Problem Girl escrita por Tina


Capítulo 8
Hotel de Assassinos... Ou não.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas!! Tudo na boa?? :D Mais um cap p/ vcs, espero que gostem... bjos



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–Você não podia ter pegado um carro pior?! –disse eu olhando para o céu estrelado como se perguntasse “Por que fazem isso comigo? ” Em plena sexta-feira à noite, e aqui estou eu, caminhando em uma estrada deserta, com um cara idiota que nem para alugar um carro bom presta...

–E como eu ia saber que o carro ia pifar no meio da estrada? –disse ele me encarando, ele estava se divertindo com isso, dava para ver nos seus olhos, o azul estava mais forte do que o normal, parecia um oceano. –Pelo menos nós já estamos chegando. –disse ele sorrindo para mim, e a minha raiva ficou maior, como ele podia estar feliz em ter que caminhar diversos quilômetros em uma sexta-feira à noite? Só gente sem nada melhor para fazer poderia gostar disso.

–Acho bom, por que eu quero tomar banho, e dormir, meus pés estão latejando e as minhas costas gritam por uma cama. E só para avisar, depois dessa, você vai comprar comida para mim, muita comida! –disse eu e ele ergueu as mãos concordando. –Por que eu aceitei vir junto afinal?

–Por que você é quase tão louca quanto eu. E por que você estava doidinha para sair comigo. –disse ele erguendo as sobrancelhas, ele era um idiota.

–Ah!! Claro. –ironizei.

–Olha estamos quase lá. –disse ele apontando para uma placa no acostamento. Na placa dizia o nome da cidade e a população. Nossa! Aquilo não era uma cidade! Era quase uma vila! Novecentas pessoas!

–Novecentas? Nossa que cidade grande! –disse eu e ergui uma sobrancelha.

–Pois é. É o tipo de cidade onde todos conhecem todos e todos cuidam da vida de todos. Eu nasci aqui. –disse ele sorrindo com alguma lembrança.

–Você não ta afim de me levar no colo? Meus pés estão mortos! –disse eu e comecei a piscar os olhos dezenas de vezes, tentando fazer charme, o que não deu certo, já que eu tenho menos charme do que uma caneta quebrada.

–E estragar minhas lindas costas? Melhor não... –disse ele sorrindo, tive vontade de dizer: Lindas costas? Elas são cheias de cicatrizes isso sim... Mas pensei melhor, e decidi não falar, vai que o bom humor ele some e ele fica chato de novo? Não que ele esteja sendo legal agora, nada disso! Mas, tudo bem...

Ficamos em silêncio o resto do caminho, Scott estava levando a minha mochila e a dele, uma em cada ombro, e caminhava como se não tivesse nem um pouco cansado, o que eu duvidava, eu já, pelo contrário, me arrastava mais lenta do que uma lesma, e estava quase dormindo de pé... Por que eu não fiquei no meu dormitório? Agora eu podia estar em uma caminha bem quentinha...

–Hey! Tem um hotel ali... Quer ir ver se tem quartos? –disse ele me arrancando dos meus sonhos de camas quentes.

–Demoro. –respondi e saio correndo em direção ao hotel, esquecendo as minhas dores e deixando Scott para trás. O hotel... Da para chamar aquilo de hotel? Parece mais aqueles prédios mal-assombrados dos filmes de terror, em que o dono do hotel encobre os sessenta e nove assassinatos que teve ali nos últimos dois anos... Okay! To vendo muito filme de terror! Realidade chamando!
–Epa! Que que é isso? –diz Scott parando do meu lado e observando o “hotel”.

–Não faço a mínima ideia, mas contando que tenha uma cama e um chuveiro eu não me importo se tiver telhas de aranhas por ai. Vamos. –disse eu e puxei Scott para dentro, ele que ia pagar, por que eu não ia tirar nem um centavo do bolso, não depois do que ele fez eu caminhar...

–Boa noite! Tem dois quartos de solteiros disponíveis? –disse ele com a voz calma para o recepcionista do hotel, que era um velho com cara de assassino. Okay, eu definitivamente estou vendo muito filme de terror. O velho balançou a cabeça negativamente.

–Okay... –continuou Scott. –E um quarto com duas camas? –o velho novamente balançou a cabeça negativamente. Scott olhou para mim com um sorriso diabólico. –E um quarto com cama de casal? –disse ele, e o velho entregou uma chave para ele. Mas que velhinho do capeta esse hein....

Scott pegou a chave e nós seguimos para o quarto treze. E sim, eu pirei quando vi o número do quarto. Qual é? Esse velhinho ta querendo zoar com a minha cara? Entramos no quarto e eu vi uma cama de casal no centro e uma porta, que eu supus ser o banheiro.

–Eu vou tomar um banho. –disse eu seguindo para o banheiro, Scott sorriu.

–É um convite? –sério, que cara idiota!

–Deixa de ser criança! –disse eu e mostrei a língua, e entrei no banheiro. Tomei um banho rápido e vesti as mesmas roupas que eu tinha antes, já que havia esquecido que trazer a minha mochila para o banheiro. Sai para o quarto e vi Scott colocando uma coberta no chão e pegando um travesseiro da cama, improvisando uma cama no chão. Pelo menos ele teve o bom senso de não tentar dormir na mesma cama que eu... Me atirei na cama e ele foi para o banheiro, aproveitei para colocar meu pijama e me atirei na cama, que era mais dura do que o asfalto.

Alguns minutos depois Scott sai do banheiro só de calção e se joga na sua cama improvisada no chão, ele suspira e desliga as luzes.

–Boa noite. Sonhe comigo... –disse ele, sua voz saindo da escuridão que estava o quarto. Só espero que o dono do hotel não seja um assassino que invade os quartos de noite e sufoca suas vítimas com o travesseiro.

–Melhor não, vai que eu tenho pesadelos de novo? –Digo eu baixinho. –Boa noite. –completo, e caio em um sono com um sonho nada legal.

“Scott estava parado ao lado da minha cama com um balde de água fria e com um sorriso diabólico, a luz da manhã entrava pelas janelas sujas do quarto e eu encaro Scott, que começava a virar o balde em mim, e quando a água fria caiu em mim, percebi que não era mais um sonho”.


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Notas finais do capítulo

E ai??? Gostaram??? Ansiosos para o proximo?? Bjokas... Comentem!!!!



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