Bésame escrita por Verônica Souza


Capítulo 5
Confusões




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– Maninho, já está indo embora? – Omar entrou na sala de Fernando.

– Não, ainda não. – Fernando respondeu de cabeça baixa.

– O que foi?

– Nada. Estou cansado.

– Se está cansado então vá para casa.

– Estou esperando a Lety. Ela está terminando uns balancetes.

– E ela não pode ir depois?

– Não. Não pode. – Fernando levantou a cabeça e seus olhos estavam vermelhos.

– Ah não... Me diz que seus olhos estão vermelhos porque você bebeu, e não porque chorou.

– E eu tenho cara de que bebi? – Perguntou impaciente. – E também não chorei. – Ele se levantou e colocou as mãos no bolso. – Eu só estou cansado. Não sei mais o que fazer para descobrir o que a Lety tem.

– Não conversaram ainda?

– Não.

– Então aproveita que irão ficar sozinhos aqui e conversem. Todos já foram embora.

– Não sei se aqui é um bom lugar para isso.

– Olha só para você irmãozinho. Está péssimo!

– É... Eu sei.

– Então pra que adiar? Mas pense bem. Não chegue acusando ela. Você se lembra do que aconteceu quando você achou que ela tinha um caso com Thomás não é?

– Sim, eu me lembro. Vou conversar civilizadamente com ela.

– Então está bem. Qualquer coisa você sabe onde me encontrar. – Ele apontou para o celular e então saiu.

Fernando foi até a sala de Lety e então ouviu ela conversar com alguém. Ele se inclinou para ouvir a conversa e encostou a cabeça na porta com cuidado.

– É eu sei. Vou contar para ele hoje. Apesar de que ele não está merecendo nem um pouco, mas farei isso porque o amo, e não quero mais ter segredos com ele. Ele provavelmente vai levar um choque, mas preciso me arriscar. Fernando já está começando a imaginar coisas. Deseje-me sorte. Um beijo.

– Um beijo?

A porta se abriu e Fernando se desequilibrou, caindo dentro da sala de Lety.

– Ai! Fernando, o que estava fazendo? – Perguntou enquanto o ajudava a levantar.

– Eu... Eu vim te chamar, para... Para irmos embora.

– Mas você acabou de fazer isso. Fernando, estava me espionando?

– O que? Eu? Euuu Lety? Não, é claro que não.

– Não minta para mim, Fernando! – Ela cruzou os braços.

– Posso saber primeiro com quem estava conversando?

– Primeiro quero saber por que estava me espionando.

– Eu não estava espionando! Vim te chamar e o meu lápis caiu no chão e eu abaixei para pegar, e então ouvi você conversando com alguém.

– Eu estava conversando com minha mãe.

– Ah, com sua mãe... – Ele riu irônico.

– O que foi?

– Nada. Nada.

– Não acredita em mim?

– Eu não disse isso.

– Por que não diz de uma vez por que está estranho o dia inteiro?

– Você quer que eu diga toda a verdade?

– Quero, quero sim!

– Então está bem! Eu já sei de tudo, Lety! Já sei que você escondeu isso de mim durante todo esse tempo.

– Você... Você sabe?

– Sim, eu sei! E estou muito, muito decepcionado com você Lety. Eu não esperava isso de você.

– Eu não sabia que você ficaria tão nervoso. – Ela disse magoada. – Estava esperando para te contar hoje.

– Ah então você esconde de mim todo esse tempo para chegar e contar? Acha que é simples assim? Como acha que eu estou Letícia? Como você acha que eu estou? – Ele aumentava o tom de voz.

– Eu pensei que você ficaria feliz.

– Feliz? – Ele riu sarcástico. – Quem fica feliz com uma coisa dessas? Isso atrapalha o nosso casamento! Eu deveria ficar feliz com isso?

Lety não acreditava no que estava ouvindo. Achava que o sonho de Fernando era ter um filho, e agora ele dizia aquelas coisas horríveis, como se não odiasse a idéia de ter um filho com ela.

– Estou muito magoado, Letícia! Muito magoado! – Ele escorou-se no sofá, segurando as lágrimas. Lety não havia confirmado toda a traição, mas também não tentava dizer o contrário. O coração dele estava partido ao meio, e era como se uma parte de si estivesse quebrando. – Mas não podemos ficar assim, Letícia. Você terá que escolher entre eu ou ele.

– O que? – Ela arregalou os olhos. – Está falando sério?

– É claro que estou falando sério! – Ele gritou. – Acha que vou aceitar isso? Acha mesmo que vou aceitar?

– Não grite comigo! – Ela aumentou o tom de voz.

– Então não me engane! – Ele ainda gritava. – Quero que escolha! E escolha agora, porque eu já pego minhas coisas hoje mesmo!

Lety não tinha forças para escolher aquilo. O homem que ela amava, estava pedindo para que ela escolhesse entre ter um filho ou continuar com ele. Era demais para ela. Sem aguentar mais ela pegou sua bolsa e ia sair da sala, quando Fernando a segurou pelo braço.

– Você não vai sair daqui sem me dar uma resposta.

– Estou te dando uma chance para pensar de cabeça fria! – Ela soltou seu braço das mãos dele.

– Não quero chance, não quero tempo, não quero nada! Só quero que se resolva de uma vez por todas, e mate essa dor que tenho em meu peito.

– Quer mesmo que eu escolha?

– Quero!

– Então eu escolho ele! Porque eu nunca seria capaz de ficar com uma pessoa que me pedisse uma coisa dessas!

Virando-se com raiva, ela saiu batendo a porta. Fernando continuou estático no mesmo lugar. Não poderia acreditar que Lety o havia deixado para ficar com outro homem, e ainda por cima como se não tivessem tido uma história juntos. Ela não se importava com ele, não se importava com os sentimentos dele, não se importava com o seu amor. Sem ter mais o que fazer, ele se ajoelhou no chão, sem acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.

– Lety... – Disse em meio as lágrimas caindo. – LETÍCIA! – Ele gritou para que ela voltasse, como se fosse dizer que tudo não se passava de uma brincadeira.

– Fernando? – Omar abriu a porta da sala. Demorou para ver Fernando ajoelhado no chão atrás de sua mesa. – Fernando, o que aconteceu? – Omar correu até ele tentando ajuda-lo a se levantar. – Letícia saiu chorando, Carol foi atrás dela.

– Ela me deixou Omar. Ela me deixou... – Fernando dizia chorando.

******

Lety não se importava se estava tão nervosa. Só queria tomar um taxi e ir embora para casa o mais rápido possível. Ela chorava, sem acreditar que o homem que ela mais amava no mundo havia tratado ela daquele modo. Era um grande insensível em fazê-la escolher entre ter um filho ou continuar casada com ele. Lety não conseguia acreditar que o Fernando por quem ela se apaixonou fosse capaz de trata-la daquele jeito.

– Lety! – Carol correu até ela e se assustou em vê-la naquele estado. – Lety o que aconteceu? Vi você saindo chorando da empresa.

– Ai Dona Carolina. – Lety voltou a chorar e Carol a abraçou.

– Lety o que aconteceu?

– Como ele pôde me pedir isso? Como?

– Quem Lety? E pedir o que?

– Fernando... Tivemos uma briga e ele ficou furioso porque escondi sobre a consulta. E por fim... Ele me pediu para escolher... – Sem conseguir terminar ela voltou a chorar.

– Escolher o que?

– Escolher entre ele ou em termos um filho.

Carol arregalou os olhos abismada.

– Lety... Não acredito que ele disse isso.

– Eu também não Dona Carolina, mas ele disse. Disse em alto e bom tom.

– E o que você fez?

– Eu disse que não escolheria ele.

– E você fez muito bem, Lety.

– Dona Carolina, estou arrasada.

– E não é para menos. Eu não acredito que Fernando fez isso.

– Dona Carolina, me desculpa, mas eu quero ir embora daqui.

– Eu vou leva-la, Lety.

– Não. Não precisa se incomodar.

– Omar voltou para saber o que tinha acontecido, mas eu vou até lá e direi para ele que vou leva-la. Ele irá entender.

– Não se incomode. Eu tomo um táxi aqui, não tem problema. Olhe, já está vindo um. – Lety esticou a mão dando sinal, até que o taxi parou ao seu lado.

– Não posso deixar que va embora assim, Lety.

– Eu irei para casa, Dona Carolina. Não se preocupe.

– Tem certeza?

– Tenho. Eu só quero que esse dia acabe logo.

– Me ligue assim que chegar, está bem?

– Está bem. Obrigada.

Ela abriu a porta do passageiro e entrou, limpando as lágrimas.

– Me leve para um lugar calmo, por favor.

O motorista que era um homem de boa aparência não quis fazer perguntas. Percebeu que pela gravidade da situação, Lety não queria conversar sobre aquele assunto.

*****

– Aqui, beba isso. – Omar entregou um copo de água para Fernando. – Precisa se acalmar.

– Me acalmar como? Meu único remédio é a Lety, e ela me deixou.

– Não pode ter sido isso, maninho. Alguma coisa deve ter acontecido. Você a acusou de te trair?

– Não. Eu só disse que já sabia de tudo, e ela não me desmentiu.

– Mas ela disse quem era? Disse qual homem era?

– Não. Ela não disse nada. Eu pedi que ela escolhesse entre eu e ele, porque não poderíamos ter uma relação assim, e ela se irritou.

– Como assim ela se irritou? Ela esperava o que? Que você aceitasse que ela tivesse um amante?

– Pelo amor de Deus não diga essa palavra! – Fernando suplicou.

– Desculpe. Mas você não pode ficar assim, irmãozinho. Não pode deixar as coisas por isso mesmo. Precisam conversar, se esclarecer.

– Fernando? – Carol entrou na sala e olhou assustada para ele. – Meu Deus, você está péssimo!

– E como queria que eu tivesse Carol? – Perguntou soluçando. – Lety me deixou...

– E ela fez muito bem!

– O que? – Os dois perguntaram abismados.

– Sim! Fez muito bem! Onde já se viu, pedir para ela escolher uma coisa assim!

– Espera, espera! Você está do lado dela? – Omar perguntou.

– É claro que estou! De que lado eu estaria?

– Você sabe a gravidade da situação, não sabe?

– É claro que sei, Omar! É por isso que estou dizendo, Fernando está errado!

– Carol... Não sabia que você era assim, Carol. – Omar olhava perplexo para ela. – Se... Se você pensa assim, então não sei para que iremos casar na próxima semana.

– Então quer dizer que você está do lado dele também?

– Mas é claro que sim! Isso é um absurdo, e ainda faz tudo isso pelas costas dele!

– Mas ela teve seus motivos.

– Não existem motivos para isso.

– Olha, por favor. Não quero que vocês dois briguem por mim e pela Lety. – Fernando se levantou, mas Omar o empurrou para ele se sentar.

– Não. Se ela pensa assim, então... Então não daremos certo. Não posso confiar em uma pessoa assim.

– É mesmo? Eu que não quero ficar com uma pessoa com esse pensamento tão... Tão fútil e primitivo!

– Então... Está cancelado o casamento!

– Sim! Está cancelado!

Carol deu uma ultima olhada para ele, e então saiu batendo os pés.

– Omar, Omar. O que foi que você fez meu irmão?

– Não. Não posso ficar com uma mulher que acha que traição é uma coisa normal. Sei que não fui o melhor dos homens, mas depois que me apaixonei pela Carol eu não tive olhos para mais ninguém. Se ela não pensa assim, então não podemos ficar juntos.

Os dois se olharam magoados, e perceberam que estavam no mesmo barco. Abandonados e esnobados pelas mulheres que eles amavam.

*******

– Aqui está ótimo. – Lety se preparou para pagar o táxi, quando o homem segurou sua mão delicadamente.

– Não precisa pagar.

– O que? Mas é claro que precisa...

– Não. Sei que a Senhora deve estar com problemas, não precisa se incomodar.

– E como o Senhor sabe que estou com problemas?

– Porque a Senhora não parou de chorar desde que entrou nesse táxi.

Lety suspirou soluçando, e então limpou as lágrimas que ainda insistiam em cair.

– Senhora, me desculpe. Sei que não a conheço e que nem devo ser tão atrevido, mas o que quer que seja, não irá passar se a Senhora ficar perambulando por aí. Esse lugar é calmo porque não tem uma pessoa por aqui, e isso pode ajudar a piorar os seus problemas.

– Eu só quero ficar um pouco sozinha, e fugir de tudo.

– Fugir não adiantará de nada, qualquer que seja o seu problema. Eu aconselho a senhora a ir para sua casa, ou para a casa de algum parente. Não posso permitir que fique sozinha aqui nesse estado.

Lety olhou para ele por um tempo e percebeu que ele tinha razão. Não adiantava fugir, uma hora ela teria que voltar para casa e enfrentar todo o problema. Talvez Fernando não voltasse para casa naquela noite. Talvez ele não fosse tão sínico para chegar a esse ponto. E Carolina com certeza havia conversado com ele para que a deixasse um pouco sozinha.

– Está bem. Vou para minha casa então.

– Ótimo. – O homem sorriu, e Lety percebeu que ele tinha um sorriso encantador, e que de algum modo a acalmava.

*****

– E aqui estamos de novo. Como antes, como se nada tivesse mudado.

Fernando ergueu o seu copo de whisky e brindou com Omar. Estavam no antigo apartamento de Omar, que por sorte ele ainda não tinha vendido. Ao menos serviu de refúgio para os dois.

– E pensávamos que seríamos felizes para sempre. – Omar virou o copo de whisky na boca.

– Por que elas fazem isso, Omar? Porque elas não se contentam com um homem só?

– Isso se chama egoísmo, irmão! São mal agradecidas! Damos amor e carinho para elas, e é assim que elas retribuem.

– Eu e Lety passamos esses três meses tão bem, o que foi que eu fiz de errado?

– Você não... Você sabe... Será que...

– O que?

– Será que não... fshhhh....? – Ele amoleceu a mão e Fernando logo entendeu o que ele quis dizer.

– Por Deus Carvajal é claro que não! Não que seja da sua conta a minha vida sexual com a Lety, mas nós ficávamos muito satisfeitos. Tanto eu quanto ela. E eu nunca... fshhhh.

– Calma mano, só quis saber. É que às vezes em alguns casamentos quando o homem... Você sabe... Não consegue dar um up, a mulher procura outro homem que consiga.

– Essa conversa está muito chata, Omar. Muito chata! Já disse que não foi esse o problema.

– Bem, e nem o meu.

– Então o que é que fizemos de errado para que elas fizessem isso?

– Talvez queriam se vingar? Nosso passado não é dos melhores, e você sabe.

– Não. Lety não é assim.

– É, Carol também não.

– Mas podemos estar pagando pelos nossos pecados. Quando traí a Márcia, quando você saía com várias mulheres. Talvez não pagamos nem a metade ainda!

– Não é possível!

Fernando olhou para cima com o copo em mãos.

– Por que fazer isso com a gente? Não poderia ter quebrado uma perna? Doeria menos do que isso!

– Tá conversando com quem?

– Com Ele, seu animal! Não interrompa, por favor! É uma conversa particular!

– Diz pra Ele que eu também não estou satisfeito.

– Diz você! É só conversar com ele também.

– Mas se ele está conversando com você, como vai conversar comigo? Ele é um só!

Fernando fechou os olhos e deitou a cabeça na mesa.

******

– É aqui. – Lety tirou o cinto de segurança. – E dessa vez eu vou te pagar.

– Não. Não é necessário.

– Por favor. Não pode trabalhar sem receber.

– Foi um favor que fiz para a Senhora. Talvez anime ao menos um pouco a sua noite.

Lety sorriu.

– Então faremos o seguinte. Eu te pago a corrida e amanhã irei trabalhar às oito. Pode vir me buscar aqui?

– Seria uma honra, Senhora. Estarei aqui às 7:45.

– Muito obrigada... – Ela entregou o dinheiro para ele.

– Juan. Me chamo Juan.

– E eu me chamo Lety.

– Muito prazer, Lety.

– Obrigada. Mesmo.

– Não há de que.

Lety sorriu e abriu a porta do carro. Antes de se virar acenou para Juan e então entrou no prédio. Aquilo tinha ajudado para que ela ficasse um pouco mais aliviada.

– Boa noite Carlos. – Ela disse ao porteiro.

– Boa noite Lety. Ah... Tem uma pessoa te esperando aí dentro.

O coração de Lety disparou. Talvez Fernando tivesse ido se desculpar e dizer o quanto tinha sido idiota e imaturo. Com pressa ela subiu os dois andares, até chegar em frente o seu apartamento. Para sua surpresa, não era Fernando que a esperava chorando.

– Dona Carolina? – Lety a abraçou. – O que aconteceu?

– Meu noivado... Está terminado.

– Meu Deus! Venha, vamos entrar! – Lety abriu a porta do seu apartamento e as duas entraram. – Sente-se, vou buscar um copo de água.

Lety correu até a cozinha e voltou com o copo de água.

– Aqui está. – Ela o entregou.

– Obrigada.

– Mas o que foi que aconteceu?

– Eu fui até a sala do Fernando para lhe dar um sermão, e Omar estava lá. Eu disse que não achava certo o que Fernando havia feito, e então... Omar disse que concordava com ele.

– Mas que coisa horrível. – Lety balançou a cabeça. – O que foi que deu nesses dois?

– Eu não sei Lety, mas não quero me casar com um homem que peça para eu escolher entre um filho ou o casamento.

– Eu não queria que tivesse sido assim. Me sinto culpada.

– A culpa não é sua. Isso foi bom para que eu percebesse o quanto Omar é insensível.

– Eu tinha certeza que o conhecia suficiente. Tinha certeza que ele era um homem perfeito. Sempre carinhoso, sempre demonstrando amor... E de repente ele faz isso. O pior de tudo é que eu o amo. O amo muito, mesmo depois de tudo, mesmo depois de dizer essas palavras horríveis!

– Como sempre, acabamos magoadas pelos homens e pelo amor, não é mesmo?

– Parece que nascemos para passarmos por isso. – Lety suspirou.

– Não! Não podemos permitir que façam isso conosco, Lety! Precisamos chegar naquela empresa amanhã e mostrarmos que não somos qualquer mulher. Que eles estão sendo infantis em fazer tudo isso.

– É. Tem razão Dona Carolina! – Lety suspirou. – Amanhã seremos outras!

– Sim, Lety! Seremos outras!

*****

No dia seguinte, como combinado, Juan estava esperando Lety para leva-la à Conceitos. Conversaram bastante durante o caminho, mas em nenhum momento Lety tocou no nome de Fernando, e por sorte, Juan também não perguntou nada, mesmo tendo reparado a aliança em seu dedo.

– Muito obrigada, Juan. Você é uma ótima pessoa. – Lety sorriu para ele.

– Não precisa agradecer, Lety. Quer que eu te busque aqui?

– Não, não será preciso. Hoje irei resolver os meus problemas por aqui.

– Então, se precisar de alguma coisa, aqui está o meu cartão.

– Obrigada. – Lety pegou o cartão. – Então... Até a próxima.

– Espero que não esteja chorando na próxima. – Ele riu e Lety deu sua gargalhada inconfundível. Achou que ele zombaria dela por sua risada, mas ele abriu um largo sorriso. – Tem uma linda risada, Lety.

– Obrigada. – Respondeu envergonhada. – Bem, é melhor eu ir. – Lety abriu a porta e saiu do carro. Acenou para Juan e ele acenou de volta. Assim que virou para entrar na empresa, ela avistou Fernando e Omar, parados, olhando em sua direção.


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