Mais que o sol escrita por Ys Wanderer


Capítulo 19
Falhamos


Notas iniciais do capítulo

Quero dedicar esse capítulo a Samyni e a Raquel, que são duas leitoras divas e fiéis. Obrigada pelo apoio!!!
Desculpe a demora, mas eu ainda estou sem net em minha casa kkkk. Mas a partir do mês que vem pretendo adiantar as postagens.
PS: preparem os seus corações kkkk.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/554998/chapter/19

Samantha

Nosso amigo nos olhou e então sorriu. Um último adeus.

E depois atirou contra o próprio peito.

Cal tentou gritar, mas calei sua boca com as mãos e o puxei para um canto isolado. Os buscadores começaram a falar alto, dando ordens, e eu vi quando um deles colocou o corpo de Nate bruscamente dentro de um dos veículos. Os buscadores então começaram a se dispersar no estacionamento, mas alguns foram em direção ao supermercado quando viram as almas saindo de lá completamente desesperadas e tentando fugir o mais rapidamente possível da confusão. Aproveitei o caos que se estabelecia e segurei firmemente no braço de Cal, levando-o em direção ao velho furgão que permanecia estacionado sem chamar a atenção, pois provavelmente os buscadores não sabiam a quem pertencia. Por que Nate havia saído dele e estava fora se arriscando era algo que infelizmente eu não tinha como saber. Então, engoli em seco ao perceber que talvez ele tivesse feito isso justamente para nos dar a chance de ao menos tentar fugir.

Saímos sorrateiramente, peguei o volante usando todo o meu autocontrole, mas minhas mãos tremiam compulsivamente. Falhamos, falhamos, falhamos, dizia cada batida do meu coração. Falhamos. Falhamos. Falhamos.

Dirigi os primeiros quilômetros devagar para não chamar atenção e quando alcançamos a estrada pisei fundo no acelerador. Tudo estava perdido, tudo estava acabado. Eu não podia mais ir embora, era meu dever proteger meu irmão que me esperava no deserto e junto com eles todos os outros moradores. Eu precisava fazer algo por Cal, eu não sabia como isso tudo iria afetá-lo e eu não podia abandoná-lo em um momento como esse. Algo deveria ser feito. Mas o quê?

Depois de muita relutância olhei para o homem ao meu lado. Cal estava triste, derrotado, arrasado. Acho que era a primeira vez em suas vidas que perdia alguém. Era possível ver o sentimento de dor e repulsa em seus olhos.

Eu também sentia por Nate, sentia por ele e pelo seu sacrifício necessário. Eu queria chorar, espernear, quebrar tudo, mas não podia. Era algo automático: sempre que alguém estava pior do que eu, eu involuntariamente me modificava e não deixava transparecer a fraqueza, ao contrário, ficava dez vezes mais forte para amparar os que precisavam. E nesse momento Cal precisava de mim. Deixaria meu coração confuso para depois.

Ele chorava silenciosamente ao meu lado, a paisagem apenas um borrão em nossa janela. Era mais um fim. Mais uma perda. Só que antes de me conformar ainda havia questionamentos que martelavam em minha cabeça.

— Cal, aquele buscador parecia conhecer você. Na verdade ele parecia querer capturar especialmente você. Por quê? — lancei a pergunta e ele pareceu não me ouvir. Demorou bastante tempo até ele formular uma resposta.

— Aquele é o meu buscador. O que ficou responsável por me vigiar quando comecei a defender os humanos. Ele sempre desconfiou que eu sabia de algo e praticamente montou acampamento na frente da minha casa. Foi por causa dele que fugi para a célula de Nate.

— Por que você nunca contou isso aos outros? Por que nunca contou que havia um buscador te perseguindo?

— Porque achei que era desnecessário, porque achei que jamais fosse vê-lo novamente. E ele está muito longe de casa, muito longe de onde eu fugi. O Colorado não é exatamente ali na esquina — Cal respondeu bruscamente e respirou fundo. — Não sei o que ele faz aqui.

Não respondi de imediato, fiquei digerindo suas palavras e os novos problemas. Eu ouvira a história de quando a buscadora de Peg estava no corpo de Lacey e de quanto ela era invasiva, não deixando a pobre Peg em paz em momento algum. E de fato a sua persistência teve um preço: a morte do namorado de Lily e o descobrimento da célula de Jeb. No entanto, na época, fora algo bom, pois por causa dela Peg ensinou os humanos a removerem as almas de seus corpos.

Mas dessa vez não haveria prêmio, apenas morte.

— Ele não vai desistir — Cal continuou, sofrido. — Agora que ele me viu com você tenho certeza de que ele não vai desistir. Eu vi no rosto dele.

Eu ia articular qualquer coisa quando percebi o tecido de sua camisa ficar escuro e grudar em seu corpo. Cal estava ferido, no entanto parecia não sentir nada. A dor interior era maior que a exterior. Perguntei se estava tudo bem, mas ele pareceu não me ouvir, apenas continuou fitando o enorme vazio que passava veloz na janela do carro. Rodamos algum tempo até eu achar que era seguro e paramos num local onde aparentemente não havia ninguém. Estacionei embaixo de uma árvore e o fiz sair do veículo. Cal apenas me seguiu apático e se encostou no carro.

— Vou dar um jeito nisso — disse me referindo ao seu ombro. — Vai ficar tudo bem — essa parte soou mais como uma mentira, eu não sabia como seria tudo dali para frente. Ele apenas balançou a cabeça.

Não tínhamos mais nenhum remédio no carro, pois eu já havia entregado todos na nossa primeira descarga, e tive que improvisar. Cortei uma blusa de tecido leve em tiras e peguei um frasco de álcool que Jeb havia mandando trazer para a limpeza dos espelhos.

— Você precisa aguentar a dor. Tudo bem? ­— perguntei e Cal confirmou. Ajudei-o delicadamente a retirar sua camisa e ele arfou de dor por causa do movimento, sua respiração ficando compassada. Coloquei ambas as minhas mãos, uma em cada lado do seu rosto, e o fiz olhar para mim para acalmá-lo. — Respire fundo, vai doer — ele fechou os olhos e então despejei o líquido devagar em seu ombro. O álcool fez o seu efeito e Cal grunhiu de dor. — Hei, calma. Foi só de raspão, não é nada demais — eu repetia como quem acalma uma criança. Quando o ferimento já estava limpo enfaixei-o com as tiras da blusa, estancando o sangue, e pus a mão em seu ombro sadio.

— Melhor?

— Sim. Obrigado — murmurou. Novas lágrimas afloraram em seus olhos e ele entrelaçou minha cintura com as duas mãos, me puxando para junto de si.

Como fui pega desprevenida não tive como escapar da prisão que eram os seus braços, porém, mesmo que pudesse fugir dali acho que não conseguiria me mover tamanho o susto que tive ao ser abraçada daquela forma. Eu não era abraçada daquele jeito há muitos anos. Cal então desabou em meu colo, suas lágrimas dolorosas molhando o meu ombro e trazendo a tona todo o meu sofrimento e vulnerabilidade que estavam guardados até o momento. Chorei de medo, de dor e de desespero junto com ele.

Nós ficamos unidos por um longo período, com sua pele quente contra a minha e sua respiração em minha nuca não contribuindo em nada para manter minha sanidade no lugar. Instintivamente coloquei minha mão atrás de sua nuca e esse gesto o fez olhar para mim, profundamente e bem dentro dos meus olhos. Nossos rostos estavam muito próximos e meu senso de alerta apitou. Mas já era tarde para mim. Mesmo o momento não sendo propício desejei mais do que tudo aquele toque, aqueles olhos, aquele abraço.

Eu odiava aquelas almas naquele instante, pois elas haviam tirado de nós um amigo, um líder e um protetor, e no meu interior eu queria vingança, guerra, mandá-las embora do planeta com as minhas próprias mãos. No entanto era nos braços de uma alma que eu buscava conforto no momento. Era o abraço de uma alma que estava me mantendo firme.

E no paradoxal destino que a vida gosta de proporcionar, foi os lábios de uma alma que apaixonadamente eu beijei.

Na verdade não sei se eu o beijei ou se foi ele que me beijou. A única coisa de que tive consciência naquele momento foi de sua boca pressionando a minha e de suas mãos se infiltrando em meus cabelos. Percebi que Cal não tinha nenhuma experiência, mas isso não foi empecilho para que ele conseguisse me tirar o fôlego, como se o instinto humano sempre tivesse feito parte dele. Nós estávamos quebrados, estilhaçados, feridos, e era como se o seu corpo tivesse o poder de me fazer sair do limbo em que eu queria me esconder. Aquilo tudo que estava acontecendo era realidade e o conforto que precisávamos só podia ser alcançado nos braços um do outro. Eu estava me afogando e os braços dele ao meu redor me traziam de volta a tona, me mostravam que eu ainda estava viva e precisava lutar.

O desejo me queimou mais que o sol escaldante do deserto e Cal correspondeu a isso deslizando uma mão suavemente do início da minha coluna até minha cintura. Fui sugada para um lugar distante e esqueci o passado, o presente e até o meu nome. O puxei para junto de mim ainda mais, sentindo sua boca praticamente se fundir a minha, sua língua tocando a minha com voracidade. Nós dois parecíamos um só ali no meio do nada misturando nossas angústias, medos e receios. Eu podia sentir o gosto de suas lágrimas, podia sentir o ritmo do seu coração sob a palma da minha mão batendo célere e no mesmo ritmo pulsante que o meu. Mas no limiar entre a loucura e a lucidez, a lucidez venceu e me trouxe de volta a superfície do planeta do qual eu havia flutuado.

Nós nos separamos arfantes e minha cabeça começou a girar quando percebi o que havia acabado de acontecer. Estava tudo errado e fora de lugar. Este beijo jamais deveria ter acontecido. Aquele não era o momento para esse tipo de coisa.

Coloquei a mão em seu peito nu e lentamente fui desfazendo o nosso abraço. Cal ainda tentou dizer alguma coisa, entretanto acabou desistindo no meio do caminho. Como não podia ficar ali para sempre, simplesmente o ignorei e comecei a vasculhar o carro com o pretexto de buscar uma camisa para ele. Tentaria esquecer os últimos acontecimentos, voltaria às cavernas e daria um fim em todos os problemas. Depois disso, decidiria o que fazer com o meu futuro.

— Vista isso — lhe entreguei uma camiseta preta que estava em sua mochila e ele vestiu com dificuldade. — Venha — abri a porta do carona para que pudesse entrar e Cal obedeceu.

Andamos muitos quilômetros em profundo silêncio sem conseguirmos olhar um para o outro. Eu tamborilava os dedos no volante e tentei soar o mais indiferente possível, mas passada a adrenalina lembrei o real motivo de estarmos ali sozinhos.

Nate. Almas. Perigo.

— Precisamos contar para os outros, traçar planos e nos prevenir contra qualquer ataque. Não vai ser nada fácil — o instiguei. Criei coragem e o olhei em seus olhos procurando alguma incerteza de sua parte, mas não encontrei.

— O que vamos fazer? — ele perguntou bem baixinho.

— Não sei ainda. Mas é bom começarmos a nos preparar para a mudança.

— Mudança?

— Sim. Talvez enviar metade da célula para outro lugar e o restante para o meu esconderijo na floresta, ninguém sabe onde fica. Nate sabe a localização das outras células também e isso dificulta as coisas.

— Mas ele está morto! — Cal praticamente gritou e sua dor veio até mim. A partir daquele momento estávamos conectados e isso seria algo difícil de desfazer.

— Não temos certeza disso, Cal. Melanie se jogou no poço de um elevador e está viva, então tudo é possível. Além do mais, Nate tem informações preciosas e creio que farão de tudo para salvá-lo. É por isso que tenho que voltar lá.

— Você o quê? — ele indagou descrente.

— Isso mesmo que você ouviu. Preciso ter certeza de que ele está morto e, caso não esteja, arrumar uma maneira de resgatá-lo. Não vou correr o risco de perder as pessoas que amo novamente. Se Nate estiver vivo e um buscador for inserido nele tudo estará perdido.

— Ficou louca? Os buscadores vão te pegar assim que você pisar de novo naquela cidade! — Cal gritou e eu tive que olhar sério para que ele se acalmasse.

— Cal, há coisas sobre mim que você não sabe, que ninguém sabe — eu disse devagar. — Eu tenho um segredo e é ele que vai nos salvar. Então apenas peço que confie em mim, ok?

— Do que você está falando?

— Na hora certa você vai saber — respondi e encerrei o assunto. Eu já sabia exatamente o que deveria ser feito e imediatamente comecei a maquinar o plano em minha mente. É claro que isso incluiria ter que contar algo que estava evitando, no entanto precisava contar com a ajuda de todos para que desse certo.

Depois dessa conversa não nos falamos mais, o que foi algo realmente bom para mim. Após nos beijarmos eu não fazia ideia de como ficaríamos dali para frente, de como seria estar com ele depois que tudo acabasse. Flashes do momento invadiam a minha cabeça e só confirmavam o que havia descoberto mais cedo: eu estava me apaixonando por ele. Droga — exclamei em minha mente. — Eu nunca me apaixonei na vida e quando isso acontece é justamente no meio de todo esse inferno?

De tanto pensar nem percebi que estávamos rodando desde a manhã. A noite já estava caindo e ainda não tínhamos comido nada. Os outros só se encontrariam dentro de alguns dias e por isso teríamos que esperar e despistar caso os buscadores de alguma forma ainda estivessem nos monitorando. Cal me olhou espantado quando estacionei frente a um pequeno hotel.

— Você acha seguro? — ele perguntou.

— Eu não sei, mas precisamos disso. Vamos comer, dormir umas quatro horas e partir antes de amanhecer. Você está ferido, precisa de repouso e não pode dirigir. Eu tampouco aguento mais. Fique aqui — proferi olhando para todos os lados.

— Espere — Cal segurou meu braço e não me deixou sair do carro quando a porta já estava aberta. — Desculpe — ele disse assim percebeu que me tocou tão bruscamente. — Sua blusa está com marcas de sangue — prosseguiu com timidez. Mesmo abatido ele ainda tentava ser gentil comigo. Meu coração bateu irregular.

— Obrigada — respondi. Peguei uma blusa nova na mochila e arranquei a etiqueta. Retirei a blusa manchada e Cal desviou os olhos de mim, seu rosto ficando da mesma cor dos seus cabelos. — Não saia do carro, já volto — arrumei os cabelos e quando já ia saindo ele me puxou novamente.

— Não, você não pode se expor dessa maneira. É melhor eu ir.

— Cal, você não está em condições.

— Não posso permitir... perder outra pessoa que gosto. Não — ele saiu antes que eu pudesse dizer qualquer coisa. Fiquei apreensiva, esperando ofegante, mas minutos depois ele voltou com a chave de um quarto.

Nós dois entramos no aposento e em minutos estávamos prontos para dormir. Verifiquei possíveis saídas de emergência, fechei todas as cortinas e tranquei a porta, colocando uma pesada cômoda a sua frente. Graças a Deus, dessa vez havia duas camas no recinto. Deitei em um delas, mas minha mente fervilhante não me deixava pensar em mais nada a não ser os últimos acontecimentos.

— Sam, está acordada? — Cal perguntou baixinho depois de algum tempo.

— Sim.

— Por que está doendo tanto? Não consigo para de pensar em Nate, Eu fecho os olhos e vejo o rosto dele, escuto o barulho dos tiros... isso é enlouquecedor. Estou confuso e angustiado — ele disse se encostando na cabeceira da cama. — E com raiva também. Me sinto muito mal.

— O nome disso é luto, Cal. Você não deve estar familiarizado com isso — respondi sentando na cama.

— Então é isso que se sente toda vez que se perde alguém importante?

— Sim — proferi tristemente. — É exatamente isso que sentimos.

— Toda vez?

— Todas as vezes que alguém é perdido. Seja ele alma ou humano.

Olhei para ele e seu rosto estava contorcido de dor, mas eu não podia amenizar a situação. Os últimos sobreviventes viviam sempre em luto, todos haviam perdido pessoas importantes. O planeta inteiro fora tomado e os poucos sobreviventes eram sempre assombrados pelos fantasmas da morte, da dor e do medo. Nada mais poderia ser feito.

Cal tinha a face tomada por lágrimas e sem me olhar se deitou novamente na cama. Era estranho para eu ver um homem tão forte no estado em que ele se encontrava, mesmo que esse homem em questão fosse uma alma. Percebi que tinha de fazer alguma coisa, pois ele não era como as outras almas, aquelas que se achavam donas no mundo e viviam usufruindo de tudo o que era nosso com um sorriso no rosto. Cal era puro e bom, não tinha culpa pelo que era e mesmo assim estava cheio de arrependimento.

Aproximei-me suavemente e suas mãos trêmulas me fizeram sentir remorso por todas as vezes que o maltratei. Então, fiz algo que surpreendeu a ambos: deitei-me ao seu lado, mesmo que não houvesse muito espaço para nós dois. Ele ficou meio constrangido, mas sorri para ele indicando que estava tudo bem.

— Olha, Cal, eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo e sei também de todas as burradas que eu já fiz na minha vida. Eu fui dura com você, com a Peg e com a Sunny no início e você sabe que eu tive meus motivos. Mas agora estamos do mesmo lado e eu te prometo que vou fazer de tudo para trazer Nate de volta. Sei que ele ainda está vivo, sua mente é muito preciosa para os buscadores. Então tenha fé que vai dar tudo certo. Você acredita em mim? — eu sabia que era errado enchê-lo de esperanças, mas era o que eu podia fazer para aplacar sua dor no momento.

— Sim, Samantha, eu acredito. E é disso que tenho medo. Não quero que você se arrisque lá fora, os buscadores estão nos procurando feito loucos. Eu não suportaria se algo ruim acontecesse com você — ele acariciou o meu rosto e eu fechei os olhos ao seu toque. Eu estava sentindo tanto medo que tê-lo ali ao meu lado era o que eu precisava para me sentir melhor.

— Nada de mal vai me acontecer. Vamos resolver isso juntos e logo estaremos bem novamente. Agora vamos dormir, tudo bem?

— Tudo bem — ele respondeu colocando os braços em torno da minha cintura e me puxando para si. Apoiei a cabeça em seu peito e me aconcheguei em seu corpo, procurando uma maneira de me sentir protegida. Eu precisava daquilo, e decidi parar de lutar contra tudo o que eu sentia por ele pelo menos naquele momento. Esperei Cal dormir e quando percebi que ele ressonava baixinho relaxei. Adormeci logo em seguida.

Pareceu que apenas cinco minutos haviam passado quando um barulho me fez despertar assustada. Ao tentar gritar, mãos fortes foram postas sobre a minha boca. Esperneei aflita, mas antes que conseguisse socar o meu agressor reconheci os olhos azul-prateados de Cal em cima de mim.

— O que você pensa que está fazendo? — gritei e ele ralhou comigo.

— Fique quieta, Samantha. Escute.

Apurei os ouvidos e ouvi um barulho de sirenes ecoando ao longe. Eram muitas, praticamente um enxame, pois o som era alto e ensurdecedor. E isso só podia significar uma coisa.

Era a hora de fugir novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aeeee, até que enfim um beijo! kkk. Bom, não foi muito romântico, aliás, foi no meio do caos, mas esse casal é tão intenso que não tinha como ser diferente.
Esse segredo que ela guarda vem corroendo o povo desde o início da fic, mas logo logo vocês irão saber do que se trata kkkk.
Enfim, digam o que acharam sobre o capítulo e opinem!
Bjos e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mais que o sol" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.