Vicios escrita por irbello


Capítulo 7
Sétimo


Notas iniciais do capítulo

Oi oi genteee! Fiquei muito feliz com a recepção de vcs capitulo passado que me motivei a escrever esse capitulo, só que sugiro uma caixinha de lenço quando lerem porque quando se aproximar do final vai ter uma coisa impactante.
Agora gostaria de agradecer com todo coração os comentários de vocês e saibam que li todos e vou responder assim que der *--*
Para quem perguntou se eu tenho tt, eu tenho sim, sou a @mrsredhead22, fiquem a vontade para irem conversar comigo, juro que não mordo hahaha
Beijos, boa leitura!
Ps: lenços para vocês Maletz e Laurete



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A medida que o filme passava, Bianca queria se espremer na cadeira de tanto medo e apertava a mão de João que quase considerou em abraçar ela. O fato dela segurar sua mão já era um milagre e ele não queria forçar nada.

– Ei, já tá quase acabando. – murmura em voz baixa acariciando de leve a mão dela tentando fazer que ela se distraísse.

O coração de Bianca parecia querer saltar pela boca.

A morena agradecia aos céus pelo fato da sala estar escura pois tinha certeza que seu rosto estava vermelho e xingou-se mentalmente por estar tão alterada. Era apenas o João! Desde quando ela ficava assim?

– Eu sei. – balbuciou atordoada sem conseguir ter a coragem de retirar sua mão.

O gamer apenas sorriu e voltou sua atenção para o filme sem perceber que o amigo cabeludo observava tudo, tudo menos o filme. Pedro Ramos estava incrédulo. Seu amigo viciado estava finalmente conseguindo conquistar a irmã de sua esquentadinha e nem parecia se tocar desse fato.

– Eu vivi para isso! – riu consigo mesmo logo recebendo um tapa forte no braço vindo da loira ao seu lado que olhava fixamente para a tela.

– Shiu! – K sussurrou fazendo um bico querendo assistir o filme embora estivesse curiosa com o que o namorado dissera.

– Linda. – ignorou o cabeludo tocando de leve no rosto dela que não conseguiu evitar um sorriso embora os olhos azuis cintilantes estivessem focados no filme, sua mente já estava em outro lugar.

A sessão do filme logo acabou e Bianca finalmente pode respirar aliviada, jurando consigo mesma que não iria mais assistir filme de terror no cinema. Levantou-se tão rapidamente e mal percebeu que arrastava João consigo segurando sua mão.

– Calma aí Bianquinha! Querendo ficar sozinha comigo é? – implicou o de olhos verdes se divertindo com a situação e bufou tentando esconder seu constrangimento

– Me erra garoto! – resmungou com a cara fechada finalmente notando que suas mãos estavam entrelaçadas.

Ela não precisava olhar para João para saber que ele continha um sorriso malicioso em seu rosto. Largou de imediato a mão dele e correu para o caminho do banheiro justificando a si mesma que estava apertada.

– Ei, me espera Bi! – ouviu a voz da irmã que corria atrás dela e desacelerou seus passos olhando para trás vendo a loira lhe alcançar com um aquele brilho típico nos olhos azuis.

A culpa lhe atingiu de modo avassalador ao ver o quão apaixonada Karina estava pelo Pedro. Reprimiu a vontade intensa de contar tudo sobre a demo e colocou um sorriso torto no rosto. Não tinha coragem.

– Nossa, sua cara murchou ai. O que eu fiz? – cutucou a loira rindo de leve erguendo as sobrancelhas.

Karina tinha aqueles olhos azuis que pareciam ler a alma da pessoa.

– Nada, eu só tô com fome. – disfarçou de leve mudando o rumo para a praça de alimentação fazendo que K a olhasse de forma estranha.

– Mas você estava indo para o banheiro. – murmurou Karina a encarando esperando resposta embora sua vontade fosse correr para o local e fazer suas necessidades básicas.

Antes que a morena pudesse inventar algo, o celular começou a vibrar em sua bolsa sinalizando uma ligação. Desviou os olhos e o atendeu, agradecendo mentalmente pela sua sorte que aparecia nas horas certas.

Oi filha, você está perto da Karina? – ouviu a voz grossa do pai assim aceitou a ligação.

– Ela está aqui do meu lado. – sorriu de leve fazendo que K a olhasse com curiosidade sem perceber que Pedro chegava por trás querendo surpreender a namorada.

Ótimo, então o menestrel e o viciadinho devem estar juntos também. Convoca todos, menos o capirotinho.. Ai Dandara! Desculpa, pode levar o capiroto também. Enfim, quero todos daqui trinta minutos em casa para jantarmos todos juntos! – terminou de falar o mestre Gael enquanto Bianca ria de leve fazendo que mais olhares curiosos fossem lhe dirigido.

– Pode deixar pai. A gente logo vai estar ai! – afirmou a morena logo encerrando a ligação e erguendo o rosto para encarar os três que tinha a curiosidade estampada na testa.

Ela explicou brevemente e K aproveitou para ir rapidamente ao banheiro começando a pensar qual seria o motivo pelo jantar. Várias ideias passaram na cabeça, o que deixava a loira ainda mais curiosa.

– Por que eu tenho uma impressão que esse jantar é suspeito demais? – resmungou João coçando a nuca tentando imaginar o motivo e nenhum deles parecia “bom”.

– Bom, vamos descobrir quando chegarmos. – sorriu Bianca que já imaginava qual seria o assunto. E geralmente, ela nunca se enganava.

Assim que K voltara do banheiro, os quatro sairam do shopping procurando um táxi. Como eram muitos, João ficara na frente enquanto Bianca segurava vela para o casal Perina atrás do carro. K era discreta mas era Pedro que roubava os beijos da namorada envergonhada.

Chegaram em frente do prédio em menos de vinte minutos e assim que todos racharam o preço do táxi, finalmente desceram do carro indo em direção ao apartamento. O viciado de jogos continha a cara séria encarando a porta e se deparando com a mãe a abrindo com um sorriso gigante.

– Meu amorzinho! Desmancha essa cara. – Dandara envolveu o filho em um abraço logo beijando o rosto de modo como se ele fosse uma criancinha.

– Ai mãe, você tá queimando meu filme. – murmurou o gamer envergonhado fazendo que os presentes na sala rissem.

A professora de música abraçou todos e logo foi para perto da mesa onde Gael permanecia em pé com os olhos fixos na mesma querendo falar algo que iria mudar a vida deles. Esperou todos se acomodarem na cadeira e apertou a mão da mulher que o incentivava com os olhos.

– Eu não estou gostando disso. – João mantinha os olhos desconfiados prestando atenção em qualquer detalhe fora do comum.

– Shiu, deixa ele falar. – a atriz lhe deu uma cotovelada querendo ajudar o pai.

– Então, antes de comermos essa maravilhosa comida...Eu tenho um comunicado muito importante. Karina e Bianca, nossa casa vai aumentar. Pois, eu e a Dandara vamos nós casar! – exclamou o mestre eufórico e a mesa explodia em aplausos.

João não conseguia acreditar no que havia ouvido.

– Perai, isso é alguma piada? Não tem a menor graça! – indagou o gamer com os olhos faiscantes encarando a mãe que suspirou fundo, já esperando essa reação do filho.

– Não é piada não João, eu e o Gael vamos nos casar. – afirmou Dandara com os olhos sérios e um sorriso feliz no rosto tentando expressar sua felicidade.

O de olhos verdes que sempre teve o costume de dar ataques com a relação da mãe com o mestre Gael apenas se retirou da mesa com a carranca estampada no rosto indo em direção á porta se controlando para não dizer algo que magoasse sua mãe.

Ele tinha a enorme mania de falar coisas que não se devia quando estava com raiva.

– Eu vou atrás dele. – murmurou Bianca preocupada com a reação nada normal de João.

O silêncio predominou na mesa, todos se encarando e observando a atriz se retirar do apartamento atrás do gamer que já estava quase atravessando a rua querendo ir mais longe o possível para assimilar a noticia.

Sua analista quase teria orgulho.

– João! – gritou a morena bem no exato momento que ele atravessaria.

– Bianca? – murmurou João franzindo a testa ao ver que a garota que se aproximava hesitante com os olhos castanhos preocupados. – Olha não se preocupa, eu não vou atrapalhar nem nada os planos deles, eu só quero... – acrescentou rapidamente com a voz seca atravessando a rua sem olhar para trás indo em direção para a praça.

A garota apenas permaneceu em silencio o seguindo e se sentando ao lado dele no banco. Ele olhava para o céu que continha poucas estrelas, podendo até contar nos dedos quantas havia. Tentava pensar em tudo menos na noticia que recebera há poucos minutos.

– Eu não acredito que ela está fazendo isso. Se casando... – tremeu irritado só de imaginar sua mãe seguindo a vida e consequentemente o deixando por trás.

Crispou os olhos tentando controlar o sentimento de medo e irritação que o percorria.

– Calma João, olha para mim. Foque em mim. – a atriz tocou no rosto dele fazendo que seus olhos verdes a fitassem intensos e incrédulos com o gesto dela.

– Bi-Bianca... – murmurou rouco se perdendo naquele incrível olhos castanhos que tinham a mania de o hipnotizar desde aquele dia em que ele a viu pela primeira vez.

Bianca já sentia o coração acelerar e quase se esqueceu do que iria falar, se perdendo nos incríveis olhos verdes do garoto.

– Não é o fim do mundo sabe? Eles se amam, sua mãe tá feliz, não é o que realmente importa? Ver nossos pais felizes? – falou de maneira suave tentando fazer que ele entendesse.

O gamer suspirou fundo assentindo de leve com a cabeça tocando de leve na mão dela que estava no seu rosto.

– Eu só... Estou acostumado a ter ela só pra mim. Sempre fomos eu e minha mãe desde que meu pa..pastel nós abandonou. E é estranho ver que tudo vai mudar. – desabafou pela primeira vez com alguém que não fosse com sua analista.

– Eu nunca abandonaria você. Quero dizer, hãn, a gente nunca abandonaria. – corou consertando o que havia falado e um sorriso de leve se instalou no rosto de João fazendo que ela retribuísse.

Tomado por uma coragem repentina, João se aproximou mais ficando perigosamente próximo do rosto dela que prendeu o ar sem saber o que fazer. Fechou os olhos ao sentir um leve beijo em sua bochecha.

Aquele simples toque foi o suficiente para que ela estremecesse por dentro e que seu coração batesse em ritmo frenético.

– Obrigado Bianca. – antes que ela pudesse processar, fora puxada de leve e envolvida em um abraço podendo sentir o maravilhoso perfume que ele exalava.

Ao longe, quatro pares de olhos observavam a cena na sacada do quarto das irmãs, sugestão feita por Pedro que esboçava um sorriso a lá “gato de Chéssire” fazendo que K risse.

– Dandara, só eu estou estranhando isso? – indagou Gael que observava sua filha mais velha ao longe abraçando seu futuro enteado.

– Acho que somos dois, meu amor. – Dandara não disfarçava o sorriso divertido no rosto e apoiou a cabeça no ombro do futuro marido.

E assim terminou a noite sem mais nenhuma novidade, a professora de música e seu filho foram para seu apartamento onde conversaram e no fim, João embora não assumisse, aprovou internamente o casamento da mãe pois sabia que o mestre Cruel iria fazer sua mãe feliz. E era só isso que importava.

O dia logo amanheceu na bela cidade maravilha, os gringos que iriam visitar os pontos turísticos já acordavam querendo chegar cedo antes de começar o movimento, a rua aos poucos começou a ficar movimentada e as pessoas acordavam prontas para um novo dia de trabalho e outros permaneciam dormindo aproveitando as férias.

– João, meu filho hoje você tem que ir no Ribalta para renovar sua matricula! – Dandara entrou no quarto abrindo as cortinas fazendo que o sol fosse bem na cara do garoto que crispou os olhos.

– Mãe! Fecha essa cortina. – resmungou colocando um travesseiro no rosto, irritado com a claridade repentina.

Como na grande maioria das noites, ele passara até cinco da manhã jogando seu jogo sem parar e teria ficado mais se não tivesse com os olhos cansados demais. Aquele vicio estava acabando consigo mas não conseguia parar.

– Acorda dorminhoco, a Bianca combinou de esperar você junto com a Karina lá no Ribalta para irem no clube hoje. – a mulher se aproximou da cama abraçando o filho que resmungava baixo.

– Já to indo. – João bocejou coçando os olhos e observou a mãe sair do quarto rindo consigo mesma.

Fora do quarto, a mulher arrumava o café cantarolando, se sentindo mais feliz como nunca. Seu casamento seria daqui doze semanas e mal via a hora de finalmente poder chamar o homem que ama, de marido. E claro, também tinha o fato de seu filho finalmente estar sendo um pouco mais aberto em relação ao casamento.

– Tudo graças á Bianca. – murmurou Dandara com um sorriso aberto.

Depois de terminar o café ás pressas, o gamer caminhou estranhamente feliz até o prédio da academia onde no segundo andar estava o Ribalta. Acenou de leve para Gael que arrumava as coisas da academia e subiu as escadas procurando uma certa pessoa com os olhos.

Bianca ainda não havia chegado.

– Sim, é ela mesmo. O que houve? – o gamer virou o corpo na direção da voz familiar e encontrou ao longe do corredor a dançarina Jade Gardel.

Jade sentiu suas pernas bambearem ao assimilar a ligação que recebera do hospital. Não conseguia cair a ficha que sua mãe, a mulher que sempre fora dura com ela, exigindo seu melhor e que havia a criado com muita determinação enquanto seu pai havia as abandonado, estava agora, no hospital internada em estado grave.

O câncer havia a consumido e voltado com mais força.

Apoiou sua coluna na parede e sentou-se no corredor puxando seu joelho sem perceber que João a observava de longe. A garota não conseguia controlar as lágrimas que lhe escorriam em seu rosto e começou a mexer em seu cabelo nervosamente puxando os fios com força.

– Jade? – paralisou ao ouvir uma voz vagamente familiar e escondeu seu rosto apertando os joelhos para si.

– Vai embora. – soluçou sem a menor vontade de encarar seja qual for a pessoa.

Ela queria ficar sozinha, apenas com sua dor e chorar até conseguir se recompor. Seus soluços saiam estrangulados querendo os reprimir. Antes que pudesse reagir, sentiu seu corpo ser levantado e puxado para um abraço confortante.

– Ei, vai tudo ficar bem. – Jade finalmente reconheceu o dono da voz, era João, o gamer viciado que sempre corria atrás de Bianca.

O de olhos verdes não sabia o que estava acontecendo, mas não gostava de ver Jade, a garota que sempre demostrou ser segura e inabalável, agora desandando no meio do corredor.

O que seria capaz de destruir aquela garota?

– Você não tem como saber. – a voz dela saiu rouca e abafada pelo fato que chorava em silencio apertando seu rosto contra o peito do garoto.

– Tem razão, mas é melhor ser positivo. – murmurou tentando a acalmar acariciando o cabelo escuro dela.

Jade odiava aparentar fragilidade, odiava o fato que alguém a tinha visto daquele jeito, mas sentia uma estranha gratidão pelo garoto que a abraçava sem forçar saber o que havia acontecido.

– Eu... Obrigada. – balbuciou se afastando limpando as lágrimas se forçando a abriu um sorriso mínimo mas sincero.

– Não precisa agradecer, sempre que quiser, pode molhar minha camisa. – sorriu João ao ver ela uma risada fraca.

A dançarina havia se acalmado mas a preocupação pela mãe ainda persistia. E aquele fato fez seu breve sorriso murchar e o aperto em seu coração se intensificar ainda mais.

– Minha mãe! Eu preciso ver ela, ela foi internada! – sua voz saiu urgente e desesperada fazendo que João segurasse a mão dela tentando a acalmar.

– Eu te levo, vamos, tente se manter calma. – murmurou João enquanto ela assentia freneticamente tentando controlar uma nova onda de lágrimas que queriam descer.

Ao longe, Bianca observava tudo com os olhos faiscantes sem entender a sensação de estar queimando por dentro e com uma imensa vontade de estrangular alguém.

Corou de raiva sem compreender, ao ver que Jade e João desciam as escadas de mãos dadas. Tinha que se acalmar urgentemente. Estava enlouquecendo.

– Aconteceu algo? Você tá com uma cara de quem vai matar alguém. – crispou os olhos encarando Pedro que havia ido ao Ribalta para renovar sua matricula assim como a maioria dos alunos.

– Nada, tô ótima! – resmungou ela irritada consigo mesma caminhando até as escadas sentindo o olhar suspeito do guitarrista sobre si.

No QG, Cobra abria seu estabelecimento e franziu os olhos ao ver Jade saindo com João de mãos dadas. Seu rosto ferveu e antes que pudesse fazer algo, percebeu que o rosto de sua dama estava vermelho e os olhos pareciam se controlar para não desandar.

Somente aquilo foi o suficiente para que corresse até a rua bem no exato momento que chamavam um táxi. Jade assim que o enxergou não conseguiu controlar a vontade de chorar e antes que pudesse piscar, sentiu-se envolvida em um abraço terno do homem que amava.

– Minha mãe... – soluça ela com as mãos trêmulas apertando a camisa dele enquanto o mesmo a consolava a apertando sobre si.

A garota sentia que algo estava se perdendo, escorregava pelas suas mãos e não tinha como pegar de volta.

– Vamos ver ela. – assegurou Cobra entrando no táxi juntamente com Jade agradecendo João com os olhos que observava a cena em silencio e assentiu.

Lucrécia Gardel faleceu naquele dia, as sete e meia da noite, vítima de um câncer de mama cuja a quimioterapia não conseguiu tratar.


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Notas finais do capítulo

Como vocês viram, eis o inicio de uma forte amizade de Jade e João, já aviso que os dois vão ser muito próximos, mas nada além de laços de amizade porque é mais que obvio que o amor da Jade é o Cobra não? Embora o foco seja Joanca, vou mostrar esse casal lindo Cobrade aqui :33
Mereço reviews? Beijoooos e até a próxima.
PS: gente eu tava vendo aqui, a fic tem 43 acompanhamentos, então eu acho mais que justo pedir pelo menos uns dez REVIEWS para continuar, poxa é bom que os leitores se manifestem e digam o que acharam.