá – ela disse com lágrimas escorrendo pelos olhos – eu não vou suportar se eu voltar... – então eu a abraço bem forte junto ao peito desnudo, e ela chora alto, soluçando.

– Calma, Annie – eu encaro os seus olhos cinza que agora contrastam com um vermelho forte – você não vai voltar pra lá, eu não vou deixar. Entendeu? – ela assente agradecida, eu acaricio a sua bochecha, fitando suas orbes tempestuosas e quase indecifráveis.

–--

9 horas antes.

– Cara, porque você não foi no jantar de ontem?

– Não tava afim, Nico – digo impaciente. Ele me olha preocupado.

– Percy o que aconteceu com você, cara? – eu arqueio as sobrancelhas pra ele - Você está aqui a quase 6 meses, não ficou com ninguém, parece um zumbi andando pela academia, quando não está enfiado no quarto quase morrendo!

– Eu estou ótimo Nico! – digo tentando parecer bravo, mas minha frase sai quase como um gemido descontente.

– Aham, sei – ele diz descrente – Sabe Jackson eu acho que algo aconteceu lá fora, algo que você não quer nos contar – eu o encaro e hesito por um momento.

– Não aconteceu nada Nico, nada – eu digo tentando me explicar – Mas eu deixei uma vida me esperando, a minha vida. E eu preciso voltar pra ela, eu simplesmente preciso voltar... – para Annabeth, completo mentalmente. Ele me olha em dúvida.

– Ok, ok. Se você diz Percy. Mas enquanto você não volta pra sua vida – ele frisa a última parte - Vai ter que se contentar com essa aqui mesmo – eu gemo em protesto enfiando minha cabeça nos travesseiros quando ele abre a janela – Sabe você não pode ficar faltando um dia sim e outro também.

– Não? – pergunto triste.

– Não – ele fala seco – mas se te animar, entrou ontem no jantar uma menina maravilhosa, muito gostosa – reviro os olhos, ele me encara – sério cara, você nem parece o Percy de antes, que corria atrás de qualquer rabo de saia – ele nega com a cabeça, pensativo – enfim a questão é que o Luke, tentou algo com ela – típico – e ela em três golpes rápidos o derrubo no chão – olho pra ele abismado – é eu sei, mas não para por ai, ela sentou na mesa da Thalia. E a punk não matou ela. Inclusive se você tivesse ido no café da manhã e no almoço, ou a qualquer aula de hoje – ele me lança um olhar reprovador - teria visto como as duas tão coladas, tipo melhores amigas – assinto impressionado, dês que eu voltara, eu tentara falar com a mina prima punk diversas vezes, e todas elas, eu saí seriamente machucado. Como todos que tentavam falar com ela.

– Afinal, Nico, o que aconteceu pra ela ter se afastado assim. Eu lembro que vocês eram grudados – ele engole em seco.

– Nossa, olha a hora. É melhor eu ir Percy. Te vejo no jantar? – eu assinto e ele sai quase correndo do quarto, Nico nunca fora muito bom com palavras.

Passo as mãos pelos meus cabelos e penso nos olhos cinzas que não saem da minha cabeça, enterro meu rosto no travesseiro e imploro para sonhar com ela.

–--

2 anos antes.

Ela havia me contado tudo sobre o reformatório as meninas que batiam diariamente nela, as vezes que tentaram mata – lá dormindo e o assédio constante dos policiais. Ela disse que as mistas são piores, que lá é como um lugar sem regras e que se ela fosse não sabia se voltaria viva ou com sanidade mental.

Eu prometi que não a deixaria voltar, eu prometi que ia protege –lá. A ver frágil assim me fez ter raiva de todos, me fez querer socar algo. Eu precisava fazer algo.

Viro a maçaneta, mas a porta está trancada. Pego impulso e a arrombo. Olho para a cozinha, e o vejo com um gelo no rosto, rodeado de papel ensanguentado. Ele me encara, provavelmente sem me reconhecer.

– Ei, o que.... – me dirijo a passos rápidos em sua direção e o seguro pela gola da camisa, o levantando do chão, o que possível por eu ser mais alto.

– Olha aqui seu porco nojento – ele me olha com raiva, mas consigo ver um lampejo de medo – Você não vai chegar perto de Annabeth. Você vai parar de ameaça - lá. E você vai deixa –lá em paz. Não sei o que você vai fazer, mas você vai dar um jeito de tirar a polícia do pé dela. Ela não vai mas morar aqui e você não irá procurar, tocar ou até mesmo pensar nela. Por que se não, eu juro – eu trinquei o maxilar – eu juros, que se você causar qualquer mal a ela, eu te mato – ele tremeu levemente – Entendeu? – ele não disse nada, eu bati ele na parede com força e ele gemeu de dor –Entendeu? – ele assentiu com a cabeça.

Eu o soltei e ele escorregou para o chão.

–--

0 horas antes.

– Paris é incrível... – mesmo Silena estando ao meu lado sua voz soa distante. Reviro a comida do meu prato.

– Percy você ta legal? – a voz da Rachel sai baixa, mas todos olham na minha direção, preocupados.

– To bem, gente. Relaxem – eles me encaram pouco convencidos, e eu encaro o meu prato.

– Gente olha quem ta entrando – Jason tenta desviar os olhares de mim – a novata, ela e a Thalia parecem se dar super bem.

– Eu falei com ela essa tarde – Rachel diz indiferente e todos os olhares vão para ela – ela é bacana, um pouco fria mais educada.

– Ela luta bem – Charles diz e todos murmuram algo concordando – ela é nossa colega em combate corpo a corpo, Percy – eu apenas balanço a cabeça concordando, ainda admirando minha couve de Bruxelas nada apetitosa.

– Ela é gostosa isso sim – diz Nico, me cutucando. Eu levanto minha cabeça impaciente, só para ele parar de me encher o saco.

Sem procurar muito acho minha prima, punk como sempre, e ao lado dela está uma deusa de cabelos loiros, não qualquer deusa, a minha deusa dos olhos tempestuosos, a minha Annie.

– Ela vai é te dar um soco isso sim – Rachel diz, tirando sarro de Nico – Duvido que ela deixe alguém chegar perto dela – Silena concorda.

– É, Nico, essa vai ser difícil – ela toma um gole de suco, e eu ainda encaro Annabeth com a boca entre aberta, sem saber o que fazer, enquanto ela a 10 m de distância passa os olhos pelo salão a procura de uma mesa – Afinal qual é mesmo seu nome?

– Annibel? – Nico diz pensativo.

– Não seria, Annabell – diz Charles.

– Não gente o nome dela é.... – começa Rachel rindo.

– Annabeth – digo em um sussurro.

– é isso mesmo – ela fala desconfiada e todos me encaram surpresos.

– Você é rápido Percy – Nico diz – Eu falei que ela era gostosa – bato minha mão com pouca força no peito de Nico, ainda a encarando, ele emite um “Ai” agudo e alto. E Annabeth vira na nossa direção.

Nossos olhares se cruzam, e ela derruba a bandeja no chão, causando um som alto e estridente, atraindo todos os olhares em sua direção. Seu olhar se prende ao meu e nos encaramos, um mínimo sorriso cresce na lateral do meu rosto, ela está ali a poucos metros de mim. Pela visão periférica vejo todos os integrantes da mesa revisarem seu olhar entre mim e ela, como em uma partida acirrada de tênis.

Me levanto, e a passos rápidos vou em sua direção, com o sorriso crescendo em meu rosto.

Chego perto dela que me encara com a boca em um perfeito “O” e puxo sua mão para fora do refeitório, não sem antes ouvir um “mas que merda? “Vindo de Thalia.

A puxo praticamente correndo até meu quarto que fica dois andares a cima. Abro a porta às pressas e prenso ela na parede.

– Por favor, me diz que você não é uma miragem? – eu imploro com nossas testas encostadas.

– Percy – ela fala baixinho, como eu senti falta da forma que o meu nome saia de seus lábios, ela passa as mãos pelo meu rosto, como se para conferir que isso é real.

Eu a olho nos olhos, vejo os olhos tempestuosos que tanto amo, acaricio sua bochecha com um polegar e a beijo ferozmente. E como é bom poder beija – lá, toca – lá, senti – lá. Minhas mãos passeiam pelo seu corpo afobadas, tentando sentir cada parte dela de novo, cada centímetro que senti falta. Eu suspendo ela pela coxa e ela as enlaça em minha cintura, e me afasto e encaro seus olhos cinzas, sua boca inchada e seus cabelos loiros.

– Eu te amo, Annabeth – eu digo entre beijos e ela sorri – Muito...

Ela segura meus cabelos, os puxando levemente para trás.

– Nunca mais se atreva a sumir assim, entendeu Perceu – ela diz roçando nossos lábios – Se não eu juro que... – Não a deixo terminar e a beijo novamente.

Com ela em meu colo, vou em direção a cama, e a deito com cuidado.

Acaricio as suas coxas com uma mão enquanto seguro seu quadril com força, sentido o seu corpo se arrepiar com o meu toque.

–--

2 anos antes.

Quando cheguei ela estava linda dormindo deitada no sofá de comprido, peguei ela no colo e a levei para a minha cama. A acomodo da melhor maneira possível. E me viro em direção a porta.

– Percy – ela diz bem baixinho quase como um suspiro, segura minha mão me puxando – fica aqui comigo. – ela fala com uma voz arrastada e sonolenta, porém mesmo assim autoritária.

Me deito ao seu lado e ela automaticamente se enrosca em mim, eu beijo os seus cabelos e deixo o sono tomar conta, com um sorriso bobo no rosto.

Pela janela os raios invadem a imensidão escura do quarto, e eu abro os olhos. Analiso a situação. Annabeth está deitada sobre meu peito com os braços enroscados na minha cintura. Meu braço está em baixo de seu pescoço e o outro enlaçado ao seu quadril. Nossos pés e pernas estão emaranhados até o final da cama. Com certeza eu nunca acordei melhor.

E como sempre ela estava linda. Seus cabelos pareciam feitos de ouro e sua expressão é calma e tranquila. Não resisto e beijo seus lábios de leve, ela parece acordar porque aprofunda o beijo segurando a minha nuca. E nossas línguas travam uma batalha gostosa que nenhum de nós se importa em vencer.

Me afasto ofegante, e encaro os seus olhos tempestuosos. E meu coração bate forte, meu estomago se contorce, e nesse momento é como se não existisse mas nada nem ninguém no mundo somente eu e ela. E então eu percebo, algo que já era evidente desde que a conhecera, ela não saia da minha cabeça, os momentos com ela eram mais valiosos que ouro, eu faria tudo por um simples sorriso e a protegeria de qualquer coisa que a ameaçasse. Os segundos longe dela eram torturantes como se eu estivesse sem uma parte vital do meu corpo. Eu queria cuidar dela, proteja –lá, faze – lá feliz. Ela era meu mundo, ela tinha meu coração. Eu soube encarando aqueles olhos cinzas que brilhavam, eu soube naquele momento que eu não me pertencia mais, que eu pertencia a ela. Que ela era meu sol, minha vida. Eu soube que a amava.

– Percy – ela irrompeu meus pensamentos com sua voz baixa e sonolenta – me desculpe por... – a voz dela vacila – por causar tantos problemas, você não tem nada a ver com isso, e você podia acabar se encrencando por mim, e eu não sei o que faria... – ela fala afobada e me encara nos olhos – hoje mesmo eu vou lá na pensão arrumar um quarto e .... – não a deixo terminar e dou um selinho nela. Nos viro na cama, comigo por cima. A vejo com o olhar surpreso, os cinzas tempestuados ainda contrastando com um leve vermelho e os cabelos embolados em volta de seu rosto. Penso que nunca a vi mais bonita.

– Annabeth, você não vai pra pensão porcaria nenhuma, você vai morar aqui comigo – ela começa a protestar – e não adianta contradizer, dizendo que eu não tenho nada a ver com isso, porque eu tenho sim, tudo que tem haver com você tem a ver comigo – dou mais um selinho nela, e digo baixinho – porque eu te amo – ela me olha assustada, e abre a boca para falar, mas eu a beijo ferozmente, e ela não demora a corresponder. As nossas línguas se encontram com urgência em um beijo de volúpia, ela enlaça as pernas em minha cintura, eu desço uma mão por todo o seu corpo e aperto suas coxas, ela geme entre o beijo, com a outra mão levanto um pouco a minha blusa que ela usa e acaricio sua barriga. Ela puxa meus cabelos da nuca e arranha de leve meus ombros. Quando o ar é necessário, nos afastamos com selinhos e eu beijo seu pescoço e sussurro.

– Vou fazer o café – me levanto, com muito custo, a deixando atônita na cama.


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Notas finais do capítulo

Eu não sei vocês mas eu ABSOLUTAMENTE amei esse cap. TIPO MTOOOOOO.
Sei lá eu achei perfeito..... Tipo o REENCONTRO e gente o Percy ta tão fofo que eu to com vontade de morde - lo. É sério eu não sei como fui capaz de escrever um Percy assim....
Eu achei a construção do cap também, meio loucona, mas bem legal.... Acronológico
Enfim se concordam comigo comentem, se não comentem, se quiserem me dar um oi comentem ou simplesmente comentem



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