Counting Stars escrita por Cupcakes4264


Capítulo 2
2. Zoom – A academia de super heróis.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal...
voltei com um novo cap...
Eu tenho que dizer que estou muito feliz, 22 acompanhamentos em um cap (OMG)...
Muito obrigada aos que comentaram e aos que estão acompanhando...
Aliais os nomes dos caps são títulos de filmes, como vcs podem ou n ter percebido...
Os títulos tem alguma coisa haver com o cap, mesmo que seja muito sub entendido...
enjoy...



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Capítulo 2 – Zoom – A academia de super – heróis.

2 anos antes.

– Percy

– hum… - eu respondi, sonolento. Ela estava deitada no meu colo com os olhos fechados enquanto eu acariciava seus cabelos cor de ouro. O sol estava se pondo, e logo teríamos que sair para “trabalhar”.

– O que você queria ser quando crescesse? – eu pensei um pouco.

– Sabe que eu não sei o que eu queria, Annie. Lá na Academia, nós não tínhamos muita opção. Era basicamente agente secreto. – ela abre os olhos e eu posso encarar aquelas orbes cinzas que tanto amo.

– Como era a Academia? – eu geralmente não falava sobre a Academia com ninguém, mas com a Annabeth era diferente eu sabia que podia confiar nela.

– Eu fui pra lá com 8 anos, a maioria vai, apesar de todo ano entrar gente nova. Lá tinha todo tipo de pessoa desde filhos de agentes federais, até filhos de criminosos procurados pela Interpol. Tinha também os mimados que os pais o mandavam para lá como castigo. E esse era um dos principais problemas, os criminosos e os policiais eram formados no mesmo local, lá tinha pessoas muito perigosas. A maioria fica até os 24 anos, que é quando se formam. Pelo meu pai eu teria ficado, mas eu consegui fugir com 16 – Lembro – me de 5 anos antes quando fugi daquele inferno e solto um suspiro- Nos aprendíamos o básico de todas as matérias, caso quiséssemos podíamos nos aprofundar em algumas em aulas extracurriculares, também tínhamos combate corpo a corpo, combate a mão armada, prova de resistências em campo, essas coisas... – passo a mão na pequena cicatriz que tenho um pouco acima da sobrancelha, no supercílio, quase imperceptível.

Annabeth se levanta e ajoelha ao meu lado no sofá, segura meu queixo delicadamente e vira meu rosto em sua direção, ela se aproxima e beija minha cicatriz, depois encosta nossas testas e olha nos meus olhos.

– Percy – ela fala em um tom um pouco mais alto que um sussurro – Você acha... – ela começa hesitante- Você acha... que algum dia nós vamos poder, você sabe, ter uma vida normal? – eu encaro aquele olhar inocente dela, e dou um sorrisinho. Eu sabia o que ela pensava de tudo aquilo que fazíamos. Ela não gostava, diferente de mim ela achava extremamente errado.

– Claro – começo acariciando sua bochecha – Nós vamos ter uma daquelas casas, com um quintal gigantesco inteiramente verde e uma casa na árvore, naqueles bairros longe da cidade que são bem mais seguros, assim nossos filhos poderem ir para a escola de bicicleta, e nos finais de semanas vamos todos para praia, ficar na areia tomando sol enquanto você manda as crianças passarem protetor solar e eu os ensino a surfar – nós rimos ao mesmo tempo e eu percebo que seus incríveis e gelados olhos cinzas estão brilhando por causa das lágrimas.

– Quantos filhos vamos ter? – ela pergunta entrando na brincadeira.

– Não sei. Eu quero pelo menos dois. Eu amaria ver uma mini Annabeth correndo pela casa – ela sorri, e eu acaricio sua nuca.

– Eu queria um mini Percy, pra aperta as bochechas – ela diz se aproximando mais de mim - Eu te amo herói.

E ela sela nossos lábios em um beijo calmo e cheio de paixão. Suas mãos vão para o meu cabelo e as minhas tentam aproximar ela ainda mais de mim, eu a deito no sofá e digo com nossos lábios roçando.

– Eu te amo.

–---

Seis meses antes.

Focalizo nas cortinas cinzas que me fazem lembra de olhos tempestuosos e meu estomago se contrai. Fazem pouco dias que há vi pela última vez, mas a saudade é enorme. Fico pensando se ela está preocupada comigo, ou então se ela está magoada ou me procurando. Eu só desejo que ela não se meta em encrenca, que ela não vá presa de novo.

Por mais que tenhamos apenas 2 anos de namoro eu sinto uma necessidade de te - lá perto de mim o tempo todo, desconfio que ela seja mais importante que ar para a minha vitalidade.

E mesmo sentindo falta de seu cheiro, de sua voz, de seus olhos, de seu corpo junto de meu, de sua risada. Sentido falta de cada pedaço dela. Mesmo assim, eu não gostaria que ela estivesse aqui comigo. Não nesse inferno.

– Percy, o senhor Olympus está pronto para recebe – ló – a mesma secretaria de sempre diz e eu me dirijo a porta preta lustrada do escritório.

– Bem vindo de volta - a voz dele sai divertida – sabe eu realmente achei que não conseguiria pegar você, mas quem diria que uma multa de transito iria te entregar.

Cerro meus punhos, depois de 5 anos vivendo em liberdade e com todo cuidado cometendo dos mais diversos crimes, eu sou pego por ter estacionado em local proibido e ido à delegacia por discutir com o policial, mas o problema não era a delegacia era a ficha que iam fazer de mim com meu telefone, meu endereço e meu nome completo. Eu sabia que em pouco tempo ela chegaria a mãos do homem a minha frente e ele mandaria todos os seus guardas a minha procura, por isso, assim que saísse da delegacia ia achar Annabeth e ir o mais rápido o possível pro lugar mais longe que conseguisse pensar. Mas ele foi mais rápido.

– Você não pode me manter preso aqui, eu tenho 21 – digo com a voz raivosa.

– Ah, meu filho eu não posso muitas coisas porém isso nunca me impediu – ele termina com uma risada alta, está visivelmente feliz – Sabe Percy eu e sua mãe realmente sentimos sua falta...

– Até parece, aposto que minha mãe nem reparou o meu sumiço, enquanto você deve ter ficado furioso, por não consegui controlar seu próprio filho. – termino rindo – e se você não me soltar, eu vou arrumar um jeito de fugir de novo e te deixar mal com os acionistas de novo. – o sorriso no rosto dele some.

– Pra que posso saber? Para continuar a ser um traficantesinho de merda, fazendo trabalhos sujos aqui e ali... Hein? Você foi treinado para ser melhor que isso, para ser grande e importante – ele termina – e você não vai conseguir sair, não de novo. Desde a sua fuga os acionistas têm investido mais na segurança, é impossível sair daqui.

Cerro os punhos, até minha palma da mão arder com a pressão das minhas unhas.

– Não se preocupe, eu vou mandar alguém pegar suas coisas na sua casa... – ele começa.

– Não – respondo tentando controlar meu medo pela Annabeth – não precisa mandar ninguém.

– Por causa da menina – meu coração falha uma batida, e eu o encaro assustado – Ah, por favor filho você achou que não mandei ninguém te investigar – eu começo a suar frio de medo, eles não podem ter feito nada com Annabeth – Não se preocupa ela logo vai arranjar outro menino e você vai arrumar outra puta qualquer aí...

O meu medo se transformou em raiva e eu avancei por cima da mesa segurando a gola da blusa do meu pai com força e falando entre dentes.

– Você não ouse falar assim de Annabeth, me entendeu? Você não ouse tocar nela, se não, Poseidon Olympus, eu juro por todo que existe nesse mundo que eu não descansarei até você estar morto – meu pai me olhava surpreso e eu sabia porque, ele nunca havia me visto tão bravo. Eu sempre fora uma pessoa controlada que não demonstrava meus sentimentos. E em parte continuava assim, frio e calculista, porém Annabeth era meu tendão de Aquiles, meu ponto fraco. Ela era mais importante que a minha vida, ela era a minha vida.

Meu pai assentiu firme.

– Certo... bom acho melhor se apressar se não vai perder a hora do jantar – ele disse com uma feição pensativa.

–--

A hora do jantar era quando os “novatos” apareciam pela primeira vez, para serem avaliados, como se fossem jogados em um cerco de leões a mercê da sorte e do bom humor dos adversários. Os novatos costumavam sofrer com ameaças, brincadeiras e agressões, até serem aceitos por algum dos grupos.

Ainda bem que eu não era um novato.

Eu havia passado pelo meu antigo quarto, ele estava exatamente como eu deixará. A maioria dos quartos eram para duas pessoas porém eu por ser filho do diretor e dono da Academia e ter vivido aqui quase a minha vida inteira tinha um quarto individual.

Os corredores estavam vazios, o refeitório com certeza estaria cheio.

Cruzo a porta do refeitório e um silêncio toma conta do local.

Alguns me reconhecem e olham espantados, outros nunca me viram na vida e tendam entender o que está acontecendo.

Passo o olhar pelo salão até achar a mesa do centro, onde um menino de cabelos negros ouvindo música ignora completamente o mundo ao seu redor.

Sigo em sua direção com o olhar gelado, escuto algumas pessoas murmurarem o meu nome, me sento ao lado do meu primo e tiro um fone de seu ouvido, como esperado ele cerra os punhos e vira em minha direção.

– E aí sentiu minha falta? – pergunto e o queixo dele cai no chão.

– Percy? – a voz vem do outro lado da mesa, de uma menina de cabelos cor de fogo, olhos verdes e sardas claras por toda as bochechas e nariz.

– Rach – respondo com um acenando com a cabeça. Ela me olha esperançosa, já havíamos tido algo, uma espécie de namoro, a verdade é que antes de conhecer Annabeth eu nunca fora muito de compromisso. O fato é que ela sustentava uma queda por mim.

– Cara... Como... O que...? – Nico tenta formular algo, ainda espantado.

– Nico – digo batendo de leve em suas costas e passo o olho pela mesa –, Silena, Backendorf, Jason e.... você eu não conheço – falo para uma menina com o visual desarrumado, a pele morena e os cabelos repicados trançados com uma pena.

– Piper Mclean – ela responde depois de um tempo. E uma lembrança invadiu minha mente.

– Você é filha do Tristan Mclean? – eu pergunto e ela assente, então lembro da primeira vez em que fui ao cinema com Annabeth, nós “assistimos” um filme em que ele era um agente secreto, ficamos rindo e apontando os erros de Hollywood – Eu assisti aquele filme dele, como era mesmo o nome, “The agent”. Eu achei hilário, a forma que tudo explodia em volta dele. No cinema A Ann... – me interrompo, quando vejo os olhares de meus antigos amigos sobre mim, reprimo o mínimo sorriso que surgiu em meus lábios, a verdade era que eu não costumava sorrir, principalmente quando o assunto era garota. Eu era um verdadeiro cafajeste na Academia. Volto para minha expressão séria e gelada. Sorrisos demonstram fraquezas – Enfim, vocês estão namorando? – pergunto apontado para meu primo Jason e pra ela, eles obviamente se gostavam, ficavam toda hora se esbarrando, só para poder sentir as suas peles se tocando, eu sei disso porque costumava fazer o mesmo com Annabeth. Costumava esbarrar nela ou ‘acidentalmente’ encostar nossos joelhos e nossas mãos, só para sentir as costumeiras ondas de eletricidade percorrendo o meu corpo. Meu estomago se contorce.

Os dois ficam vermelhos e desviam o olhar, Nico olha pra mim com um sorriso malicioso.

– Não – Silena responde por eles – ainda.

Vejo que Backendorf está com os braços em volta dela, fico feliz em saber que eles ainda namoram.

– E a Ann... – me interrompo novamente, tentando sem sucesso disfarças com uma tosse – E dizem que eu sou lerdo para entender o sentimento dos outros... – meus amigos me encaram por um período, e então eu percebo, ou melhor não percebo alguém na mesa – E a Thalia?

Todos se mexem desconfortáveis.

– Aconteceu muita coisa desde que você fugiu... – Jason diz balançando a cabeça na direção da minha prima que estava sentada em uma mesa isolada no canto, Nico fixa seu olhar nela e se perde em pensamentos.

– Certo... - respondo incerto. E tento descobrir o que passa na cabeça de Nico, sem sucesso.

Annabeth com certeza descobriria.

Meu coração falha uma batida. Não consigo evitar em relacionar tudo que se passa comigo com Annabeth.

Eu penso o que ela acharia sobre Nico, mórbido e sombrio, sobre Jason, o senhor certinho, sobre Silena, uma patricinha que sabe usar uma arma, sobre Backendorf, que apesar da cara de valentão é o mais calmo de todos, sobre Piper, que parece ser uma menina bacana.

O que ela pensaria sobre Thalia. Eu acho que elas se tornariam ótimas amigas.

O que ela pensaria sobre a Rachel ou então sobre as outras meninas que eu fiquei. A Calipso, a Drew...

O que ela acharia disso tudo, se estivesse aqui o que faria.

Ela me mandaria comer uma fruta, porque ela sempre diz que eu não como frutas o suficiente.

Pego a maça da bandeja de Nico e do uma mordida, com o pensamento longe e sentido olhares sobre mim.

Me levanto e murmuro algo sobre estar com sono e me direciono para porta.

Eu sinto falta dela, eu sinto que sem ela eu não posso respirar, eu não posso sentir. Sem ela eu não posso viver.

– Jackson! – alguém grita do fundo do refeitório – Parece que não se deu bem na vida real e voltou para a Prisão – sua risada e de seus amigos ecoaram pelo salão e meu sangue ferveu.

Atirei o resto da maçã no lixo a metros de distância fazendo uma cesta.

– Olha Luke, pelo menos eu consegui sair daqui, diferente de você – me virei, mais antes de sair pela porta acrescentei – e é melhor você ficar longe do meu caminho ou você já se esqueceu quem fez essa cicatriz em seu rosto?

Saio do salão, sem ver a sua reação e me direciono ao terraço, onde posso ver as estrelas.

Não importa onde eu estivesse, as estrelas seriam as mesmas e saber que eu vejo as mesmas estrelas que Annabeth está vendo na sacada de nossa casa em Nova York, enrolada em um cobertor quentinho e tomando um chocolate quente, me consola.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, eu não sei se gostei ou não desse cap, sei lá ele ta meio zuado...
Comentem: a sua opnião, se amo ou ódio, se vc achou o cap meio bugado, se vc esta gostando, para me dar um oi... Qualquer coisa...
Beijos



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