Minha Maldição escrita por Triz Arroyo


Capítulo 2
Emprego novo.


Notas iniciais do capítulo

Cheguei!



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Emprego temporário
O restaurante/lanchonete que eu iria trabalhar era um tanto quanto longe, mas quando eu aprender a pegar ônibus daria uns 10 minutos do apartamento. Meu bairro novo era como uma das músicas do 2pac, a mídia exagerava muito com o lugar, pois parecia que todos lá se conheciam e se cumprimentavam, tive até a honra de receber alguns sorrisos e conversas de boas vindas no caminho pro restaurante. Conheci uma mulher que morava na casa ao lado, os filhos eram uns fofos.
—Qualquer coisa que precisar pra se acomodar é só chamar ein querida!
—Claro, obrigada, já vou indo!
O engraçado é que o ambiente mudou completamente na rua do restaurante, parecia que eu estava na grande cidade novamente, muita gente andando cheias de sacolas, muitos carros, taxis, lojas, outdoors e etc. A lanchonete em si não era das mais lindas e famosas, mas parecia o tipo de lugar que pessoas tinham como rotina tomar café de manhã, ou passar o dia bebendo no local do bar, e essas são as melhores, pois todos se conhecem, o que deveria ser raro em NY.
Ao entrar percebi que eu estava certa, haviam velhos no bar tagarelando uns com os outros, e pequenas famílias comendo na mesa depois de um longo dia...então fui ao balcão a espera da dona de lá que era amiga da minha família e queria que eu trabalhasse lá para que ela se aposentasse, Johana gostava bastante de mim e então resolveu me ajudar na minha jornada de mudanças.
—Vejam se não é a mais nova ruiva de ! -ela disse contornando o balcão para me abraçar.
—Johana, que saudade! Como vai??
—Velha e sempre cansada, mas não vamos falar disso agora, como está na sua nova casa? Porque não veio morar comigo ã?
—Está ótima, eu sempre quis morar sozinha Jo, não fica brava! -falei rindo.
—Johaninha, traz mais uma dose pro vô aqui por favor! -disse um dos velhos simpáticos ao meu lado.
—Já vou Bob, enfim Bia, espero que não se importe em começar em 2 dias, pois penso em viajar e a holli vai ficar com você ajudando.
—Sem problema, então, já vou indo, mais tarde passa lá em casa com ela pra jantarmos.
—Claro que vamos, 20h estaremos lá!
Quando sai de lá lembrei que queria comprar uns bagulhos, tipo drogas, mentira gente, não usem drogas. Fui comprar roupas, de frio, porque lá estava frio para um caralho, e como o fato de eu não ter decidido qual faculdade quero fazer da minha vida e se eu quero fazer, tenho todo o tempo livre pra fazer...nada, isso mesmo, porra nenhuma da minha thug life!
Eu andei, andei, procurei, vasculhei e só comprei 1 moletom, UM!
Mas tudo bem, to aproveitando o tempo que tenho pra PERDER!
Era umas 18:00 quando estava voltando pra casa, vi uma aglomeração em frente ao apartamento, fiquei curiosa, mas resolvi ignorar quando vi que tinha um cara incrivelmente bonito e assustador encostado no muro olhando a cena e depois olhando friamente pra mim.
Minha mania de encarar sem perceber me fez pensar que ele não estava curioso como todos ali, parecia que ele nem estava sentindo nada...
Sobre o jantar que prometi, eu não sabia cozinhar, e não tinha comprado mais que algumas lasanhas de micro-ondas até que estivesse preparada psicologicamente pra comer coisas dos EUA, então teria que ligar pra ela e cancelar, ou pedir comida de fora e fingir que eu que fiz.
A internet não me proporcionou nenhum número de entrega que tivesse perto...Então como sou super sociável e etc. Fui pedir ajuda pra vizinha educada. Ao sair percebi que o tumulto tinha se dispersado.
Bati na porta e ela atendeu com um sorriso.
—Oi, desculpa incomodar, é que não conheço nada aqui é precisava pedir comida, e realmente não achei o numero de lugar nenhum.
—Não incomoda nada meu amor, vou buscar uns cartões pra você, entre!
...
Quando voltei pra casa decidi que queria pizza, mesmo que eu fosse um jantar, pizza ainda é mais gosto.
Pedi logo, e comecei a arrumar as coisas.
Já eram 19: 45 e Johana sempre chegava cedo, quando ela e Holly chegaram parecia que tinham adivinhado que eu não sabia cozinhar, pois estavam cheia de sacolas.
—Bia, trouxemos lasanha e vinho, não conte pra sua mãe!
Johana sempre foi maluca, Holly tinha 16 anos e tinha permissão completa pra beber, bom, quando Johana estava presente.
—Holly, meu deus, que saudade! Meninaaaaaa! -Fui direto abraçar ela, eu tenho 17 mas ainda dava os conselhos pra ela, ela parecia muito comigo, mas tinha o cabelo loiro, e olhos azuis assim como a mãe.
—Ai, minha nossa, a gente vai se divertir tanto juntas!
—Enfim, eu tinha pedido pizza e refrigerante, mas lasanha e vinho vencem.
Comemos, botamos o papo em dia, e etc, pedi pra Holly ficar comigo umas semanas e ela adorou, tia Johana também adorou poder ficar sozinha com o marido.
Holly estava com o carro dela então fomos na casa dela buscar as coisas.
Deixamos Johana lá e na volta paramos do lado de um carro cheio de caras muito bêbados e gritando, e ela parecia conhece-los, já que corning é uma cidade pequena e todos devem se conhecer. No banco do motorista eu vi aquele rosto de mais cedo, o cara de rosto sem sentimentos, olhei por tempo demais.
—Idiota! – eu percebi que ao invés de dizer idiotas ela disse “idiota”, o que quer dizer que algum deles já irritou ela.
—Qual deles e o que ele fez?
—Math, não fez nada, só que eu gosto dele, e ele fica com qualquer uma, na verdade, nunca goste de nenhum cara daquele carro, principalmente Andrew Chadwick!
—Fica tranquila, não vai acontecer!
...
Chegamos em casa, ela arrumou as coisas dela, conversamos um pouco sobre aquele cara que ela gosta, então tive que perguntar quem era o “olhar vázio”.
—Sabia que ele ia chamar sua atenção, droga. É o Andrew, o pior deles, rico, babaca, uma das maiores fichas criminais, e onde ele estava nos últimos 2 anos é um mistério, sério, fica longe deles.
—E o Math?
—Já fui a uma festa com eles, tinha muita droga, bebidas, garotas seminuas, eu parecia uma criança no meio deles, então ele não me deixou beber nem fazer nada, ele tirou um cara de cima de mim, a gente ficou e eu achei que ele tinha gostado pelo menos um pouquinho de mim, mas ele nunca mais olhou na minha cara...
Fiquei com pena dela, bad boys são um saco, e deve ser horrível ver eles todo dia!
—Não tem como saber se ele não tá afim de você, agora esquece isso por hoje e vamos dormir porque sua mãe adiantou nosso trabalho pra amanhã!
...


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