LEO ESTAVA EBASBACADO.

Calipso mal havia terminado de falar, quando as águas ao redor de Festus tremeluziram, e várias garotas com cabelos escuros e olhos verdes, perfeitas formas femininas de Percy, pensou Leo, apareceram, eram naiádes iguais a do Acampamento Meio-Sangue. Elas olharam de Calipso para o dragão de bronze, de Festus para Leo e de Leo voltando para Calipso, algumas esfregaram os olhos, outras pareciam tão aturdidas quanto o garoto e outras davam risadinhas.

– Calipso? – perguntou a maior, ela vestia uma armadura de bronze com um tridente encrustrado, sua expressão era de surpresa e de felicidade. – Como saiu de Ogígia?

– Os deuses te libertaram? – perguntou uma das pequenas que parecia estar vendo um jogo de tênis.

– Quem é esse garoto? – falou outra, Leo congelou. – Precisamo nos preocupar?

– Calma garotas. – Calipso sorria, parecia não estar preocupada. Os pelos da nuca de Leo se eriçaram. – Quem me tirou daquela ilha fantasma foi Leo, não se preocupem com ele, é um amor de pessoa.

Leo sentiu suas bochechas esquentarem, esperava não estarem pegando fogo, literalmente, viu que as naiádes davam risadinhas para os dois, deixando-o ainda mais constrangifo.

– Por meio das dúvidas de meu povo... – a maior olhou para as outras que se calaram. – Ficarei de olho nele.

– Tudo bem, mas Kya, você e suas irmãs poderiam nos levar até o Estreito de Long Island? – perguntou Calipso, elas assentiram com a cabeça.

– Acampamento Meio-Sangue, suponho. – disse uma das naiádes.

– Na mosca.

Logo eles estavam sendo levados pelas ondas em uma velocidade impressionante. A viagem durou cerca de um dia, a barriga de Leo roncava, mas não se arrependia de não ter aceitado comer as algas ou algumas águas-vivas comestíveis, só não vomitava por estar de estômago vazio.

Calipso olhava o horizonte, seus cabelos secos voavam por trás de seus ombros, seus olhos brilhavam com o pôr do sol, Leo se aproximou dela, como amava aquela mulher.

– Cali... – disse baixinho, quase como um sussurro.

– Sim? – ela o olhava, seus olhos eram um castanho profundo.

– Eu te amo muito. – cochichou cobrindo os lábios dela, que retribuiu carinhosamente.

– Chegamos. – anunciou Kya, quando olhou para trás deu um risinho.

– Desculpem-me interromper, mas já estamos no Estreito de Long Island.

– Obrigado. – agradeceu Leo, criando coragem de falar com uma das naiádes. Ela deu um sorriso e o agradeceu por salvar Calipso.

Conforme se aprossimavam do Acampamento, Leo pôde distinguir uma trirreme grega, balançando lentamente com uma pequena brisa suave vinda do oceano, mais atrás uma estátua da deusa Atena, e mais acima, indo pelo ar em sua direção em uma velocidade tremenda, uma silhueta de não uma, mas duas pessoas abraçadas. Jason segurava Piper nos braços que balançava sua adaga, Katoptris, e tinha o rosto vermelho de fúria.

– LEO VALDEZ. – gritou sua voz, ecoando pelo Vale, ela não pareia se importar com que todo o Acampamento ouvisse. – EU VOU MATAR VOCÊ!